Parte I
Fiz a prova para o cargo de auditor tradutor, mas não passei, já era minha quarta tentativa. Minha irmã, a Isabelle, que mora fora do Brasil me deu uma sugestão.
- Mário, eu faço ela pra ti na próxima vez, certamente vou passar, pois estou mais familiarizada com as matérias. Todo mundo sempre disse que somos iguais, só falta você colocar um peito e ajeitar o cabelo.. kkk Depois, você assume o cargo com uma identidade feminina que vamos mandar fazer e posteriormente troca de sexo (volta ao masculino) no decorrer dos meses iniciais. Genial!
- Isabelle, você está louca, que ideia. Não vou fazer isso.
- Mas Mário, serão poucos meses, e o cargo pelo qual quer assumir é em SP, bem longe de casa, ninguém vai descobrir, conheço uma pessoa que falsifica identidades para você criar uma feminina. Será uma perfeita mulher, empossada, pois eu farei a prova por ti. A tua única preocupação será em reverter a vida dessa nova mulher para a sua atual.
Não sei de onde minha irmã havia tirado essa ideia maluca, mas decidi aceitar, com certo receio. Até minha família apoiou.
Passaram-se três meses e haveria a prova novamente, eu já havia providenciado meus documentos novos, seria Marina, me escrevi na prova e minha irmã veio ao Brasil para fazê-la. Tudo correu conforme o previsto, fui aprovado, na verdade minha irmã que foi, mas com minha identidade nova, a da Marina.
A Isa se propôs a ficar comigo em SP por dois meses até eu me adaptar a vida feminina. E lá fomos nós, alugamos um apartamento, eu precisava ir até o meu local de trabalho assinar a documentação. Na verdade, eu Marina e não Mário, portanto precisávamos agir.
Minha irmã me acompanhou a um salão de beleza, fiz uma depilação completa, unhas dos pés e das mãos, pintei de uma cor clara, sobrancelhas, e um corte mais feminino no meu cabelo, pois já tinha ele mais cumprido. Fiquei muito parecida com a minha irmã, até as meninas do salão me elogiaram, disseram que eu estava ficando linda, mas nada combinante, pois estava de menino. Na rua as pessoas via uma figura feminina, mas com roupas masculinas, sentia que os olharem eram de dúvida.
Logo em casa a Isa disse: Vai se trocar Mário, de agora em diante você será a Marina.
- Não, né mana, o plano é ser mulher apenas lá fora.
- Nada disso, Mário, você precisa adotar e identidade por completo, se não podemos ser descobertos.
- Está bem, Isa, vamos lá. O que você tem aí?
- Veste está blusa branca com babados, essa saia soltinha azul com bolinhas brancas, essa calcinha preta, este sutiã com enchimento e sente aqui para eu te ensinar a maquiar.
Vesti as peças e a cada uma delas eu sentia uma sensação diferente, estava me sentido bem. Adorando aquilo, pois já tinha feições femininas, a voz mais delicada, media 1,70m e pesava 65kg, então tinha estatura feminina também.
Fui aprendendo mais sobre o universo feminino, recebi dicas de maquiagem e fomos às compras, pois estava precisando fazer meu novo guarda roupas.
Logo que saímos de casa senti um frio na barriga, mas minha irmã foi me incentivando, já que eu estava linda, e estava mesmo, muito feminina, uma verdadeira mulher, mas com algo a mais.
Continua.
