Eu tô aqui caramba! - Cap. 7 - O sequestro - Parte 2

Um conto erótico de Pedro Henrique
Categoria: Homossexual
Contém 1523 palavras
Data: 22/03/2018 03:11:03
Última revisão: 22/03/2018 03:13:45

Atônito sem saber a direção do disparo olhei para Eduardo, mas graças a Deus ele estava bem, naquele momento senti minha vista escurecer, minhas pernas ficaram moles, olhei para baixo e vi que minha barriga estava sangrando, o alvo do tiro tinha sido eu.

Com a palavra, Eduardo.

Passar aquele tempo com o Pedro era a força que eu precisava pra conseguir me reerguer depois daquele turbilhão que tinha sido meu dia. Quando eu cheguei na empresa na segunda todos já sabiam do que tinha acontecido no bar, e até aí eu não estranhei porque eu já esperava que o garçom lá fosse contar, o que eu não esperava era encontrar Vitor na sala do Seu Carlos.

Vitor: Bom dia florzinha! Gostou da fama que eu te dei?

Eu: Que? Então foi tu seu filho da puta!

Vitor: Olha a boca rapá, muito cuidado com as palavras. Mas foi eu sim e fiz questão de contar os detalhes da tua transa pra “salvar” meu pai da falência.

Eu: Transa? Que transa? Como tu sabe que a gente transou?

Vitor: Ele te levou pra casa dele meu caro, só somei 1 mais 1 e espalhei o resultado. Esse foi o teu corretivo por ter ser apaixonado por quem não devia.

Eu: Quem disse que eu tô apaixonado? É tudo parte do plano que tu me pediu pra executar.

Vitor: Ah tá, conta outra. Cara eu saquei quando eu segui vocês até o Gus. Não adianta tu querer negar.

Eu: Tá bom eu confesso, tô apaixonado sim e não vou fazer nada, absolutamente nada do tu tá me falando e que prejudique o Pedro.

Vitor: Olha mudou de ideia! Só tem um probleminha meu querido, eu não te dei opção de mudar de ideia. Mas, entretanto vou levar em consideração os serviços já prestados e vou te dar uma chance. Que tu não abra essa boquinha deliciosa sobre nada que eu falei ou fiz. Até porque se tu falar já era o teu romance com o riquinho.

Eu: Tudo bem, o que aconteceu aqui acaba e não sai daqui.

Vitor: Ah só mais um detalhe. Teu papaizinho ficou chocado ao receber o vídeo do filho dele levando uma tora bem gostosa no rabo.

Meu sangue subiu e nesse momento num acesso de fúria ataquei o Vitor.

Eu: SEU FILHO DA PUTA TU NÃO TINHA O DIREITO DE FAZER ISSO COMIGO, EU VOU TE MATAR SEU DESGRAÇADO.

Obviamente e provavelmente o Vitor me conteve com uma só mão, dada a enorme diferença de físico que tínhamos. Vitor segurou no meu pescoço e com a cara mais perversa que eu já vi ele falou:

Vitor: Tu nunca mais aparece aqui, a partir deste momento tu não trabalha mais nessa empresa e nem ouse pedir referências. Some da minha frente.

Sai dali mais perdido que cachorro que caiu da mudança, eu estava sem emprego, humilhado por todos meu colegas, porém eu estava feliz sabendo que a partir de agora eu poderia ser eu mesmo com o Pedro. Fui pra casa, e quando cheguei liguei pro Pedro, eu precisava do abraço dele, do carinho e da segurança que só ele podia me dar naquele momento.

Passamos o final da tarde juntos e a noite fomos ao cinema. Eu estava sentindo que tava tudo muito calmo. Foi tudo muito rápido, quando me dei conta eu já estava no carro encapuzado sendo levado sei lá pra onde. Andamos por volta de 30 minutos até o carro parar, entramos no que parecia uma casa, a touca foi tirada e eu pude ver o lugar, parecia um porão, no final da sala uma cadeira virada pra parede e nela um homem sentado. Um dos sequestradores então falou:

Sequestrador: Tá aqui a princesa patrão!

A cadeira se vira e o rosto da pessoa é revelada, confesso que não me surpreendeu.

Vitor: Achou que tinha acabado ali né. Teu pagamento ainda não foi suficiente pra quitar a tua dívida. Pode começar Paulão.

Paulão era um negro, de quase 2 metros de altura e 2 de largura, um verdadeiro armário, apesar de bronco durante todo o trajeto ele me tratou bem falando pra eu ficar tranquilo, o que deu a falsa impressão de estar em boas mãos. Fui vendado e todas as minhas roupas foram tiradas, senti um pano com um cheiro muito forte sendo colocado debaixo do meu nariz e aí pra frente eu apaguei. Só acordei horas depois, em um quarto sem janelas deitado em uma cama ainda nu, eu parecia dilacerado por dentro, notei que meu rosto estava inchado e eu mal conseguia abrir o olho esquerdo, olhei pro lençol branco e ele estava com manchas de sangue, mais uma vez eu tinha sido violado, mas agora parecia muito pior, realmente doía, uma dor que além de física chegava na alma. Esse seria o preço por ter enganado o Pedro? Quando eu me livraria do Vitor? Perdido em meio a esses pensamentos alguém entra no quarto.

Sequestrador: Te trouxe um pão e um analgésico, o Paulão pelo visto caprichou ontem hein. Ele fica louco com um novinho assim que nem tu.

Eu não sabia se eu agradecia pelo remédio ou se cuspia na cara dele por estar debochando de mim. Aceitei o remédio, peguei a água e tomei.

Sequestrador: Ta quase na hora, ali tem umas roupas, vesti e fica pronto porque ao que tudo indica teu herói vai vir te salvar.

Em pensamento não podia acreditar que o Pedro tinha caído nessa armadilha e agora arriscaria a própria vida pra me salvar. Saímos da casa agora dentro de um furgão, depois de cerca de uns 30 minutos andando o furgão parou e um dos caras desceu. Eu não escutava nada, uma aflição enorme me consumia por dentro pois não sabia o que iria acontecer, a porta da van é aberta e com certa dificuldade consigo ver de longe o Pedro. Meu coração se irradiou de felicidade ao ver ele, finalmente aquele pesadelo iria acabar, sem entender o que estava acontecendo vejo que Pedro vem correndo ao meu encontro, ouço o som de um disparo.

Eu: NAAAAAAAAAAAAAAAO PEDROOOOOO

Um disparo feito pelo outro sequestrador atinge o Pedro e ele cai no chão, aquilo não podia ser verdade, isso não estava acontecendo. No meio de tudo aquilo um carro surge no estacionamento os dois sequestradores entram e o carro sai deixando um rastro de poeira. Tento correr em direção ao Pedro mas eu estava muito fraco por causa dos ferimentos, tropeço e acabo caindo a poucos metros de Pedro, consigo ouvir apenas as sirenes da polícia se aproximando e apago.

Com a palavra Pedro, o baleado.

Acordei sem reconhecer o lugar onde eu estava, ouço alguém me chamar.

Marilia: Pedro, meu filho você tá acordando! ENFERMEIRA ele está acordando.

Eu: Aonde eu tô mãe, e aonde tá o Dudu, eu quero ver o Dudu - Eu estava muito agitado.

Marília: Calma meu filho, você tem descansar, quando você tiver melhor a gente localiza esse rapaz.

Eu: Mas ele tá bem, o que aconte… - voltei a dormir.

Marília: Isso meu filho descansa.

No outro dia acordei e não tinha ninguém no quarto. Levantei da cama arrancando o catéter e sai pela porta.

Eu: Moça eu quero falar com Eduardo, por favor, acha ele pra mim, eu preciso muito dele!

Enfermeira: Calma Sr. Pedro, o senhor tem que voltar pro seu quarto, você não pode sair assim, você ainda está em recuperação.

Eu: Por favor acha o Dudu pra mim, eu preciso ver ele. - supliquei chorando.

Enfermeira: Tudo bem vou tentar localizar ele pra você agora vamos voltar pro quarto, ok?

Eu: Tudo bem, mas por favor!

Deitei na cama, ela colocou outro catéter e aplicou uma medicação pra que eu me acalmasse. Não sei exatamente quanto tempo se passou mas acordei com a voz que eu tanto queria ouvir.

Eduardo: Pedro, se tu estiver me escutando só quero tu saiba que eu não sei como aconteceu, mas eu me apaixonei perdidamente por ti. Eu não quero te perder, eu te amo.

Nesse momento eu abri meu olhos e falei:

Eu: Eu também te amo Dudu!

Pronto galera!

Mais uma vez peço desculpas, mas estou realmente com pouco tempo livre pra poder sentar e escrever com calma. Fiz uma hora extra pra não deixar vocês na mão e morrendo no suspense.

E agora, o que vai acontecer? Será que o Vitor já se deu por vencido? E o amor do Pedro e do Dudu vai sobreviver as verdades que virão a tona?

Beeeijos

VALTERSÓ: O Dudu é uma pessoa boa, confia nele. E adivinha quem era o sequestrador? Hehehehe

Regi1069: O Eduardo faz parte dos planos, mas tinha intenções boas com o Pedro. Mas o grande mistério é a motivação do Vitor pra fazer tudo isso.

Gusecaio: Não pode mesmo.

Arrow: Será que foi isso mesmo? Vamos aguardar e ver o desenrolar.

Healer: Me perdoa por favor, por favorzinho! Nunca te pedi nada.

Obrigado por acompanharem até aqui galera. Os comentários sempre dão um up na gente o que faz a gente tentar postar com mais frequência. Beijo especial pra quem sempre comenta e vota no conto!

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Comentários

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E o amor se revela mas por trás dele precisa ser retirado o véu dos segredos... Eduardo precisa ser forte (pelo menos uma vez na vida) e contar a Pedro toda a verdade. Além disso Marilia precisa ligar os pontos... E Pedro precisa tomar uma atitude, estou achando le muito passivo... Vamos aos acontecimentos...

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PH seu apelão, kkkk eu perdoo se esse beijo especial for na minha buchecha esquerda (por puro capricho) kkkk, não tem o que perdoar. Que situação misericórdia, eu acho que Eduardo literalmente e em todos os sentidos pode adotar o jargão do Conrado do Fudêncio, "eu só me fod.. nessa merd..). Obs: se eu falasse com alguém dormindo no leito hospitalar e ela abrisse os olhos repentinamente, eu tomava era um susto. Continue, um abraço.

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OK. MAS TO DE OLHO EM EDUARDO. ELE É U FRACO. CEDEU ÀS CHANTAGENS DE VITOR. SE NÃO FOSSE ELE PEDRO NÃO ESTARIA NESSA SITUAÇÃO. MAS APESAR DE TUDO VITOR TEM QUE PAGAR PELOS CRIMES QUE COMETEU. E POR ONDE ANDA O PAI DE VITOR QUE NÃO APARECE E TOMA UMA ATITUDE?

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Eu assumo que estou perdido nas emoções, não sei definir quem está certo e quem está errado (apesar dos pesares horríveis que Eduardo passou). Desejo a melhora de Pedro e uma explicação melhor de Eduardo. Enfim, continue.

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Ainda não estou tão convencido da inocência do Eduardo, apartir do momento que ele aceitou fazer parte de um plano escuso ele já não é inocente. Agora nos resta aguardar os próximos acontecimentos e se ele ama mesmo o Pedro ele vai contar toda a verdade a ele. O que é intrigante mesmo é qual a motivação de Vitor pq ele odeia tanto o Pedro ?

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Vi todos os contos de uma vez. Curioso agora por a possível ação / retaliação do Vitor. Para mim o que fica é: por qual razão a pessoa fez tudo isso com o Eduardo? Homofobia pura e simplesmente? Pode ser mas tem cara de ter mais coisas nesse imbróglio. Por outro lado, com os dois ali, no hospital e explicitamente feridos, como ele poderia se safar de uma prisão? Ele foi longe demais, não. Curioso pela continuidade. E, caro autor, força na sua vida. Tem vezes que o mundo dá uma enlouquecida, mas tudo se resolve.

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