DE VOLTA À PIZZARIA
CAPÍTULO 29
ATENÇÃO
ESSE É O VIGÉSIMO NONO CAPÍTULO DA FASE 2 DA SÉRIE “A PIZZARIA” . ANTES DE PROSSEGUIR COM A LEITURA, LEIA, NESTE MESMO SITE, A FASE 1 DA SÉRIE ORIGINAL (A PIZZARIA), DO MESMO AUTOR. OBRIGADO.
DE VOLTA À PIZZARIA
CAPÍTULO 29
Meu tesão estava a mil quando deixamos a Vera dormindo, e entramos juntos no banheiro. Mesmo assim, por um momento pensei em recuar, mas o desejo pela bela ninfeta era incontrolável. Com um fardo na consciência, mas com imensa sinceridade no meu íntimo, pedi mil desculpas à Vera, mas, não tive como voltar atrás.
Mal fechamos a porta, fiquei completamente nu, e fui agarrá-la, e ela não se opôs. Em seguida, puxei sua blusa de dormir, e os peitinhos duros, de bicos claros, saltaram diante dos meus olhos. Então, eu os acariciei um a um, com mão, durante um bom tempo, mas a menina, fria, sequer parecia incomodar-se.
Porém, quando coloquei a boca em um deles, notei que o seu corpo estremecera. E quando eu lhe chupei o outro, segurando-me pela cabeça, Ticiane começou a gemer, dizendo-me:
—Aiii...titio......o que você está fazendo comigo?
—Aiiiiiiii.
Nessa hora, sem tirar o seu peito da boca, acariciei lhe a bunda por cima do shortinho de dormir, e aos poucos o fui descendo junto com a calcinha. Em instantes, estávamos os dois completamente nus, e em pé naquele banheiro.
Eu sabia que não poderia beijar a sua boca, e então, me sentando ao piso, com ela ainda de pé, lhe falei:
—Agora vem, Tici. Coloque a bucetinha na boca do titio pra ele te chupar.
Ela obedeceu-me. Aproximou-se de mim em pé, abriu as pernas e encostou o seu sexo virgem no meu rosto. Lembrei-me que a estaria chupando do mesmo jeito que fizera com a sua mãe, no dia do streap tease.
A bucetinha da Ticiane começou a espumar na minha boca, enquanto ela apertava-me forte a cabeça ao encontro do seu sexo, até que, talvez não resistindo mais, a ouvi gemer:
—Aiii titio......sua língua tá me deixando doida!
E, pela primeira vez, incentivou-me.
—Chupa mais titio.......aiiiiiiii
—Chupa, coroa safado!
—Aiiiiiiiiiiiii
—Filho da puta!
—Aiiiiiiiiiiiiiiiii
—To gozando, tioooooooooooo
—Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Aos poucos ela foi deixando de movimentar o sexo na minha boca, e parou de fazer pressão na minha cabeça. Após, saiu de perto de mim, com a intenção de se vestir.
Antes que se vestisse, eu lhe pedi para deixar-me colocar o pau entre as suas coxas, somente para eu gozar. Porém relutante ela disse que não. Talvez eu tenha lhe pedido isso uma dezena de vezes, e lhe prometido mundos e fundos nesse curto espaço de tempo. Mas, em vão.
Insatisfeito por ainda não ter gozado, quando a vi novamente preparando-se para vestir, e retornar ao quarto, eu lhe fiz um último pedido:
—Então deixe o titio só bater uma punheta vendo você peladinha querida.
Felizmente, ela concordou dizendo-me:
—Tá bom. Mas goze logo!
—Não dei sequer duas mexidas de vai e vem no cacete e já estava esporrando no chão do banheiro vendo a gostosa ninfeta virgem, totalmente nua à minha frente.
Agradecido, quando chegamos ao quarto, eu disse a ela que, caso quisesse, poderia dormir com a sua mãe no meu lugar na cama de casal, pois eu dormiria na cama de solteiro. Ávida por TV, ela aceitou de imediato.
Enfim, deixei-a vendo sua novela em paz, virei-me para um lado, e fui dormir.
No dia seguinte, conforme planejamos, deixamos Chapadão do Sul antes do raiar do dia e chegamos à nossa cidade por volta das 19:00hrs.
Já havíamos comunicado a Denise pelo celular acerca da nossa hora de chegada, e ela nos esperava sozinha em casa, porquanto o seu namorado, Bruno, teria regressado a São Paulo.
Após tirarmos nossos pertences do carro, pedi à Denise que fosse dormir com a Ticiane no quarto dos meninos, sob a falsa justificativa de que eu e a Vera estávamos carentes, pois não teríamos transado na viagem.
Embora eu sentisse muito tesão pela princesa dos olhos claros, definitivamente, devido ao cansaço da longa empreitada “bate e volta”, a última coisa que eu desejaria naquela noite seria transar. Eu só queria mesmo era dormir como uma pedra. Nada mais!
Assim, ao sugerir à minha mulher para que fosse dormir com a sobrinha, eu estaria cumprindo a parte do meu trato com a menina, em troca dos seus agrados. Lógico, eu não me referia àqueles no banheiro do hotel, mas, sim, em outros futuros e prováveis. E a bucetinha da Denise, que ela pareceu tanto gostar, seria a minha moeda de troca.
Então, sorridente, Denise falou à sobrinha:
—Nós duas vamos ter que dormir no outro quarto Tici, porque o seu padrasto pelo visto está na seca, e quer pegar a sua mãe.
Ticiane apenas riu, e lhe disse:
—Esses dois são foda!
Depois, sem ninguém perceber, eu dei uma piscada para a Ticiane, que toda feliz, sorriu para mim. Porém, “morto” de cansado, entrei no quarto principal junto com a Vera, e fomos dormir.
Antes de pegar no sono, eu avaliei que essa segunda viagem ao Mato Grosso do Sul fora proveitosa, pois, desde então, a bela ninfeta e a minha própria mulher já se referiam e tratavam-me com naturalidade como padrasto da novinha, inclusive intitulando-me como tal. Certamente, isso nos traria mais cumplicidade e aproximação entre todos.
No dia seguinte, domingo, acordei por volta das 08:30hrs, e a Vera ainda dormia. Fui até a cozinha tomar água, e sentindo forte cheiro de café, vi que a Ticiane o acabara de coar. Antes que ela me oferecesse a bebida, perguntei-lhe se a Denise ainda dormia.
Ela respondeu-me:
—Não tio.
—Ligaram pra ela do hospital e ela foi instrumentar cirurgia de emergência.
E explicou-me:
—Parece que aconteceu acidente na rodovia.
—Ela saiu agora há pouco.
Depois, puxando conversa comigo, disse-me:
—Eu fiz café tio. Você aceita?
Aceitei de pronto, pois naquela manhã um cafezinho feito na hora era sempre bem vindo. Então, aproveitando que estávamos a sós, fui satisfazer a minha curiosidade, e lhe perguntei:
—E você gostou de dormir com a tia?
Sem deixá-la responder, fui lhe falando:
—Viu como o titio foi bonzinho?
—Mandei a Denise passar a noite com você!
—Você gostou?
Achando-me estranho, ela rechaçou-me:
—Ah tio, Porque esses papos agora?
E reclamou:
—Nada a ver!
Eu a tranquilizei:
—Só estou tentando conversar com você na boa, Tici.
—Agora eu não vou querer que você faça nada comigo não.
—Até porque a sua mãe irá acordar a qualquer momento. Fica fria.
Desconfiada, ela me perguntou:
—Mas então porque você está com essa conversa atravessada sobre eu e a tia Denise?
—Porque eu tenho uma amiga loira e gostosona, que você iria curtir, Tici.
Rindo muito da minha colocação, ela perguntou-me:
—Ah é é ?
—Então você tem agência de mulheres, é?
Eu lhe expliquei melhor:
—Eu tô falando sério, menina.
—Pois nós temos um segredo, Tici.
Arisca, refutou-me:
—Que segredo o quê, tio? Eu não sei nada disso não!
Eu lhe expliquei:
—Calma, Tici.
—Nosso segredo é que eu sei que você curte mulher, e também sobre o que nós dois fizemos no banheiro do hotel.
Ela rebateu-me:
—Mas eu não vou fazer aquilo de novo, tio.
Então, eu lhe cobrei, oferecendo-lhe vantagens:
—E você vai perder a minha mulher?
—Não vai ao menos querer conhecer a minha amiga loira?
Pela primeira vez, dando-se por interessada, ela perguntou-me:
—Qual amiga?
—A Zilda. Respondi-lhe.
—Humm.
Daí, eu fui lhe explicando seguidamente, em fala mecânica:
Zilda é a esposa do Anselmo, um peão que trabalha num sitio de amigos meus e da Denise. Ela foi namorada do Lelis, outro amigo nosso de São Paulo. E o Lelis e a sua esposa, Giovana, são sobrinhos da Dona Cida.
Ela interrompeu-me:
—Pode parar!
—Não tô entendendo nada! Reclamou.
—Desse pessoal todo que você mencionou, acho que eu só conheço a Dona Cida.
Depois, quis confirmar:
—Dona Cida é aquela senhora dona da casa com piscina, que nós fizemos churrasco, correto?
—Sim. Ela mesma Tici.
E, levando a conversa para o lado que eu gostaria, ela perguntou-me:
—Mas, a Zilda é bonita?
—Claro Tici. É uma coroa loira super gostosa, de seios firmes, bunda grande e boca linda. Tudo em cima.
—Hummm
—Mas você já comeu ela?
—Sim, Tici. Mas foi antes de ela namorar o Lelis. Expliquei-lhe.
Fingindo-se desinteressada, argumentou:
—Sei lá, mas eu acho que ela não curte mulher, tio.
—Pois pelo que você falou, ela só vive andando com homens! Concluiu.
—Mas ela também fica com mulher sim, Tici.
—Como você sabe disso? Por acaso a tia Denise ficou com ela?
—A Denise não, Tici.
Mas, ela repetiu sua errônea conclusão:
—Então ela não curte mulher né? Você só está dizendo isso por intuição.
E desabafou:
—E você está me enrolando!
Eu lhe expliquei:
—Ora, o que tem a ver uma coisa com a outra, menina?
—Sua tia pode não ter ficado com a Zilda, mas ela foi mulher da Giovana, esposa do Lelis.
—Mas como você sabe disso, tio?
—Ora, Tici. Foi o Lelis quem me falou.
E expliquei-lhe melhor:
—Toda mulher que o Lélis comia, a Giovana também pegava, Tici.
—Esse era o pacto deles, entendeu?
—Humm.
Curiosa, ela indagou-me:
—Posso te perguntar uma coisa, tio?
—Sim, Tici. O que é?
—Esse Lelis que você falou, comeu a tia Denise?
—Sim, Tici. E eu também comi a Giovana.
Ela começou a falar, e parou:
—Mas...
—Mas o que, Tici?
—E essa esposa do Lelis, a Gio...
—Giovana. Ajudei-a
—Isso. A Giovana pegou a tia Denise?
Então, eu lhe revelei:
—Sim, Tici. Sua tia foi mulher dela.
E lhe pedi:
—Mas por favor, jamais comente isso com a Denise, viu?
—Comentar sobre o que, tio?
Eu lhe esclareci:
—Sobre a sua tia ter ficado com a Giovana, ou com qualquer outra mulher.
—Você só pode falar com a Denise sobre os homens dela.
—Mas, sobre as mulheres que pegaram-na, jamais abra o bico, entendeu?
—Claro, tio. Pode confiar em mim.
—Sei como é essa situação! Lamentou-se.
E, aos poucos, Ticiane foi se abrindo comigo:
—Eu vivo essa barra desde os meus treze anos, tio.
—Muitos chegaram a pensar que eu era louca.
Depois, revelou-me algo surpreendente:
—Só a mamãe e a minha irmã que sabem disso.
—O papai morreu sem saber, porque elas nunca contaram isso a ninguém, entende? Nem pra ele!
—E eu vou te pedir um grande favor, tio.
—O que seria, Ticiane?
—Jamais comente com a mamãe, com a Kátia ou com a sua mulher essa nossa conversa, tá bom?
—Isso será segredo nosso!
—Pode confiar em mim, que eu te prometo de coração, Ticiane.
—Obrigada tio. Eu também confio em você.
Antes de continuarmos, para deixa-la segura em relação à minha pessoa e, quiçá, doravante fazer-me seu confidente, eu lhe pedi algo:
—Mas, eu também gostaria de lhe pedir um imenso favor, Tici.
—Sim, tio. Mas o que seria?
—Jamais revele à sua tia Denise que eu sei do caso de vocês duas, entendeu? Jamais! Frisei.
—Pode deixar tio. Esse será mais um segredo nosso.
Após essa longa conversa com a menina, infelizmente, tive que arriscar a sua confiança para comigo, movido pela curiosidade inerente a todo ser humano, e então, lhe perguntei:
—Minutos atrás, você me disse que vive essa “barra” desde os treze anos né Tici?
—Sim, tio. Minha primeira relação com uma menina foi aos treze anos.
—Minha prima, pra ser mais exata. E ela tinha dezesseis anos.
—E depois você não conheceu mais nenhuma? Perguntei-lhe.
—Sim tio. BH é cidade grande, e conheci várias.
—Aliás, muitas!
—E lógico, eu também tive algumas paquerinhas com rapazes, mas percebi que a minha praia era outra.
—Mas, devido ao preconceito, sempre relações secretas com as meninas, sabe?
—Compreendo sim, Tici.
E a encorajei, falando da minha própria vida:
—Eu e a sua tia também vivemos isso — preconceito — na pele, Tici.
—A sociedade jamais aceitaria um casal como nós, que vive um casamento aberto.
Daí, tive que emendar:
—Aliás, vivíamos né. Porque desde que eu estou com a sua mãe, eu e ela só vivemos um para o outro.
Dessa vez, fora ela a corrigir-me:
—Você quis dizer, você, a mamãe, e a tia Denise, né tio?
—Isso mesmo Tici. Eu agora só tenho a sua mãe e a Denise.
Ela foi aclarando a conversa:
—Mas a tia Denise tem amante né tio?
Eu lhe rechacei:
—Claro que não. Apesar dos pesares, sua tia é honesta!
Ela rebateu-me:
—Como não tio? Se o Bruno não é amante dela, o que ele é então?
—O Bruno é namorado dela, Tici.
Rindo, ela ponderou:
—Estranho! E qual a diferença de amante e namorado, se ele “come ela”, e você é corno?
Eu não me zanguei com o seu questionamento, e nem com a sua conclusão pejorativa e precipitada sobre a minha pessoa — ser corno — porque, além da sinceridade, vi extremo desconhecimento em suas colocações e, portanto, tentei lhe explicar o mais claro possível qual seria o tipo da minha relação, ou melhor, do meu casamento:
—Primeiramente, Tici, eu não sou corno, e acho que nunca fui.
Porém, sorrindo, comentei:
—Mas, vai saber né?
Fingindo aceitar a minha resposta, ela voltou à pergunta anterior:
—Mas você ainda não respondeu a diferença entre namorado e amante, tio.
Então, eu lhe expliquei:
—Amante é escondido, Tici. Traição!
—Namorado é consentido, Tici. Faz parte da relação!
—Ou melhor, ter namorado e/ou namorada, faz parte da abertura do casal.
—Direitos iguais pro marido e pra a mulher, entendeu?
—Acho que sim, tio.
Daí, continuei.
—Então querida. Essa mesma sociedade que a discrimina somente pelo fato de você gostar das meninas, se souber, também irá discriminar-me, com mais rancor ainda, a minha relação com a sua tia, entendeu?
Antes de ela responder-me, continuei:
—Então, queiramos ou não, nós sempre seremos discriminados pela sociedade, pois estaremos à sua margem.
—E quando você ouvir o seu tio falando que é corno, etc., isso é apenas uma forma dele extravasar a perseguição que essa sociedade veladamente lhe impõe, porque, certamente, muitos machões sentirão inveja das lindas mulheres que me apareceram, e porque não dizer, embora particularmente detestando os homens, mas, avaliando a situação pela ótica da Denise, dos adoráveis cacetes que a sua tia diz ter experimentado.
—Sem contar que a maioria desses “machões” levam chifres, mas nunca ficarão sabendo.
—Vão levar chifres, sem nunca terem outra mulher na vida, e serão felizes assim!
—Até porque você já deve ter ouvido dizer que o corno é o último a saber.
E, arrematei:
—E isso quando ficam sabendo!
Comovida, ela me disse:
—Nossa tio. Que legal!
E, com curiosidade nata, perguntou-me novamente:
—Pelo que você falou, a mamãe não é sua amante né, tio?
—Jamais, Tici. Sua mãe não é nem minha namorada, que dirá amante. Expliquei-lhe.
Estranhando a minha resposta, perguntou-me novamente:
—UAI ! Essa eu não entendi. Se a mamãe não é a sua namorada, e nem é sua amante, o que é então?
—Sua mãe é minha esposa, Ticiane. Esposa! Frisei.
Surpresa, ela indagou-me:
—UAI tio! Se a mamãe é sua esposa, então o que a tia Denise seria?
—A Denise também é minha esposa, Ticiane. Esposa! Frisei novamente.
Espantada com o rumo da conversa, perguntou-me:
—Sério? Então você tem duas esposas?
Ela própria, com ar de desdém, já ia respondendo:
—Isso pra mim tem outro nome. Isso é putar...
Mas, antes que ela completasse a frase, zangado, eu lhe interrompi:
—Você continua preconceituosa, menina. Não toma jeito!
—Preconceituosa porque tio, se eu aceitei a relação de vocês três na boa?
—Você demonstrou ser preconceituosa porque já ia dizer que nossa relação é putaria.
— PUTARIA! Exaltei-me.
—Desculpe, tio. É que você havia falado que tem duas esposas e eu estranhei. Só isso!
—Nunca ouvi dizer que um homem tivesse duas esposas.
Eu lhe rebati:
—Estude mais, menina. No mundo árabe os homens podem ter até quatro mulheres!
Obviamente, eu não lhe expliquei que a poligamia admitida pelos árabes é toda cercada de regras e imposições, de tal sorte que, não basta simplesmente ser homem para adquirir o “direito” a quatro esposas. Dentre os vários requisitos, os mais importantes dizem que o “candidato” necessita comprovar rendimentos suficientes para tanto, inclusive com os regulares recolhimentos ao fisco, sem contar que, cada uma das esposas, obrigatoriamente, deve habitar moradia diferente uma da outra, e nela viver com os filhos do casal. E tudo isso deve ser provido unicamente pelo varão.
Depois, pensando sobre o meu duplo “casamento” com as irmãs, e que por estarmos todos juntos na mesma casa, e até na mesma cama, concluí que eu, a Denise e a Vera contrariamos todos os princípios éticos e legais do oriente. Mas, para reconfortar-me, ponderei que aqui é Brasil, e por isso, como dizia um falecido cantor e compositor popular, “vale tudo”.
Em seguida, Ticiane discordou dizendo-me:
—É mesmo tio. Eu sei disso. Mas tô falando em termos de Brasil!
E, concluiu:
—Aqui no Brasil jamais aceitariam isso, entende?
Nessa hora, revoltei-me:
—Brasil não é país, menina!
—Brasil é lugar de marginais soltos nas ruas, matando e roubando, e se o trabalhador quiser segurança, que fique preso dentro de casa.
—E aqui, se um cidadão de bem matar um bandido pra se defender, vai parar na cadeia, por causa dos direitos humanos.
—Brasil é país onde os presidentes roubam, os juízes e tribunais vendem sentenças, e só o criminoso pobre vai pra cadeia. Mas o marginal rico fica preso em mansão.
E, encerrei:
—E se duvidar, esses marginais ricos presos nos palacetes, comem mais mulheres do que o seu tio que vive na luta, e ainda por cima, tem uma das esposas dando. Portanto, não mexam com os meus “casamentos”!
Após essa longa explanação, brincando, eu lhe disse:
—Então, menina, continuando nossa conversa, ainda me faltam duas esposas!
Ela riu muito acerca da minha colocação e, aproveitando o embalo, eu lhe sugeri:
—Quem sabe você não será a minha terceira esposa, hein Tici?
Agora, gargalhando acerca da minha sugestão, ela respondeu-me:
—Você é foda hein, tio!
—Já tá me cantando!
—Coitadas das suas duas esposas!
Continuando com o mesmo tom brincalhão, ela disse-me algo que deixou-me super feliz:
—Você sabe muito bem o lado que eu estou, tio.
—Sim querida. Eu tenho que respeitar sua opção sexual, até porque, com o passar do tempo, muitas pessoas mudam, né?
Ela concordou:
—Pode ser, tio.
—Mas, se um dia eu for mexer na minha posição, você terá a senha número um!
Estupefato, só consegui exclamar:
—NOSSA!
Após o agrado, e enquanto eu imaginava a possibilidade de surgir-me nova buceta, cobrando-me, ela voltou ao assunto inicial:
—Mas quando eu vou conhecer a Zuleica, tio?
Eu a corrigi:
—Não é Zuleica, Ticiane.
—É Zilda!
E finalizei:
—Breve vocês duas irão se ver.
—Só você continuar boazinha pro titio!
Rindo, ela rebateu-me:
—Humm. Coroa safado!
—Tá desejando a sua enteada né?
—Deixa a mamãe saber! Ruummm.
Continua no próximo capítulo.
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