Pensava que estas coisas não aconteciam, senão na imaginação dos punheteiros, num momento de masturbação. Mas aconteceu comigo, dia desses.
Eu viajava de ônibus, no finalzinho da tarde, para uma cidade próxima da capital. Ocupava a última cadeira do ônibus, praticamente vazio. Ao parar numa localidade, duas cidades antes do meu destino, entraram alguns passageiros, entre eles uma mulher de seus 30 e poucos anos, bem gostosa mesmo. Lancei meu olhar aos seios empinados que pareciam querer escapar do decote generoso, depois ao vértice que se desenhava no seu short de tecido, curto e vermelho, e nas coxas fornidas, enquanto ela caminhava ao longo do corredor do veículo. Queria aproveitar toda a visão, antes que ela sentasse.
Qual não foi a minha surpresa ao constatar que ela procurava também o último banco, na janela oposta à minha. Seus olhos estavam fixos em algum ponto da rua; enquanto ela olhava para fora, pude me deliciar mais um pouco com a bela visão daquele corpo. Mas me mantive na minha, primeiro pela minha timidez, depois porque, nestes tempos em que qualquer coisa pode ser interpretada como assédio sexual, melhor não facilitar. A última coisa de que eu precisava era de um escândalo naquela viagem.
Quando ela deixou de olhar a rua e recostou-se na poltrona, recolhi meu olhar guloso, fechei os olhos e passei a curtir a fantasia de comer aquela balzaquiana. Minha rola foi endurecendo, lógico. No começo, procurei disfarçar um pouco, mas depois me tranquilizei, de que eu não estava sendo inconveniente, e fiquei na minha. Não me exibia, mas não escondia minha ereção pulsante sob a bermuda.
Num momento em que circulei o olhar pelo ônibus, flagrei o dela em direção a minha pica. Como foi só de relance, e logo voltou os olhos em outra direção, não dei muita atenção. Pelo menos até a segunda vez, em que percebi sua atenção fixa por um pouco mais de tempo, na minha mala, sem procurar disfarçar nem se intimidar quando joguei meus olhos sobre ela. Retirou o olhar, com um sorriso enigmático.
Meu coração estava disparado. Eu não sabia exatamente o que fazer. Não queria abordá-la, pois isso demandaria certo tempo de conversa, no que não sou bom, nem o tempo de viagem permitiria. Resolvi, então, ousar, como nunca antes eu fizera, na minha vida.
Comecei a alisar meu pau, por sobre o tecido. Ela olhava demoradamente para minha mão sobre minha rola, e desviava o olhar. Nesse jogo ficou algum tempo, cada vez demorando mais os olhos sobre meu colo e menos no mundo.
No auge da excitação e da ousadia, abri o zíper e retirei a rola, que se mostrou dura, cabeça para o alto e palpitando, aos pinotes. Passei a me manipular, delicadamente. Com o canto do olho, percebia os dela fixos em mim, enquanto os dentes pressionavam o lábio inferior. Mas continuei minha punheta como se não houvesse plateia.
De repente, senti-a remexer-se no seu lugar, inquieta, e, em seguida, aproximar-se de mim. Sem dizer uma palavra, tomou minha rola em suas mãos e continuou a punheta, olhos voltados para a frente, como se nada estivesse acontecendo.
Seja pelo inusitado da situação, altamente erótica, seja pela suavidade da mão ou pela técnica de masturbação que aquela mulher desenvolvia, logo fui sentindo minha pica inchando e os raios de prazer vindo de várias partes do corpo e se concentrando na minha genitália.
Em pouco tempo, o primeiro jato chegou, com a força de quem abre alas, espalhando-se pelo recosto do banco da frente. Os outros que se seguiram, menos impetuosos, mas mais volumosos, seguiram caminhos e alturas diferentes, até o último se derramar por sobre sua mão.
Somente após a última golfada é que ela soltou meu pau, sorriu para mim, em silêncio, e voltou, também silente, para o seu lugar, enquanto eu limpava o possível e me recompunha.
A uma parada do ônibus, ela levantou-se e sem sequer me dirigir a palavra ou o olhar, rebolou sua enorme bunda pelo salão do veículo, até descer, pela porta dianteira. Ainda quis lhe acompanhar os movimentos na rua, pela janela do ônibus de novo em movimento, mas ela logo sumiu, no interior de uma padaria, que ficou lá atrás, perdida na noite que chegava.