Amor tem Gênero? Cap.16

Um conto erótico de Kyle Cristopher
Categoria: Homossexual
Contém 2058 palavras
Data: 01/03/2018 08:34:21
Última revisão: 20/03/2018 23:26:24

Nossa não sabia que minha história provocava tantos sentimentos em vocês kkkk

Dedico o capítulo de hoje ao Fabricio que é um leitor da CDC que entrou em contato comigo esses dias

Espero que gostem

*******

Lá estava eu, parado no meio da sala da casa do Cadu sem exibir a menor reação. Eu sentia vontade de sair de lá chorando, mas nunca fui de drama. Senti vontade de contar toda a verdade sobre nós ali, mas de nada adiantaria pra mim. Senti vontade de pular em cima dele e quebrar a sua cara. Mas a atitude que tomei surpreendeu até a mim mesmo.

Eu: Nossa que bom, meus parabéns ao casal. - e como se entendesse a mensagem o Cadu sai de perto da "namorada", pega no meu braço e diz

Cadu: A gente pode conversar?

Eu: Seria rude de sua parte deixar sua namorada sozinha, devemos fazer sempre o nosso melhor por aqueles que dizemos amar, não concorda?

Ele nada falou, soltou meu braço e saiu andando em direção ao seu quarto.

Beatriz: Tá tudo bem, ele é assim mesmo. Pode ir conversar com ele, vou ficar aqui com meu sogro.

Sorri para ela e comecei a subir as escadas. Ela parecia ser uma boa pessoa e eu não conseguia sentir raiva dela, afinal não era ela quem tinha me traído.

Segui o extenso corredor até chegar em frente a porta do quarto dele, estava entreaberta e ao entrar pude sentir seu doce aroma por todos os cantos do quarto. Ele estava sentado na cama, de cabeça baixa.

Fechei a porta e fui em sua direção.

Eu: E então? O que quer conversar comigo?

Cadu: Eu só quero te explicar tudo que aconteceu.

Eu: Explicar o que? O fato do meu namorado estar namorando uma garota a um mês, tempo esse que eu estava em coma? Ah não, espera, não posso usar mais esse termo, já que não somos mais namorados.

Cadu: Kyle por favor, me deixa explicar. Eu não tive escolha.

Eu: Muito bem, então me explique o motivo de você ter me dado esperanças que ficaríamos juntos. A propósito a amiga de minha mãe se chama Esperança, num quer matar ela também não?

Cadu: Por favor Kyle, para com isso e me deixar falar. - assenti com a cabeça - Quando você estava no hospital eu ia te ver todos os dias, não conseguia suportar te ver deitado naquela cama com todos aqueles aparelhos ligados em você, mas queria estar do seu lado quando você acordasse. Mas meu pai começou a estranhar minhas saídas e minhas faltas às aulas, começou a me fazer mais e mais perguntas e estava estranhando eu nunca mais ter o apresentado alguma namorada. Então um dia quando eu cheguei do hospital eu estava falando no celular com minha melhor amiga e disse a ela que tinha ido visitar meu namorado que estava doente e ele ouviu. Me confrontou, perguntando que merda era essa de namorado, que eu não era gay e que eu ia parar com essa palhaçada, que se eu não parasse ele ia descobrir quem você era e mandar te dar uma surra. Eu não sabia o que dizer a ele e na hora do medo disse a ele que era tudo uma brincadeira, que eu estava namorando com minha amiga que é a Beatriz. Ela sabe de nós, nosso namoro é falso, por favor acredite em mim, eu te amo.

Ele veio me abraçar mas eu o afastei com as mãos.

Eu: Como vou saber se o que diz é verdade? Você poderia muito bem dizer o que quiser pra me enrolar.

Cadu: Usa sua habilidade, você vai saber se estou ou não mentindo.

Eu: Habilidade? Tá ficando doido? Acha que eu sou medium ou algo assim?

Cadu: Você não lembra não é? Vou refrescar sua memória. Lembra do dia do jogo, o mesmo dia que você sentiu a primeira dor de cabeça forte.

Eu: Ah, agora sei do que está falando.

***********FLASHBACK***********

Estava indo pra quadra junto com David pra assistir o primeiro jogo dos meninos, no caminho senti vontade de urinar, perguntei a David onde teria um banheiro próximo e ele me mostrou o banheiro ao lado do vestiário. Fiz o que precisava ser feito e quando estava saindo do banheiro dou de cara com Diogo fazendo uma cara de preocupação.

Eu: Diogo? O que aconteceu?

Diogo: Ah, Kyle que bom. Já ia procurar um professor.

Eu: Por que?

Diogo: É o Cadu, ele disse que não pode jogar porque tá com muita dor de estômago. Todo mundo já foi pra quadra, só falta nós dois e ele é o capitão do time.

Eu: Diogo vai indo pra quadra se aquecer, eu vou ver como ele está e daqui a pouco aparecemos lá.

Entrei no vestiário e avistei Cadu sentado num banco de cabeça baixa. Ele estava só de cueca e por mim poderia ficar assim sempre. Me aproximei dele

Eu: Cadu? O Diogo me disse que você está com dor de estômago.

Ele olhou pra mim fazendo algumas carretas

Cadu: Estou sim, tá doendo muito.

Eu: É mentira. - Ele me olhou surpreso

Cadu: Não é, tá doendo muito Kyle.

Eu: Cadu não tente me enganar, eu tenho uma habilidade sabia? - Falei brincando.

Cadu: Que habilidade?

Eu: Eu sei quando você está mentindo e nesse momento você está. Então me fala a verdade, por que você está fingindo ter dor de estômago?

Cadu: Tudo bem, eu confesso que não estou doente. Eu tô com medo de jogar, é minha primeira vez como capitão do time e eu não quero fazer besteira e decepcionar eles.

Eu: Você já está fazendo isso no momento que se nega a jogar.

Cadu: Não consigo, to com medo.

Me ajoelhei na sua frente para olha-lo nos olhos, chego perto o suficiente pra sentir sua respiração em minha pele. O abraço e aproveito isso pra começar a dar umas mordidas em seu pescoço, o seu corpo se arrepiou tudo ao simples toque meu, fui para sua boca e começamos a nos beijar, o faço levantar comigo ainda sem nos separarmos do beijo, paramos o beijo e ele disse

Cadu: Pensei... Que... Você precisava... De um tempo... Pra pensar

Eu: Não estou... Te pedindo... Em namoro nem nada do tipo... Só estou fazendo o que sinto vontade de fazer sempre que te vejo.

O empurrei e ele bateu as costas no armário que havia atrás dele, não dei tempo para ele reclamar do que fiz, comecei a beija-lo novamente, com força e pressionando meu corpo com o dele. Então ele começou a se animar, começou a passar as mãos por minhas costas e começou a tirar minha camisa.

Eu parei o beijo e segurei suas mãos. Ele me olhou com aquela cara "pensei que você quisesse"

Eu: Vamos fazer assim, se você jogar hoje cada gol que fizer é um beijo desses que te dou. E se vocês ganharem o jogo, aí a gente pode continuar de onde parou hoje. O que acha desse acordo?

Cadu: É um bom jeito de me motivar, acho que vou fingir dor de estômago todos os jogos. - e começou a rir

Eu: Eu vou indo pra quadra, se apronte e apareça lá. Quando chegar lá fale comigo como se não nos tivéssemos visto ainda, pra ninguém desconfiar da minha demora. Se o Diogo perguntar diga que alguém entrou no vestiário mas você estava no chuveiro e gritou para a pessoa que já estava bem e que só ouviu a pessoa saindo novamente. Bom jogo.

Cadu: Você pensou em tudo mesmo hein. Ah e depois você vai me explicar como funciona essa sua habilidade.

******FIM DO FLASHBACK******

Eu: Não é uma habilidade, é só uma mania que tenho desde criança, eu analiso bem as pessoas e vejo as reações involuntárias do corpo quando ele faz algo. Por exemplo você devia o olhar quando mente.

Cadu: Eu não faço isso.

Eu: Como eu disse é involuntário, você querendo ou não seu corpo cria essa reação.

Cadu: Então você deve ter reparado se eu menti ou não.

De fato ele não havia mentido, mas eu ainda estava com raiva por ele ter me escondido aquilo tudo.

Eu: Certo, eu acredito em você. Mas isso não muda o fato de você ter mentido pra mim e de ter desistido de nós tão facilmente.

Cadu: Ele disse que ia mandar te darem uma surra. Eu só fiz pra te proteger.

Eu: Não me vem com essa, você conhece seu pai mais que ninguém e sabe que ele não é capaz disso e se fosse não sabe do que eu sou capaz, admita que você estava com medo de assumir tudo pro seu pai e estragar a imagem de filho perfeito que ele tem de você.

Cadu: ...

Eu: Foi o que pensei, sabe Cadu eu assumi nosso namoro pra mãe do meu filho, pro meu primo idiota e pra quem mais quiser saber. Nunca sequer exigi que você fizesse o mesmo, agora desistir de nós por medo da reação de seu pai já é demais. Porque foi isso que você fez, desistiu de nós. Eu não vou ficar com alguém que publicamente está namorando, mesmo que esse namoro seja falso. Aliás reveja se realmente é falso, porque aquela menina que está lá embaixo não está fingindo gostar de você. Eu vou embora agora e quando você tiver decidido o que fazer, aí você me procura.

Vi que ele começara a chorar, mas dei as costas a ele e sai de seu quarto. Aí descer as escadas falei para Beatriz ir conversar com o "namorado" dela. Avisei ao senhor Feliciano que aconteceu um imprevisto e tinha que ir embora. Mas antes de sair ele me chamou.

Feliciano: Obrigado por ter vindo, sinto muito que não possa ficar. Sabe esse rapaz me deu um susto um tempo atrás, peguei ele falando de namorado e na hora fiquei louco, disse que eu não tinha filho gay e que mandaria dar uma surra no namorado dele, mas claro que eu não teria coragem, falei aquilo por causa do susto. Mas graças a Deus ele ne disse que era só uma brincadeira e que estava namorando a Bia. Não me admirei, eles cresceram juntos.

Eu: Fico feliz que ele esteja feliz, mas agora tenho que ir. Até outro dia.

Peguei um táxi de volta pra casa, precisava comprar um carro pra mim. Cheguei em casa e fiquei pensando no que disse ao Cadu e me dei conta que não tinha falado sobre nós para meus pais. Não que agora isso ainda importasse, mas achei que eles tinham o direito de saber. Lembrei que minha mãe estava na casa de uma amiga que ficava próxima a minha. Era a oportunidade perfeita, minha mãe sempre me apoiou em tudo, sabia que ficaria tudo bem. Liguei para ela e pedi para que viesse a minha casa pois queria conversar com ela. Uns 15 minutos depois ela estava lá, comecei a contar tudo para ela. Desde o dia em que conheci ele até o acontecido do almoço e ela só ouvia tudo. Quando terminei ela olhou pra mim e começou a dizer

Mãe: SEU FILHO DA PUTA, COMO É QUE VOCÊ FAZ UMA COISA DESSAS COMIGO? QUER ME MATAR DE DESGOSTO? EU DEVIA TE DAR UMA SURRA QUE NUNCA IRIA ESQUECER NA TUA VIDA INTEIRA.

Eu: Mãe por favor...

Mãe: CALA A BOCA QUE EU TÔ FALANDO. Como é que você estava namorando e não me fala nada?

Eu: Oi? A senhora tá brava por causa disso?

Mãe: E era de ser pelo que? Se for por causa de ter se apaixonado por outro homem eu não vou te julgar, eu me apaixonei pelo seu pai. Meu filho desde que você esteja feliz eu também estou. Mas se você me esconder algo novamente não se esqueça que te pus no mundo e te posso tirar dele. Porque tu tá chorando garoto?

Eu: Porque eu te amo mãe. - E a abracei

Mãe: Também te amo meu filho. E diga pro Juliano, Armando, sei lá o nome dele... Que se ele te fizer sofrer eu arranco a "correia" dele.

Comecei a rir

Eu: É Carlos Eduardo mãe. E pode deixar.

Passamos o resto do dia conversando, sentia falta da minha mãe. Até que o meu celular toca.

Eu: Alô. O que? To indo praí agora!

CONTINUA...

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Comentários

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Nossa CADU é muito imaturo e cagão, devia conversar a sério com o pai dele sobre quem ele gosta. Coitado do Kyle.

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NO MÍNIMO, CADU TENTOU SE MATAR. RSSSSSSSSSSSSSSSSS DEVIA MORRER MESMO POR FAZER AS BURRADAS QUE FAZ. TRAIU A CONFIANÇA DE KYLE MAIS UMA VEZ. SEMPRE FAZ ISSO. É UM MOLEQUE INCONSEQUENTE.

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Amo esse conto, por favor não demora a postar. Posta mais um capítulo hj, isso não é um pedido é um ordem kkkk

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