Como aquela manhã estava bem quente e aquela região era tranquila,Anderson dirigia com a janela do carro aberta e assim que ele entrou em uma rua mais deserta,Paulo parou a moto do lado da janela de Anderson e gritou.
Paulo - Passa a grana é um assalto!
Anderson - Calma cara,eu vou te entregar tudo.
Anderson tentou manter a calma e começou a entregar os seus pertences,quando três disparos foram dados e o banco do carro ficou coberto de sangue.
Então Paulo acelerou a sua moto,fugindo do local o mais rápido possível.
Daniel Narrando
Naquela manhã eu acordei sem o Anderson na cama,pois ele saiu bem cedo para resolver umas questões no seu escritório.
Eu fui até o quarto do Angel e como ele ainda estava dormindo eu fui até o quarto do Matheus acorda-lo.
Eu - Matheus acorda. Disse sacudindo ele.
Matheus - Tô indo. Disse se levantando sonolento.
Eu preparei o café da manhã e depois que a babá do Angel chegou nós fomos embora e depois de ter deixado o Matheus no colégio eu fui para o trabalho.
Gabriela - Bom dia Daniel,espero que esteja pronto,pois temos muito trabalho hoje.
Nós passamos a manhã inteiro ocupados definindo os detalhes de uma grande obra que começaríamos no dia seguinte.
Autor Narrando
Paulo dirigiu quilômetros até um grande terreno baldio,onde ele colocou fogo na moto e nos pertences do Anderson.
Paulo - Tarefa feita. Disse olhando as chamas queimarem tudo e se afastou de lá lentamente.
Paulo teve que pegar um táxi para voltar para a empresa e assim que ele ia entrar na sala do Norberto,Breno disse.
Breno - Melhor você aguardar um segundo,o Norberto tá falando com um executivo ai dentro.
Paulo - Então eu espero...
Breno - O que você estava aprontando? Tô te achando meio estranho...
Paulo - Deve ser imprensão sua...
Apesar de ter ajudado nos planos de Noberto,Breno ainda não sabia que o patrão havia mandado matar o Anderson. Assim que o executivo saiu,Paulo entrou na sala de Norberto,que deu um largo sorriso ao vê-lo.
Norberto - Tarefa feita? Perguntou sorrindo.
Paulo - Sim e eu já toquei fogo na moto e nos pertences dele.
Norberto - Ótimo...é isso que acontece com quem me desafia.
Daniel Narrando
Gabriela e eu já estavamos nos preparando para ir almoçar,quando três pessoas chegaram na recepção do escritório e ao reparar bem eu pude ver que se tratava de dois policiais e uma mulher com um distintivo de delegada.
Ela - Boa tarde eu sou a delegada Jéssica.
Eu - Boa tarde.Aconteceu alguma coisa? Perguntei curioso.
Jéssica - O senhor é o companheiro do advogado Anderson Silva?
Eu e Gabriela já estavamos ficando nervosos a essa altura do campeonato.
Eu - Sim eu sou.Aconteceu alguma coisa com o Anderson?
Jéssica - Ele foi encontrado morto hoje pela manhã no carro,foi um assassinato.
Nesse momento a minha vista ficou turva e eu teria desmaiado se um dos policiais não tivesse me segurado e me colocado sentado na cadeira.O Anderson tinha sido assassinado,aquela frase ecoava na minha cabeça e eu parecia ter perdido o chão debaixo dos meus.
Eu - Meu Deus...isso não pode ser verdade...
Jéssica - Ao que tudo indica houve um assalto e o Anderson deve ter reagido.
Eu - O Anderson nunca reagiria a um assalto!
Eu disse isso com firmeza,pois eu sabia do que eu estava falando,o Anderson já havia sido assaltado duas vezes,inclusive em uma delas eu estava presente e ele nunca reagiu.
Parecia que o meu cérebro não queria processar aquela notícia e a Gabriela também estava desolada e me olhava sem saber o que fazer.
Jéssica - Você sabe se ele tinha algum inimigo?
Eu - Claro que não,o Anderson se dava bem com todo mundo. Disse com a voz embargada e comecei a chorar.
As lágrimas caiam pelos meus olhos,sem que eu pudesse controlar e a Gabriela tentava me acalmar.Eu não tinha a mínima condição psicológica de fazer o reconhecimento do corpo,então a Gabriela foi no meu lugar,enquato um dos policiais me levou pra casa.
Ao olhar para aquele apartamento todas as lembranças do Anderson vieram até mim,parecia que a qualquer momento ele iria entrar por aquela porta e me acordar daquele pesadelo.
Eu me sentei no sofá e comecei a chorar,eu nunca tinha chorado tanto na minha vida,eu sentia vários sentimentos ruins ao mesmo tempo: tristeza,desolação,ódio,raiva e impotência.
Então Matheus e Frank entraram alegremente conversando,ainda com o uniforme da escola e ao verem o meu estado eles ficaram assustados.
Matheus - Pai o que aconteceu? Disse correndo até mim.
Eu - ...Frank eu..preciso conversar a sós com o Matheus.
Percebendo a gravidade da situação,ele disse.
Frank - Tudo bem,eu vou pra casa agora...qualquer coisa me chamem. Disse saindo.
Matheus - Pai o que aconteceu? Por que o senhor tá chorando desse jeito?
.
Eu - Filho...você vai precisar ser muito forte agora...
Matheus - Forte pra que? Me fala logo o que aconteceu! Disse nervoso.
Eu - O Anderson foi assassinado.
Matheus - O que?
No Dia Seguinte
Eu não tinha conseguido pregar o olho naquela madrugada e passei a noite inteira em claro,o Matheus estava completamente arrasado e triste com aquilo e apesar de ser muito pequeno ainda,o Angel percebia tudo que estava acontecendo,o que o deixava triste também e agora meus filhos,familiares e amigos estamos todos reunidos no enterro do homem da minha vida.
Eu estava enterando o homem da minha vida,sem que eu sentisse as lágrimas teimavam em cair,Anderson foi o meu primeiro namorado o cara com quem eu cresci e montei uma vida ao lado,agora ele estava sendo retirado dos meus braços.
Agora sou eu e os meus dois filhos sozinhos no mundo e nós estavamos recebendo a soliedarização das pessoas.Depois do entero eu fui para caaa e me joguei dentro quarto,na minha cama e comecei a dormir como nunca tinha dormido antes.
2 mese depois
Eu estava dormindo no meu quarto,quando ouvi uma voz aguda chamando.
Renato - Acorda!
Eu - O que foi? Perguntei ainda com sono.
Renato - Lava o rosto e venha comigo,eu ja estou de esperando.
Eu fui até a cozinha e lá estava ele sentado e com a mesa da cozinha cheia de boletos de contas.
Eu - Minha nossa! Disse espantado.
Renato - Eu sei o quanto você tá abalado,mas tá na hora de despertar pra vida.
Eu comecei a rever os meus gastos e eu sem o Anderson a grana em casa diminuiu muito e durante esses dois meses o escritório ficou todo na mão da Gabriela,eu cheguei a conclusão de que eu teria que vender aquele nosso apartamento na Lagoa e teríamos que nos mudar para um lugar mais simples e eu também teria que dispensar a babá do Angel e colocar ele em uma creche,pois isso custaria maiz barato.
Renato - Tem certeza que você quer fazer isso?
Eu - Tenho sim...não tem mais como ficar pagando a babá e o condomínio desse apartamento é muito caro,eu vou procurar um apartamento mais modesto em outro bairro.
Renato - Tem um apartamento vendendo no meu prédio em Botafogo,ae você quiser eu te levo pra dar uma olhada.
Todo esse processo de compra e venda foi feito em mais 2 meses,e nós só vendemos rápido,pois eu coloquei o nosso apartamento com um preço abaixo do valor de mercado.
Depois de algumas semanas arrumando o apartamento novo eu finalmente me mudei com as crianças,foi difícil deixar o meu antigo apartamento,onde haviam tantas lembranças,mas isso foi necessário e ao olhar os meus antigos móveis no novo apartamento eu percebi que agora começava a mudança.
Eu - Pois é crianças...agora começa uma nova fase.
CONTINUA...
Tá ai pessoal um capítulo curtinho,mas que já deixa uma ideia de como será o conto daqui pra frente.
Infelizmente não conseguirei responder aos comentários hoje,pois estou EXAUSTO realmente,mas no próximo capítulo responderei todo mundo.Espero que me perdoem.
BEIJOS