SEXO EM CORES - Quinta parte
Sara Menezes acordou no meio da noite. Deu um salto da cama, quando viu um homem sentado perto dela. Acalmou-se, quando percebeu que era o negrão. Ele assistia ao vídeo onde aparecia o falecido filho dela, numa tevê do quarto. O homem perguntou-lhe:
- Teu filho usava arma?
- Bruno? Claro que não. É certo que algumas vezes demonstrou curiosidade pela que eu uso, mas nunca o deixei nem pegá-la. Por quê?
- Olhe com atenção para a sua imagem no vídeo: ele parece estar armado. Dá para ver o cabo de uma pistola sob a camisa. O outro que está abraçado à mocinha, também.
- Porra, onde conseguiu essa fita?
- Eu te dei ontem, não lembra? Mas acho que você estava bêbada demais para querer perceber o que tinha em mãos.
- Puta que me pariu. Agora, estou entendendo: meu pobre filho era corno e não sabia. Ou será que sabia?
- Eu acho que sim. Ache a mocinha, e ela vai confirmar que namorava o cara que está abraçado a ela. O que está, também, com uma arma. Não dá para perceber se os outros estão armados. Eu acho que não.
- Espera um minuto… - Disse ela, correndo para a sala. Abriu uma gaveta e exclamou:
- Caralho! Minha arma sobressalente não está aqui. Ele deve ter pego. Um momento. Deixa eu ligar pro sargento…
Pouco depois, ela dizia:
- Tem certeza de que não encontraram nenhuma arma com ele? Então, quem o matou a levou. A pistola que guardo em casa sumiu. Mas as caixas de balas estão todas aqui. Então, a arma estava descarregada. Ficou fácil para alguém esmurrá-lo e tirar-lhe a arma das mãos. O resto, já sabemos.
- E o que devemos fazer, dona Sara?
- Prenda todos os quatro para averiguação: os três amigos dele e a catraia que eu jurava que era sua namorada. Mas ela parece mais ser uma testemunha. Os outros são mais importante. E não falhe, desta vez.
Ela desligou. Depois, perguntou para o negrão:
- Quem você acha que é o assassino? O namorado da catraia?
- Difícil dizer. E não quero me meter nessa porra. Descubra você.
- Deixa de ser chato, homem. Estou te pedindo ajuda. Será que não percebe?
- Não quero me envolver nisso mais do que já estou. Se não precisar mais de mim, vou embora. E não vou carregar teu lixo pra fora…
Ela o beijou suavemente nos lábios. Massageou levemente seu cacete. Perguntou:
- Como é o nome dele?
- De quem?
- Deste grande caralho, porra.
- Bruno.
- Bruno? Como meu filho? Caralho. Perdi um e ganhei outro. Obrigada, meu Deus.
- O que pretende fazer?
- Agora? Agora pretendo me aproveitar de Bruno, pois eu estava tão bêbada que nem me lembro de ter fodido.
E ela sentou-o num sofá sem braços. Abriu bem as pernas e acomodou-se em seu colo, de frente para ele, deixando as tetas à altura da sua boca. Ele as mamou, uma a uma. Tremulou a língua nas duas, dando-lhe um arrepio de prazer. Ela apoiou-se no encosto do sofá e apontou o caralho dele para a vulva. Esta já estava encharcada. Ela voltou a cabeça para o teto e se enfiou devagar e sempre.
- Uhmmmmmm, eu gosto é assim…
Ele, no entanto, enfiou-lhe um dedo entre as nádegas. Ela gemeu:
- Você não desiste, não é?
- Eu adoro um cu.
Ela soltou o corpo e se enterrou no caralho dele. Deu um gemido demorado. Ele deixou-a se encaixar e enfiou mais o dedo lá, no cuzinho dela. Ela começou os movimentos de cópula e ele continuou lhe sugando os seios. Agora, ela quase urrava de prazer. O dia já estava amanhecendo. A luz do sol que invadia o ambiente recortava as silhuetas dos dois fodendo. Ele parou de lamber e apertou as mamas dela. A delegada apertou-se mais a ele. Logo, estavam os dois gozando ao mesmo tempo. Mas desta vez ela não esguichou esperma.
O sol já estava alto, quando os dois acordaram com o barulho da cigarra. Ela exclamou:
- Puta que pariu. Deve ser meu ex-marido. Ele deve ter vindo pro enterro de Bruninho, que é hoje à tarde. Caralho. O pior é que ele vai ter que entrar, pois veio de Sampa para cá. Esconda-se em algum lugar. Ele não deve te ver.
- Não vou me esconder em caralho nenhum. A menos que você ainda esteja casada com ele e o ame.
- Não, não o amo. Mas ele detesta negros, e eu quero evitar um escândalo entre vocês.
- Problema dele. Não vou sair da cama.
- Puta merda, você é chato mesmo. Não diga que eu não avisei. E vocês não poderão ir às tapas, pois ele é capaz de te prender: é delegado, como eu.
- Ele que tente. Tenho você como minha testemunha de que fui agredido.
- Agora, fodeu… estou entre dois fogos. Fica aí. Não saia da cama, haja o que houver.
O coroa forte entrou fungando o ar. Perguntou:
- Estava fodendo? Sinto cheiro de sexo no ar.
- Não é da tua conta. Já estamos há muito divorciados.
- Mas eu ainda te pago o aluguel, sua vadia.
- Pagava. Com a morte do Bruninho, não vai ser mais preciso, pois você pagava moradia para ele.
- Mas não para você trazer machos para cá, sua puta.
- Eh, cuidado com o linguajar, que você está na casa alheia. - Ouviu-se uma voz lá do quarto.
A delegada escondeu o rosto com as mãos. Sabia que ia começar um inferno, em pleno apartamento. O ex-marido sacou uma pistola e foi em direção ao quarto. O negrão já o esperava perto da porta. Deu-lhe um murro, sem que o cara esperasse, que lhe quebrou o nariz. Mas o delegado não soltou a arma. Recebeu um golpe de caratê no antebraço que o fez largar a pistola. Um segundo murro, desta vez o fez beijar o chão. O cara não mais se moveu.
- Dê-lhe as minhas condolências pela morte do filho. Vou-me embora. - Disse Bruno, vestindo as roupas.
- Puta merda. Você é fodinha! Meu ex-marido vai ficar uma fera, quando acordar.
- Problema teu e dele. Já fiz a minha parte.
- Rá rá rá. - Zombou ela.
Ele não ligou. Terminou de se vestir e abriu a porta. Ela correu até ele e abraçou-se ao seu corpo. Disse:
- Obrigada. Não deixe de voltar aqui. Mas deixa eu domar a fera primeiro. Depois, te ligo.
Ele não respondeu. Foi-se embora.
Quando o negrão chegou em casa, o filho estava abraçado à jovem, ambos nus, dormindo. Ele fez uma cara preocupada, mas não acordou os dois. Tomou um banho e depois fez um rápido lanche. Quando já ia sair de novo, o casal acordou. Vieram nus à cozinha. A mocinha não parecia empulhada diante do negrão, por causa da nudez. Agia como se estivesse vestida.
- Bom dia, pai.
- Bom dia, tio. - Cumprimentou ela.
Ele não respondeu. Continuou se ajeitando para sair. O rapaz perguntou:
- O que houve com a mão? Está sangrando.
- Acidente de percurso. Nada grave. Mas, se eu fosse você, não me envolvia com essa mocinha. Ela pode ser presa a qualquer momento, por cumplicidade num crime.
- Acho que devíamos ajudá-la, pai.
- Pois eu já acho que fiz muito. E te aviso: ela não presta.
A mocinha estava sorrindo. Também gostava daquele coroa. Ainda daria uma foda com ele. Deixou o cara sair, depois disse:
- Vou precisar que faça um favor para mim.
- Qual?
- Comprar uns baseados. Não tenho muito dinheiro. A menos que você me empreste algum.
- Baseado? Nem pensar. Se meu pai souber que você se droga, te expulsa imediatamente daqui.
- Mas ele sabe. Eu disse a ele.
- E, mesmo assim, te trouxe? Estou estranhando…
- Compra, ou não compra?
Ele esteve pensativo, depois disse:
- Está bem, eu compro. Mas não tenho dinheiro.
- Não tem importância. Te faço um bilhete e tu leva ao meu fornecedor.