Escola, amigos e descobertas
Capítulo 7
Acordei no outro dia meio tarde, estava tudo fechado e estava com frio, era inverno, olhei ao meu redor e não havia nenhum sinal de Thomas ou Dean, fiquei um tempo olhando pra cima e imerso nos meus pensamentos, as vezes dando risadas bobas, estava me sentindo estranho, acho que estava apaixonado. Quando essas palavras passaram em minha cabeça eu senti um gelo e um amargo na minha boca, Pedro apareceu em minha mente, estava confuso.
Levantei, achei minhas roupas em um canto vesti e desci, Thomas estava lá embaixo, deitado no sofá, só de samba canção, estava lindo como sempre, assistia a uma série, stranger things havia acabado de lançar e me convidou para assistir, perguntei de Dean:
[Thomas]
- Ele foi embora cedo, disse que seus pais iam ficar preocupados.
[Eu]
- E sua mãe volta quando ?
[Thomas]
- Depois do fim de semana, aliás quer passar ele aqui? (Disse com um sorriso bobo e as bochechas coradas).
Eu respondi que não podia, pois meus pais iam ficar preocupados e me encher de perguntas, mas que gostaria muito. Ele ficou meio aborrecido mas concordou, me chamou para maratonar alguns episódios com ele, eu aceitei, sentei ao lado dele, ele passou o braço sobre o meu ombro e ficamos a tarde assim, abraçados e assistindo.
Voltei para casa, como previsto, minha mãe me encheu de perguntas mas ficou suave depois, passei o dia conversando com Thomas pelo WhatsApp, parecia que o assunto não acabava e eu estava gostando muito daquilo, mas ansiava pela segunda, para que pudesse vê-lo e ficar um tempo junto.
Naquelas duas noites eu não consegui dormir direito, e quando me dei conta já era o horário de levantar, tomei meu café, peguei meus fones e sai, no caminho eu estava cantando e as pessoas olhavam para mim como se eu fosse retardado, acho que estava sendo naquele momento, mas segui mesmo assim.
Cheguei na escola um pouco antes do horário o que era muito incomum, pois só chegava atrasado, sentei no meu lugar como de costume, demorou um tempo para o Dean chegar e quando ele apareceu na porta e olhou pra mim ficou vermelho, mas sorriu e veio na minha direção, sentou na minha frente como já estava fazendo a um tempo e começamos a conversar.
[Dean]
- Eai bonitão, como cê tá?
Soltei umas risadas.
[Eu]
- tô bem e você?
[Dean]
- aposto que sim, depois desse final de semana... (Com tom malicioso).
Rimos e de repente Pedro chegou, fez uma cara de poucos amigos pra nós e veio em minha direção, disse que queria conversar, eu assenti e ele sentou do outro lado da sala. Ele já estava fazendo isso há um tempo, desde o acampamento quando começamos a nos afastar, eu gostava dele muito, mas desde de lá ele mudou, estava mais na dele, tinha novos amigos do outro lado da sala, conversávamos as vezes, mas só sobre assuntos rasos, sentia sua falta...
Eu tinha uma estranha mania de ficar pensando as coisas e me desligar do mundo, não percebi quando Thomas chegou e ficou conversando com Dean, só depois de um tempo quando ouvi as risadas.
Olhei para ele e não pude conter o meu sorriso, que ele subitamente correspondeu, ele estava muito bonito aquele dia, talvez mais do que o normal, veio em minha direção e sentou atrás de mim e disse Oi, virei e o respondi, ficamos nos olhando um pouco meio bobos, até que o Dean avisou que estavamos dando pala.
Eu virei e tentei disfarçar, ele fez o mesmo, por algum motivo não sentia segurança para assumir nada, acho que nem ele.
Cíntia veio até nós e nós encheu de perguntas sobre o tal rolê, achou estranho Thomas estar atrás de mim, na verdade todo mundo achou, só disfarçaram melhor do que a ela.
Passou algumas aulas e deu o horário do intervalo, os amigos de Thomas ficaram pistola por ele ter mudado de lugar e foram ter dr de hétero com ele, achei graça, mas foi o quando Pedro me chamou.
Descemos as escadas e fomos até o parque, então ele começou a falar:
[Pedro]
- poxa cara, eu vou ser sincero contigo, eu estou mal, tô me sentindo estranho e parece que você não dá bola pra mim, é sempre frio, principalmente depois da conversa com Marcos...
[Eu]
- cara não é isso, só senti que você precisava do seu espaço para pensar, sla parece que várias coisas estão acontecendo, você tá seguindo sua vida e eu to paradão na mesma e a gente tá se afastando cada vez mais, eu detesto esse joguinho de desinteresse que tenho que ter contigo porque, vejo que sou pique seus esquema.
[Pedro]
- não é, não tô seguindo nada, já você com o Thomas, não posso dizer o mesmo.
[Eu]
- cara você é meu amigo, você sabe que eu gosto de você, talvez seja por isso que você se afaste e eu sinceramente, não sei como te trazer de volta, eu não quero que as coisas se estraguem entre a gente e se um dia você sumir eu vou lembrar de tudo o que você já foi pra mim.
[Pedro]
- tudo bem então, não vou sumir.
Me senti estranho depois dessa conversa, parecia que havia gerado um vazio ainda maior dentro de mim, voltamos para a sala e Thomas frisou os olhos para nós que foi correspondido pelo Pedro, eu fiquei meio sem graça com a situação e fui sentar no meu lugar, os amigos de Thomas ainda estavam em cima dele e eu fiquei falando com o Dean, perguntei a ele como ele estava se sentindo depois das coisas, ele dava umas risadas e falou baixo no meu ouvido:
[Dean]
- cara a verdade é que, sla eu tenho medo dessas coisas, eu não gostei muito de ter dado, ardeu um pouco (rimos) e tipo, eu gosto de mina tá ligado? Acho que só topei esse lance do Thomas, por curiosidade e parecia ser algo dahora.
Perguntei qual a história do lance e ele continuou:
[Dean]
- então em algum momento de algum role, eu falei pro Thomas sobre essa curiosidade minha e daí a gente foi ficando mais íntimo, porque ele disse que também tinha coisas semelhantes, mas estava confuso, porque não sabia se era atração ou sentimento por um certo alguém.
Confesso que dei um sorriso bobo.
[Dean]
- daí no rolê, vimos você com o Marcos e ele já ficou meio aborrecido e de repente você tava sozinho, foi aí que pensei, nossa chance.
Dei risada e perguntei se eu era a cobaia deles. Ele riu e disse:
[Dean]
- não man, é que eu já queria falar contigo, mas se parecia mó fechado, fora que não ia ter vibe de dar uns pega no Thomas, ele já tava meio que na sua.
Nesse momento Pedro colocou a mesa dele ao lado da minha, olhou pra nossa cara e sentou do meu lado como se fosse algo normal. Ficamos com uma cara de confusos e ele disse:
[Pedro]
- pode continuar, ou tão de segredinho?
Eu dei uma risada tentando disfarçar e o Dean mudou de assunto. Disse que estava pedindo conselhos de como chegar na Cíntia. Pedro fingiu que acreditou mais se entrosou no assunto, podia sentir o ódio exalando da mesa atrás de mim e o Pedro também, parece que aquilo tava dando satisfação para ele.
Terminou a aula e Thomas saiu rápido junto com seus amigos o Dean foi atrás, só ficando eu e Pedro na sala. Questionei o que ele estava fazendo e ele respondeu que estava marcando o que era dele, eu dei risada e lembrei dos momentos quando ele fazia isso com seus esquemas e me contava, queria acreditar que aquilo fosse ciúmes, mas no fundo, no fundo, nunca achei que ele gostasse de mim dessa forma, então só deixei as coisas como estavam, afinal de contas, não podia ficar em cima do Thomas para não dar pala.
Aquele dia passou lentamente e me lembrou dos velhos tempo em que andávamos juntos e falávamos sobre tudo que estava acontecendo um com o outro, as besteiras e tudo mais, no fim do dia ele me chamou pra ir na sua casa jogar, fez questão de falar alto o suficiente para Thomas ouvir, que não demonstrou sentimento algum, falei que ia pensar, mas a real é que eu tava super afim de ir.
Tentei falar com Thomas antes dele ir, mas seus amigos estavam o cercando de todas as formas, me despedi do Dean e fui para a casa de Pedro.
Chegando lá a mãe dele já veio me perguntando o motivo do meu sumiço, falou que tava achando que tinha brigado com Pedro, mas que provavelmente eu tinha razão, dei risada e fomos para o seu quarto, a gente ficou jogando um jogo online juntos, ganhamos várias seguidas, estávamos nos sentindo os fodoes, as vezes ele chegava perto de mim e logo depois se afastava, mas naquela altura do campeonato, eu já estava conformado com a situação. Depois de um tempo sua irmã chegou da escola e veio falar comigo, ela era bem fofinha e daí ela começou a perguntar se eu conhecia a namoradinha de Pedro, me fiz de desentendido e continuei a escutar, daí ela falou que era uma mina super legal e bonita e que tinha o cabelo de arco íris, na hora bateu uma raiva em mim, essa era a mina que sentava do outro lado da sala e que já tava bem amiguinha dele.. olhei para ele que fez uma cara de pouco caso e fui logo embora.
Chegando em casa vi que tinha mensagem de Thomas, perguntando onde eu tava, o que tava fazendo, com quem, ler aquilo me irritou um pouco, não gosto de gente sendo possessiva, desconversei, mas naquele dia eu já tava bem irritado.
Cheguei em casa, tomei banho e fui direto para a cama.
Acordei no outro dia mais de boas, fui para aula mais cedo e quando cheguei, Thomas já estava lá, no seu antigo lugar, falei com ele e o chamei para dar uma volta no parque, ele aceitou e fomos. Era manhã, o sol tava começando a aparecer e tava um friozinho gostoso, havia um lugar no parque apelidado de ruínas, onde tinha literalmente umas paredes em ruinas entre as árvores, era muito bonito, fomos meio escondidos para não chamar muita atenção. Chegando lá ele me empurrou contra a parede e já foi me beijando, falou que estava com saudades, eu disse que também, ele não era muito de demonstrar qualquer coisa e eu também não, por isso foi uma coisa diferente, ficamos um tempinho nos beijando e as coisas tavam começando a esquentar demais.
Então ele disse que devíamos voltar, pois a aula já era horário da aula e o pessoal poderia começar a suspeitar.
Eu concordei e por algum motivo estava sentindo certo tesão nessa brincadeira, por mais que acreditasse que todo mundo levaria numa boa, tanto eu, como ele, ainda tinhamos certo receio, receio que vocês também devem imaginar.
Enfim, voltamos para a aula e entramos juntos, lembrando disso agora, percebo que não estávamos sendo nada discretos. Sentei no lugar de sempre, Dean já me olhou com um sorriso malicioso e quando sentei, ele me deu um soco leve.
[Dean]
- não estão se segurando né safados?
Olhei para ele com o rosto vermelho, não conseguia disfarçar meu riso de vergonha, então mandei ele se fuder. Ele tava sendo um amigo bem legal e passava muita confiança, apesar de nos conhecermos a tão pouco tempo.
Durante a aula ficamos trocando olhares o tempo todo, as vezes eu me perdia em pensamentos olhando para ele, até que novamente Pedro sentou ao meu lado.
Ficou um tempo sem falar nada, até que me incomodei e perguntei o que ele queria.
[Pedro]
- conversar.
[Eu]
- então fala ué.
[Pedro]
- puxa o assunto.
Revirei os olhos e tentei prestar atenção na aula. Depois de um tempo, Marcos e Cíntia se aproximaram, perceberam o clima estranho e nos encheram de perguntas, eu disse que estava tudo bem, mas estava na cara que mentia.
Cíntia para quebrar o gelo começou a falar sobre várias besteiras de sexo, dando certo até, porque ficamos rindo. Ela falava sobre as experiências sexuais frustrantes dela.
[Cíntia]
- aí meninos, preciso desabafar, estava falando com o Marcos sobre nossa experiências frustrantes, vocês tem alguma ?
Eu fiz cara de paisagem e disse que não, Dean me acompanhou, já Pedro deu um sorriso soberbo e falou que com ele junto, não tinha como ter nada frustrante. Rimos um pouco.
[Marcos]
- eu tenho, eu tenho.
[Cíntia]
- conta ai.
[Marcos]
- tudo começou numa bela quinta feira, estava eu e meu boy anônimo, a gente tinha marcado de se encontrar para comer algumas besteiras, mas até parece que vou fazer a chuca, só para comer besteira né ?
Rimos e ele continuou.
[Marcos]
- enfim, papo vinha, papo ia, decidi tomar atitude, falei que queria visitar o estacionamento do shopping, que tinha vários andares negativos, ele topou e fomos. Começamos a nos beijar de boas, as coisas tavam esquentando, procuramos um lugar mais reservado e fomos para a escada de incêndio. Até aí tudo bem.
-Voltamos a nos beijar, comecei a passar minha mão pelo seu corpo, tirei sua blusa, comecei a fazer uns chupões no seu pescoço, depois no seu peito, ele começou a fazer o mesmo, coloquei a mão dentro da cueca dele, o pau dele já tava melado e pulsando bastante, adorei aquilo, comecei a masturba-lo, e via sua cara de tesão naquilo, abaixei a calça dele, e comecei a bater uma punheta rápida, olhando para o rosto dele, eu queria instigar, depois comecei a dar umas lambidinhas na cabeça dele, ele já tava bem ofegante naquela hora, acho que era a primeira vez, aproveitei e coloquei tudo na boca, senti até um engasgo, ele gemeu, então comecei a chupa-lo com movimento rápidos, ia e voltava, apertando sua bundinha e chupando mais, não demorou muito e ele já queria gozar, quando ele gozou eu continuei a chupa-lo, para ver ele se contorcendo, até que ele implorou que eu parasse. Levantei e ele começou a fazer em mim, meio tímido, fez devagarinho, até que pegou o jeito, naquele momento eu tava muito afim de fuder ele, o levantei, virando de costas, comecei a beijar seu pescoço seu ouvindo e a sarrar meu pau na bundinha dele, para cima e para baixo, bem devagar, senti seu pau duro novamente, peguei nele e comecei a bater uma, acompanhando minha sarrando, toda vez que subia eu abria, toda vez que descia eu fechava, até que não aguentei e coloquei para dentro, bem devagar, mas por algum motivo já tava bem lubrificado, pensei, "não deve ser a primeira dele", comecei a bombar devagar e ele segurava seus gemidos, quando comecei a bombar rápido e ele já não continha mais seus gemidos abafados e nem eu, quando tirei meu pau, a camisinha estava marrom, cheia de coco, brochei na hora. Ele me pediu desculpas e tals, eu desculpei mas eu fiquei com nojo, acabou que nem gozei, voltamos pra casa e foi isso.
Havia uma tensão no ar até o momento que Marcos falou isso, depois ficou um clima estranho, disfarçadamente percebi que Pedro tava meio duro durante a história o Dean não dava pra ver, já que estava na carteira da frente. Mas não fui o único a reparar, Marcos estava cheio de olhares para ele e Cíntia para o Dean, acho que havia alguma coisa no ar que não tinha pego.
[Cíntia]
- boa Marcos, quer dizer, péssimo né hahaha, parece que temos uns menininhos acordados por aqui, valeu pelos detalhes ma.
Fiquei meio em choque, Pedro e Dean levaram mais de boas.
[Dean]
- ah Cíntia, cu é cu né, não importa de quem seja (em tom de ironia).
Rimos novamente, nessa altura do campeonato, já tinha entendido que Marcos era amarradão em transar em lugares públicos.
Então o professor olhou em nossa direção e chamou nossa atenção, voltamos a ficar quietos.
No fim do dia, combinei de ir embora com Thomas, afinal pegavamos metrô no mesmo sentido, fomos eu, ele e Dean, mas sla com o Dean próximo, não ficamos desconfortáveis, sentamos no mesmo banco, aos fundo do vagão ele passou seu braço sobre meu ombro e eu fiquei meio escorado nele, foi uma sensação muito boa, mas não durou muito, chegamos e tivemos de nós despedir, esperamos a estação ficar vazia e demos um beijo um pouco demorado, logo depois cada um seguiu seu caminho.
Gostaria de ter um feedback se continuo os contos de maneira direta sem muitos detalhes do contexto ou se acham melhor nesse formato.