A preocupação de Lucas na segunda-feira era intensa. Afinal, havia transado com sua secretária e agora não sabia como ia ser o clima entre os dois no escritório. Não que se arrependesse pela transa, mas sim por saber que teria que, no mínimo, remover Roseli para outra seção e isso não o agradava, pois afinal, nesses últimos meses sua vida fora facilitada em muito pela eficiência dela e esse era o único motivo que o preocupava. Sobre a transa, ele já sabia que, se dependesse dele, iria se repetir muitas e muitas vezes, pois nunca se sentira tão satisfeito em estar com uma mulher.
Todavia, sua preocupação mostrou-se inútil. Roseli se apresentou para o trabalho na segunda-feira e agiu com se jamais tivesse visto Lucio fora dali. Seu comportamento e eficiência continuaram da melhor forma possível e se alguma coisa mudou foi o comportamento dela que, se antes ainda fazia algumas brincadeiras com ele durante o expediente, com comentários maliciosos ou fazendo piadas de suas dificuldades, isso agora mudara. Lucio esperou até quinta-feira quando então decidiu que, se a jovem não mudasse, ele não faria nada.
E foi o que aconteceu. Trabalhavam juntos durante o dia e pelo menos dois dias da semana Roseli ia para o apartamento de Lucio e passavam as noites juntos, transando enquanto ele tinha força para isso, pois se dependesse de Roseli eles não parariam nunca. Para ele parecia viver num mundo encantado onde todos os seus desejos eram realizados. Um bom emprego, uma secretária em quem confiava e até se permitia a compartilhar responsabilidades e uma mulher que realizava todos os seus desejos. Quer dizer, todos não, faltava apenas um, pois todas as vezes que insinuava querer fazer sexo anal com Roseli, Lucio era impedido por ela que, sempre com a mesma frase, dizia que ele ainda não fizera por merecer sua bundinha.
Lucio chegou até a pensar em morarem junto e a proposta foi imediatamente rechaçada por Roseli que, com muita sinceridade, disse para ele que ela ainda precisava ter uns dias só para ela.
Os finais de semana eram mágicos. Quando não se fechavam no apartamento dele e transavam o tempo todo, viajavam para algum lugar bucólico que as fazendas nas cercanias e o Pantanal tão próximo tinham de sobra. Porém, pouco tempo sobrava para desfrutar das belas paisagens, pois na maior parte do tempo transavam.
Assim foram se passando os meses. No aniversário de Lucio seus pais vieram da cidadezinha paulista para passarem uma semana com ele e Roseli os conquistou de tal forma que o casal voltou para casa certos de que seu filho havia sido fisgado e não demoraria em se casar com uma linda mulher. Assim era Roseli. Dócil e meiga a ponto de conquistar a admiração de todos e, ao se dedicar a pratica de sexo, tornava-se uma verdadeira fera descontrolada.
Houve um dia em que, por brincadeira, Lucio comentou em tom de brincadeira que ele sozinho não dava conta dela, que precisaria arrumar outro homem para ajudar. Ficou pasmo quando ela, fazendo cara de safada, respondeu que isso não seria uma má ideia.
Aquilo ficou na cabeça de Lucio, assim como ficara a última frase que ela falara ao celular com Janaína no final de semana em que transaram pela primeira vez. Era algo que, se não chegava a incomodá-lo, sempre voltava em sua cabeça. A respeito dessa última, também lhe incomodava o fato de que a amizade entre Roseli e Janaína não se desfazia. Para piorar, Janaína tinha um temperamento mais forte, era do tipo mandona e foram várias vezes em que os três estavam juntos que Lucio se incomodava com a forma que sua amada era tratada pela amiga. Mas, nas poucas vezes que comentou isso, Roseli sempre defendia a amiga dizendo ser esse o jeito dela e que no fundo ela era uma pessoa adorável.
No início do ano seguinte, quando a situação dos dois trabalharem juntos começava a dar sinais de desgastes, com comentários por toda a empresa, a situação se resolveu por si só. Roseli, agora começando o terceiro ano do curso de direito ela foi convidada a trabalhar num escritório de advocacia, o que para ela era vantajoso, pois poderia considerar esse emprego também como estágio e assim não precisaria mais se preocupar com essa etapa de seu curso. Muito a contra gosto Lucio teve que concordar com a saída de Roseli e preparou-se para uma nova maratona para contratar nova secretária. Depois de duas entrevistas mal sucedidas, ouviu da namorada a sugestão:
– Lucio, por que você não contrata a Janaína. Ela está no quarto ano de Administração de Empresas e fez no ensino médio ela fez o curso Técnico de Secretaria.
– Nem pensar, ela é muito mal educada e mandona.
– Nossa! Que implicância! Só você que não vê o quanto a Jana é uma pessoa legal.
– Muito ao contrário, só você que não enxerga os defeitos dela. – Retrucou Lucio.
– Tudo bem então. Vou dar outra sugestão. Dê uma chance a ela. Se em dois meses você não estiver satisfeito, eu mesma dou um jeitinho dela pedir para sair. Você não vai precisar nem demitir a ela.
– Bem capaz que você possa dar um jeitinho. Ela que vive mandando em você.
– Você que pensa! – Disse Roseli, que logo em seguida parece ter se arrependido do que disse e tentou consertar. – Quero dizer, não é nada do jeito que você pensa. Ela é muito séria nas coisas que faz. Vai amor, quebra esse galho. Ela está precisando tanto.
– Tudo bem então. Pede para ela passar no RH da empresa. – Em seguida, ficou em silêncio por um curto período e ao ver que a namorada não dizia nada, informou: – Mas eu não prometo nada. Ela tem que se dar bem na entrevista.
– Tenho certeza que você vai adora os serviços dela.
Só depois de muito tempo, conversando a respeito de assuntos variados e de terem citado o nome da morena é que Roseli o lembrou disso, dizendo em tom de brincadeira: “Eu não disse que você ia adorar a Janaína?”
Janaína compareceu no dia seguinte, fez a entrevista tendo deixado Lucio impressionado, porém, em virtude da amizade que a moça tinha com sua agora namorada, pois depois de Roseli ter se demitido de seu cargo de Secretaria os dois finalmente assumiram o namoro, Lucio achou que não era uma boa ideia contratá-la, entendendo que a proximidade de Janaína e Roseli poderia causar problemas no futuro. Mais uma vez, estava enganado. As demais candidatas não se mostraram páreo para a morena e, sem ter uma alternativa melhor, o jovem gerente acabou por concordar em aceitá-la. E mais uma vez demonstrou estar enganado.
Se Roseli era eficiente e conseguia manter a seriedade, mesmo depois de ter ido para a cama com o chefe, Janaína impunha respeito. Talvez por seu porte físico, pois se tratava de uma mulher com estatura acima da média ou então por ser direta, nunca procurando desvios ao tratar de assuntos profissionais, indo direto ao assunto. É certo que essa faceta da personalidade da moça chegou a causar reclamações, pois os demais gerentes e até alguns funcionários subalternos chegaram a reclamar disso, porém, como ela nunca passava dos limites, sempre se dirigindo aos demais demonstrando respeito e educação, isso acabou por se tornar um ponto positivo ao olhar de Lucio.
Os meses foram se passando e a vida parecia perfeita para Lucio que agora era candidato certo para ocupar o lugar de número um na filial da empresa, uma vez que, por motivo de doenças, o diretor pedira para retornar ao Estado de São Paulo, onde estaria teria atendimento que o câncer que contraíra necessitava. Janaína, em segredo, torcia pelo chefe na esperança de que ela a conduzisse com ele. Mais um aniversário de Roseli se aproximava e as comemorações estavam marcadas para se realizarem num sábado, em um clube de campo que fora alugado por seus pais. Lucio resolvera oficializar o noivado entre eles no dia da festa, porém, mantinha essa sua intenção em segredo. Assim, comprou as alianças sem a ajuda de ninguém e esperava ansioso o momento de surpreender a sua amada.
Mesmo assim, no dia correto do aniversário de Roseli, uma quinta-feira, resolveu levar um presente para ela. Como decidiu isso de repente, não a avisou. Ligou para um restaurante da moda reservando uma mesa, comprou uma pulseira de ouro e foi para casa. Tomou um banho demorado, ligou para Roseli que atendeu ao celular dizendo que estava na Faculdade. Vestiu-se com apuro e foi em direção ao encontro dela, tendo a certeza de que ela não se importaria em faltar às aulas daquele dia e sair com ele. Conversou com o pessoal da portaria que concordaram em permitir a sua entrada e dirigiu-se à sala de aula dela, seguindo o caminho que os funcionários da Faculdade lhe indicaram. Para sua surpresa, foi informado que Roseli não comparecera ali naquele dia.
Ela lhe mentira quando dissera que estava assistindo às aulas. Um pouco chateado, voltou ao seu carro e rumou para a casa da namorada. Lá chegando, obteve a informação de seus pais que ela saíra de casa dizendo que iria até a Faculdade. Agora, sabendo que a namorada não mentira apenas para ele, mas também para seus próprios pais, Lucio entrou num processo de ansiedade, imaginando onde ela estaria, já pensando nas piores possibilidades, pois, pensava ele, se ela mentira duas vezes, alguma coisa correta e lícita não estaria fazendo. Sem saber o que fazer, agradeceu ao convite de seu futuro sogro para aguardar pela namora na casa dela e retornou para o carro. Ligou para o celular dela que tocou até dar a mensagem de caixa postal. Tentou novamente e dessa vez deu fora de área ou aparelho desligado. Imaginando centenas de lugares onde poderia procurar por ela, não conseguiu se decidir por nenhum e foi ficando por ali fazendo chamadas a cada cinco minutos, sempre obtendo o mesmo resultado e chegando a conclusão de que, após a primeira ligação, Roseli desligara seu aparelho e isso acabou de vez com seus nervos.
Depois de uma hora parado e sem saber o que fazer, ouviu alguém batendo no vidro da porta do carona de seu carro e viu o pai de Roseli que, com a mão direita, fazia sinal para que ele baixasse o vidro.
– Só vim avisar para que você não fique preocupado. Minha mulher disse que a Roseli saiu com a Janaína.
Um pouco mais avaliado, apenas um pouco, pois ainda martelava na mente de Lucio as mentiras da namorada, tanto para seus pais como para ele mesmo. Imaginando o que estaria Roseli escondendo, pois quem mente é porque está escondendo alguma coisa, saiu com o carro em direção à casa de Janaína que ficava próximo de onde estava. Estacionou o carro e ficou indeciso quanto a tocar o interfone ou aguardar mais um pouco. Estava nesta dúvida quando virou a esquina uma motocicleta do tipo Biz e manobrou em direção à entrada da garagem da casa, parou e a motorista, pois a luz do poste em frente a casa permitia a visão do corpo esguio e alto que, enfiando a mão no bolso sacou um controle remoto e o portão se abriu. Na garupa havia outra mulher. Antes do portão se fechar, Lucio conseguiu visualizar a ocupante da garupa que, tirando o capacete deixou a mostra os cabelos loiros cortados na altura do ombro. Não teve dúvidas de que se tratava de sua namorada. Já ia se levantando e chamando por sua namorada quando parou estarrecido com a cena que se desenrolou. Através da grade da frente da casa e algumas plantas do jardim, viu quando Roseli, puxando os cabelos de Janaína até que essa se virasse para ela e abaixasse a cabeça. Em seguida, os rostos das duas foram se aproximando e um beijo intenso e apaixonado aconteceu.
Sem fôlego, Lucio subiu o vidro da porta do carro que acabara de abaixar e, protegido pelo insufilme, viu o beijo das duas ir se prolongando enquanto a mão direita de Roseli, que já soltara o cabelo da amiga, deslizou pelo seu corpo até a altura da cintura, entrou por baixo da blusa de seda negra que a outra usava e voltou a subir, até atingir o seio esquerdo da morena. Após os beijos ele ainda pode vislumbrar o sorriso das duas que, de mãos dadas, se dirigiram para o interior da casa, sumindo pela porta que Janaína, utilizando-se de chave que portara, havia aberto, enquanto Roseli a abraçava por traz, levando as duas mãos até o seio dela por cima da blusa.
Estarrecido, sem querer acreditar no que seus olhos lhe mostraram, Lucio demorou algum tempo para reagir e quando o fez, deixando de lado qualquer cautela correndo o risco de ser visto por alguém que certamente chamaria a polícia, correu para a grade que foi escalada e pulou para dentro do quintal. Correu para uma janela de vidro, porém, não viu mais ninguém na sala. Nesse exato momento foi atraído pelo clarão de uma luz que se acendia na lateral da casa. Esgueirou-se por um corredor estreito e, abaixado, pode ter a visão de um quarto relativamente modesto, onde as duas se encontravam paradas ao lado de uma cama, num outro beijo de tirar o fôlego. A janela também era de vidro, mas possuía uma cortina com aproximadamente 20 centímetros aberta, o que lhe dava a visão de grande parte do interior do cômodo. Estava ainda prestando atenção nos móveis, quando a porta que ficava na mesma direção da janela, na parede oposta, foi aberta e as duas apareceram, ainda de mãos dadas e rindo e pararam ao lado da cama.
Tomando o cuidado para não ser visto, assistiu quando Roseli, num gesto brusco, arrancou a blusa de Janaína pela cabeça e começou a desafivelar o cinto de sua calça jeans, abrindo o botão e puxando para baixo. Em questão de minutos a morena estava apenas de calcinha, pois não usava sutiã, quando então foi empurrada com certa violência, caindo de costas sobre a cama, onde permaneceu imóvel, enquanto a loira, de forma sensual, começou a desabotoar o vestido jeans até abri-lo totalmente. O vestido foi jogado de lado e Lucio pode ver que ela estava nua, não usando sutiã ou calcinha, mas apenas uma cinta liga que prendia suas meias de seda. Apesar da surpresa e da raiva que havia tomado conta de seu ser, Lucio não pode deixar de admirar a sensualidade daquela gata que se exibia para sua amiga, ou seria, amante.
O efeito que Roseli causava em Lucio sempre fora esse. A baixinha e frágil loirinha se agigantava quando se despia. A impressão é que crescia e de garotinha suave e dócil, se transformava em uma mulher sensual que, com um desejo insaciável, entregava-se ao jogo de sexo, quase sempre usando do corpo do namorado para obter prazeres que parecia nunca se extinguir e só depois de gozar muitas vezes, e também proporcionar prazer a ele, caia extenuada ao seu lado e voltava a ser aquela menininha.
E a selvagem que habitava o interior daquela loirinha parece que aflorou mais forte ainda. Quando Lucio esperava que ela se deitasse ao lado ou sobre sua amante e voltasse a beijá-la, Roseli simplesmente segurou a calcinha minúscula que Janaína usava e num safanão a arrancou, rasgando a peça. A xoxota de morena, com fartos pelos se mostrou por inteiro ao estarrecido observador que não pode deixar de notar que ela brilhava com a umidade que o tesão que sentia fazia escorrer de sua buceta. De onde estava pode ouvir sua namorada dizer:
– Já está toda melada, não é sua vadia! – A voz de Roseli era rouca e grave. – Não consegue nem esperar que eu chupe seu enorme grelo, vagabunda?
Lucio, com a atenção despertada pelo que a namorada acabara de dizer, prestou atenção e viu que um grelo, com cerca de dois centímetros se destacava entre os pelos negros que cobriam a buceta de Janaína. Mas essa visão foi muito rápida, pois Roseli já estava se abaixando e, abrindo as pernas de sua amante para deixá-las bem aberta, foi se abaixando e abocanhando o grelo que, de tão duro, apontava para ela.
Foi um verdadeiro massacre erótico. Durante o tempo todo que Lucio permaneceu ali, como expectador, viu que a energia que a loira tinha quando estava na cama com ele não era nada, comparado com o espetáculo que assistiu. Janaína foi chupada, invadida por até três dedos de Roseli que alternava seus dedos entre a xoxota e o cuzinho e só parava de chupar o grelinho da amante para chamá-la de puta, vadia, vagabunda, biscate, entre outras coisas.
Janaína, largada na cama, parecia gozar sem parar e só gemia. Só se atreveu a falar quando Roseli, num ímpeto de tesão, começou a enfiar a mão inteira na buceta da morena. Ela levantou a cabeça e pediu para que Roseli não fizesse aquilo, que iria doer. Então nova surpresa. Levantando o rosto e tirando a mão que já se encontrava enfiada até a metade na buceta da outra, desferiu. -lhe um tapa forte, a ponto do estalo ser ouvido claramente para o observador estarrecido, enquanto dizia:
– Cala a boca sua biscate vagabunda. Quem te disse que você pode falar?
Janaína se atirou para trás e calou-se, mas Roseli continuou com os insultos:
– Abre essa perna logo vadia. Abre que eu quero foder muito essa sua buceta de putinha.
Foi atendida e Roseli voltou a se dedicar a dar o trato que vinha dando na buceta da amiga. Como uma pessoa sedenta que, após dias no deserto, se deparava com uma fonte de água limpa, voltou a chupar a buceta de Janaína, com dois dedos enfiados no cuzinho dela. Quando Janaína, aos gritos, começou a gozar mais uma vez, ela afastou a cabeça e começou a enfiar a mão na xoxota da morena. Primeiro enfiou quatro dedos para depois, juntar o polegar aos demais, foi enfiando a mão inteira que entrou até o pulso. Quando Janaína gemeu um pouco mais alto, levou um tapa com a mão livre na coxa e Roseli mandou que ela se calasse. Então Janaína abriu o máximo que pode as pernas, levantando-as num ângulo reto com seu quadril e Lucio pode ver que a mão de Roseli desaparecera entre aquele vasto tufo de pelos negros e brilhantes com a umidade que a boca da amante ali deixara, além, é claro, dos inúmeros orgasmos que já tivera.
Como Janaína estava deitada atravessada na cama, Roseli esticou a mão livre até um criado mudo que ficava ao lado da cabeceira da mesma, abriu a gaveta e dali tirou um pênis de borracha de dezessete centímetros e bastante grosso, imitando com perfeição um pau. Colocou o vibrador na boca e o chupou por alguns segundos, deixando-o bem melado e depois foi enfiando, sem dó o qualquer outra preparação, no cu de Janaína que gritou de dor a ter aquilo invadindo seu cuzinho, enquanto a mão inteira de Roseli enfiada na sua buceta não parava de se mexer. Roseli mandou que ela se calasse e o que se ouviu foi um gemido de pura dor. Porém, logo os gemidos foram se modificando e passaram a ser de puro prazer. Não demorou em que Janaína gritasse novamente, anunciando que estava gozando novamente.
Lucio, agora com o pau totalmente duro, assistia aquela cena e viu quando, sem dar descanso à morena, Roseli tirou a mão da sua buceta, deixando ainda o vibrador totalmente enfiado no cuzinho dela e foi para cima da cama. Ficou em pé, com cada um dos pés ao lado do rosto dela e foi se abaixando, até encostar sua bucetinha loira na boca enorme e sensual da morena que, sem pensar, começou a chupá-la intensamente, mas não o suficiente para acalmar a fúria de Roseli que, agarrando em seus cabelos, puxou sua cabeça de encontro a sua buceta, enquanto continuava a ofendê-la até não poder falar mais, pois quando gozou, foi de uma forma tão violenta que apenas conseguia gemer tentando falar palavras, mas que eram apenas grunhidos. Totalmente suada e extenuada, deixou-se cair com a cabeça sobre o travesseiro que até então repousava na cabeceira da cama.
Janaína, lânguida e preguiçosamente, começou a se movimentar até se colocar ao lado de Roseli, passando a cobrir sua cabeça e rosto de beijos, declarando um amor intenso e eterno.
Lucio, de seu ponto de observação, gozara ao mesmo tempo em que Roseli e agora refletia sobre o que vira. A primeira coisa que lhe veio à cabeça foi a inversão de comportamento que acabara de assistir, pois no dia a dia, Roseli era a doce, pura ternura, enquanto Janaína era a mandona que, muitas vezes, não se contentando em dar ordens ou demonstrando implicâncias descabidas com a amiga, chegava mesmo a insultá-la ou a ridicularizá-la, enquanto na cama, fora totalmente submissa, ao passo que Roseli, deixando todo o seu jeito de garotinha pura do lado, se transformara numa devoradora. E devoradora de bucetas.
Depois disso, vieram outros pensamentos e constatações. A declaração de amor que Roseli fizera ao telefone na sua frente, no dia em que transaram pela primeira vez e outras ocasiões em que Roseli simplesmente desparecia em algum final de semana ou durante uma noite, sem nunca se explicar quanto ao seu paradeiro. Aquela relação, ao que tudo indica, era antiga. Mais antiga até que o seu próprio relacionamento. Intrigado, ficou a imaginar como podia, sendo sua namorada tão dedicada a ele, ter um relacionamento lésbico há tanto tempo e ele nunca ter percebido nada. Mas esses pensamentos o abandonaram quando percebeu que as duas, já refeitas, estavam conversando e, de onde ele estava, pode acompanhar claramente o diálogo.
– Você vai mesmo se casar com o Lúcio? – Perguntou Janaína demonstrando ao mesmo tempo tristeza e preocupação.
– Lógico que vou. Eu amo o Lúcio.
– E eu? Não é a mim que você ama? – Janaína dava sinais que, se a conversa se prolongasse, iria cair em prantos.
– Deixa de ser boba, Jana! Eu já te falei que nunca vou deixar de te amar.
– Mas casada com ele você não vamos mais poder ficar juntas.
– Lógico que vamos sua boba. Já faz mais de um ano que estou com ele e nunca deixamos de transar por causa disso.
– E o Ronaldo?
Ao ouvir esse nome, Lucio gelou. Ronaldo era um primo distante de Janaína que estava sempre com ela quando ela o acompanhava e a namorada em alguma balada. Um cara quase da mesma estatura que ele, pele morena, de um tom ainda mais escuro que o de Janaína, olhos azuis e demonstrava se dedicar a prática de algum esporte, pois era musculoso e tinha o corpo bem formado. Sua idade, conforme fora dito por sua prima, era de dezenove anos, portanto, um ano mais novo que as duas. A surpresa de Lucio foi-se transformando em raiva enquanto o diálogo das duas seguia:
– O que tem o Ronaldo? Eu já te disse que nada vai mudar entre a gente.
– Mas você vai ter coragem de transar com ele depois de casada?
– Lógico que vou. Para com essas bobagens Janaína. Vai dar tudo certo e vamos continuar sendo muito felizes e, – Roseli fez uma pausa para olhar nos olhos de sua amante e depois completou, – vamos gozar muito juntos. Nós três.
– Não sei não Rô. Isso ainda vai dar rolo. Já pensou se o Lucio descobre?
– Já pensei sim. E nem me pergunte, eu não sei o que faria se o Lucio me deixasse. Eu amo ele demais.
– Ama demais e transa com o Ronaldo?
– Jana, entende uma coisa de uma vez por todas. – Nesse instante Roseli já tinha levantado o tronco, se virado e, apoiando o rosto nas mãos e os cotovelos apoiados na cama, olhava nos olhos da amiga. – Amor é sentimento, é algo que vem de dentro, sexo e prazer é de fora, é da pele, é físico.
Aquilo parece que aborreceu Janaína que, com a voz embargada por um quase choro, desabafou:
– É isso então? Você quer dizer que comigo é só sexo?
Roseli pensou um pouco e já ia começar a se explicar, pois nessa altura a selvageria do sexo já a abandonara e voltara a agir com ternura, porém, algo aconteceu que interrompeu seus pensamentos e o sangue gelou suas veias.
A casa vizinha era um sobrado. Uma janela na parte alta da casa se iluminou com uma luz que se acendia enquanto a janela era aberta. Lucio, que não esperava por aquilo, se assustou e movimentou-se para o lado para sair do foco da janela do quarto de Janaína, porém, esbarrou em uma garrafa fazia que tombou, levando mais duas com ela e, no silêncio da noite, o barulhos das garrafas caindo soou como se um alarme tivesse sido disparado. Imediatamente, o vizinho, um senhor já de idade, olhou para baixo e viu o vulto dele tentando se equilibrar e gritou:
– Quem está aí?
Roseli deu um pulo da cama, correu até a janela e afastou a cortina a tempo de ver seu namorado que, apavorado por ter sido descoberto, correu para frente da casa, galgando o muro e caindo na calçada, correndo em direção ao seu carro. Sua namorada, mesmo nua, correu para a sala a tempo de ver o amor de sua vida entrar no carro e sair cantando os pneus.
Atordoada, caiu sentada no sofá que estava mais perto dela e começou a chorar.