“Mauro,
Sei que esse tipo de carta não é algo que se espera receber na situação em que nos encontramos, mas não posso mais conviver com tal segredo.
Estou perdidamente apaixonada por você desde a primeira vez que te vi e não sei o que fazer com esse sentimento que tira meu sono todas as noites.
Tenho consciência que isso nos coloca em uma situação muito delicada devido ao seu trabalho e não tenho a intenção de lhe causar problemas, portanto, deixo em suas mãos a decisão.
Venho me guardando para você há anos. Não terei problemas em esperar mais alguns para viver ao seu lado.
Ass. Alana”
A carta fora deixada dentro do livro que Mauro sempre carregava na escola; um pesado volume sobre história da arte. Eu havia escrito dezenas de bilhetes durante aquela madrugada até chegar em algo que transmitisse de forma resumida o que eu estava sentindo. Agora era esperar.
Eu estava em pânico no exato momento após ter deixado o bilhete no material de Mauro. Não sabia como ele reagiria. “E se ele chamar minha mãe?!” pensava de tempos em tempos.
Mas não importava nada daquilo. Eu só não podia mais conviver com aquele amor em segredo.
A angustia só aumentava com o passar da semana. Escondi a carta na segunda-feira, mas só teria aula com Mauro na sexta (acreditava que seria o dia em que ele viria falar comigo). Contava os segundos até o fim da semana, alguns momentos eu sentia uma ansiedade tremenda, em outros, um medo abissal ou mesmo uma pontada de esperança.
Sonhei naquela noite com o tão esperado momento; Mauro dizia que estava feliz em saber que eu também sentia aquilo por ele, já que era secretamente apaixonado por mim também! Nos abraçamos com força, Mauro beijou meus lábios com ternura e me despiu. Me penetrou com seu membro colossal e me encheu de fogo e amor, preenchendo meu pequeno útero com sua semente…
Acordei ofegante e suada (fazia muito calor naquela noite) com minha bucetinha peluda ensopada. Passei a mão pelos cabelos lisos e úmidos de suor respirando fundo. “Só mais algumas horas” pensei ansiosa “Em breve vou acabar com essa loucura, para o bem ou para o mal…”.
De jeito nenhum eu conseguiria dormir naquela tensão e naquele calor. Fui até o banheiro no meio da madrugada (minha mãe estava de plantão aquela noite, só chegaria de manhã) e liguei o chuveiro para me refrescar.
Olhei para montinho de cabelo sobre minha xaninha e me senti envergonhada novamente… Precisava dar um jeito naquilo. “Imagina se meu amor quiser me ver nua?! Já não basta eu ser magrela, ainda vai ficar decepcionado com isso…” a ideia de decepcionar meu homem era inconcebível para mim. Peguei um barbeador no gabinete da pia do banheiro da minha mãe e voltei para o meu. Entrei no chuveiro e comecei a me esfregar antes da depilação. Minha buceta estava bem melada pelo sonho; lavei bem todo meu corpinho e umedeci a lâmina.
Nunca tinha feito aquilo, portanto comecei lentamente, raspando as laterais e a parte superior da minha xaninha. Depois comecei a raspar a parte próxima a entrada. Tirei todo o pelo da minha xotinha, deixando ela lisinha como quando eu era criança. Tirei também os pelinhos próximos ao umbigo, raspei as pernas (os poucos pelos que eu tinha) e tirei os pelos do cóxi com a ajuda do espelho.
Estava totalmente livre de pelos. Mal reconhecia minha bucetinha sem meu pequeno matagal negro. Mauro ia adorar aquilo. Já conseguia imaginar meu homem enfiando a língua quente entre meus lábios gordinhos da buceta, chupando meu grelinho. Pensava nisso enquanto acariciava minha bucetinha recém-depilada. Comecei a deslisar o dedinho pelo meu reguinho ainda molhado do banho. Não precisara depilar aquela parte pois ainda não tinha nenhum pelo. Meu buraquinho deu uma piscada e se arrepiou com o toque.
Eu era virgem de tudo: ainda tinha meu cabacinho, todas as minhas pregas e nem sequer havia beijado ninguém (recusara todos os pedidos dos meninos da escola. Eu já tinha um homem! Meu corpo seria dele ou de mais ninguém!), mas comecei a imaginar se teria problema enfiar um dedo no meu cuzinho. Não queria perder minhas preguinhas me masturbando, mas pensei que, se eu fazia cocô numa boa (as vezes uns bem grandinhos até), meu dedinho fino não faria um estrago.
Fiquei de quatro na frente do espelho, minha bunda bem empinada, mostrando todo meu rego e minha bucetinha raspada, o rosto encostado no chão e as mãos livres para brincar. Enfiei o indicador direito na boca e babei bastante nele, levei o dedo até meu anûs e comecei a espalhar saliva ao redor da minha rodinha. Aquilo me arrepiava de um jeito gostoso.
Comecei a massagear minha buceta como já estava acostumada, pressionando com dois dedos a pele sobre meu clítoris pra frente e pra trás, as vezes fazendo movimentos circulares. Me masturbava gostoso com as duas mãos, então resolvi testar meu cu: pressionei a entrada do esfincter com a ponta do dedo e, como era bem fino, entrou com facilidade. Era uma sensação meio estranha, como se tivesse algo dentro do meu corpo que não devia estar ali, mas decidi continuar: tinha que me acostumar a ter algo dentro de mim se quisesse satisfazer Mauro. Meu cu pulsava de leve, apertando meu dedo.
Comecei a movimentar o dedo dentro do meu cuzinho, entrando e saindo com ele até a metade, esfolando de leve a entrada. Resolvi deixar meu dedo mais molhado; tirei do cu e chupei de novo. Fiquei com um pouco de medo do gosto, mas não estava sujo, nem com nenhum sabor estranho, então babei no indicador novamente e enfiei na bunda, indo mais fundo dessa vez.
Aquilo me deu prazer; aumentei a intensidade dos movimentos na buceta enquanto fodia meu próprio cu com o dedo. Aquela sensação era muito nova para mim e eu estava adorando; minha buceta pulsava e escorria. Estava quase gozando. Senti o calor subir por todo meu corpo e um tremor incontrolável tomar conta de mim. Acelerei a siririca e não pude segurar um gemido fino enquanto gozava com meu dedinho enfiado até o talo no ânus.
Permaneci de quatro no chão, ainda me recuperando do orgasmo. Tirei devagar meu dedo de dentro do cu e estava todo melado de saliva e um pouco de cocô. Fiquei vermelha na mesma hora, mesmo que estivesse sozinha ali. Mesmo que, com um pouco de nojo, resolvi chupar meu dedinho fino e sujo. “Quando Mauro estiver comendo minha bundinha, talvez isso aconteça…” pensei enquanto saboreava minha própria sujeira “Não posso ficar com frescura de chupar meu homem depois…”. Fiquei surpresa comigo mesma. Eu estava chupando minha própria merda recém-saída de dentro de mim e (para meu espanto) estava adorando!
Quando olhei para o relógio, constatei que já estava quase na hora de sair para o colégio. Me recompus e corri para o banheiro. Precisava tomar um bom banho antes de ir encontrar meu destino naquela manhã. Lavei todo meu corpo cuidadosamente e hidratei meus longos cabelos escuros.
Me vesti com uma roupa básica mas bem bonitinha; uma camisa de botão xadrez vermelha e preta, calça jeans meio justa (mas não colada) e meu all-star vermelho (meu favorito). Por baixo de tudo, resolvi não usar sutiã (afinal, a camisa era bem grossa e eu quase não tinha peitos) e uma calcinha bem fresquinha que evitaria uma transpiração excessiva. Queria estar perfeita e cheirosa para encontrar Mauro.
As aulas até a entrada de Mauro naquela sexta pareciam intermináveis! Contava os segundos entre as trocas de professores, quase sofrendo um ataque cardíaco de tanta ansiedade. Durante o intervalo, vi meu amado de longe no corredor e meu coração quase parou de bater, mas ele não me viu e passou direto.
Quando o sinal para a troca da penúltima aula tocou, achei que fosse desmaiar. Finalmente! A professora chata de história saiu da sala e, poucos instantes depois, Mauro entrou. Estava muito lindo naquele dia; o cabelo recém-cortado, a barba bem penteada. Vestia uma camiseta branca sem estampa, mas com um corte perfeito para seu corpo e uma calça de sarja preta marcando aquelas coxas e a bunda com a qual eu tanto sonhava. Parecia animado, o que me deu uma pontada de esperança, mesmo que talvez houvesse qualquer outro motivo.
Passou duas aulas falando sobre o barroco brasileiro, passando alguns slides com imagens de esculturas e afrescos de igrejas no interior de Minas. Sempre prestava muita atenção às suas aulas, mas naquela manhã eu não conseguia ver nada naquela sala além daquele sorriso de Mauro. Sentia minhas pernas moles e meu coração bater violentamente dentro do peito. Faltavam apenas alguns minutos para o fim da aula. A apreensão crescia dentro da minha mente: e se ele brigasse comigo?! E se ele nem sequer tivesse visto o bilhete?! Tinha medo de passar vergonha quando fosse abordá-lo e, acima de tudo, tinha medo da rejeição.
O sinal soou no corredor e os alunos levantaram na corriqueira euforia de sexta e correram para a saída aos empurrões. Me levantei lentamente. Meu corpo tremia inteiro. Mauro terminava de apagar a lousa, virou-se para mim reparando que só restávamos nós dois na sala.
Caminhei lentamente em sua direção, olhando meu professor nos olhos. Eu estava corando, podia sentir o calor subindo pelo rosto e, para meu terror, começara a transpirar de novo.
— Vem aqui, Alana… — falou muito sério enquanto sentava na cadeira e abria o livro onde eu colocara o bilhete. Tive medo de começar a chorar, mas engoli um seco e me aproximei da mesa de Mauro. Ele segurava o papel com bordas rosas que eu lhe escrevera — Quando eu li isso aqui, achei que fosse piada de algum dos seus colegas, mas eu já conheço bem a sua letra… — ele estava claramente desconfortável com aquilo.
— Fui eu mesma que escrevi professor… — falei com a voz baixa — Não sabia como falar isso para o senhor… Imaginei que seria mais fácil entregar nas suas mãos e deixar você decidir o que seria melhor.
— Entendo… — deu um suspiro profundo e pareceu, repentinamente, cansado — Olha, você é nova e eu já tive a sua idade Alana! Esse tipo de sentimento é comum, especialmente em relação a professores. Eu mesmo era apaixonado pela minha professora de português quando estava no colégio…
— Não é isso que você está pensando, professor! — interrompi, sabendo o rumo daquele papo — Eu tentei olhar pra isso tudo de forma racional! Mas já são ANOS que eu me sinto dessa forma! — Mauro me encarava, ouvindo atentamente — Eu não consigo me interessar por nenhum menino da minha idade, pra mim todos parecem bobos e sem graça, mas você me desperta algo que eu só consigo descrever como amor!! — sentia as lágrimas subirem aos olhos, mas segurei o choro. Minhas mãos tremiam.
— Alana… ai, ai… — pressionou as têmporas como se sua cabeça doesse com aquela conversa — Você entende a situação delicada que isso me coloca? Veja, você é minha aluna e, acima de tudo, você é MUITO nova! Mesmo que eu aceitasse me envolver com você, isso me colocaria numa posição extremamente complicada!
— Eu sei! Eu sei! — levantei a voz, me alterando — Eu nunca iria te prejudicar! Nunca! Eu te amo, Mauro! — agora foi ele quem ficou levemente corado — Eu só queria que você soubesse sobre meus sentimentos… e eu posso esperar, se precisar! Posso esperar até ficar mais velha e sair da escola! Eu posso esperar por você, Mauro!
Nessa hora, Mauro respirou fundo e começou a se levantar, pegando a bolsa e colocando no ombro. Entrei em desespero. Ele ia embora e eu não conseguiria convencê-lo a mudar de posição! Não tinha mais nada a fazer a respeito! Soltei um baixo “Tudo bem então… me desculpe…”.
Mauro encostou a porta da sala, se aproximou de mim e levantou meu rosto já molhado de lágrimas. Prendi a respiração por um segundo, olhando bem de perto seus olhos castanhos. Estava confusa, mas sabia o que viria a seguir. Abri levemente meus lábios finos e fechei os olhos, ainda chorando. Mauro encostou seus lábios nos meus. Parecia receoso no começo, meio desajeitado. Me deu um “selinho” longo, umedecendo minha boquinha, depois chupou meu lábio inferior delicadamente.
Eu mal podia acreditar. Meu corpo estava tenso e quente. Era meu primeiro beijo e era justamente com meu grande amor! Quantas pessoas podem se gabar disso?! Senti sua língua entrar devagar na minha boca. Era quente e eu, na minha inexperiência, comecei a enrolar a minha língua na dele. Seu beijo era delicado mas intenso, explorava o interior da minha boca com a língua, puxava meu lábio inferior, tudo isso enquanto passava a mão direita pelos meus cabelos, acariciando minha nuca e meu pescoço.
O calor interno que eu sentia parecia que iria me queimar inteira! Sentia o suor escorrendo pelas minhas costas e descendo até minha bunda. A preocupação tomava conta de mim enquanto Mauro me tirava o ar: sentia minha bucetinha esquentar e colar na calcinha por causa da transpiração e quanto mais ele me beijava naquele torpor apaixonado, mais eu suava. Estava morrendo de medo de começar a cheirar mal e ele notar!
Mauro me apertava contra seu corpo e eu acariciava sua barba enquanto deslisava minha língua pequenininha dentro da sua boca quente. Sentia o coração dele bater forte e suas mãos apertarem meu quadril e acariciarem minhas costas. Podia sentir um volume duro como rocha pressionado contra a minha pélvis. Ele escorregou os dedos por baixo da minha camisa de flanela, subindo pelas minhas costas molhadas de suor e me fazendo arrepiar inteira. Meu homem estava tocando meu corpo! Estava tocando a minha pele! Era o momento mais feliz da minha vida!
Repentinamente, Mauro se afastou de forma brusca do meu corpo, ofegando. Fiquei em choque achando que tinha feito algo errado. Ele virou de costas para mim passando as mãos pelo cabelo curto.
— Eu não acredito que fiz isso… — falava, mais para si do que pra mim — Isso não tá certo…
— Mauro… — me aproximei dele, colocando a mão em seu ombro. Ele tirou minha mão e se virou pra mim.
— Professor! — disse abalado — Aqui dentro eu sou PROFESSOR Mauro, ok?! — parecia muito perturbado pelo que havia acontecido.
— Eu juro que ninguém vai saber disso! — me aproximei ainda mais dele, quase colando em seu corpo, olhando em seus olhos — Nunca! Eu te amo, não vou te colocar em nenhum problema! Eu te prometo… professor.
Ele balançava a cabeça perturbado. Ainda parecia preocupado. Abriu a porta, como um convite para que eu me retirasse. Eu entendi o recado; peguei minha mochila, ainda bem confusa e me dirigi a saída. Minha cabeça tentava organizar os pensamentos. Olhei para trás:
— Como ficamos então…? — perguntei baixinho.
— Só vai pra casa, Alana… — ele apoiava o rosto nas palmas das mãos, novamente sentado.
Saí da escola com a mente em turbilhão. Não sabia o que pensar. Tinha dado meu primeiro beijo e finalmente revelado meu amor secreto para meu professor, mas, ao mesmo tempo, não sabia o que aconteceria dali em diante e isso me aterrorizava.
Passei a semana seguinte em um estado de ansiedade profunda. Não vi Mauro na escola a semana toda e isso me preocupava. Pensei em mandar mensagem para ele pelo Facebook, mas talvez fosse melhor dar um tempo pra ele se acalmar. Sexta-feira chegou novamente, mais quatro aulas de apreensão esperando pelas duas últimas.
Quando o sinal tocou, quem entrou pela porta foi uma senhora baixinha de cabelos curtos acompanhada da diretora da escola. Senti meu estômago revirar.
— Pessoal, deem boas vindas à nova professora de educação artística! — anunciou a diretora — O professor Mauro, infelizmente, precisou deixar a nossa equipe para atribuir aula em outra escola, longe daqui, mas os conteúdos de vocês continuarão…
Não consegui sequer prestar atenção no que aquela velha dizia. Encarava a mesa à minha frente sem pensar em mais nada além de “Eu estraguei tudo… é o fim…”. Só queria sair dali, correr para meu quarto e chorar. Nunca mais veria meu amor! Tinha forçado ele a sair da escola por causa da minha impulsividade e agora eu havia perdido ele pra sempre! Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo…
Voltei pra casa depois da aula, dando um passo na frente do outro como se estivesse no piloto automático. Entrei em casa, fui direto para o quarto, me despi e entrei no chuveiro. Fiquei uns bons 40 minutos sentada no box enquanto a água quente caia sobre mim. Chorava e soluçava desesperadamente. “Eu perdi o Mauro!” gritava minha mente.
Saí do chuveiro e resolvi que ficaria deitada na cama pra sempre, lamentando minha perda. Me sequei e, ainda nua, me enfiei embaixo dos edredons (mesmo que fizesse calor naquele dia) e apaguei todas as luzes.
Chorava baixinho, encolhida sob a coberta quando meu celular vibrou. Pensei em ignorar, mas imaginei que se fosse minha mãe, ela estranharia eu não responder.
Quando desbloqueei a tela, logo um pop-up do chat do Facebook abriu uma mensagem de Mauro:
“Você sabe onde eu moro, certo?”
“Estou em casa todo dia após as 19h e o dia inteiro aos sábados. Venha quando quiser… acho que precisamos conversar.”