A confusão na cabeça de Lucio era desconcertante. Sem saber direito o que fazer, ficou em casa remoendo suas angustias. Não conseguindo se controlar, saiu de casa caminhando, entrou no primeiro bar que encontrou e se embebedou a ponto de não saber como e quando foi para sua casa. Ao acordar de manhã para se dirigir ao trabalho, sentia uma enorme dor de cabeça, a ressaca normal nesses casos e, o pior de tudo, uma revolta que chegava a doer. Chegou atrasado e Janaina o recebeu, toda desconfiada, informando que alguns membros da matriz estavam em visita na filial e já haviam procurado por ele por três vezes.
Correu para a sala de reuniões onde, a primeira coisa que notou, foi o mal estar que sua aparência causou nos visitantes, o que lhe valeu uma séria bronca, antes de ser comunicado de que assumiria a direção geral da filial, porém, seria monitorado de perto, pois a empresa não aceitaria manter num cargo tão importante alguém que, em plena sexta-feira chegava ao serviço atrasado e de ressaca. Lógico que não lhe disseram isso com essas palavras, mas para bom entendedor, meia palavra basta.
Apesar de sua promoção não anular o mal estar pela traição de sua namorada, corrigindo, ex-namorada, não deixou de trazer os benefícios. Com a agitação da mudança de escritórios, assumir as informações do antigo diretor, com reuniões sucessivas, não teve muito tempo de pensar no que faria com sua secretária Janaína, mas uma coisa era certa, a ideia que tivera antes de trazê-la contigo estava definitivamente descartada. Assim, para não parecer vingativo e também não chamar a atenção para um relacionamento que era tão bom e se deteriorar de um dia para outro, resolveu não fazer nada. Assim, manteve a secretária que já desempenhava as funções e deixou Janaína no local onde já estava.
Entretanto, isso não resolveu totalmente a situação, pois como se é sabido, imaginar que algo é segredo absoluto é o mesmo que afirmar que todo mundo já sabe. Desta forma, os fofoqueiros de plantão não demoraram a espalhar sobre a forma como Lucio passou a tratar a antiga secretária, pois ele sequer lhe dirigia a palavra e as hipóteses que apareceram ia do mais próximo à realidade até o absurdo, com informações de que o pivô do final do relacionamento amigável que tinha fora o fato de que conversas de Janaína tinha causado o fim do namoro dele com Roseli, até a possibilidade de que eles vinham se relacionando sexualmente e foram flagrados pela ex-namorada. A única coisa que era verdade nisso tudo é que o namoro acabara de uma forma até um pouco inusitada, pois sequer discutiram a questão, com Lucio simplesmente se recusando a conversar com Roseli.
Não que a loirinha deixasse de tentar. Pelo contrário. Só na noite de quinta para sexta-feira foram incontáveis ligações para o celular dele, nenhuma atendida. As mensagens deixadas na caixa postal jamais foram acessadas. Esse bombardeio perdurou por mais de uma semana, até que Roseli resolveu aparecer na empresa, porém, não teve sequer acesso ao escritório dele que simplesmente ordenou à Mariana, sua atual secretária, que se livrasse dela. Com uma expressão que pairava entre a surpresa e o divertimento, a moça não discutiu a ordem e foi cumpri-la, o que não foi feito muito facilmente, pois Roseli insistia em permanecer na antessala para poder abordar o ofendido Lucio, o que também não produziu resultado nenhum, pois, avisado por Mariana, ele não saiu de seu escritório sequer para o almoço, só o fazendo quando, quase no final do dia, Roseli finalmente desistiu e foi embora com lágrimas nos olhos.
– Pensei que ela ia ficar ali para sempre! – Comentou Mariana numa rodinha de amigos e, divertida, emendou: – Fiquei até pensando que, daqui a mil anos alguma expedição arqueológica ira encontrar dois esqueletos em salas diferentes, ambos bicudos.
Todos riram da observação bem humorada da secretária de Lucio.
E assim passou a semana seguinte e outras que foram se transformando em meses. Roseli, depois de dois meses tentando um contato e não conseguindo, finalmente parou de fazer ligações e tentar ir até o apartamento de Lucio que simplesmente se recusava a abrir a porta, chegando até a dar ordens na recepção que, sobre nenhum pretexto, a deixasse subir para seu apartamento. Até mesmo a fechadura da porta foi trocada, uma vez que Lucio havia dado cópias das chaves antigas para ela. Mas ela ainda tentou uma última vez. Num ato de coragem, postou-se na frente do carro do ex-namorado, apoiada no capô do mesmo, imaginando que ele, para sair, teria que atropelar a ela. Porém, não percebeu que, como a vaga não ficava no lado de uma parede e sem entre duas saídas e o veículo da vaga atrás da dele já estava vazia, Lucio simplesmente engatou a ré e saiu, deixando a loirinha estatelada no cimento frio do estacionamento.
Janaína tentara uma única vez. Abordou Lucio no corredor e intimou:
– Preciso conversar com você.
Lucio simplesmente a olhou de cima abaixo, desviou-se dela e seguiu seu caminho, para deleite dos fofoqueiros de plantão que viram a cena. Naquele mesmo dia, encarregada pelo seu chefe dessa tarefa, Mariana foi até a sala de Janaína e lhe informou que se ela tentasse abordar o diretor mais uma única vez, estaria demitida. A morena ainda pensou em fazer isso sem se importar com a demissão, porém, percebendo que seu gesto não traria nenhum resultado, não mais se aproximou dele. Mesmo quando necessitava entregar algum documento ou colher alguma assinatura, o fazia através de Mariana.
Seis meses haviam passado e as coisas pareciam ter voltado à normalidade. Não que Lucio não sentisse falta de Roseli, porém, todas as vezes que pensava nela vinha em sua mente à lembrança dela transando com Janaína e isso não era o pior, pois chegava até mesmo a ficar excitado com a lembrança daquelas imagens. O que o feria mesmo era se lembrar do diálogo que ela e Janaína tiveram depois, a respeito de Ronaldo. Era essa a traição que ele não conseguia perdoar. Sentia muita falta da ex e isso o fazia sofrer.
Tudo isso não passava sem que Mariana soubesse os problemas que afligiam seu chefe. Experiente e com uma história de vida com sucessos e muito sofrimento, com trinta e dois anos de idade, um metro e setenta e dois de altura, cinquenta e quatro quilos, cabelos loiros cortados na altura do ombro, olhos azuis, rosto e corpo perfeitos. Era uma mulher que poderia ser modelo, atriz ou qualquer outra coisa que quisesse, pois sua beleza era ímpar e fazia com que todos os marmanjos babassem com seu andar elegante, sobre saltos altíssimos o que a deixava mais alta e muito sensual.
Sua história de vida, entretanto, não era nenhum conto de fadas. Nascida de família humilde estudou com afinco e entrou para a empresa como estagiária, quando ainda era menor e cursava o ensino médio. Além da beleza, tinha uma inteligência aguda e aprendia todos os serviços com facilidade, sempre os desempenhando de forma a chamar a atenção pela eficiência. Além disso, tinha como característica um humor excelente, conseguindo sempre fazer piadas, até dos assuntos mais sério, sem, todavia jamais deixar que isso a prejudicasse. Antes dos dezoito anos casou-se com Osvaldo, um dos supervisores da empresa. Osvaldo era um homem rude e, como todos diziam, havia ganhado na loteria em se casar com uma mulher tão linda. Tiveram uma filha ainda no primeiro ano de casamento ao qual deram o nome de Letícia. O casamento foi bem durante algum tempo e começou a fracassar quando Mariana começou a ocupar cargos mais importantes e acabou de vez alguns meses depois de ela ter ocupado o cargo de secretária do Diretor Geral. Ganhando mais que o marido, circulando no centro do poder, fez com que o marido se sentisse um fracassado que compensava esse fracasso bebendo muito. Passou a ofender a mulher acusando-a de só obter sucesso na carreira por causa de sua beleza, chegando até mesmo a acusar de estar trepando com os chefes. Mariana suportou tudo, pois não desejava criar a filha longe de um pai, porém, quando as agressões passaram a ser física, não aguentou e se separou. Agora, passado nove anos da separação, com uma filha de onze anos, tinha um relacionamento amigável com o ex-marido que, em sua fase de desvario, fora demitido e atualmente ocupava um cargo importante em outra empresa do mesmo ramo. A guarda de Letícia era compartilhada, morando com a mãe, mas com Osvaldo tendo liberdade de ver a filha quando bem entendesse, o que era aceito de bom grado pela mãe que via no relacionamento carinhoso entre pai e filha algo de muito positivo. Mariana ficou sozinha por cinco anos e depois disso acabou por se relacionar com Claudio, com quem já morava há quatro anos e que, segundo ela, era o tipo de relacionamento que toda mulher pedia a Deus. Lucio, ao saber disso, pensou consigo mesmo: “Se ela pensa assim, imagine o que não pensa seu companheiro em ter uma mulher linda e brilhante como essa”.
Sem saber o motivo, Mariana acabou por se decidir a ajudar seu chefe. Gostava dele, principalmente pelo fato de que ele a respeitava muito e vê-lo sofrer da forma como sofria, sem se interessar por nada que não estivesse relacionado ao ser serviço a deixava com pena dele. Porém, não conseguia ultrapassar a armadura que Lucio havia criado em torno de si. Todas as vezes que tentava tocar no assunto era impedida, até mesmo de forma brusca, o que a fazia sentir que aquele era um terreno perigoso e necessitaria muito tato. Apesar disso, não desistia e estava sempre atenta esperando por uma oportunidade. E, quando menos esperava, essa oportunidade surgiu. O mês de novembro estava no final e os preparativos agora eram para a reunião na matriz que se realizaria na segunda semana de dezembro, este ano com uma novidade. Além do diretor geral e os gerentes, algumas secretárias também deveriam viajar para essa reunião. A presença de Mariana, logicamente, fora considerada indispensável. Já os demais gerentes, em número de cinco, poderiam levar duas secretárias que se revezariam em atender a eles. Para desgosto de Lucio, Janaina foi uma das escolhidas que, entretanto, para manter sua aura de neutralidade, não interferiu. A outra era uma senhora de quase cinquenta anos que se mantinha na empresa mais pela história do que pelos serviços prestados, mas que sabia como manobrar nos bastidores para ser uma das escolhidas. Seu nome é Alice.
As sucessivas reuniões foram um sucesso. Mariana deslumbrou a todos, primeiro com sua beleza ímpar, depois com uma demonstração de eficiência e por último, com a classe e graça com que se desvencilhava das cantadas dos poderosos da matriz que não lhe davam sossego. Parecia até haver uma competição entre eles que consistia em quem levaria aquela beldade para a cama. Sem ofender ninguém, com educação e bom humor, ela ia desmontando os artifícios de todos eles, artifícios eles que iam desde a um convite para um jantar a dois até a oferta de uma posição de destaque na matriz. Lucio assistia a tudo aquilo impassível, porém, em seu íntimo não se cansava de se admirar de como os homens podem ser tão bobos. Profissionais de destaque na economia nacional, alguns até mesmo conhecidos e respeitados no exterior, que movimentavam milhões na economia interna e externa, decidiam num piscar de olhos o futuro de dezenas de milhares de pessoas, caiam de quatro feito otários diante da beleza e classe de uma mulher.
Janaína também era assediada. Se estivesse aproveitando disso não se podia saber, pois, como sempre, agia com discrição. Enquanto isso, Alice se atirava para cima dos homens. Com quase cinquenta anos, era uma mulher ainda bonita, com corpo cheio, estatura mediana e sabia se cuidar, por isso, não foi difícil fisgar àqueles que logo desistiam de assediar Mariana e não fazia questão de esconder isso, mesmo sendo casada e tendo filhos já adultos.
Mariana, todavia, havia traçado seus planos e sua intenção era se aproximar de Lucio. Quer dizer, próxima ela já era, pois admirava e respeitava seu chefe e era devotada a ele, porém, mulher vivida e sofrida, sete anos mais velha que ele, decidira mudar o rumo da vida pessoal de Lucio e entendera que essa era a melhor oportunidade que tivera. Sendo assim, procurava ficar sempre ao seu lado, se bem que, durante os trabalhos, era essa exatamente a sua função. Mas fora dos horários de trabalho, sempre era vista ao seu lado. Se ele estava jantando no restaurante do hotel, ela aparecia e perguntava humildemente se ele aceitaria sua companhia e se, durante a noite o via se dirigir ao bar do hotel, lá estava ela dividindo com ele os mesmos drinques que ele tomava.
As reuniões se encerrariam na sexta-feira no período da manhã e depois seria servido um almoço no restaurante do hotel e em seguida todos teriam a tarde livre, com o retorno para suas cidades de origem ficando a critério de cada um, o que acabou por não ser a realidade, pois o presidente, ao fazer seu discurso de encerramento, informou a todos que no sábado daria um churrasco em uma chácara de sua propriedade. Essa chácara ficava a poucos quilômetros do centro da cidade e à margem de um rio. Como se costuma dizer, convite de presidente de empresa não é convite, é ordem. Todos recorreram aos seus celulares para informar às famílias que o retorno estaria atrasado em um dia.
Na noite daquela sexta-feira a maioria aproveitou a liberdade para gozar a vida. Assim, em grupos saiam do hotel em busca de diversão. Alice foi uma das primeiras a sair, acompanhada de três homens. Janaína não foi vista saindo, o que não quer dizer que ela também não estaria se divertindo.
Lucio ficou no hotel e depois de assistir ao noticiário, desceu ao bar para um drinque. Ainda estava no primeiro quando ouviu a voz suave de Mariana:
– Você não quis sair com o pessoal?
Levantou a cabeça e o que viu o fez perder o fôlego. Esplendorosa, com uma maquiagem discreta, os cabelos loiros normalmente lisos estavam arrumados em cachos que adornavam seu rosto de uma beleza sem comparação. Um vestido tomar que caia preto e leve a ponto de perceber os bicos dos seios marcando o tecido que se ajustava ao seu corpo até a altura do quadril e depois se abria em pregas, indo até a metade das cochas. Nos pés uma sandália discreta, de saltos médios e um sorriso no rosto que irradiava todo o ambiente. Sem fala, Lucio apenas balançou a cabeça para indicar que não.
– Posso te fazer companhia?
O rapaz apenas deslizou para o lado no sofá que ladeava as mesas do bar e ela se sentou muito próximo a ele, trazendo com ela um perfume suave e delicioso.
– Então, o que você está tomando?
– Uísque. – Respondeu Lucio apontando para o seu copo.
O garçom que aparecera como num passe de mágica no exato momento em que Mariana se sentara se preparou para fazer a anotação, recebeu um sorriso, um olhar rápido e apenas um: “Traga um pra mim também.” saiu como se estivesse flutuando. Os olhares de todos os homens ali presentes se fixavam na beldade que, no segundo seguinte, se voltara para o Lucio e sorrindo lhe disse:
– Quando é que você vai abandonar o luto?
– Que luto? Que eu saiba não morreu ninguém da minha família.
– Mas é como se tivesse morrido.
– Como assim? O que você quer dizer com isso?
– Deixa quieto. – Disse apenas Mariana que mudou imediatamente de assunto.
Conversaram de tudo. Mariana sempre direcionando a conversa, deixou que ele discorresse sobre seu trabalho, mudou para esportes e depois política. Lucio foi se colocando a vontade, deixando-se levar por ela e nem se deu conta de que já estava falando sobre ele mesmo. Falou de sua infância, da faculdade, de sua família e habilmente foi sendo conduzido até chegar a relacionamentos, porém, nessa hora travou novamente e Mariana percebeu e não vacilou em mudar o foco da conversa para ela e também começou a contar a sua vida. Falou do fracasso do primeiro casamento, do filho e de como estava feliz no seu segundo casamento.
De repente, um artista começou a entoar uma música romântica no piano do bar e dos únicos dois casais que estavam no bar foram até uma minúscula pista de dança. Mariana olhou em volta e depois para Lucio, pegou em sua mão e disse:
– Vamos dançar, afinal hoje é nossa última noite aqui.
Lucio não era um bom dançarino e sabia disso, mas quando deu por si já andava em direção à pista puxado pela mão por Mariana que abria caminho a sua frente. Pararam no meio da pista e ela colocou as duas mãos nos ombros do rapaz que a enlaçou pela cintura, porém mantendo a distância e procurando se manter lúcido, pois o perfume dela o embriagava mais que as três doses de uísque que tomara. A música tocada a seguir foi New York, New York e Mariana olhou para ele e disse:
– Eu adoro essa música. – E dizendo isso, levou seu corpo ao encontro ao dele e Lucio não pode deixar de sentir os seios dela tocando em seu peito, pois embora com saltos não muito altos, ela ficava quase da altura dele.
Sem perceber, Lucio deslizou as mãos para as costas de Mariana que colou de vez seu corpo ao dele. Primeiro ela olhou nos olhos dele e seus olhos pareciam faiscar, depois um sorriso maravilhoso mostrando seus dentes perfeitos para finalmente levar a cabeça até seus ombros e ali repousar de uma forma que a boca da mulher ficou a poucos centímetros de seus pescoço, deixando o rapaz aflito ao sentir o hálito dela em sua pele. Não resistiu à situação e ficou apavorado quando sentiu seu pau dando sinal de vida. Seria impossível Mariana não perceber, pois tinha o corpo colado ao dele. Envergonhado, Lúcio tentou se afastar e quase caiu com a reação dela que, enlaçando-o pelo pescoço, manteve o corpo colado nele enquanto lhe sussurrava ao ouvido:
– Não fuja, fique aí. Está tão bom.
Lucio afastou apenas o rosto para poder encarar o rosto de Mariana que olhou para ele com um sorriso fascinante em sua boca sensual. Os dentes pequenos e brancos brilhavam e os olhos pareciam lançar faíscas, parecendo ainda mais claros que o normal. Viu a distância de seus rostos irem diminuindo e não acreditou quando seus lábios se tocaram. A língua dela forçou os lábios dele e sua boca foi invadida em um beijo longo e apaixonado, enquanto ela pressionava seu quadril de encontro ao dele. Sentia o corpo tremer e o pau doía de tão duro. O bar parecia ter congelado com todos olhando para ele, os homens com inveja e as mulheres com raiva. Quando o beijo acabou ela afastou o rosto novamente, olhou para ele e fazendo uma carinha de safada, provocou:
– Que bom isso! Mas agora que consegui a atenção, você quer, por favor, me levar embora daqui.
Como um autômato Lucio se separou dela e fez com que ela caminhasse a sua frente até o balcão onde pagou a conta. Ainda se utilizando do corpo dela para proteger sua ereção da vista dos demais presentes, saíram do bar e foram em direção ao elevador onde, assim que a porta fechada se fechou, se atracaram em um novo beijo. Entraram no apartamento ocupado por Lucio e antes de dar dois passos o vestido de Mariana já fora atirado em uma poltrona, deixando a mostra seu corpo perfeito, coberto apenas por uma calcinha. Depois ela parou em pé ao lado da cama e começou a arrancar a roupa de Lucio. Primeiro desabotoou apressadamente a camisa que foi largada no chão para em seguida desafivelar o cinto e puxar para baixo, juntamente com a cueca. Ele já havia tirado os sapatos com os pés e atirado para longe. Já totalmente nu, viu Mariana se levantar e empurrá-lo para cima da cama, onde ele caiu de costas. Ela atirou-se sobre ele e se beijaram enquanto suas mãos exploravam um o corpo do outro.
Depois do beijo, Mariana foi descendo com a boca pelo corpo de Lucio. Primeiro lambeu sua orelha e mordiscou o lóbulo para depois descer pelo pescoço, sempre lambendo, beijando e depois dando leves mordidas. Chegou aos mamilos e ele arqueou o corpo para cima quando ela mordeu seus mamilos, um após o outro, antes de prosseguir viagem que até o pau duríssimo que sua mão segurava desde o momento do primeiro beijo. Finalmente atingiu seu objetivo ao chegar ao pau rijo que foi deliciosamente beijado na glande antes de sumir na sua boca gulosa. Sugava e movimentava com a mão ao mesmo tempo, mas parava todas as vezes que percebia que seu homem estava chegando ao gozo. Depois lambeu toda a extensão, chegando ao saco. Nesta altura, ela já havia se colocado de joelhos entre as pernas de Lucio o que facilitava seu movimento, chegando a colocar seu saco inteiro na boca. Voltou a chupar e quando o rapaz deu sinal que atingira o orgasmo, parou novamente e voltou a descer em direção ao seu saco, porém, não parou aí, pois forçando as pernas dele para cima, atingiu com a ponta da língua a entrada de seu cu, passando a forçar a entrada de sua língua ali. Como se atingido por uma descarga elétrica, Lucio não resistiu e gemendo alto deu sinais de que não conseguiria mais segurar seu gozo. Rapidamente, Mariana levantou a cabeça, colocou a cabeça do pau na boca e ficou sugando, recebendo jatos e mais jatos de porra em sua boquinha maravilhosa. Depois, foi beijar a boca de Lucio que tentou evitar, porém, ela forçou segurando em seus cabelos e ele não pode se desvencilhar daquele beijo com gosto acre de seu próprio esperma. Sorrindo, Mariana provocou:
– O que foi querido? Não gostou?
– Nunca fiz isso. – Respondeu ele ainda fazendo cara de nojo.
– Bobinho. Isso é apenas o sabor do seu prazer. Ou será que você não gosta também de chupar uma mulher.
– Claro que gosto. Mas isso é diferente.
– Só para quem é muito machista. Mas vamos deixar isso para depois, agora, já que você gosta, vem chupar minha bucetinha.
Dizendo isso, ela mesma arrancou sua calcinha, deitou-se de costa e abriu as pernas, deixando sua xoxota clarinha, com apenas uma tirinha de pelos acima do grelinho a disposição de Lucio que não vacilou um segundo sequer, caindo de boca naquela maravilha. Tudo em Mariana era belo. Tudo em Mariana era perfeito. Lambeu o grelinho, abocanhou e sugou com força fazendo com que ela gemesse alto, depois desceu até os grandes lábios. Abriu a bucetinha e começou a enfiar a língua naquela buceta toda molhada, sugando o sabor do prazer dela. Mariana gozou em menos de um minuto, porém, não permitiu que ele parasse. Segurou em seus cabelos e forçou a cabeça dele de encontro a sua xoxota, depois, levantou bem as pernas, fazendo com que seus joelhos ficassem próximos ao seu ombro, deixando exposto seu cuzinho, enquanto pedia soluçando:
– Ai gostoso, me chupa vai... Lambe o meu cuzinho... Faz igual eu fiz em você que eu quero gozar de novo. Aiiii que delícia querido, vai lindo, me faça gozar de novo. Aiii.
E gozou deixando o rosto de Lucio todo lambuzado e, levantando seu tronco, puxou novamente os cabelos dele até seus rostos ficarem frente a frente e se pôs a lamber o rosto dele, limpando o mel de seu prazer que de tão intenso, chegava a escorrer. Lambeu até limpar e depois o beijou no rosto.
Depois se deitaram lado a lado e Mariana recomeçou a acariciar o corpo de Lucio que se deleitava com a maciez daquele corpo nu ao lado do seu. Não demorou em que seu pau voltasse a se levantar e Mariana, pedindo para que Lucio permanecesse deitado, lhe disse:
– Agora deixe que eu cuido da situação.
Dizendo isso, foi para cima dele e posicionou-se sobre o seu pau, indo se abaixando até que a cabeça do pau encostasse na abertura de sua buceta. Forçou mais um pouco até entrar a cabeça e depois soltou seu peso fazendo com que o pau entrasse totalmente em sua buceta, começando a rebolar enquanto segurava seus seios. Lucio olhou para aqueles seios perfeitos, de tamanho médio, com os mamilos apontando para cima e não resistiu. Retirou as mãos dela e a puxou pelos ombros para que ela se inclinasse e começou a mamar como se fosse uma criança faminta. Seu ato deixou Mariana ainda mais louca a ponto dela começar a pular sobre o cacete dele e gozando novamente, falava carinhosamente de como estava gostoso sentir o pau dele em sua buceta e de como se sentia tesuda com ele chupando seus seios. Lucio continuou na posição que estava até que, não resistindo mais, levantou seu tronco e empurrou o corpo de Mariana para trás. Agora, com o corpo estendido sobre suas pernas, ele a segurava pela cintura e movimentava o corpo dela ao encontro do seu, assistindo seu pau explorando a buceta gulosa e suculenta a ponto de pingar seu mel sobre o lençol. Não demorou em que ele gozasse, despejando toda sua porra dentro dela. Em seguida, quando Mariana pediu para que ele chupasse a buceta dela, ele se recusou disse que jamais faria uma coisa dessas, ao que ela retrucou em tom de brincadeira:
– Jamais é muito tempo querido! Me aguarde. – Em seguida pediu para que ele servisse uma bebida e ambos optaram por cerveja.
Deitados na cama, degustando uma cerveja gelada, Mariana sentiu que Lucio estava totalmente relaxado e resolveu direcionar o assunto para o tema que até então não conseguira discorrer com ele. Foi perguntando sobre outras mulheres, de como ele se sentia transando, até que, sem aviso nenhum, provocou:
– E a Roseli?
– O que tem a Roseli?
– Ela é boa de cama também?
– Muito boa, mas não quero falar nela.
– Nossa! Você evita tudo o que se refere àquela moça. Por que isso?
– Porque eu a odeio. Para mim tanto faz que ela viva ou morra. Não estou nem aí.
Mariana então se virou de bruços e se apoiou nos cotovelos, levantando a cabeça e olhando-o bem nos olhos começou a falar:
– Olha como você é incoerente. Essas palavras “eu odeio”, e “não estou nem aí” não cabem numa mesma frase. Pelo menos não quando se referem a uma mesma pessoa.
– Como assim? – Perguntou o rapaz demonstrando estar intrigado.
Mariana percebeu que pela primeira vez ele estava interessado em falar disso e decidiu que não poderia deixar passar a ocasião. Respirou fundo e começou:
– Você não estar nem aí com uma pessoa quer dizer que você é indiferente a ela.
– E sou mesmo.
– Não é não. Que é indiferente não odeia.
– Não entendi.
– É assim. Você sabe que o oposto do amor não é o ódio, mas sim a indiferença. – Fez um sinal para que Lucio não a interrompesse de novo e continuou: – Isso quer dizer que a indiferença só funciona quando não existe amor nem afeto. Agora o ódio não. Ódio e amor caminham junto e são separados por uma tênue linha. Às vezes, até se confundem e eu acho que é o seu caso. Você ama tanto àquela mulher que não é e nem vai ser nunca indiferente a ela.
– Como você pode afirmar isso? Baseado em que?
– Baseado no fato que você foge dela como o diabo foge da cruz. Se você estivesse mesmo indiferente, não agiria assim. Quando se é indiferente, você consegue conviver com a pessoa numa boa, sem estresse e sem problemas e a única coisa que ocorre é que, aí sim, você não está nem aí. Isso quer dizer que para você seria a mesma coisa ela morrer de uma forma horrível ou ganha na mega sena, ou então ela perder todos os entes queridos ou se apaixonar e casar com o homem mais cobiçado do planeta. E eu tenho certeza para você não é assim.
Lucio permaneceu calado por muito tempo. Em seu íntimo, havia acabado de descobrir que tudo o que Mariana dissera era verdade, porém, não querendo dar o braço a torcer, provocou:
– Mais um pouco você vai me dizer que eu devo perdoá-la ou, pior ainda, devo pedir perdão a ela.
– Perdoar do que? – Perguntou Mariana já demonstrando algum desgaste com a teimosia dele.
– Por ela ter me traído.
– Será que não seria melhor, em vez de se preocupar em quem deve culpar quem e por qual motivo, você passar a meditar sobre os motivos dela? Você alguma vez já parou para pensar nos motivos que ela teve para agir assim? Alguma vez você quis saber algo sobre a sexualidade dela e a forma como ela administrava o seus desejos sexuais antes de te conhecer?
Lucio meditou e se deu conta de que Mariana estava certa em todos os sentidos e, pela primeira vez desde aquela fatídica quinta-feira pensou em Roseli de uma forma diferente. Pensou nela como a mulher que amou e por quem foi amado. Uma dor enorme bateu em seu peito e ele fechou os olhos tentando esconder as lágrimas que afloravam. Passaram-se vários minutos até que sentiu a língua de Mariana a enxugar suas lágrimas enquanto lhe acariciava o peito.
– Você não desiste mesmo, não é? – Disse Lucio abrindo os olhos.
– Não querido. Não vou desistir tão cedo. Não vou desistir de te ver feliz, assim como não vou desistir de sentir o prazer que essa sua piroca deliciosa me proporciona.
– Não faça isso porque senão vou ter que te foder de novo.
– Mas é justamente essa a minha intenção. Vem, me fode.
Lucio, instigado por Mariana, foi beijando seu corpo até atingir a xoxota que foi beijada, sugada e lambida. Até que ela, gemendo, lhe disse:
– Ai querido, que bom... Agora chupa meu cuzinho, vai. Deixe ele bem lubrificado.
Achando que aquilo era um sonho, Lucio atacou o buraquinho marrom claro de Mariana que rebolava, esfregando a bunda em sua cara. Mais uma vez, ela que dirigia a foda, exigiu:
– Agora vem, me fode de frango assado.
Lucio, ouvindo aquilo, ficou em pé ao lado da cama e puxou as pernas de Mariana para que ela ficasse deitada de atravessado, com as pernas para fora. Pegou as duas pernas dela e levou os pés até seu ombro e socou o pau na buceta dela, sem prévio aviso. A mulher arfou e gemeu, mas após pouco tempo, comandou novamente:
– Agora fode meu cuzinho, vai. Enfia esse pau gostoso no meu buraquinho.
Como que ganha na sorte grande, o rapaz não hesitou. Levantou ainda mais as pernas dela e apoiou seu pau na entrada do buraquinho, forçando a entrada. Quando entrou a cabeça ele parou, mas nessa hora Mariana já tinha tirado os pés de seu ombro e o enlaçou os quadris com as pernas, forçando seu corpo de encontro ao dele e fazendo todo o pau desaparecer dentro dela.
– Isso, assim... Fode direito porra. Me come. Pare um pouco de ser apenas homem e seja macho. Eu quero ser fodida e não apenas fazer sexo.
Lucio perdeu de vez o controle e começou a dar tapas na bunda de Mariana que, resfolegando, insistia que queria mais. Ele então deu tapas em sua bunda, nos seios, apertou ambos os mamilos entre o polegar e o indicador, fazendo uma pressão bem forte e cada vez Mariana gritava e pedia mais. Então, fez algo que jamais tinha feito, desfechando uma bofetada no rosto impecável da loira que, pedindo mais e enfiando as unhas no peito dele, gozou sem se importar que todos os demais hóspedes do hotel ouvissem seus gritos.
Depois, caídos na cama. Quase sem forças, ela ainda teve disposição para dizer a ele:
– Eu te prometo que vou fazer de você um homem diferente. Eu juro que você vai ser muito feliz.