Pai e mãe.
A rotina maluca voltou. Lá estou eu, praticamente dormindo no banheiro. Não sei como a Giovanna consegue, ela acorda 5h, eu disse 5h, só para fazer o cabelo e uma maquiagem. Graças a Deus, que o Zedu me entendia e tinha uma rotina parecida com a minha, afinal, dividir um banheiro com três irmãos não deve ser fácil.
***
Encontrei meus amigos no ponto de ônibus. Por um milagre do destino, o ônibus não veio lotado e todos conseguimos ir sentados. O lado ruim? O trânsito ruim. O Zedu aproveitou o caminho para acariciar minha mão. Uma senhora passou do nosso lado e olhou com abominação o fato de dois garotos estarem de mãos dadas.
Para o nosso azar, a tal senhora era uma pregadora e começou a distribuir folhetos de "Jesus Salva". O meu instinto foi soltar a mão do Zedu, mas querendo desafiar a mulher, o meu namorado me puxou para perto dele e sorriu. Eu sou péssimo em confrontos, principalmente quando se trata de uma pessoa mais velha.
— Não se deite com um homem como quem se deita com uma mulher. É repugnante! — gritou a plenos pulmões, olhando para a nossa direção e falando sobre como os gays decepcionavam Jesus.
Eu queria sumir. Parar o ônibus e sair correndo. O Zedu, por outro lado, segurou a minha mão com mais força e acariciava. Na minha cabeça, a viagem demorou mais tempo que o habitual. Felizmente, a mulher desceu próximo a uma famosa igreja de Manaus.
Suspirei aliviado. Depois que a adrenalina passou, o meu coração ficou apertado por causa do Zedu, afinal, a culpa dele estar com outro homem é minha. Se ele continuasse a relação com a Alicia nada disso aconteceria. Eu já estava acostumado em ser chacota e ponto de referência. Não queria o meu namorado sofrendo também.
— Ei, aquela mulher não me afetou. — afirmou Zedu, que continuava de mãos dadas comigo.
— Ok. Eu só fico preocupado e...
— Yuri, eu te amo. Você é o meu namorado. Eu não tenho motivos para ter vergonha de você. Escuta, o lance com o papai é passageiro. Em breve, vou contar e nossa relação vai poder ser mais tranquila, prometo. — Zedu conseguia dissipar qualquer medo do meu coração.
Após sermos condenados pela eternidade chegamos ao colégio. Aquela manhã estava mais quente que o normal. Na escadaria principal, alguns alunos olhavam um celular e gargalhavam. A gente perguntou do que se tratava e um colega nos mostrou uma cópia.
Para nossa surpresa, se tratava do vídeo de Lucas e João. Nos olhamos assustados, afinal, as únicas pessoas que tinham acesso ao material éramos Zedu, Brutus e eu. Segundo a Carlinha, a jornalista da escola ou fofoqueira, o próprio pai do João havia liberado o vídeo na internet.
O Lucas apareceu bem no momento em que uns garotos imitavam os seus gemidos. Ele acabou sendo hostilizado na escadaria. No fundo, eu me senti culpado, afinal, eu participei desse plano. Apesar de não desejar esse tipo de bullying para ninguém.
Lucas foi hostilizado na escola. Todos tiveram acesso ao vídeo. Nas imagens, ele era passivo para João, que o tratava de uma maneira horrível. Realmente, eu me senti culpado, afinal, eu não desejava isso para ninguém. Decidi procurar o Lucas, ele se trancou no banheiro. Entrei no cubículo ao lado dele, e sentei na privada.
— Lucas, eu... — não sabia o que dizer, já estive no lugar dele, mas não sabia o que dizer.
— Saí daqui, Yuri. — pediu Lucas, aos prantos, chegando a soluçar.
— Deixa eu te ajudar, por favor.
— Não tem mais volta. Os meus pais vão me matar.
— Ei, não se preocupa. — tentei acalmá-lo em vão. — Você não sabe disso.
— O que eu vou fazer? A minha vida acabou.
— Lucas. — falei levantando e saindo do box. — Sai. Vem falar comigo. Eu quero te ajudar. — aparentemente, o plano deu certo, porque Lucas saiu do box. — Eu sinto muito. — disse pegando em seu ombro.
— O que eu vou fazer? — ele perguntou, com a cabeça baixa e chorando copiosamente.
— Eu não sei, mas não pode se abalar. Fora que não mostra muita coisa. O vídeo foi editado. — expliquei, deixando o Lucas um pouco mais aliviado. — Vamos.
Refúgio. As pessoas podem ser o nosso refúgio. Naquele momento, o Lucas não tinha nenhum amigo próximo. Todos se afastaram depois do vídeo. Nos corredores da escola, os alunos apontavam e riam. Parecia que tinha uma tarja gigante nas costas dele. Coube a nós, o papel de ajudá-lo neste momento tão delicado.
Eu não esqueci das coisas que eles fizeram contra mim, porém, eu não tinha o coração duro. Talvez, esse seja o meu maior defeito: perdoar rápido demais. Se bem que o Lucas pediu perdão. No final, ele se tornou a maior fofoca do colégio, principalmente, com o vídeo circulando entre os estudantes e funcionários.
— Gente, que choque. Quem foi o leso que foi pego no flagra? — perguntou Juarez, sem saber que Lucas era o "leso" pego no flagra.
O climão se instaurou. Ficamos nos olhando. Até que a tia Ray, a inspetora do colégio, apareceu e anunciou que a diretora gostaria de conversar com o Lucas. Dentre todos nós, os que se sentiam mais culpados eram o Brutus e Zedu.
— Você editou o vídeo. — justificou Zedu. — Tirou muitas coisas piores. E você não tem culpa se o pai do João é um babaca.
— E tinha mais, não eram só beijos? — quis saber Ramona.
— Amiga. Tão inocente. — comentou Luciana pegando no ombro de Ramona e rindo.
— Eu fiquei com pena. Ele estava chorando muito no banheiro. E eu sei como é isso. — falei, lembrando de todas as armações que sofri pelo João e Lucas.
— Já chorou no banheiro? — Zedu perguntou, cortando a minha linha de raciocínio.
— Isso não vem ao caso. Temos que ajudar o Lucas. — soltei, tentando não lembrar de traumas do passado, ou um passado não tão distante.
— Oi, gente? — Mundico nos cumprimentou. — O pessoal tá falando que alguém caiu na internet?
— O Zedu, Yuri e Brutus, gravaram um vídeo do menino e jogaram na internet. — Juarez contou a história para Mundico em uma velocidade ímpar.
— Não foi assim. É uma história longa. — justifiquei, sendo atrapalhado pelo sinal da escola.
Fomos embora em silêncio, mas será que éramos culpados pelo que aconteceu ao Lucas? Existe uma linha tênue entre vingança e maldade. Nunca quis prejudicar ninguém. Realmente, o Zedu tinha razão. O pai do João foi um babaca ao vazar o conteúdo nas redes sociais. Que tipo de pai faz uma coisa dessas?
A culpa funcionava de um modo diferente em cada um. Enquanto, a minha me causava fome. A do Zedu lhe dava uma baita dor de cabeça. Depois de um ônibus lotado, o meu namorado chegou em casa e deitou na cama. Ele ouviu os pais conversando. Algo sobre a venda de um terreno.
Depois de um tempo, o irmão mais velho do Zedu, o Fred, entrou no quarto e começou a falar sobre coisas aleatórias. Até que o assunto caiu na Alicia.
— Soube que terminou com a Alicia?
—- Faz uns dois meses. — afirmou Zedu. Deitado na cama e olhando para o teto, ainda com uma dor de cabeça insistente.
— Está namorando? — Fred perguntou, mostrando um interesse fora do comum na vida amorosa do irmão.
— Nã...nã...não.
— Zedu. Pode confiar em mim. Sou teu irmão, não sou?
— É, mas...
— Eu sei. — soltou Fred, pensando nas palavras que diria ao irmão mais novo. — Sobre o Yuri. A mamãe e o papai já sabem?
— Eu... contei pra mãe... — Zedu virou para ter contato visual com o irmão.
— Ei. Não fica assim. Nada vai mudar. Eu sei que o Yuri te faz bem. — afirmou Fred pegando no ombro de Zedu. — Mas não pense que vou facilitar no futsal. — bagunçando o cabelo de Zedu, pegando uma toalha e saindo do quarto.
— Pode crer!
Emocionado. Assim que José Eduardo se sentiu ao me assumir para o irmão. Ele correu até em casa e, apesar de ter a intimidade para abrir a porta, acionou a campainha. Abri a porta e ele me deu um beijo cinematográfico. Fiquei sem ar, juro. O Zedu apertou a minha nuca contra o seu rosto. Nossas bocas pareciam peças de um quebra-cabeça se completando.
A tia Olívia deu uma tossida. O meu namorado arregalou os olhos e tomou uma distância de mim. A parte engraçada não foi nem essa, mas devido ao beijo, o "zeduzinho" ficou animado demais, então, ele o cobriu com as mãos.
— Vamos para o quarto. — anunciei pegando Zedu pelas mãos e o levando em direção ao meu quarto.
— Porta aberta! — gritou a titia, temendo os hormônios adolescentes.
A adrenalina saiu do corpo do Zedu, assim como às lágrimas. Ele contou toda a história com o seu irmão e chorou. Para o Zedu, o apoio da família era essencial, só que ele nem imaginava que existia uma pessoa que não estava nem um pouco feliz com sua decisão de sair do armário.
Ele me contou toda a história, ele chorou e riu ao mesmo tempo. Para o Zedu, o apoio da família era primordial, mas mal sabia ele que existia uma pessoa que não estava nem um pouco feliz com sua decisão de sair do armário.
— Que bom, bebê. Eu estou radiante. Sempre gostei do Fred. Agora, temos um outro problema, né? — comentei, enquanto fazia carinho em Zedu.
— Qual?
— Lucas. — soltei, ainda continuando com o carinho nos cabelos de Zedu.
— O pai do João foi escroto. Jogou na internet. E se tivesse ele dando o brioco no vídeo?
— A gente nunca vai gravar essas coisas, nunca. Fora que a titia viu o tamanho do "zeduzinho". — falei, rindo e lembrando do mico que pagamos um pouco antes.
Ramona e Brutus namoravam na casa dele. A desculpa era um trabalho de biologia, eu não julgo, pois, já utilizei da mesma tática. As coisas estavam ficando quente, todavia, sempre na hora 'H', a Ramona desistia. Aquela situação já deixava o Brutus chateado, na cabeça dele, o sexo era uma coisa normal e não conseguia entender o bloqueio da namorada.
— Brutus. Eu sei que é complicado para você. — disse Ramona tirando a camisa do namorado e beijando o seu peitoral. — Porém, existe uma coisa que eu posso fazer. — baixando o shorts do namorado.
Vários fogos de artifício explodiram naquela noite, coincidência ou não. Brutus conseguiu finalmente, o que queria, ou parte disso, e Ramona não achou tão estranho, mas afirmou que era o máximo que poderia fazer.
No dia seguinte, o Brutus chegou feliz na escola. Ele contou para Zedu boa parte do que aconteceu na casa de Ramona, incluindo os fogos de artifício que apareceram em um momento estratégico.
— Foi a melhor noite da minha vida. Eu quase não lavei ele. — apontando para baixo e fazendo uma careta engraçada.
— Não precisa chegar a tanto, Brutus. Você deve lavar. Por favor, lave-o. — Zedu aconselhou, antes de Kellen chegar desesperada.
— Acho que o amigo de vocês está brigando... — aprontando para frente.
Sem aguentar os apelidos e brincadeiras, o Lucas se meteu em uma confusão. Diferente de mim, que aguentei tudo calado, ele brigou e impôs a sua vontade, a de não ser mais importunado.
A tia Ray bem que tentou, mas não conseguiu conter a fúria dele. A briga, claro, aconteceu do lado de fora do colégio. Zedu e Brutus correram para ajudá-lo. Com um único empurrão, Brutus afugentou dois alunos que estavam batendo em Lucas. Enquanto, Zedu o segurou para evitar um acidente.
— Babaca! — gritou Lucas cuspindo no outro aluno. — Eu sou viado, mas, pelo menos, sei brigar. Foge, foge e chama teus amigos, eu encaro todos.
— Calma, exterminador. Eles não valem a pena. — pediu Zedu, segurando o ombro de Lucas, que se desvencilhou e voltou para a escola.
A situação de Lucas estava ficando insustentável. A diretora mandou chamar seus pais e explicou toda situação. Eles eram pessoas de origem simples e não entenderam direito o que aconteceu, mas decidiram apoiar o filho em todo o processo.
Aquilo alegrou a vida dele, porque assim como o Zedu, o apoio de sua família significava o mundo. Ele continuou sofrendo bullying por dias. A gente decidiu incluir ele nos trabalhos e afins, afinal, parcela de tudo o que acontecia recaia sobre nós.
— A minha parte do trabalho está aqui. — avisou Lucas me entregando um pen drive e sentando ao meu lado.
— Valeu. Vou agrupar tudo.
— Você quer? — Ramona ofereceu um salgadinho para o Lucas.
De repente, os olhos de Lucas ficaram marejados. Acho que ele nunca imaginou se enturmar logo conosco. Estávamos falando sobre o filme "Massacre Sangrento 3: Bebês Zumbis - parte 2". Uma das melhores sequências produzidas por Hollywood, quer dizer, as opiniões divergiam.
— A melhor parte é quando o poodle vira um zumbi e morde a garotinha. — comentou Letícia que chegou a chorar de tanto rir.
— Nojento. Não perco tempo com esse tipo de filme. — afirmou Juarez revirando os olhos e arrancando uma risada tímida de Lucas.
— Eu... eu não acho o melhor. Eu prefiro a primeira parte, quando o herói usa um garfo para matar os zumbis. — Lucas falou, ainda temendo uma reação negativa de nós.
— Obrigado. — Brutus agradeceu, porque Lucas teve uma opinião parecida com a dele.
Sim, o nosso grupo crescia. Até mesmo o Juarez, que no início achei insuportável, estava mais amigável. Depois do acidente do Mundico, senti que ele mudou e para melhor. Eu torcia por eles, dessa forma, o Juarez esqueceria o Zedu. Inclusive, o Mundico já era um dos meus melhores amigos, ele sempre me procurava para conversar. É. Eu não era mais uma pessoa solitária. Tinha amigos e gostava disso.
Sim, o nosso grupo crescia e alguém espiava tudo o que fazíamos. Até que o Juarez não pegava mais no pé de ninguém, depois do acidente de Mundico ele mudou, será que estava se apaixonando? Eu torcia por eles, assim, o Juarez esquecia o Zedu. O Mundico já era praticamente um dos meus melhores amigos, ele sempre me procurava para conversar. Eu não era mais uma pessoa solitária, eu tinha amigos e gostava disso.
Na sexta-feira, o Zedu havia conseguido ingressos para um parque de diversões. Só que eu precisava devolver alguns livros. Eu odeio dever coisas. Acho que o mundo deveria ter essa mentalidade, pois evitaria muitos problemas.
— Vamos, Yuri. — olhando no celular e verificando o horário.
— Calma. Sabe como é difícil devolver livros na biblioteca dessa escola. — me defendi descendo as escadas.
— Claro. Você deve ser o único que ainda empresta livros. — afirmou Zedu, andando ao meu lado no corredor da escola.
— O meu trabalho de química não vai se fazer sozinho. Falando nisso, o senhor já começou o seu? — perguntei, tirando um riso abafado do Zedu. — Como eu suspeitava.
— Meninos. — Lucas chamou a nossa atenção. — Só queria agradecer por tudo. Graças a vocês consegui passar por esses dias. Sei que fiz muita coisa errada, mas estou melhorando.
— Verdade. Pode contar com a gente. Você só estava andando com a pessoa errada. — garanti, dando um "joinha" com o dedão.
— Nos vemos segunda? — Zedu questionou, fazendo Lucas sorrir.
— Sim.
Ligações estavam sendo formadas. Laços criados. Alguns que seriam motivos de dor no futuro. A vida de Mundico, por exemplo, deu um giro de 360 graus no Festival de Parintins. Ele tentava aceitar as limitações, porém, não queria depender de ninguém. Só que existia uma pessoa que não colaborava.
— Eu estou bem. Já disse. — garantiu Mundico, tentando descer as escadas sozinho, mas com dificuldades.
— Deixa eu te ajudar. — pediu Juarez, querendo evitar um outro acidente. — Para de ser teimoso.
Por causa da insistência de Juarez, Mundico se desequilibrou e caiu de bunda no chão. Ele choramingou por causa da dor, mas não houve nenhuma consequência grave, apenas o susto.
— Está vendo? — Juarez se controlou para não brigar com Mundico. — Vou te levar para casa e nem mais um "piu".
Amo parques de diversões! Existem vários brinquedos legais e podemos ganhar prêmios. O Zedu era craque e sempre conseguia alguma coisa. Brincamos, comemos e rimos. Infelizmente, alguém nos seguia e registrava tudo em um celular.
O irmão de Zedu nos seguiu desde a escola até o parque de diversão. Ele se remoía por dentro. Ao contrário de Fred, José Leonardo não conseguia aceitar o irmão. Ele sentia nojo de Zedu.
— Como essa coisa pode ser normal? — questionou JL, se escondendo atrás de uma barraca do parque. — Eu vou acabar com isso, eu vou.
— Ei. — falei puxando o Zedu para perto de mim e o abraçando. — Tá, tudo bem?
— Senti uma coisa estranha...
— O que foi?
— Não sei. Deve ser uma impressão. — desconversou Zedu sorrindo e beijando minha bochecha. — Que namorado mais doce eu tenho.
Seu Wilson, pai de Ramona, perdeu a esposa muito cedo. Ela era a pessoa da relação que mais esperava por uma gravidez, apesar do baque de perder a mulher amada, ele nunca desistiu da família e enfrentou muitas dificuldades para criar Ramona.
Ao subir para o quarto da filha, o Seu Wilson ficou boquiaberto. A encontrou nua diante ao espelho. Em um ato ligeiro, ele cobriu a Ramona com uma toalha e a cobre. Os dois caem juntos no chão.
— Filha. — lamentou Wilson, abraçando e beijando, Ramona.
— Eu sou um monstro, pai, eu sou um monstro.
— Não, meu amor. Você é perfeita. Não se preocupe. — garantiu a abraçando forte.
— Ele nunca vai aceitar papai, nunca...
Quer um conselho de amigo? Nunca acesse as redes sociais, após um escândalo. Naquela noite, Lucas ficou horrorizado com o alcance da internet. Ele abstraiu toda a negatividade e concentrou em apagar suas fotos ao lado de João. Tantas memórias boas, porém, no fundo, Lucas sabia que João continuaria a mesma pessoa, talvez, até pior.
— Nunca mais. Nunca mais. — lamentou Lucas, chorando e apagando um álbum em seu computador com as iniciais "L e J".
Nem preciso dizer que tivemos uma noite maravilhosa. O Zedu estava em uma das melhores fases de sua vida. Ele caminhava para sua casa, cantarolando "Don't Look Back in Anger" e pensando nos beijos que demos na roda-gigante. Porém, o seu universo parou quando encontrou o pai desmaiado no chão.
Desesperado, Zedu começou a gritar por ajuda até o seu irmão, Fred, aparecer e ajudá-lo. Com as mãos trêmulas, o meu namorado ligou para emergência.
- Alô, eu preciso de ajuda. O meu pai está desacordado no chão. — pediu Zedu para a atendente.
— Pai, responde? Por favor, pai! — gritou Fred, verificando a pulsação de seu pai.
GOSTARIA DE PEDIR QUE QUEM TÁ CURTINDO A HISTÓRIA COMENTASSE E DESSE A NOTINHA.