Sejam todos bem-vindos novamente, gostaria de agradecer aos comentários positivos e aqueles que ainda não leram as partes 01, 02,03,04,05, 06.01, 06.02, 07,08 ,09,10,11,12,13,14, 15 e a parte especial da festa, peço que o façam para uma melhor compreensão, se você leu comente, de ideias, ajude a melhorar o enredo desenvolvido. A história vai avançando se contornando mais complexa e vocês podem opinar nos destinos dela. Agradeço novamente aqueles que sugeririam rumos para a história, todas as opiniões são muito bem vindas. Aproveitem!
Obs: Gostaria de pedir imensas desculpas pelo longo período de ausência, mas infelizmente escrever contos não dá dinheiro e a gente tem que correr atrás neh? Mas enfim a nossa história segue.
Marcos e eu fomos conversando trivialidades até o carro, desde que mamãe tinha sido internada, o carro dela era praticamente dele, afinal titia tinha o próprio carro e eu nem sonhava em tirar carteira, então era basicamente ele quem dirigia, chegamos até uma pizzaria bem movimentada que tem na região onde eu morava, sentamos e ficamos esperando o pedido ficar pronto, enquanto tomávamos uma coca, olhávamos as meninas em volta, conversávamos bobagens, parecíamos até dois jovens normais.
Coloquei o telefone sobre a mesa, cada um pegou um lado do fone, e ficamos esperando o médico chegar lá em casa, pouco tempo depois, ouvimos um barulho de campainha e Marcos fez sinal de silencio pra mim, afinal estávamos em uma ligação, então se dissemos algo o médico e titia poderiam nos ouvir, após a campainha tocar novamente ouvimos titia berrando como estivesse desesperada, e abriu a porta dizendo:
-Ai doutor meu marido, meu marido tá imóvel doutor (soluço)
-Calma Dona Luana, deixe-me examina-lo.
-Aiiiiiii, me diz que ele tá vivo Doutor pelo amor de Deus, esse homem é tudo pra mim!
Eu não sabia se ria ou se ria ou se sentia medo diante de tamanha dissimulação, Marcos e eu escutávamos titia soluçando enquanto devorávamos nossa pizza, até que após alguns instantes Doutor Giovanni disse:
-Lamento Dona Luana, não há mais o que ser feito, meus sentimentos, mas seu marido faleceu.
Titia quase nos ensurdeceu tamanho foi escândalo com que ele gritou:
-NÃAAAAAAAAAAAAAAAAO!!!! Não pode ser, eu não acreditooooo.
O Médico tentava acalma-la:
-A Senhora precisa ser forte, mantenha a calma, agora é preciso acionar a Policia para que o IML venha recolher o corpo para perícia.
Titia imediatamente cessou o choro e disse:
-Ai Doutor polícia? Somos uma família discreta e tradicional, não gostamos desse tipo de escândalo.
Doutor Giovanni respondeu seriamente:
-Eu imagino Dona Luana, é realmente desconfortável ter policiais e pericia em casa, ainda mais pra pessoas de bem, mas infelizmente esse é o procedimento quando morre uma pessoa em casa e esta não possui acompanhamento médico.
Titia então disse, já alterando de triste para manhosa:
-Mas ai Doutor não tem como a gente mudar esse procedimento não?
E disse ainda mais melosa:
-Bom Doutor eu estou com outro probleminha, mas estou com vergonha de falar com o Senhor.
O Médico respondeu ainda aparentando seriedade:
-Pode falar Dona Luana, eu sou Médico, estou acostumado a ouvir qualquer coisa.
Titia então fez a sua já clássica voz de safada:
-É que é um problema intimo Doutor.
Ele insistiu:
-Pode falar Dona Luana, é algo relacionado ao seu marido ou é algum outro problema, algo que eu precise dar uma olhada?
Tive que me segurar para não rir, pois o Marcos fazia aquele sinal clássico de cu pra mim, tomei um gole da Coca e voltei a escutar:
-Ai Doutor é uma dor que eu estou sentindo, mas eu tenho vergonha de falar.
O médico respondeu em tom acolhedor:
-Pode ficar à vontade Dona Luana, a que a Senhora se refere, quando diz problema íntimo? Seria na vagina?
Titia respondeu se fingindo de inocente:
-Ai não Doutor, um pouquinho mais pra cima.
Ouvimos barulho de uma bolsa/pasta sendo aberta, seguido da voz do Médico:
-É melhor eu dar uma olhada, a Senhora poderia se sentar de pernas abertas naquela cadeira?
Em seguida ouvimos ruído de luvas plásticas e o Doutor dizendo:
-Vamos olhar isso, preciso que a senhora abra bem as pernas e me indique onde dói.
A voz de ambos ficou mais distante, ele já deveria ter começado a examina-la, após alguns instantes de silencio, ele disse:
-É realmente a senhora está com microfissuras na região do ânus.
Titia respondeu com voz de falsa virgem:
-Ai Doutor, está incomodando muito, nem consegui colocar calcinha.
O Médico então deu uma resposta curiosa:
-Olha Dona Luana, eu como médico recomendo a mulheres como a senhora que não usem calcinha.
Titia fez a voz mais safada possível e perguntou:
-Porque doutor? E como assim mulheres como eu?
Ele respondeu com aparente seriedade, apesar de eu jurar que aquilo era papo furado pra comer titia:
-A peça intima pode causar desconforto e pequenas lesões em mulheres de nádegas protuberantes como a senhora.
Eu segurava forte o riso, que jeito educado de dizer que titia tinha um cuzão, ele então prosseguiu:
-Dona Luana, agora vou fazer um exame, para confirmar o diagnóstico, por favor o que a senhora sente quando eu introduzo um dedo no ânus da senhora?
Titia deu um gemido bem leve e respondeu:
-Ai, me incomoda um pouquinho.
-E ao introduzir dois dedos? Perguntou novamente o médico.
Titia gemeou um pouco mais alto e repetiu a resposta, levando o médico a concluir:
-Olha Dona Luana suas respostas não são condizentes com os sinais físicos apresentados.
Titia se fez de desentendida:
-Como assim Doutor Giovanni?
Ele respondeu calmamente:
-Está evidente que a senhora sofre de Ardor Anal em Demasia, popularmente conhecida como fogo no rabo, infelizmente tal distúrbio não tem cura e também acomete a sua irmã a Dona Lorena.
Como assim também acomete a minha mãe também? O que aquele médico tarado estaria fazendo com a minha mãe, ainda mais num leito de hospital?
Felizmente titia também teve tal curiosidade e perguntou:
-Mas estamos falando de mim, o que a minha irmã tem a ver com isso?
Ele então detalhou a história:
-Olha Dona Luana, a sua irmã foi surpreendida por mim praticando sexo com dois faxineiros do hospital.
Eu não podia acreditar naquilo, nem no hospital minha mãe sossegava, dando o cu pro faxineiro? Puta que pariu o nome do oxigênio que ela respirava realmente era rola.
Segurei meus pensamentos por um momento e continuei ouvindo, já percebendo as intenções do médico titia se insinuou abertamente:
-Então é por isso que eu sinto esse calor e essa vontade de preenchimento?
O médico respondeu já cheio de segundas pretensões:
-Exatamente, e vai sentir sempre, só recomendaria não pegar tão pesado da próxima vez, pois a musculatura do ânus não se recupera como a da vagina, pois não possui elasticidade.
Quando ia responder titia foi interrompida pela campainha que soou novamente, ouvimos então o barulho de titia descendo da posição em que estava e se dirigindo a porta, para abri-la e na sequencia exclamar:
-Jéssica o que você está fazendo aqui?
Marcos e eu nos entre olhamos com cara de puta que pariu o que essa menina tá fazendo lá, mas ela logo tratou de desfazer o mistério:
-Ai tia o clima lá em casa pesou, a piranha da tia Alessandra contou pra minha mãe a putaria.....Ai titia desculpa não sabia que você estava acompanhada, não vai me apresentar esse gato?
Podíamos sentir o clima de tensão mesmo a quilômetros de distância, titia deveria estar com vontade de socar a cara da Jéssica por estar falando aquelas coisas na frente do Dr. Giovanni estragando completamente o papel de viúva arrependida que ela bravamente tentava encarnar, após serem apresentados, Jéssica soltou outra pérola:
-Então titia cansou dos meninos tá pegando médico agora.
Titia respondeu se segurando no personagem:
-Para de bobagem, Jéssica o Dr. Giovanni está aqui por que meu marido passou mal, infelizmente ele ele....
E titia abriu o berreiro de novo, era incrível a capacidade que ela tinha de chorar sem motivo algum, a indústria fonográfica nacional havia perdido uma grande atriz.
Até que seu choro foi interrompido por uma inesperada fala do médico:
-Olha Dona Luana, está muito claro o que aconteceu aqui, a senhora fez alguma putaria com ou sem ele e o velho empacotou, sinceramente não me importa, eu só quero saber o que a senhora quer de mim.
Titia então rapidamente mudou o personagem e disse em voz manhosa novamente:
-Ah Doutor Giovanni, eu queria evitar um escândalo, queria solucionar esse incidente.
O médico então respondeu:
-Ok. Eu emito um laudo atestando a morte do seu marido e ligo pra funerária de um amigo para preparar tudo, porém como a senhora deve imaginar, tudo isso tem um preço.
Titia respondeu com a voz mais manhosa ainda:
-E qual seria?
Ele respondeu secamente:
-Setecentos e cinquenta mil.
Marcos e eu nos entreolhamos com olhar de surpresa, pois, ambos imaginávamos que titia iria usar o famoso xerecard como sempre, com o mesmo que espanto que nós titia perguntou:
-O quê?
Dr. Giovanni respondeu:
-A senhora ouviu muito bem, esse favor vai lhe custar a simplória quantia dereais, afinal vagabundas como a senhora e a sua amável sobrinha a gente acha aos montes por ai, agora dinheiro é bem mais difícil de conseguir, e à primeira vista isso não parece ser problema pra senhora.
Um silencio ensurdecedor tomou conta da sala, após se refazer do susto provavelmente titia voltou a falar:
-Ok. E como funcionaria esse nosso acordo?
O médico respondeu:
-Simples, eu resolvo essa situação toda com o corno que a senhora matou, ou ajudou sei lá, e a senhora me entrega em até 72 horas 750 mil reais, e então temos um acordo?
Titia respirou fundo, tão fundo que escutamos alto nos fones, e em seguida disse:
-Sim, temos, mas eu vou precisar de mais do que 72 horas pra conseguir esse dinheiro.
O médico então respondeu:
-Ok, em consideração a grande amizade que possuímos, vou te dar uma semana.
Titia consentiu e Jéssica pra variar falou mais uma bobagem:
-Mas como assim o corno morreu tia?
Titia se antecipou e evitou que ela fizesse ou falasse mais alguma merda:
-Jéssica querida, os meninos saíram, porque você não pega suas coisas, sobe e espera eles lá em cima?
Jéssica concordou e ouvimos ela pegando suas coisas no chão e subindo as escadas, resolvi encerrar a chamada, mal ou bem a situação da morte de Tio Alfredo estava aparentemente resolvida e eu tinha outra preocupação maior naquele momento, minha mãe, que aparentemente estava tão bem que já estava até promovendo surubas na cama do hospital, comentei com o Marcos, que devorava uma pizza atrás da outra:
-Cara agora eu fiquei bolado com uma coisa.
-Com o que? Respondeu ele com a boca cheia de pizza de calabresa.
-Essa parada que esse veado desse médico falou da minha mãe, será que é verdade.
Marcos riu e respondeu:
-Cara ela tá sem remédio, deve estar com o dobro do fogo que tinha antes, deve tá sentando até no extintor de incêndio do corredor.
Respondi bravo com ele, eu odiava esse jeito debochado que o Marcos tinha de se referir a minha mãe:
-Porra cara eu tô falando sério.
Marcos respondeu dessa vez sem ironias:
-Mas velho eu também estou, pensa comigo. Tu mesmo, falou que ela estava tomando umas paradas pra diminuir a libido, certo?
-Sim, inclusive esses remédios que fizeram ela passar mal. Acrescentei.
Então, ele prosseguiu:
-Se ela parou de tomar os remédios que faziam ela perder o tesão, como você acha que ela está agora?
PUTA QUE PARIU, pensei, o filho da puta do Marcos tinha razão, mamãe deveria estar mais sedenta de pica do que nunca, e agora? Eu adorava viver rodeado de vagabundas, mas a ideia de pensar que minha mãe era a principal dessas vagabundas me causava uma sensação muito estranha, quase de vergonha, afinal mãe é sempre mãe neh? Mas de uma coisa eu precisava tirar aquela história a limpo, e precisava ser naquela noite.
Marcos então me interpelou:
-Mas então o que você vai fazer.
Respondi decidido:
-Eu vou naquela porra de hospital agora tirar essa história a limpo.
Ele respondeu:
-Bom se é isso que você quer, eu vou olhar o que a sua tia e a cadela da Jéssica estão arrumando.
Paguei a conta e fomos embora, eu de Uber direto para o hospital e ele para casa, fiquei tão puto que só fui me dei conta do adiantado da hora quando cheguei na recepção e fui informado de que já havia se encerrado o horário de visitas, mas eu estava determinado a tirar aquela história a limpo, e precisava ser naquele instante, após dar uma boa “gorjeta” ao funcionário da recepção consegui subir, minha cabeça estava a mil, durante aquele período em que minha mãe esteve internada eu simplesmente apaguei da mente todo o dilema que vivemos, aquele noite em que eu flagrei minha mãe dando pra dois, a briga homérica que tivemos após a reunião na escola, enfim tudo retornava a minha mente.
O elevador finalmente chegou ao andar do quarto onde mamãe estava, desci assim que as portas se abriram e parti rumo ao fim do corredor, pelo adiantado da hora tudo estava em silêncio, e havia algumas luzes já apagadas, ao dobrar a ultima esquina antes do quarto me deparei com um daqueles carrinhos de limpeza hospitalar posicionado em frente à porta do quarto, quando me preparava para andar os últimos metros, eis que meu celular toca, ao olhar o visor vi que era um número desconhecido mesmo assim resolvi atender.
-Alô?
-Oi Pedrinho.
-Júlia é você? Que número diferente.
-Pois é, é o número daqui onde estou com meus pais, quer dizer de onde eu estava, enfim é complicado, eu e minha mãe estamos voltando para o Brasil amanhã, ai quando chegar tenho muitas coisas pra te contar.
-Tá bom meu bem, me liga quando você chegar então que eu passo na sua casa.
-Ok Pedrinho, tô morrendo de saudades, precisando muito desabafar com alguém.
-Pode deixar, conversamos tudo que você quiser amanhã, também estou com saudades.
-Beijão, até amanhã Pedrinho
-Beijão Jú, até.
Era só o que faltava, pensei, não bastasse o turbilhão que estava minha vida, com mãe internada, tia assassina, médico chantagista e o caramba, agora eu ainda teria a Júlia pra administrar, eu não queria envolve-la em toda aquela confusão, ainda mais depois dela ter parecido bastante apreensiva ao telefone, mas enfim, aquilo era problema pra mais tarde, naquele instante eu só queria tirar a limpo a historia dos bacanais da minha mãe no hospital.
Passei pelo carrinho de limpeza e abri a porta de uma vez só, e novamente uma surpresa, mamãe não estava no quarto...
Bom pessoal esse foi a parte 16, a história agora entra em uma nova fase com o retorno da mãe do protagonista ao centro dos acontecimentos gerando novos conflitos, Júlia também está de volta e o protagonista parece cada vez mais reflexivo, o que será que vai acontecer? Gostaria por ultimo de dizer que estou lendo as sugestões dos comentários e tentando encaixa-los na série, um abraço e prometo que a parte 17 não vai demorar muito, não desistam da série.