- Qual o problema? Não curte aventura?
A possibilidade de escutarem nossa pegação, no caso, os caras que estavam mijando, era um estimulante a parte. A possibilidade de ser pego descarregava uma dose considerada de adrenalina. Estimulante a situação inusitada. A tensão era, portanto, afrodisíaco.
Apesar disto, pensar na possibilidade que poderíamos ser pegos, passar por constrangimento não era algo intragável, somado ao fato que ali, perto do vaso sanitário, o odor era fétido.
Quer saber? Foda-se.
- Foda-se. – exclamei baixo.
Ajoelhei-me. Ele estava duro. Nem o espanto que levamos deu conta de fazê-lo perder a dureza.
Concentrei-me nele e em contrapartida ignorei o vaso com odor horrível.
- Tô quase gozando. – Mateus avisou.
O fato dele tá quase gozando não significava que a foda estava acabando. Essa regra serve apenas para os demais mortais, não para Mateus que dava três numa noite. Ele só estava começando.
- Vai me dar leitinho?
- Quer meu leite?
- O que achas?
Não levei o pau dele a boca. Cheirei. Quis me inebriar com o cheiro de macho, com o cheiro de pau, com o seu cheiro. Cheiro de pica, muito melhor que o odor de mijo que exalava do vaso sanitário.
Consistentemente o peguei com a mão. Entre meus dedos pressionei. Queria que ele sentisse a firmeza. Apertei pondo certa força, mas não em demasia, pois não era meu objetivo lhe machucar.
- Porra. – ele disse sentindo o efeito da estratégia.
Escutei passo vindo da porta de entrada do banheiro. Outro cara para urinar.
Que se dane, não vou me intimidar. Voltei minha atenção ao pau de Mateus, ao que tudo indica não percebeu os passos do cara que entrou para urinar. Também como poderia, se estava ébrio de prazer proporcionado pelas minhas mãos hábeis ?.
Nesta feita, sentir que deveria manipulá-lo com mais força. Executei a ação de masturbá-lo com veemência. Bati uma boa pra ele. Como um bom macho dominador que era, enfureceu-se nas ondas gigantescas do prazer, tomou a direção. Com a mão no meu pescoço segurou-me, deixando-me no ponto para socar na minha boca como se buceta fosse.
- Tá preparado? – perguntou me deixando em expectativas.
Tentei confirmar balançando cabeça, não consegui, ele me tinha dominado. E uma vez dominado, invadiu minha boca, atingiu minha garganta. Forço e foi garganta abaixo.Tirou e socou de novo. Duas, três, quatro vezes.
Por conseguinte, um gemido abafado acompanhado de uma contração. Sim, ele estava gozando na minha boca. Encheu minha boca de porra. Um animal para despejar a quantidade porra que despejou em minha boca.
- Engole. – Mandou sempre mandão, sem tirar o pau da minha boca.
Como se eu fosse estragar. Heheheheh.
Engoli-os devagar. Degustando o sabor. Mel do meu macho. Do meu Mateus. À medida que degustava pensei: como seria fácil se Mateus não complicasse as coisas.
Porra em sua abundância.
Submisso. Adoro ser macho submisso. Apanhar na cara, levar gozada na cara. Agora beber porra, só a de Mateus. Só Mateus tem esse privilegio.
Lentamente fui olhando para cima. Bem lentamente. Esperando ser presenteado por um sorriso lindo de satisfeito que só ele consegue me oferecer, afinal, acabei de tomar sua porra numa atitude de total submissão. Afinal, não desperdicei sequer uma gota. Afinal, até resíduos lambi deixando-o limpo.
- Adoro que mamem meu pau do jeito que você chupa, principalmente, adoro que degustem minha porra. Ainda mais quando esse alguém é você, Evan, meu Evan. Não há como não gozar muito. – disse, me levantando com carinho.
- É a segunda vez que engulo porra! E as duas vezes, foi você que me fez engoli. Sinta-se privilegiado. – confessei meio tímido, mas realizado por tê-lo satisfeito.
Minha mão acariciou seu peito.
- quer me beijar? – ele me perguntou pronto para o segundo round.
Caliente apertou-me contra seu corpo. Sentir que ele queria deixar claro que não era só carne, que havia sentimento. Passou os braços ao redor do meu tronco, estava quente, e sem pestanejar ofereceu os lábios para eu beijá-lo. Não resistir a doação e taquei um beijão visceral.
A língua dele invadiu minha boca, desmedida, com vontade. Nossas línguas se enroscaram, acariciaram-se: dançando, brincando, sondando uma a outra num frenesi arrebatador que fez meu coração bater mais rápido, minha respiração ficar em descompasso, minhas pernas tremerem. O que é isso, Evan? Tu não és um adolescente, cara. Sinal vermelho. Para, cara enquanto a tempo, pois, sim, Mateus é perigo.
Pensei uma coisa, fiz outra. Declinei a cabeça para esquerda para encaixar com perfeição a boca de Mateus que me conduzia para esquerda. Estava entregue aos movimentos provocados por nosso beijo voraz.
Parou de me beijar. Mas, manteve-me colado no seu corpo.
- Gosto de tá contigo. - Lambeu meu lábio inferior.
Não lhe respondi, porque não tinha como responder nada.