DE VOLTA À PIZZARIA
F I M
ATENÇÃO: ESSE É O CAPÍTULO FINAL. ANTES DE CONTINUAR, LEIA A PRIMEIRA PARTE.
ÀQUELES QUE GOSTARAM, MAIS UMA VEZ RECOMENDO A LEITURA DO LIVRO ERÓTICO “A minha longa iniciação” O QUAL ESCREVI EM PARCERIA COM A ESCRITORA SYLVINHA. A OBRA FOI PRODUZIDA GRAFICAMENTE PELA EDITORA SCHOBA, MAS É VENDIDA NA VERSÃO DIGITAL POR R$10,00 (dez reais), E ENVIADA NO E-MAIL DO LEITOR (a) .
Qualquer dúvida que tenha pairado em relação ao fim desta, caso o leitor (a) a tenha, basta expô-la nos comentários, ou por e-mail, que lhe será respondida.
Importante destacar que sempre fica no imaginário do autor a curiosidade em saber qual dos personagens teria sido o de maior agrado do leitor (a), pois ajudaria a dirigir o foco da história para essa pessoa/personagem.
Mais uma vez, obrigado a todos, beijos nas meninas, lembranças aos cornos e, quem sabe, até uma próxima oportunidade!
CAPÍTULO FINAL
DE VOLTA À PIZZARIA
Naquela manhã de sábado após eu ter enrabado a Vera de bruços, no sofá cama do quarto dos meninos, infelizmente, tive que admitir que a minha bateria chegara ao fim. Sem dúvida, essa é uma triste realidade que poucos homens ousam admiti-la, mas, no meu caso, a própria Vera percebera que eu havia “jogado a toalha”, de tal forma que seria despiciendo eu querer provar lhe o contrário. Enfim, assimilei que, por ora, a situação tornara-se irreversível, e de nenhuma valia ser-me-ia o milagroso comprimido azul.
Porém, ainda que intimamente frustrada pela falta de um “segundo tempo” naquele convidativo sofá cama, fingindo-se satisfeita, ela tentou consolar-me dizendo:
—Eu não sou como a Ticiane, Edu.
—Hoje eu já fiz aquilo que queria: gozei gostoso!
Após, deixou-me sozinho no sofá, e saiu nua em direção ao banheiro. Entretanto, mal ela se fora, ouço a Ticiane chamando por mim. Ressabiado, e imaginando que talvez a menina fosse me pedir mais sexo, fingi não escutá-la.
Porém, ante os seus insistentes chamados, fui atendê-la, e pensei comigo:
—Se ela quiser foder mais, agora terá que ser com a língua.
Daí, fui ao quarto onde a menina estava, e quando o adentrei, ela reclamou:
—Nossa, que demora!
—Faz um tempão que eu estou te chamando. Onde você tava, Edu?
—Eu estava com a sua mãe, Tici. Mas agora acho que ela foi tomar banho, no outro banheiro.
Daí, Ticiane deu-me boa notícia:
—Hoje você é dela, Edu.
—Voltou a arder!
Daí, fui lhe consolar:
—Humm. Então a princesinha tá dodói de novo?
—Estou, Edu. Ontem você “abusou” de mim né, cachorro?
—Pois é amorzinho. Mas hoje o seu marido irá deixá-la de repouso, tá bom.
Ela respondeu-me:
—Sim, Edu!
—Obrigada!
E, continuou:
—Depois que a mamy sair do banho, peça pra ela fazer um suco de laranja pra mim, amor.
Eu lhe respondi:
—Eu mesmo faço isso, Tici.
E, perguntei-lhe:
—A princesinha não quer tomar o café da manhã na cama? Seu marido o trás pra você!
Dengosa, Tici respondeu-me:
—Quero, Edu. Mas antes se deite um pouco ao meu lado.
—Quero carinho!
Daí eu me deitei ao seu lado, enquanto nos abraçávamos e beijávamos na cama. Por sorte, ela não me pedira nada além disso —abraços e beijos —, até porque, eu não teria como lhe servir.
Quando a Vera saiu do banheiro ajudou-me a preparar o café da princesinha, e então eu a servi na cama, conforme prometido.
Porém, Vera censurou-me:
—Você tá paparicando muito essa menina, Edu.
—Vai deixá-la mal acostumada.
Então, me justifiquei:
—Mas ela é sua filha, Vera. Faço isso por nós todos.
Feliz, ela comentou:
—Huumm, Edu. Você é o marido “dos sonhos”!
Para agradá-la, respondi-lhe sorrindo:
—E você é a sogra que todo homem “deseja”, Vera. Literalmente!
Percebendo as minhas segundas intenções na observação acima, Vera comenta:
—Humm. Safado! Mas quando você me dará um neto?
Eu lhe respondi:
—Vamos ver, amor. Tomara que seja breve.
Toda essa descontração entre nós naquele ambiente familiar, aliada à simpatia e à beleza das duas princesas, fizeram-me dar conta de que a felicidade sempre me estivera próxima, mas, infelizmente, passara-me desapercebida todo esse tempo.
Pela primeira vez tive que admitir que a Denise não nos fizesse falta alguma, e que fora um enorme erro da minha parte envolver-me na vendeta da Luana. Posso ter perdido a grande chance de ter deixado a Denise partir de vez, e gozar dessa nova e maravilhosa vida, somente com as duas princesas ao meu lado. Cheguei a cogitar em procurar o Caio para abortar a “operação”, mas, infelizmente, tive que admitir que a chance de o estrago já estar feito, seria grande.
Mesmo assim, para que não se pairasse nenhuma dúvida futura nesse aspecto, ou até mesmo para que não se minasse a minha última esperança de voltar atrás, na desesperada tentativa de impedir que o Caio visitasse a Luana, fui o mais rápido possível ao seu encontro. Ao contrário de antes, agora eu só queria facilitar a partida da Denise com o Bruno, para livrar-me dela de vez.
Porém, ao encontrar-me com o Caio, e perceber o seu feliz semblante, só restou-me admitir que o resultado desta minha diligência não fosse animador. E o próprio o confirmou dizendo-me:
—Chegou tarde, amigo!
—A gostosa é um avião!
E rindo, completou:
—Vou até te devolver o seu dinheiro da gasolina.
—Acredita que ela pagou o motel?
Depois, Caio contou-me que fodera a Luana de todas as formas possíveis e, exaltando-a, dissera-me —como se eu não soubesse— que a ruiva parecia uma “profissional do sexo”.
Entretanto, com a curiosidade aguçada, perguntei-lhe acerca do mais importante:
—Mas vocês tiraram muitas fotos, Caio?
—Claro, Edu! Afinal você “me pagou” pra isso, né?
E, todo feliz, frisou:
—Pois é: fodendo uma gostosa daquela, eu tiro mil fotos se ela quiser!
E, rindo, ainda zombou:
—Ela encheu a memória do celular do corno, com as fotos da nossa putaria, Edu!
—Até foto com os seios esporrados ela mandou pra ele ver!
Caio vangloriava-se com enorme desenvoltura do seu feito, sem preocupar-se minimamente com as consequências. Afinal, embora sendo casado com a Cíntia, prima do Leleco, nesse aspecto, isto é, sobre ele sair sozinho com outras mulheres, a situação lhe era extremamente confortável, de vez que não existia ciúme no casamento aberto de ambos.
Porém, obviamente, sem dizer-lhe nada, tive que observar que se existisse uma mulher casada mais piranha do que a Denise, certamente, essa vagabunda seria a Cíntia. Dos meus amigos do meio liberal, não existe nenhum deles que não tenha comido a mulher do Caio. Embora triste, tive que admitir que, igualmente, a Denise fosse companheira da sua mulher.
Mas, voltando ao assunto, como dizem, o “estrago” já estava feito. Ao menos tentei impedi-lo. Consolei-me.
Daí, voltei triste para casa, e passei o fim de semana com as duas princesas, até que no domingo à tarde Ticiane regressou de ônibus para a cidade vizinha, a fim de lá ficar ajudando a sua irmã com a filhinha.
Eram quase 15:00hrs da segunda feira quando, após fazer inspeções regulares em alguns estabelecimentos próximo ao meu bairro, resolvi passar em casa para livrar-me das roupas pesadas que as usava, e vestir camiseta e bermuda para continuar com as visitas, de vez que, naquele dia, eu não mais retornaria à repartição. Iria terminar o expediente na rua, e voltaria direto para casa, a fim de ficar à espera da princesa dos olhos claros, pois, afinal, eu estava a lhe dever “boas fodas”.
Assim, após eu passar pelo portão da rua, e fechá-lo com o cadeado, quando fui abrir a porta da sala, percebi que a mesma não se encontrava fechada à chave. Quando adentrei em casa, vi malas pelo chão, e alguns objetos da Denise por sobre a mesa.
Quando eu tentava entender a situação, ouço voz da minha ex-mulher dizendo-me:
—Você parece meio assustado, Edu!
Com desdém, eu lhe pergunto:
—Você veio me trazer o convite do seu casamento, Denise?
Direta, Denise respondeu-me:
—Deixe de ser sarcástico, Edu!
—Eu estou de volta por sua causa, mas não por causa de você, entendeu?
—Você que se dane!
Fui sincero:
—Claro, Denise. Felizmente, comigo você não terá mais nada!
Daí, ela reclamou:
—Só não entendo o porquê de o filho da puta do Caio aceitar uma baixaria dessa!
Eu lhe respondi:
—Ora, Denise. O Caio é tipo um gigolô. Putas como você, a Luana, e a mulher dele são os seus pratos prediletos.
Brava, Denise rebateu-me:
—Puta é a sua mãe, Edu!
Depois, provocou-me:
—E porque você não foi homem o bastante pra deixar-se fotografar com a esposa do Bruno, Edu?
—Afinal, vocês dois é quem foram os verdadeiros cornos nessa história!
E, insinuou:
—Teve medo dele, e arranjou o Caio?
—É isso?
Eu lhe respondi:
—Olha, Denise. Sobre eu ter medo do Bruno, depois que inventaram o revólver, não existe homem mais macho do que o outro não, viu!
E, continuei:
—Mas, você acha que eu seria trouxa em comer a puta da Luana, e tirar fotos ao lado dela, pra depois você me sacanear, e mostrar pra sua irmã?
—Pensa que eu sou otário, Denise?
E, fui lhe dizendo:
—Você quis partir, e já foi tarde! Mas, a Vera você não vai tirá-la de mim, entendeu?
Daí, ela tentou corrigir-me:
—E quem disse que eu parti, Edu?
—Essa casa também é minha, e eu estou de volta!
Eu lhe respondi:
—Sim. A casa também é sua, Denise.
—Afinal, tem dinheiro do seu trabalho nela.
—Pode ficar.
E, enfatizei:
—Mas, eu não te pertenço mais!
Daí, ela deu ares de mostrar leve arrependimento, dizendo-me:
—Desculpe, Edu. Eu só vacilei essa vez.
Eu a censurei:
—Você não vacilou “só” essa vez, Denise.
Ela questionou-me:
—Como não, Edu. O que mais eu fiz de errado, além disso?
—Ora Denise. Numa única semana, por sua causa, você fez dois homens sérios e honrados virarem cornos!
Eu iria continuar dando-lhe o sermão, inclusive jogando lhe na cara que ela não fora apenas abandonada pelo seu ex-futuro marido mas que, no fundo, este a trocara por uma antiga mulher de zona. Porém, vendo-a cabisbaixa, e em consideração ao nosso passado feliz, sem contar que, apesar dos pesares, ela continuaria sendo minha cunhada e, mormente, em consideração à sua irmã, anunciei trégua lhe dizendo:
—Olha Denise. Nós dois estamos de cabeça quente, e se continuarmos discutindo, isso não irá terminar bem.
—Já está quase na hora de a sua irmã sair do banco, e como ela é uma pessoa sensata, acho melhor que nos ajude a resolvermos essa situação.
Porém, com o dedo em riste, lhe adverti:
—Mas já vou lhe avisar algo importante desde já, Denise.
E continuei:
—Se você tentar arruinar a minha vida junto à Vera, só pra vingar esse lance do Caio, você estará fodida comigo, entendeu?
Depois, mais calmo, amenizei:
—Todos nós perdemos nessa, Denise. Por ora, o melhor será escutarmos o que a sua irmã terá a nos dizer.
Denise nada me respondeu. Entretanto, sem fitar-me nos olhos, triste, balançou a cabeça afirmativamente.
Daí, eu a deixei sozinha em casa, e fui até o banco dar a noticia da sua chegada à Vera.
Como já era de se esperar, Vera sugeriu que a recebêssemos tal qual a passagem bíblica do filho pródigo ou, no caso, filha pródiga. Infelizmente, eu já havia perdido o interesse pela Denise, de tal forma que, quando deleguei competência para a princesa dos olhos claros decidir a nossa situação, acataria qualquer que fosse a sua sentença.
E, assim, após a Vera deixar a agência, quando vínhamos conversando e caminhando distraídos pela calçada, fui surpreendido e agarrado abruptamente de lado, por um homem moreno, que veio me dizendo:
—Me dá um abraço, Edu!
Quando o olhei, não acreditei, e apenas exclamei alto:
—MAGNO!
Com incontida surpresa e felicidade, eu lhe falei:
—QUE SAUDADE CARA! COMO VOCÊ ESTÁ?
Todo feliz, Magno respondeu-me:
—“Tamo” de volta, Edu!
Depois, apontando-me para um veículo SUV Hyundai Tucson, cor preta, de vidros todos escuros, estacionado rente ao meio fio, simplesmente me disse:
—Olhe quem está ali, Edu.
Daí, quando eu virei os olhos em direção ao Hyundai, o vidro automático da porta da frente abaixou-se, e o meu coração quase paralisou quando eu vi uma moça, agora de cabelos curtinhos, sorrindo para mim: era a Alessandra!
Ela só me disse:
—Se esqueceu dos amigos, Edu?
Só aí nós três demos conta da presença da Vera, e fizemos as apresentações de costume. Momentaneamente, deixei a Vera conversando com o Magno na calçada, e ao me aproximar da Tucson, talvez referindo-se à Vera, Alessandra me pergunta descontraída:
—Você se casou de novo, Edu?
Eu lhe respondi:
—Não Alessandra. Tá doida?
Imaginando que ela se referisse à princesa dos olhos claros, expliquei-lhe:
—Essa é a minha cunhada, irmã da Denise!
Demonstrando ligeiro alívio com a minha resposta, Alessandra comentou:
—Humm. Entendi. E você e a Denise como estão Edu?
Alegre, eu lhe respondi:
—Ah! Estamos ótimos!
—Felizes e bem casados, Alessandra!
—E morrendo de saudade de vocês.
Entretanto, passada a grata surpresa motivada pela chegada dos dois, forçosamente, eu teria que, mais uma vez, contar com a prestimosa ajuda da Denise, para que fossemos preparando a Vera aos poucos para um “convívio” saudável entre todos. A partir de agora, nada seria como antes.
Redimindo-me, tive que concordar comigo mesmo, que muitos casamentos terminam, mas, às vezes, alguns se reatam, e que isso faz parte da vida.
Enfim, agora caberia apenas e tão somente à Denise decidir se continuaria sendo, ou não, a minha esposa ou, uma delas. Porém, desde já torcendo pelo “sim”, eu gostaria de lhe repetir a mesma frase que o Magno acabara de me dizer:
—“Tamo” de volta!
Também, percebi que, doravante, eu teria que rever alguns conceitos que até então os mantivera como cláusula pétrea, qual seja, sobre a Vera ter mais alguém.
Entendi que muitas regras agora teriam que se mudar, pois, certamente, valeria a pena todo e qualquer sacrifício para estar novamente com a Alessandra. Tudo isso sem contar que, mais dia, ou menos dia, a Ticiane iria experimentar lhe o grelo duro na bucetinha, e da minha parte eu faria tudo para que isso acontecesse.
Assim, lembrando-me do feliz passado com a doce Alessandra, e tendo-a novamente tão perto, tive que me conter para não chorar de felicidade. Minha vontade naquele momento era beijar lhe muito, mas, percebi que somente beijo era pouco, e que bons momentos estariam a nos aguardar.
E um desses prazerosos encontros seria quando a Vera, de “cabeça feita”, topasse ir comigo “de volta à pizzaria” com o casal recém chegado pois, certamente, o Magno iria gostar muito dessa “volta”. E eu e a Alessandra mais ainda.
Enfim, deduzi que, para comemorarmos a chegada dos novos parceiros, um animado churrasco na casa da Dona Cida, neste final de semana, viria a calhar. Além disso, esta seria uma ótima oportunidade para que a Denise e o Caio fizessem as pazes, pois, a partir de agora, a Luana e o Bruno fazem parte de um passado que todos nós gostaríamos de esquecer.
Quem sabe um dia eu possa contar tudo o que rolou em “A PIZZARIA – Fase 3” mas, isso seria uma outra história. E, como sempre, longa história!
FIM!
e-mail: carlao1978@bol.com.br