PHROYBIDO – Parte IX
O negrão tentou se levantar, para ir de encontro à irmã, mas não conseguiu. Além de fraco, suas vistas escureceram. A cabeça girou e ele esteve algum tempo inconsciente. Despertou sentindo a maresia. Estava deitado numa praia deserta, em plena noite, e sentiu as ondas molharem seu corpo nu. Abriu os olhos e olhou em volta. Estava cercado de roupas, velas, alimentos e flores como rosas, palmas brancas, orquídeas e crisântemos brancos. Havia muitas flores boiando no mar. Então, viu movimento nas águas. Elas estavam revoltas, como se fossem principiar um maremoto. Levantou-se, pronto para correr dali. Mas ficou petrificado quando algo se ergueu do mar, como uma onda gigantesca, não muito longe da praia. De repente, a onda deu lugar a uma figura feminina de meia idade, totalmente nua. Era uma mulher belíssima, e parecia grávida. Saiu das águas, sorridente, e caminhou em direção ao negrão. Parecia crescer, à medida em que saía do mar. Quando chegou perto de Max, media quase dez metros de altura. Perplexo, ele não saiu do lugar.
Max ouviu, como se o mar gritasse:
SALVE ODOYÁ. TU ÉS FILHO DE YEMANJÁ. ODOYÁ MINHA MÃE. ODOCIABA, MÃE YEMANJÁ.
As ondas do mar subiram ameaçadoramente, mas ela fez um gesto com as mãos, e elas baixaram suavemente, seguindo os movimentos da bela senhora. Ele ajoelhou-se perante o colosso, pois sabia que estava diante de mais um Orixá.
Max ouviu o sussurro do mar, anunciando a Rainha das Águas Sagradas. A Grande Mãe.
Baixou a cabeça, como forma de respeito. Mas, aí, a figura colossal desabou nas areias da praia, bem perto dele. Ficou se contorcendo e ele sem saber o que fazer. Então, viu que ela paria uma criança. Uma criança já adulta. Era uma moça negra, muito parecida com…
- Meu Deus, é a minha irmã! Ela pariu a minha irmã. - Disse ele, levantando-se e correndo em direção ao feto. A água do mar deu um banho na recém-nascida, limpando-a da placenta. Mas o cordão umbilical não saía do útero da deusa, e sim do umbigo de Max. Estava ligado à irmã pelo umbigo. A enorme criatura, no entanto, levantou-se ainda cansada e cortou o cordão com os dentes, dando um nó perto do corpo do negrão, e fazendo o mesmo com a mocinha que acabara de vir ao mundo. Abençoou os dois e voltou para as águas, desaparecendo em seguida.
Max se abraçou à negra. Ela chorava feito criança. Quando melhorou, olhou para ele, espantada. Disse:
- Oh, meus desejos foram realizados, finalmente. O Sr. Phroybido cumpriu com a sua promessa. Estou de volta ao meu irmão querido. Ao amor da minha vida.
- O que você está dizendo? De onde você veio? O que está acontecendo?
- Não se lembra, meu amor? Nós nos amávamos. Transamos tantas vezes…
- Você ainda deve estar com a mente confusa. Nunca transamos, minha irmãzinha. Disso, tenho certeza…
Ela, então, tocou com as pontas dos dedos na cabeça dele. Ele ficou zonzo. Aí, umas imagens começaram a povoar a mente do negrão. Viu-a deitada numa cama, muito doente, e ele aperreado, junto a ela. Já estava desenganada pelos médicos. Um câncer raro lhe corroía as entranhas. Então, naquela hora, ela lhe fez aquele pedido:
- Irmãozinho, não quero morrer virgem. E não temos muito tempo. Fode comigo, vai…
- Você deve estar delirando, Sheila. Não vou foder a minha própria irmã, principalmente doente, do jeito que você está.
- Eu quero. Quero me descobrir mulher. E eu sempre te amei, por você ter cuidado tão bem de mim durante todos esses anos. Antes de morrer, quero gozar contigo. - Disse ela, com voz fraca.
Ele queria se recusar a cometer o incesto, mas ela o puxou para perto e abriu a sua braguilha. Fez saltar o enorme pau, ainda mole.
- Me ajuda a botar ele na boca, por favor. Quero lhe sentir o gosto. Sempre tive vontade de te chupar, quando você estava dormindo, mas tinha medo de ser rejeitada.
- Isso é loucura, Sheila. Não deve estar acontecendo. Ou então, você está delirante.
- Sim, meu irmãozinho. Devo estar delirando. Mas quero que você me faça delirar muito mais, só que de prazer. Vem pra cá, vem…
Ele deitou-se ao lado dela. Beijou-a no rosto, com pena da irmã. Achava que ela estava para falecer, dali a instantes. Lágrimas brotaram dos seus olhos.
- Não chora – ela disse, despindo-o com dificuldade – pois eu me vou, mas prometo voltar, para continuarmos como amantes.
- Repito que isso é loucura, Sheila. Os médicos ainda não descobriram a causa da tua doença, mas irão descobrir, minha irmãzinha. Parece um câncer, mas não é. Pode ser reversível…
Ela já não ligava para o que ele dizia. Conseguiu abocanhar o enorme e grosso falo, e ficou feliz quando percebeu que ele começou a ficar ereto. Botou um dedinho diante dos lábios dele. Pedia para que fizesse silêncio.
A primeira chupada dela fez com que o caralho dobrasse de tamanho e grossura. Ele já não podia negar que estava excitado. Ela o masturbou, enquanto o chupava. Sua boca era gelada, e ele logo sentiu vontade de esporrar. Ela disse:
- Oh, meu Deus, como isso é gostoso. Não podia morrer sem conhecer essas coisas.
- Pare, Sheila. Você pode ficar pior e decerto sentirá dores.
- Pare de dizer essas coisas, irmãozinho, e me faça gozar. Eu te suplico…
Ele não mais resistiu. Tirou toda a roupa dela e a chupou com carinho. Ela gozou várias vezes em sua boca. Pediu que ele erguesse mais o corpo, pois ela queria fazê-lo gozar, também. Ele lhe obedeceu. Pouco depois, gozou duas vezes seguidas na boca dela. Quando pensou que ela ficaria debilitada do esforço, eis que a negra pareceu revigorada. Subiu sobre ele e se espetou em seu enorme caralho. Gritou de dor, mas não desistiu. Seu cabaço foi rompido e ele sentiu o sangue dela lhe escorrendo pelo púbis. Mas ela começou a gozar pela boceta, assim que passou um pouco da dor. Ele ejaculou mais uma vez e ela gritou de prazer. Queria mais.
Max, no entanto, temeu que ela passasse mal e interrompeu o coito. Ela ficou frustrada. As imagens na mente do negrão, pareceram adiantar no tempo. Agora, ele se via fodendo-lhe o cu. Ela, parecendo nem estar mais doente, empinava a bunda e aguentava seu falo com valentia. Remexia o bumbum, querendo que ele se enfiasse mais, até o talo.
As fodas foram se sucedendo, cada vez mais prazerosas, até que o negrão se viu fraco das pernas, reclamando que já não aguentava mais. Queria dar um tempo. Ela, no entanto, retrucou:
- Mais um tempo, Max? Eu não tenho mais tempo, esqueceu? E eu quero partir estando fodendo com você, meu amor.
Em seguida, o negrão viu a irmã, já bastante convalescida, traçando uns sinais no chão, no centro do quarto onde estivera confinada. Havia velas acesas e algumas oferendas, como um catimbó. Depois, viu alguém fodendo-lhe a irmã e ela sorria, muito contente. No entanto, sentiu o mal exalado do desconhecido que a estuprava. Mas ela não reclamava. Estava, realmente, feliz. Sheila gemia alto:
- Me come! Me come muito, já que meu irmãozinho não me quer. Ai, ui, goza na minha bunda, porra. Arromba meu cu… me deixa prostrada e afolozada. Eu quero gozar muito…
E o sujeito, que tinha um caralho maior do que o de Max, sorriu de forma maligna. Depois, deu uma sonora gargalhada. O negrão desmaiou.
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- Ele está acordando. Agora, sabemos quem conjurou o orixá maligno, O Phroybido. Acorde Max.
Ele abriu os olhos. Estava deitado no chão, totalmente nu, com a cabeça apoiada no colo de alguém. Quase deu um pulo, assustado. Reconheceu a filha de Nanã, a de cabelos coloridos. Perguntou:
- O que aconteceu?
- Você foi visitado por Yemanjá. Ela trouxe tua irmã de volta e nos mostrou quem conjurou o demônio.
- Trouxe minha irmã de volta? Isso é impossível. Ela está morta.
- Nada é impossível para os Orixás. - Ele ouviu a voz de Nanã.
Ela estava sentada em um tamborete de madeira, no meio do quadrado de terra do Terreiro. Várias pessoas assistiam à sessão.
- Onde está minha irmã? Se é verdade que ela voltou, quero vê-la.