Recentemente, recebi a incumbência de realizar uma diligência com a finalidade de comprovar se um atestado médico apresentado por uma testemunha em audiência era verdadeiro ou não; em que pese que tal ato deve ser praticado por alguém que possua atribuições próprias para fazê-lo, isso me foi pedido por duas razões bem claras: a primeira era que o hospital que emitira tal atestado ficava nas imediações de minha residência; e a segunda é que havia muita confiança em minha conduta em situações análogas. E foi com certa resistência que acabei por aceitar a incumbência.
Munido da original do documento, na manhã do dia seguinte, segui para o hospital; era um grande hospital público, no qual eu, anos atrás tive a oportunidade de trabalhar, razão pela qual o conhecia muito bem; por ter a pretensão de cumprir a diligência e seguir para o trabalho, fui com meu carro; no controle de acesso, me identifiquei para o segurança que, imediatamente, liberou minha entrada. Estacionei em uma vaga próxima do pronto-socorro, local onde realizaria minha diligência, e depois de uma pequena caminhada, cheguei à porta de entrada.
Lá, mais uma vez, identifiquei-me para o segurança e perguntei a ele sobre como chegar ao setor administrativo de controle de atendimentos; ele me indicou o caminho e para lá fui. Tratava-se de uma porta com balcão a meio-corpo, e em seu interior via-se algumas mesas com computadores, arquivo de aço e armários de madeira. Estava lá, espionando o interior da sala a espera de alguém que me atendesse, quando fui surpreendido pelo surgimento de um belo rosto feminino.
Era uma lindíssima mulata com a pele cor de bronze, lábios carnudos ornados com um batom vermelho instigante, olhos levemente repuxados, denunciando uma ascendência oriental, cabelos lisos e de comprimento médio que emolduravam aquele rosto de beleza inigualável. Ela sorriu para mim, e, confesso, estava tão atônito ante tanta beleza e sensualidade, que demorei muito até atinar com as palavras que ela estava proferindo.
-Pois não, em que posso ajudá-lo? – ela perguntou com uma voz levemente rouca e suave.
Após conseguir escapar da hipnose que aquela mulher causara em mim, voltei à realidade lembrando-me do que me trouxera até ali. Exibi minhas credenciais, bem como a autorização para cumprimento da diligência, e em seguida, mostrei a ela o atestado em questão. Com um olhar curioso, ela tomou o documento de minhas mãos, examinando-o atentamente; fiquei observando seu olhar enquanto conferia o conteúdo do atestado e percebi uma leve mudança de humor …, ao que me pareceu, ela ficou um tanto tensa ao ver o tal atestado.
-O que o Senhor deseja saber a respeito deste atestado? – ela perguntou, incapaz de ocultar certa apreensão em seu tom de voz.
Antes de retomar o curso do assunto que me trouxera até ali, perguntei seu nome; ela disse que se chamava Helena; devolvi a informação, querendo saber sobre a veracidade do documento. Helena ficou um pouco mais tensa e quis saber a razão do meu questionamento; expliquei-lhe que, como dizia a autorização, eu precisava conferir sua autenticidade para certificar em autos de processo judicial que tramitava na justiça. E quanto mais eu explicava, mais Helena passava da tensão para o nervosismo.
-Olha, moço – ela começou com tom de voz hesitante – antes de mais nada, eu preciso saber se isso aqui var dar problema para mim, ou para o meu setor …, o Senhor sabe, né …, tudo é muito complicado!
-Em primeiro lugar, agradeço pelo “moço” – respondi com um sorriso discreto – Em segundo lugar, só teremos problemas se você me disser que esse atestado é falso, ou que foi falsificado.
Helena respirou fundo, e depois de alguns minutos, explicou-me que o documento não era falso, mas pediu que eu esperasse um pouco para que ela pudesse conferir algumas anotações internas; agradeci e disse que esperaria com prazer; enquanto ela desaparecia dentro da sala, eu procurei um banco próximo, onde me sentei e aguardei pacientemente. Observei uma certa movimentação no interior da sala, inclusive com a chegada de uma mulher de jaleco branco que supus ser a médica que assinou o atestado.
Ela e Helena conversaram nervosamente por alguns minutos, e, em seguida, a tal médica saiu da sala, encarando-me por alguns minutos antes de voltar por onde tinha vindo. Helena aproximou-se do balcão e fez um sinal com a mão para que eu me aproximasse. Deixando de lado todo o seu nervosismo, Helena tentou me explicar o que descobrira a respeito do atestado. Ela disse que ela era autêntico, mas apenas em parte. Quando perguntei qual parte não era verdadeira, ela me respondeu, tentando se controlar:
-Examinando o prontuário, essa moça esteve aqui e foi atendida pela médica com que conversei há pouco, mas, por outro lado …, bem, a data está incorreta, pois ela esteve aqui um dia antes, e não houve dispensa do comparecimento ao trabalho pelo dia todo …, apenas pelo tempo em que ela esteve aqui, em consulta …
-Entendo – interrompi, querendo obter mais informações – Mas, e quanto à assinatura …, essa assinatura é da médica?
-Então, esse é o grande problema – respondeu Helena, com um tom de voz cheio de insegurança – Normalmente, é a própria profissional médica que assina e carimba o atestado …, mas, este foi assinado por uma pessoa da área administrativa …, o que não é comum …
-Como assim? Porque não é comum? – insisti.
-Porque isso somente pode ser feito se o profissional médico autorizar – ela respondeu – E, neste caso, não houve autorização!
-E essa funcionária? – tornei a questionar – Ela está aqui, agora?
Helena hesitou ainda mais, porém acabou por me dizer que como trabalhavam em escala de plantão, a técnica que assinara aquele atestado estava de folga naquele dia. Acenei com a cabeça e pedi que ela me fornecesse uma folha de papel para que eu pudesse reduzir a termo tudo o que ela me dissera. Ela me convidou para entrar, destrancando a porta balcão, e oferecendo-me uma mesa com papel e caneta.
Enquanto entrava, pude observar ainda melhor o corpo de Helena; era uma mulher com idade na faixa dos quarenta ou cinquenta anos, um pouco acima do peso, mas com formas exuberantes, contidas dentro de um uniforme cuja sobriedade ainda não era capaz de quebrar o encanto daquela mulher. Envolto nos pensamentos libidinosos que aquela fêmea despertava em mim, sentei-me à mesa e elaborei um pequeno relatório de minha diligência. E ao terminá-lo, agradeci a Helena, me levantando para sair. Nesse momento, ela me interpelou com certa descrição.
-O Senhor pode me responder uma coisa? – ela perguntou com uma voz trêmula.
-Se eu puder responder, claro que sim! – respondi com um sorriso.
-A funcionária – ela começou ainda titubeante – Vai acontecer alguma coisa com ela?
-Olhe, Helena – respondi com calma – A meu ver, não é o caso …, o objetivo de minha presença aqui é apenas confirmar a veracidade do documento …, a autoridade pode determinar a expedição de ofício ao responsável para que ele tome as providências administrativas …
-Ela pode ser demitida? – Helena quis saber me interrompendo, em uma clara demonstração de receio.
-Isso eu não posso lhe responder, Helena – devolvi, rumando para a porta.
Eu bem que podia seguir meu caminho, deixando para trás qualquer possibilidade com relação à Helena. Todavia, o macho sempre pensa com a cabeça errada! Então, parei e me voltei para ela, pedindo outro pedaço de papel; Helena me estendeu um bloco e uma caneta. Imediatamente, anotei o número do meu celular e devolvi para ela.
-Esse é meu número – disse a ela – Se precisar de alguma coisa, me ligue, OK?
-Qualquer coisa? – ela perguntou num tom enigmático.
-Sim, qualquer coisa! – respondi, sorrindo cheio de intenções, enquanto seguia meu caminho.
Cumprida a diligência, relatei o fato documentalmente e dei o assunto por encerrado. Passada mais de uma semana, recebi uma ligação …, era Helena! De início, fiquei surpreso com a ligação, mas procurei manter a ansiedade sob controle.
-Tudo bem com você? – perguntei com tom gentil.
-Melhor agora, falando com você – ela respondeu com um tom repleto de intenções – Mas, na verdade, estou preocupada com aquele caso do atestado …
-Olhe, Helena – disse eu, interrompendo-a sem alarde – Sobre isso não posso lhe dizer mais nada, já que a parte que me cabia foi realizada …
-Eu sei, meu querido – ela disse, atravessando minha desconversa – Mas, sabe o que é …, estou preocupada por conta da minha amiga …, você sabe …, aquela que assinou o atestado …, comentei o que aconteceu e ela ficou desesperada …
-Tudo bem, Helena – procurei tranquilizá-la na medida do possível – Vamos fazer o seguinte, vou averiguar o que aconteceu depois, e assim que puder ligo de volta …, tudo bem para você?
-Claro que sim! – ela respondeu – Para mim …, quero dizer, para minha amiga isso seria ótimo!
Desliguei o telefone e respirei fundo …, algo naquela história não estava bem contada, mas, independentemente disso, fui investigar sobre o que acontecera com aquele processo. Constatei que as partes haviam chegado a um acordo, razão pela qual o processo foi encerrado sem consequências para mais ninguém. Munido dessa informação, liguei para Helena e a tranquilizei, narrando a solução do processo.
-Nossa! Que boa notícia você acaba de me dar! – celebrou Helena, esfuziante – Fiquei aliviada …, por minha amiga, é claro!
-Que bom saber isso! – comentei com um tom carregado de segundas intenções – Acho que o evento merece uma comemoração …, o que você acha?
-E que tipo de comemoração você tem em mente? – ela quis saber, denunciando um tom safado na voz.
-Pensei em algo íntimo – respondi sem medo – Algo apenas entre nós …
-Amanhã é meu dia de folga! – ela emendou imediatamente – Estou à sua disposição …
Sem rodeios combinamos local e horário; Helena concordou com minha sugestão e nos despedimos com um “até breve”. Curiosamente, no mesmo momento em que desliguei o telefone, vi que a tal testemunha estava procurando por informações do mesmo processo. Fui até o atendimento e disse a ela, o mesmo que havia dito para Helena. A mulher, cujo nome era Sandra, suspirou aliviada ao saber do resultado.
-Você foi muito atencioso – ela comentou com um sorriso em minha direção – Fiquei impressionada que você ainda se lembrasse do caso.
-Faz parte do meu trabalho – respondi, sem revelar-lhe as razões pelas quais eu sabia de tudo.
-Você aceitaria tomar um café comigo? – perguntou Sandra, com um olhar interessante.
Nesse momento, examinei a tal Sandra: corpo anguloso, cabelos ondulados, olhos cativantes e ar insinuante; sem perda de tempo, devolvi o convite, afirmando que o café seria por minha conta. Deixei meus afazeres e acompanhei Sandra até uma cafeteria próxima.
-Desde o dia em que eu te vi, depois da audiência, achei-o interessante – ela disse a queima-roupa, enquanto sorvíamos nossa bebida quente.
Lembrei-me que, naquele dia, tínhamos nos visto muito de relance, tempo, a meu ver insuficiente, para que ela pudesse tecer aquele comentário cheio de segundas intenções; de qualquer maneira, decidi entrar naquele joguinho proposto por Sandra.
-Até que ponto, você me achou interessante? – perguntei, aproximando meu rosto do dela.
-Ao ponto de querer transar com você! – ela respondeu, sem titubeios e cheia de atitude.
-E ainda sente essa vontade? – insisti, querendo saber até onde Sandra iria naquela jogo de provocações.
-Agora, aqui, com você, mais que nunca! – ela devolveu com um sorriso safado.
-Quando e onde? – quis eu saber, denunciando minha ansiedade.
-Que tal amanhã, pela manhã? – ela respondeu, jogando um balde de água fria sobre minhas expectativas.
Por um momento, fiquei sem saber o que responder, lembrando-me de que, no dia seguinte tinha marcado um encontro com Helena …, não sabendo o que fazer, fingi demência momentânea …
-Amanhã não posso! – respondi, após um longo intervalo – tenho compromisso aqui no trabalho.
-Que pena! – lamentou Sandra, fazendo biquinho – Então, devolvo a pergunta: Quando e onde?
-Poderia ser na sexta-feira, pela manhã? – propus, torcendo para que ela aceitasse – O que você acha?
-Tudo bem – Sandra respondeu, após um intervalo enervante – E onde nos encontramos?
-Te pego na saída da estação do Metrô – sugeri – Tudo bem?
-Combinado, meu lindo! – ela respondeu com um enorme sorriso – Já estou ansiosa!
Logo após terminarmos nosso café, saímos do local; na rua, Sandra voltou-se para mim e me colou seu corpo ao meu, com seus lábios buscando os meus; nos beijamos; não foi um beijo rápido, mas quente o suficiente para que ela sentisse o volume que se formou em minha virilha. Ao fim do beijo, ela olhou para mim, sorriu e comentou: “Uau! Acho que isso promete mesmo, hein?”. Deixei que ela fosse embora, olhando seu caminhar gingado, enfatizando seu traseiro provocante, como se fosse um chamado …, Ah! Tentação!
À noite, depois do jantar, não conseguia disfarçar minha excitação, principalmente quando fui ao banheiro para me lavar antes de dormir; como de hábito estava apenas de camiseta, e quando minha mulher entrou, deu um suspiro que me chamou a atenção. “Esse pauzão está duro pra mim?”. Eu não respondi, apenas limitei-me a sorrir. Ela veio até mim, colou seu corpo no meu; estava com sua camisola usual, sem nada por baixo; senti o calor de seu corpo, enquanto ela segurava minha rola com a mão, aplicando-lhe uma punheta suave …, no instante seguinte, arranquei a camisola e tomei-a nos braços, levando-a para a cama; joguei-me sobre ela e deixei que meu pau escorregasse para dentro dela.
Iniciei movimentos pélvicos vigorosos, fazendo com que minha esposa gozasse de imediato …, uma, duas, três vezes! Gemendo como louca, ela comemorava cada gozo com gemidos longos, sufocados pelos meus lábios junto aos seus. Fodemos gostoso por muito tempo, e eu aproveitei para saborear seus mamilos durinhos que clamavam por minha boca e língua.
“Nossa! Você está demais, amor!”, ela comentou com voz arfante. Limitei-me a sorrir, tornando a mamar seus peitos deliciosos …, enfim, gozei! Ejaculei violentamente, inundando minha parceira com uma vigorosa onda de esperma quente e viscoso …, peço desculpas se isso pareceu cafajeste, mas, desconheço macho, casado ou solteiro que consiga controlar seus impulsos …, e eu não sou diferente!