- Nem ficar na nossa casa ele ficou. - disse dona Michele tirando o pano branco do sofá.
Os pais de Murilo estava agora habitando a antiga casa. Onde apenas o caseiro e os serviçais estavam usando. A casa era grande e ocupava quase um quarteirao. Ela ficava no viaduto da Umberto calderado, bem em frente o viaduto onde as paredes do muro eram agora cobertas de vegetacao, a casa era uma mansão. Onde cabiam 7 carros, De vários modelos do tempo. Coisa que Murilo e o pai gostavam de colecionar.
O jardim era enorme e todas as pessoas que podiam passar pelo viaduto via Tao grande era a casa.
Dívidas em várias subdivisões a casa foi construída para uma família grande, mas com o tempo seus donos não conseguiam enchelas. Até a chegada dos pais de Murilo que não conseguiam ter mais filhos.
A casa era num tom salmão, coisa que a dona Michele gostava e apreciava.
- Não teremos muito trabalho aqui. - Comentou Frank olhando a esposa que admirava a paisagem de seu jardim. Ele beijou seu ombro a fazendo suspira.
- Aquele garoto. Nos olhos dele, me fizeram pensar em uma coisa. - ela se virou e saio do abraço de seu esposo e andou até sentar na cadeira pegando seu chá.
- No que pensou Michele?
- Se estamos fazendo o certo. Não acredito que Murilo esteja fazendo isso por um capricho. Mas também não vou aceitar meu filho vivendo com um suburbano e ainda por cima sendo homem.
- Michele. Eu ainda acredito que tudo isso é para apenas não voltar e assumir a responsabilidade que ele tem. - Frank sentou do lado de sua esposa, pegando seu chá.
- Aquele garoto, qual o nome dele mesmo?
- Richard. - Comentou Frank tomando um pouco do chá.
- Ele me.lembra eu mesma quando era mais nova, ironico. - Frank observava sua esposa tomando o chá.
- Meu amor. Estamos fazendo isso para o bem dele. Ele sabe como a Rússia é e como nossa família esta. Precisamos dele. E além do mais. Aquele garoto é uma bomba relógio. Se ele pensa que vai roubar o nosso Murilo e ainda dar um golpe em nossa familia. Ele está pensando errado.
- Tem razao. Não estou pensando com a cabeça. Além do mais, invsstiguei bem a vida do garoto antes de chegarmos aqui é tudo que podemos usar contra ele. Até mesmo os pontos mais fracos. - Ela passou para seu esposo um envelope lacrado contado as informações.
- Não esperava menos de você. Futura presidente da Rússia. - seu esposo beijou o mao da esposa.
- Não fico por trás de você e também fui organizar uma comitiva com alguns amigos meus daqui sobre a empresa de nosso filho. - Ele engoliu um grande gole de chá. - Mesmo não tendo nenhum apoio de nossas filias, ele criou seu próprio imperio. Nada mal para um garoto. Mas mesmo assim tem muitas falhas e irei atacar nessas falhas.
- Desculpem meus senhores. Mas chegou as pessoas que queria conversar.
O mordomo da casa se apresentou fazendo uma reverencia. Um senhor de 40 anos, usando roupas sociais como de costume. Careca e com o sorriso amarelo, Os olhos cinzas e uma pele bronzeada do sol pelo trabalho que mantinha na casa.
- Pode deixar eles entrar Julio. - disse Frank. - Primeiro esse tal de Oh Sehun.
Ele saiu da sala e em alguns segundos trouxe o representante dos imigrantes para a sala. Sehun estava com roupas mais informais, usando camisa preta, com uma rosa vermelha no meio, uma calça jeans, e uns sapatos fechados.
- Sente-se meu caro. - disse Frank apontando para a cadeira na frente dos dois.
- Senhor Frank e dona Michele. O que devo a honra?
- Sempre sendo gentil, Sehun, nunca perdendo esse seu jeito cavalheiro de ser. - Comentou Michele dando um sorriso ao levar a xícara do chá a sua boca.
- Fiquei sabendo que está atrás do visto de meu filho e que isso está fazendo ele entra nessa história de casamento. - Frank pegou um envelope perto de sua cadeira. - É que você deu um mês para ele se regulare-sa ou voltava para o nosso país natal.
- Sim. E o tempo do garoto está acabando. Pelo jeito que está aqui, devem ter trazidos os documentos do garoto ou algum suborno para eu aceitar. - deduziu Sehun se servindo das bolachas doces e do chá para acompanhar.
- Mero engano meu querido amigo. Estamos aqui para ser seu aliado nessa briga e não contra. - Frank mostrou o envelope e entregou para Sehun que foi abrindo para saber o que tinha dentro.
- Nesse envelope tem os documentos de meu filho alterado. E provas que levam a ele ser incriminado por está no país ilegalmente a muito tempo burlado as suas regras. - Frank colocou as mãos entrelaçadas apoiando sua postura na cadeira.
- Você quer que eu faça ele sair desse país a força. Realmente levam a sério o amor familiar e a proteção paterna.
Frank nem ao menos sorriu com a piada do garoto.
- Use essa cartada, não agora. Mas assim que ele conseguir regular tudo. Ele ainda não sabe que estamos aqui. Mas logo sabera. Até por que eu irei fazer um baile nesta casa. E chamarei ele para lá.
- É porque não usar agora? Seria mais fácil enquanto ele está tentando se regularizar...
- Ele teria tempo de pegar essas provas e dizer que são falsas e elas são tão originais que as verdadeiras. O que vai deixar ele mais ainda encrencado. Já que ele também vai ser acusado de tentar se casar a força para ficar no país. - Michele cruzou sua perna e tiro seu chapéu deixando seus cabelos loiros dançarem com o vento que batia. - Meu filho pode ser mais esperto do que apararenta e isso faria você se ferrar.
- É porque eu faria isso, Já que de um jeito ou de outro vocês ganham no final da história? Não vejo o porque de eu ser chamado aqui...
- Porque sabemos de um segredo seu SeHun. Sabemos que era para está casado com a filha do mis importante Coronel da coreia. Mas fugiu e está aqui nesse país onde as leis podem ser mudadas e ser colocada contra quem realmente é justo. E por pura Concidencia, somos amigos dele. E ele quer sua cabeça como premio.
Sehun engoliu em seco e deixou a xícara na mesa, com os biscoitos.
- Eu farei isso. Sabendo que guardaram esse segredo. - Sehun encarou os dois, fechados os punhos e os nos dos dedos ficarem brancos.
- Tem nossa palavra. - Disse Michele apertando a mão do garoto.
- Se me deem licença.
Sehun se levantou e saiu da casa, Se areependendo de ter pisado naquela casa, levando consigo as provas para prender Murilo.
- Boa tarde senhores. - cumprimentou o rapaz que sentou cruzando as pernas. - Me chamo...
- Sabemos quem é, senhor Arthur Ferreira. Ou mais conhecido como ex namorado de Richard.
Arthur Ferreira era um garoto conhecido como inofensivo. Para quem não conhecia a pessoa. Seu jeito despojado e de não querer saber da vida era sua marca registrada.
Com quase 2 metros de altura e agora musculoso, com a pele morena e o braço esquerdo todo tatuado. Era um perigo para sociedade. Já que ele tinha costume de usar drogas pessadas com um histórico de raiva incontrolavel. Sua barba por fazer e seus cabelos sempre escondidos por debaixo de bonés o faziam ser realmente gângster de Nova York.
- É o que os senhores querem comigo?
- Simples. Ms antes. - disse Michele estalando os dedos.
O mordomo trouxe um pequeno envolve e dando ao garoto.
- Sabemos que Richard te deixou, quando descobriu que não poderia mais lhe ajudar e agora mostramos a você que pode reconsuita o garoto. - disse Michele intervindo ao invés do esposo que não confiava naquele cara a sua frente.
- É porque eu faria isso dona? - Arthur perguntou mostrando seu sorriso branco.
- Porque ele esta entrando numa cilada. Nosso filho é louco e está forçando o pequeno, garoto, a se casar com ele para ficar no pais. Nos conhecemos bem Richard e queremos o bem dele, para ser sincero me foi fazer isso, Mas ele precisa de alguém que o tire dessa vida. Que tire de nosso filho. - Ela fingiu uma lágrima caindo limpando o rosto com o lenço.
- É porque não fazem isso, Se ele está tão encrencado assim. Porque não tiram ele das mãos do marginal de voces?
Michele sutilmente trinco os dentes, mas parou com o aperto de mão forte de seu esposo que a lembrou que precisavam de todos á seu favor.
- Se tirarmos ele agora de perto de Richard, ele pode sentir as consequências. Murilo pode fazer coisas piores com ele. Por isso precisamos que você tire ele das mãos deles. Assim ele não se machuca e Richard pode ver na besteira que está caindo.
Arthur ficou com raiva e se levantou da cadeira.
- Irei fazer isso por Richard. Vocês realmente sãos bons pais. Pais que eu mesmo queria ter. - Arthur mostrou um sorriso pequeno de inveja no seu rosto.
- Porque disse isso meu jovem? - Frank fez menção para o garoto sentar.
- Não tive pais, fui jogado num orfanato quando tinha 7 anos e tive que me vira desde de então e quando conheci Richard e fiz as minhas besteira e ele me deixou. Foi pior. Eu amava ele sabem. E ainda amo, por isso tentei ser uma pessoa melhor. E estou tentando. Até tenho ido para terapia e faz quase 1 ano que não uso mais drogas. - Aquele pequeno desabafo fez o senhor Frank pondera a primeira ideia que teve do garoto. Mas o plano pensava mais em sua mente do que ajudar o proximo. Já tinha um filho e não presciava de um bastardor para se ocupar.
- Dentro desse envelope tem uma quantia em dinheiro, uma chave de uma apartamento e uma chave de um carro. - Agora vinha a verdadeira negociação. - Se tomar Richard de volta. Eu darei para vocês, o apartamento, o carro e uma quantia maior de dinheiro para viverem juntos, com mais um trabalho digno. Para você.
Os olhos do garoto que eram tão escuros quanto a noite brilhavam como uma ônix, sua respiração ficou acelerada e ele pulou da cadeira de alegria, abraçando os dois.
A camisa de capuz sem mangás e a calça moletom, o ajudavam a cumprir aquele estilo de garoto maloqueiro.
- Irei sim. - disse Arthur feliz. - Posso ter a segunda chance que sempre quis com ele.
- Esse local que vai mora e o carro que vai usar por enquanto e apenas um incentivo para conseguir o que quer. Que no caso e o garoto.
Arthur balançou a cabeça, depois de ouvir bem o que o senhor Frank explicava para ele e o que ele iria fazer. Assim que saiu com o motorista para o novo apartamento. Michele mordeu seu biscoito doce.
- Murilo deveria aprender alguma coisa com esse garoto. A ser grato por ter pais que se preocupam com ele, por exemplo.
- Ele vai ter isso. Por bem, ou por mal. E nossa querida Juvia? - perguntou Frank pegando sua esposa e a fazendo a sentar em seu colo.
- Está se preparando para entrar em ação. - respondeu Michele beijando delicamente os lábios de seu esposo.
A guerra tinha sido declaradaSabia que nao resisitira a ele Richard. Já tinha uma paixonite por ele desde da escola. - Henrique estava fazendo seus famosos empadão.
Estava eu, ele é Eduardo sentado na mesa de jantar. Eduardo conversa conosco, mas trocava mensagens pelo celular com SuHo. Desde de ontem os dois não se desgrudavam mais.
- Quem disse que era apaixonado por ele desde da escola?
- Era sim. Aquele jogo de acha-lo feio e implicar com ele, era fachada. - Eduardo me encarou com os olhos fechados, rindo irônico de minha defesa. - Além do mais, quem não seria apaixonado por ele?
- Está falando do Suho? - perguntei jogando lenha na fogueira.
- Tambem. Mas também de Murilo. Ele é um gato. Mas SuHo ganha dele de uma forma Absurda.
- Vocês estão me dando enjoou. - comentei recebendo uma careta de Eduardo.
- Falou a garotinha que estava ouvindo floribella e pensando no Murilo. - Eduardo 1 Richard 0.
- Além do mais, Kai queria ligar ontem para vocês para saber porque da demora. Eu que o impedi. Mesmo ele sendo lerdinho, ainda sempre vai ser meu lerdinho. - Henrique colocou a bandeja em cima da mesa e peguei um.
- Espero que der certo. Que nos dois demos certos.
- É porque não daria? Vocês vivem implicando um com o outro, da certinho. - Eduardo mordeu sua empada tomando com seu nescau.
- É que...
Pensei bem em falar sobre os pais de Murilo, não queria guarda aquelas ameaças para mim, Mas sabia como eram meus amigos, Eduardo jamais perdoaria e Henrique se vingativa de uma forma que nem eu mesmo queria ver.
Mesmo nos três com muitos defeitos e diferencas, conseguimos construir uma amizade verdadeira e boa. Não poderia colocar eles dois no fogo, isso acabaria com a vida de cada um.
O rádio estava ligado, gostávamos de ouvir as notícias quando estávamos em casa. E por incrível que pareça, uma enquete passou na mix da cidade.
- Eu ouvi isso direito. - disse Henrique aumentando o volume.
"E o que acham do novo casal real do povo LGBT? O Ricasso Murilo e o plebeu Richard. Sendo o casal que está levando a aquela velha história de Romeu e Julita a novos patamares? Mande mensagem para nosso Whats."
"Eu acho bacana, mostra que o amor realmente vence barreiras e além do mais eu shippo demais os dois juntos" disse uma convidada.
"Eles estão levando uma bandeira na costa, o empresário Murilo que também e dono de uma empresa de livros e aparelhos eletrônicos, depois desse me, suas ações estão subindo e várias pessoas aderindo a seus produtos" comentou um outro convidado.
"O povo LGBT precisa de alguém assim para os defender. Se prestarem atenção, os dois são bem discretos e são até comparados como reis da causa. Não conseguimos ainda uma entrevista com o Murilo ou Richard. Mas se os dois estão ouvindo, eu mesmo estou convidando vocês para meu progra.a para falarem mais do relacionamento e do casamento."
- Eu não iria...
Henrique legou meu celular e mandou uma foto minha sorrindo ao ouvir o convite, pra o Whats do programa com a frase. Aceitamos.
- Você e louco ou o que ?
- Se querem ser mais convincente não podem voltar agora. - Defendeu Henrique
"Notícia mais do que quente e pelo visto é real o próprio Richard mandou mensagem para nosso Whats agora dizendo que viram ao nosso programa. Eu estou muito fiz com isso é estamos esperando vocês aqui."
O celular na hora ligou. Quando eu vi o número, quase desmaio. Era o Murilo. Eu não iria atender.
"OI Murilo. Sim ele está aqui.... Quer falar com ele? É para você Richard.
- Seu filho...
- Respeite minha mae. Até depois.
Eduardo e Henrique me deixaram na mesa sozinho.
"O que você fez?"
"Desculpas, desculpas, não foi eu, foi o Henrique, ele que mandou a confirmação e não pode fazer nada, Eu...
"Tudo bem Richard. Apenas achei genial a ideia. Se formos lá e falarmos.da nossa história de amor, vamos ter mais adeptos a causa e também poderei ficar no país"
"Jurava que estava com raiva"
"Eu estou e vamos se acerta depois sobre isso."
Eu fiquei gago e sem realmente responde-Lo eu desligo o celular o deixando falar sozinho.
Nessaminha lista vai entrar novamente Henrique, pela palhaçada que ele fez.
Mas foi tão bom ouvir sua voz. Nos dois prometemos ir devagar. Sem tanta pressa, Já que esse era o combinado. Poderia está ficando louco, ou até mesmo me jogando demais na vida de Murilo. Mas estava decidido a não sair dela. Não quando ele me dava forças para ficar.
Eu daria um jeito nos pais dele, faria com que eles cessem quem era o filho dele e que eu realmente era bom tanto para ele, quanto para estar na familia.
A mensagem que recebi de Murilo me fez realmente sorri.
"Melhor noite de todas. Precisamos cantar mais vezes"
Aquele idiota, sabia como me fazer sorri.