Sempre tive um enorme problema com relação ao amor, minha vida amorosa nunca foi boa, consistente e muito menos duradoura.
Aliás eu ainda não tinha essa parte escrita no meu livro da vida.
Me apaixonei diversas vezes, mas sempre aquele amor platônico, por caras que eu nunca iria poder se quer tocar.
Era o carinha bonito do colégio, que vivia cercado pelas menininhas ricas e mimadas e os garotos ricos babando ovo dele,
Era o vizinho gostosinho jogador de futebol que vivia sem camisa, mostrando a bordinha da cueca Box da CK por baixo do short largo da Adidas,
O entregador de gás que era gordinho e todo peludinho, mas tinha uma simpátia e um sorriso que me fazia derreter inteirinho por ele, teve também o peão de rodeio que cheirava macho, lavava seu cavalo só de calça jeans apertada, deixando a mostra aquele belo volume e a nítida sensação de que ele gritava pra pular pra fora daquele jeans apertado,
Meu dentista que tinha olhos claros como água de piscina, ele me olhava fixo que parecia que em algum momento iria me beijar.
Foram tantos dessa imensa lista e eu criava uma vida imaginária ao lado de cada um deles, coisa de moleque bobo que está entrando na faze da adolescência.
Eu não imaginava que o amor era algo tão complicado, dolorido e sufocante como foi pra mim.
Bom, deixa eu me apresentar!
Me chamo Pedro Henrique, sou gay, independente, moro sozinho, estatura mediana, cabelos castanhos, olhos verdes, não sou bonito, apesar de as vezes me olhar no espelho e me achar um gato, já noutros momentos me sinto "medonho" rs, coisas da vida.
Por um longo período da minha vida, eu me reservei a ser apenas uma sombra, um ser invisível, não chamava atenção, não deixava ninguém se aproximar de mim e os poucos amigos só ouviam o necessário a meu respeito. Eu morria de medo de ser descoberto, de ser humilhado ou até mesmo que meus pais me colocassem para fora de casa por conta de ser diferente.
Hoje eu entendo que eu realmente era diferente, eu me fazia ser diferente e por conta disso perdi boa parte da minha vida, deixei de viver, por medo e insegurança, sempre me deixei levar pela opinião alheia. "Um idiota né?"
Depois de muitas paixões reprimidas eis que com meus 35 anos de idade, eu conheci um rapaz que virou meu mundo de ponta cabeça.
Vou lhes contar o ocorrido:
Eu tenho uma amiga que era casada, viveu longos anos com um cara e dessa relação tiveram um filho, só que o tempo as vezes desgasta algumas coisas e foi o que aconteceu com a relação dos dois.
Separam e então essa minha amiga queria voltar pra vida Bohemia e veio me procurar para reestreitarmos nossa relação de amizade.
Essa minha amiga dia desses estava numa balada e lá encontrou um outro amigo dela que também era casado, tem um filho e também se separou da esposa.
Determinado dia ela estava aqui na minha casa e acabou convidando o cara pra vir também.
Vamos dar nomes:
Seu nome é Antônio, 40 anos, separado, meio calvo, barba desenhada, cheiroso, bonito e corpinho malhado.
Bem hetero mesmo, daqueles que aparecem na frente pra fazer a gente se apaixonar.
Tomamos alguns drinks (cervejas), conversamos bastante, muitas risadas e quando dei por mim já eram 3 da madrugada.
Ambos se despediram e ele deu carona pra ela (nossa amiga), foram embora juntos.
Eu sabia que o destino era a casa de um dos dois, já que não havia nada que os empedissem de ter um resto de noite regada de sexo e muito tesão. Senti inveja lógico!
A semana passou e novamente combinamos de tomar umas cervejas aqui em minha casa, era um sábado e por isso acabaram dormindo aqui, naquela noite eu joguei o colchão na minha sala e deixei que ambos dormissem em meu quarto na king que aguentaria a penetração e calvagadas da minha amiga safada.
No outro dia se levantaram cedo, nem café tomaram e foram embora, eu imaginando que alí já tinha um casal em potencial, prestes a se assumir.
Mais uma semana se passou e naquele dia ela me ligou e pediu que eu fosse na sua casa que a reuniãozinha seria lá.
Tomei uma ducha, me arrumei e parti pra sua casa, como moramos perto eu fui a pé, coisa de 15 minutos andando, ouvindo a set list dos anos 80 que eu adoro, as românticas são as melhores.
Cheguei lá, ela estava sentada na área fumando um cigarro (odeio) e tomando uma já.
Conversamos sobre assuntos aleatórios e logo o boy já estava em nossa companhia.
Ficamos um bom tempo lá fora batendo papo e eu morrendo de fome, sugeri pedirmos uma pizza, todos concordaram e mais 40 minutos o motoboy nos entregou.
Conversas de pessoas separadas era o que predominava na sala, eu só ouvia, raramente dava um palpite ou algo do tipo, aquilo não era a minha praia. Eu sabia falar de "amores não correspondidos" kkk
Eu já cansado me levantei e dizendo que iria embora fui interrompido pelo Antônio, dizendo que também ia embora e me daria uma carona. Aceitei por que moro numa montanha e quase morro pra subir o morro kkkk
Ele me trouxe até minha casa e no caminho eu não sabia o que falar, fiquei sem assunto e um percurso de 3 minutos, pareceu durar 3 anos.
Ele me deixou aqui em casa e foi embora.
Noutra semana o encontro foi na casa dele e novamente em minha casa. Eu sempre imaginando que os dois já estavam juntos.
Isso já tinha uns 2 meses que a gente se reunia cada semana na casa do outro.
Neste dia eu desci pra casa da amiga, passei no supermercado, comprei alguns petiscos para comermos enquanto eles falavam de como foi horrível e conturbada a separação de ambos.
Eu sugeri mudarmos de assunto já que eu nunca tive um relacionamento e não sabia como era o termino ou separação.
Conversamos sobre filmes, novelas, livros, séries, atores, atrizes, jornalismo, infância, sobre tudo e logo eu estava me despedindo dos dois novamente, e novamente ele me ofereceu uma carona.
Nesse dia eu puxei assunto, "será que chove?",
Muito tosco né, mas eu abri a boca e as palavras pularam pra fora, ele sorriu e continuou dirigindo.
Quando chegamos aqui em casa ele me disse que estava morrendo de vontade de mijar, eu pensei comigo "nossa, coloca a rola pra fora e mija aí mesmo, todo homem faz isso, eu mesmo faço isso". Perguntou se podia entrar e usar o meu banheiro.
Eu o convidei a entrar e deixei que se aliviasse no meu banheiro, eu conseguia ouvir o barulho da urina caindo no vazo, parecia uma cachoeira kkk
Ele saiu do banheiro, agradeceu e puxou assunto, conversamos um pouquinho e logo ele estava se despedindo novamente.
Muito do educado eu disse que ainda era cedo, pensando que ele realmente fosse embora. Ele me olhou e disse:
- Preciso ir embora porque olha o jeito que estou.
Quando olhei em direção ao ziper da calça, eu vi que o bicho já tava duraço, e parecia ser bem grande.
Meio desconsertado eu virei meu olhar pra todos os lados possíveis, só que ele veio andando em minha direção e quando me dei conta, minha boca já estava colada na dele.
Parece tonto, mas foi o meu primeiro beijo de verdade, sem ser beijo na laranja, no braço ou contra o espelho.
Nos meus 35 anos de existência, aquele estava sendo o meu primeiro beijo e minha primeira transa.
Ele foi tirando a roupa, depois me despiu por completo, me lambeu, beijou e chupou dos pés a cabeça, eu sentia meus pelinhos se arrepiarem de tesão.
Um tesão diferente daquele que vem junto com o gozo depois de uma punheta.
Sentia meu pau pulsar contra o dele e em 30 segundos a cabeça do meu pau já estava soldando líquido lubrificante feito uma torneira.
Me fez chupar seu pau grande e grosso, cabeçona rosada em formato de torpedo, nossa que sensação indescritível. Eu morrendo de medo de morder ou arranhar sem querer aquele belo membro.
Ele deu leves mordidinhas no bico do meu peito e aquilo me fazia implorar pra ele me penetrar.
Aconteceu que não tinhamos a bendita camisinha naquele momento. Eu não tinha relação com ninguém mesmo e por isso não me atentava a comprar camisinhas, já ele era casado e por isso também não usava a capinha de plástico rs.
Bati uma punheta profissional pra ele (já que eu dominava a arte), até ele soltar jatos de porra, era cada gorfada que chegou a voar no meu cabelo.
Depois da noitada ele foi embora e eu fiquei aqui, imaginando como seria nossa vida de casados, ele já tinha filho e eu iria ser madrasta do moleque (a gente viaja né?), e eu acho que viajo ainda mais além do normal.
Passado nova semana e o encontro seria aqui na minha casa e para a minha surpresa, ele veio aqui, não comentou nada, não perguntou e não expressou nada, era como se nada tivesse acontecido.
Nesse mesmo dia, eu vi os dois se pegando aqui no meu terraço, um beijo que pareceu ser melhor que o que ele me deu.
Fiquei com ódio e matei os dois (zuera), eu fingi que não vi e continuei na minha ouvindo as reclamações, opiniões e as conversar sobre forum, juiz, guarda definitiva, guarda compartilhada e o caraio a quatro.
Foram embora juntos e eu fiquei aqui em casa, desfazendo toda a minha vida de casado da minha imaginação.
E numa outra vez a gente inventou de ir num barzinho, sempre os mesmos assuntos, bebidas e eu já não queria mais participar, ficar no meio dos dois. Eles eram tão iguais, um se encaixava ao outro e me sobrava as bebidinhas, não que eu reclamasse né, mas eu também sou filho de Deus e também gosto de piroca as vezes.
Me levantei da mesa, fui até o banheiro, coloquei meu celular pra dispertar em 10 minutos, voltei e me sentei com eles novamente.
Assim que o celular deu 3 toques eu atendi como se fosse uma ligação, fingi conversar com alguém interessante, me levantei da mesa, dei duas voltas na calçada, ri alto algumas vezes, me despedi, desliguei o celular e voltei pra mesa.
Agradeci pela noite e disse que estava indo embora por que tinha surgido um compromisso de última hora, paguei minha conta e subi o morro que nunca terminava.
Cheguei em casa, tomei um banho, troquei de roupa, coloquei um filme e acabei dormindo no sofá.
Noutro dia eles combinaram um churrasquinho com alguns amigos, eu fui sim, bebi e comi bastante, graças a Deus tinha gente pra conversar outros assuntos e assim foi uma noite agradável até.
Ele se ofereceu pra me trazer em bora só que mudou a rota no meio do caminho, andamos tanto, umas duas cidades depois da minha. Me levou num motel, eu queria morrer, por que as pessoas iriam saber que eram dois homens. Ele riu e disse que era a coisa mais normal do mundo. Eu ainda era um pouco atrasado nesse assunto e por isso fiquei envergonhado.
No motel ele questionou sobre a pessoa com quem eu estava conversando e eu disconversei, depois pediu que eu mantesse o nosso caso em segredo, que aquilo era só uma curtição, nada sério.
Eu falei que não iria contar a ninguém, ele não precisaria ficar preocupado, só que não ia prestar a gente fazer daquele jeito e coisas escondidas apesar de serem boas, nem sempre acabam bem, não é?