Praga - o novo mundo - Capítulo 12 - Noite longa

Um conto erótico de T.B
Categoria: Homossexual
Contém 2908 palavras
Data: 01/06/2018 19:15:20

oooOlá "conteiros". Sumido, não?

Aqui esta mais um capítulo e espero que gostemDesperto novamente ainda no meio da noite, só que dessa vez mais tranquilo. Todas aquelas memórias revividas de forma tão intensiva havia esgotado as minhas forças me levando a um estado de dormência. Mas agora, ainda tentando me localizar, me sentia mais calmo e relaxado.

Bob estava de pé a beira da janela do quarto. A luz do luar invadia o cômodo atravessando a vidraria que quase tomava a altura da parede do quarto. Mesmo naquele mundo sem luz artificial aquele pedaço de rocha que flutuava no espaço funcionava muito bem como um grande farol.

A mobília do quarto parecia antiga, não muito. Todos os móveis pareciam ter sido feitos a mão, detalhados e bem conservados. A parede revestida por um papel de parede pouco florido não envelhecia em nada o ambiente. A cama com os lençóis bagunçados imitava a paisagem das ondas do mar quando os raios azuis à atingia. Não havia se passado muitos dias desde que chegamos na casa, mas essa era a primeira vez que eu realmente notava seus adereços.

Por mais atrativos que esses detalhes possam parecer, o corpo nu de Bob estagnado contra a luz era hipnotizante. Todas as suas curvas estavam perfeitamente delineadas, como um negativo de um filme fotográfico. Ele não se mexia, seus braços cruzados e olhar fixo para a floresta trazia uma mensagem de preocupação.

E isso não é de se admirar. Bob era um homem preocupado e ponderador em tempo integral, o que era de se esperar em um mundo como esse. Submeter o ruivo à aquela cena deve ter beirado a crueldade. Podia lembrar com todos os detalhes o desespero que eu havia sentido, o medo e a impotência. Porém, pesava mais em mim pensar no sofrimento de Bob por não poder fazer nada sobre aquilo.

-Bob. - disse em voz baixa para chamar a atenção do ruivo.

Mas ele não reagiu. Parecia estar imerso em algum tipo de transe. Levanto da cama ainda sentindo pequenas dores nos músculos do corpo todo. O lençol desliza pelas minhas pernas com uma maciez nostálgica, o conforto era um luxo do antigo mundo. O chão de madeira exibia um lustrado de poucos cuidados, mas as tábuas eram firmes o suficiente para me aproximar do ruivo sem fazer qualquer ruído.

Agora mais perto do corpo daquele homem conseguia ouvir sua respiração rítmica e serena. Seu tórax se enchia e esvaziava dando mais forma aos seus músculos. Certamente ele estava preocupado e, apesar do medo que havia sentido, eu sabia que o ruivo não deveria sofrer pela situação.

Com mais alguns passos me posiciono atrás de Bob envolvendo seu corpo com um abraço delicado.

-Pelos Deuses Thommy, que susto.

-Achou que fosse quem? - respondi tentando não rir do susto.

Bob não respondeu, apenas fechou os olhos e respirou fundo.

-Me desculpe por aquilo, acho que acabei me apavorando… sabe, além do necessário. - sussurrei perto do ouvido do ruivo.

Querendo ou não, sentia vergonha pelo ocorrido. Eu suplicava por socorro e pelo abraço de Bob.

Nunca, desde o momento em que nós nos conhecemos, eu havia demonstrado tanto desespero. E aquilo era compreensível. Nesse mundo de ódio e crueldade ou você se torna resistente ou sucumbe diante dos obstáculos.

Até onde eu conseguia me lembrar, a todo momento o ruivo tentava me fazer mais forte. Quando caminhávamos pelas estradas desertas Bob sempre exigia a minha total atenção a qualquer som que pudesse ser ouvido, mesmo que estes se limitassem aos ruídos da vida selvagem. “Se continuar a tagarelar desse jeito, vai acabar sendo morto por alguém mais perspicaz” dizia ele.

Mesmo quando parávamos em algum canto ao redor de uma fogueira ele exigia um tempo para uma luta corpo a corpo. Depois de algumas contusões e hematomas eu havia me acostumado a ideia de me adaptar a realidade.

Ele me amava, mas isso nunca o impediu de me causar um pouco de dor quando eu me distraia.

Certa vez o resultado dessas sessões de treino obrigatório quase rendeu um nariz quebrado… para mim é claro. Bob parecia uma máquina de luta, nem em meus sonhos eu venceria aquele homem. Porém eu nunca havia ganhado tantos beijos de desculpas depois daquela fratura, um prêmio de consolo por assim dizer. “Você tem que aprender a se cuidar, soldado”.

-Eu sei que essas lembranças são cruéis, mas eu não deveria me abalar tanto… perder o controle. - continuei a falar em meio ao silêncio.

-Qualquer um perderia o controle se estivesse no seu lugar… deve… deve ter sido horrível.

-Então você me ama mesmo tendo sido um fracote? - disse com tom sarcástico.

-E não foi por isso que eu me apeguei a você? Um homenzinho fraco, indefeso, medroso, delicado e…

-Cale a boca Bob.

Ambos caimos na risada com aqueles comentários. Conseguem ver? Essa é a maneira do ruivo se declarar, o seu gesto de afeto. Para quem vê de fora pode até parecer um insulto, mas aquele homem possui um jeito próprio de amar.

O ruivo me puxa pelo braço e me coloca a sua frente. Face a face. Seus olhos preocupados percorrem cada canto do meu rosto e do meu olhar, como se precisasse saber se eu realmente estava bem.

-Eu estou bem, não se preocupe.

Não se preocupe… seria mais fácil pedir ao planeta que não girasse ou ao sol que não brilhasse. Para o ruivo, eu era o seu bem mais precioso, e a reciprocidade era verdadeira. Quando achei que ele havia morrido na floresta o meu chão desapareceu e pensei não ter mais motivos para viver, então sabia que sua perturbação era normal.

Conseguia sentir a sua respiração, suas mãos subindo pelos meus braços e alcançando meu rosto. Seus lábios tocam a minha testa e sou envolto por um abraço apertado. Nossos corpos grudados como um só, contemplados pela luz da lua.

-Eu te amo Thommy. - disse Bob me envolvendo cada vez mais.

Finalmente poderia respirar aliviado, estar tão perto da minha âncora ajudava a superar as dores daquelas lembranças. Não que eu tivesse esperança de algum dia esquece-las.

-Primeiro, isso é tão meloso… você que é o fracote da história.

Sim, eu sei. Esse não era o momento oportuno para fazer tais brincadeiras. Mas o que eu posso dizer, aquela era a chance perfeita de revidar os seus comentários constrangedores de sempre.

-Haaa… qual é Thommy. - disse Bob afrouxando o aperto e desviando seu olhar para a janela.

-Segundo, um beijo na testa… sério. Cara isso é tão broxante. Estamos nus, seja mais... criativo.

-Cresce Thommy… cresce.

-Terceiro… eu também te amo.

Bob fica desajeitado pelo comentário repentino, sim… uma pitada de vergonha eu acho. Eu convivo com aquele ruivo por muito tempo, sei como conduzir essa dança.

-Mas eu aconselho, tome cuidado… você está ficando velho. - disse olhando para os lados.

-O quê?... como assim, velho?... - questionou Bob, -... porquê?

-É, sabe… você não está mais tão vigoroso sabe… estou decepcionado meu caro.

-Haaa… vai se foder… - Bob percebe a brincadeira.

É sempre bom conhecer a fraqueza dos seus inimigos, assim como conhecer a sí mesmo. E aquilo não só se aplicava as guerras. Eu conhecia bem o ruivo, suas fraquezas e seus desejos… assim como eu conhecia o meus limites. Mas eu já havia feito a primeira jogada, agora era só esperar pela réplica. Um jogo de sedução com uma boa chance de acabar com alguém machucado… não seria a primeira vez.

-Só estou dizendo cara. É decepcionante, depois de um dia duro de trabalho perceber que o meu homem não consegue… bem, executar o serviço.

-Dia duro de trabalho? Seu homem?... eu te amo Thommy mas ainda posso acabar com você. - disse Bob sério, dando um passo para frente.

-Decepcionante. Você poderia usar essa raiva toda na cama… quem sabe isso não melhoraria seu desempenho.

Orgulho, o ponto fraco de muitos. Se souber a maneira exata de provocar… bem, acho que você sabem. Bob se aproxima até que seu corpo esteja totalmente colado ao meu. Sua respiração pesada e quente perto do meu rosto. Seus lábios contornam os meus, quase sem se tocar.

Com suas mãos ele percorre todo o meu corpo inerte. Com a ponta dos dedos ele desenha cada centímetro das minhas costas pousando uma de suas mãos em minha cintura e a outra atrás da minha nuca. Lentamente sua boca se projeta em direção ao pé do meu ouvido.

Seu quadril fazia pequenos movimentos, quase imperceptíveis, que me deixavam cada vez mais animado. Todo o calor que o seu corpo emanava era acolhedor. Seu ofegar me deixava extasiado, potencializando o prazer dos seus toques.

-Eu sei o que você está fazendo… -Bob sussura, -... não vamos trasar hoje.

Pois bem, acho que a regra de conhecer o teu inimigo também se aplica a mim.

-Droga. - disse frustrado.

-Mas foi uma boa tentativa.

Ambos caímos na risada, uma situação que pensei ser excitante acabou sendo cômica. O que não torna o momento menos especial.

-Venha, vamos deitar. - disse Bob caminhando até a cama desarrumada e se jogando.

A noite parecia nem estar na metade, o que deixava claro que bastou horas para que a bebida fizesse efeito e desencadeasse as memórias antigas.

Caminho para o lado oposto da cama e me deito soltando todo o meu peso, e quem sabe até as preocupações. Estávamos agora deitados um ao lado do outro, olhando para o teto… sem dizer nada.

Eu havia prometido a Bob que revelaria minhas lembranças para ele, uma forma de dividir o fardo, e eu não havia mudado de ideia.

Sustentar todas aquelas cenas era um peso emocional muito grande e insanidade é a ultima coisa que eu gostaria neste mundo.

-Você está bem? - perguntou Bob, cortando meus devaneios.

-Se você perguntar mais uma vez, não estaremos.

-E então… você… você pode me contar?. - questionou novamente.

Havia receio nas palavras do ruivo. Talvez ele não quisesse cutucar todo aquele emaranhado emocional de lembranças ruins, mas ele se preocupava demais para ficar calado.

-Sim… sim. - respondi em sussuros de ansiedade.

Mas antes de compartilhar aquelas memórias eu decidi tentar mais uma vez investir naquele belo homem. Movimento levemente uma de minhas mãos até encontrar o membro do ruivo. Minha esperança é claro era encontrar algo mais… firme por assim dizer.

-Que merda Thommy… pare com isso.

-O quê? Eu precisava conferir… um homem tem suas necessidades.

-Tenha paciência… - disse o ruivo, bufando.

-Tudo bem, tudo bem. Eu… eu vou contar.

Acho que minhas tentativas de excitar o ruivo nada mais eram do que um pretexto para desviar do assunto. Não sei se você me entende, mas revelar todos os detalhes só demonstraria a minha fraqueza e covardia para Bob. Estava implícito para todos que ouvissem, eu fraquejei a todo momento.

Ficamos longas horas deitados na mesma posição, olhando para o teto… talvez fosse melhor assim, sem ter que encarar os olhos do ruivo. Durante toda aquele período narrei todos os episódios que havia relembrado.

A vila. A casa central. Madame Sara. Miguel. O sangrento interrogatório. A chegada dos saqueadores. A morte de J.B e Afrodite. Aquilo era cruel, eu podia sentir novamente todas as sensações daqueles episódios. O calor do fogo das casas sendo incineradas, todos os habitantes… mortos.

Depois que ultima gota de memória foi revelada, eu apenas esperei. Fiquei aguardando os comentários do ruivo… alguma coisa. Mas nada aconteceu. Ele apenas ouviu, paciente, continuando na mesma posição.

-Por favor, diga alguma coisa.

-Eu sinto muito Thommy… por todos eles.

O som da sua voz era um porto seguro em meio a tempestade. Porém, mesmo compartilhando aquelas lembranças com alguem, eu senti uma culpa interna crescendo e me consumindo. Falar em voz alta todos aqueles acontecimentos só deixou evidente, em todos os momentos, que foi a minha ingenuidade e covardia que desencadeou aquelas calamidades.

Novamente minha respiração acelera, meu coração dispara e um turbilhão de cenas aleatórias percorrem minha mente. Culpa.

-Foi minha culpa, eu fui covarde… - disse levantando da cama e andando pelo quarto. -...fui fraco, e agora todos estão morto. Por minha culpa.

-Thommy, se acalma. - disse Bob se sentando e estendendo a mão.

-Não… não. Desde o começo, foi minha culpa… - disse com as mãos na cabeça, -...eu fui ingênuo e não notei o que Miguel estava tramando.

-Thommy, para. Não foi sua culpa. - sussurrou caminhando em minha direção.

-Foi… foi sim. Eu não o matei quando deveria. Eu não atirei quando Sara pediu… eu só fiquei parado, observando.

Nesse momento o ruivo caminhava lentamente em minha direção com as mãos estendidas. Eu consegui ver em seu olhar… pena. Não só havia revelado o quão estúpido eu fui mas também agora estava fora de controle. Andava de um lado para o outro no quarto, apavorado.

-Você precisa se acalmar… venha aqui.

-Não. Você sabe que foi a minha culpa. Consegue ver a minha vergonha… e sente pena de mim.

As paredes pareciam se encolher à minha volta. Aquilo não poderia estar acontecendo outra vez… pânico.

Bob, agora perto de mim, tenta me segurar envolvendo meu tronco com os seu abraço. Mas eu o afasto com os braços. Eu não poderia aguentar aquilo, era muita informação. O pequeno desespero começa a crescer.

-As cabeças de J.B e Afrodita.. foi tudo minha culpa… - disse com falta de ar, -... e você ainda sente pena de mim.

Nesse momento Bob se aproxima rapidamente. Mesmo tentando afastar o ruivo com as mãos, ele consegue me alcançar.

-Me solte. - disse.

-Não.

Ele prende meus pulsos com suas mãos para trás do meu corpo. Seu peito grudado junto ao meu e sua face me encarando. Um abraço improvisado.

A fim de acalmar meu desespero ele me prensa contra a parede. Podia sentir a força das suas mãos mantendo meus braços para trás, o movimento do seu tórax dava o ritmo lento para a minha respiração e a todo momento ele me olhava nos olhos.

-Me solte. - disse com raiva tentando me desfazer.

-Não. Se acalme.

Quanto mais eu tentava me soltar, mais ele apertava o abraço. Por mais contraditório que parecesse, aquilo me acalmava cada vez mais. Ele não desistiria até que eu me acalmasse… e essa preocupação era reconfortante.

-Sara. Eu não sei como… mas eu sei que ela morreu, essa é minha certeza… - disse dessa vez deixando algumas lágrimas escorrerem, -... e como todo resto, é minha culpa.

-Não… Thommy, não é seu culpa.

-E você sente pena… - respondi com raiva desviando o olhar, -... você sabe que a culpa foi minha, por isso sente pena.

A respiração de Bob se firma. Seus musculo se ajeitam.

-Thommas, olhe para mim. - disse o ruivo com uma voz firme e autoritária.

-Me solte…

-Olhe para mim. - bradou novamente apertando mais as suas mãos.

O ruivo firmava a sua atitude, tomando o controle da situação… alguém deveria tomar, e não seria eu óbvio. Volto meu rosto à encarar os olhos de Bob, porém com vergonha.

-Eu não sinto pena de você. Em nenhum momento eu senti. Não passei pelo o que você passou Thommy. Não vivi esses horrores que você presenciou. Você perdeu tantos em tão pouco tempo. Eu compartilho a sua tristeza, posso até tentar imaginar a sua dor mas nunca vou conseguir senti-la.

Conforme suas palavras vão fluindo pelo ambiente, seu aperto diminui junto com meu desespero.

-Ninguém pode dizer que faria melhor naquela situação, ninguém passou por aquilo. Então eu não tenho pena de você Thommy, e você também não deveria sentir. Não sinta vergonha. Você passou por tudo isso e ainda está aqui… sobrevivendo. Viva por todos aqueles que morreram. Você está vencendo Praga meu soldado, e eu me orgulho disso.

Aquela sensação de alívio… pelos Deuses, como era boa. Como se uma chuva refrescante lavasse aquele inferno emocional.

O passado certamente não iria desaparecer, mas eu finalmente estava disposto a aceitá-lo. E não precisava enfrentar tudo aquilo sozinho.

-E ainda ganho pontos por por ter que te aturar… não é mesmo? - disse com um pequeno sorriso embaraçado.

-Hahaha… sim, você ganha. - respondeu o ruivo divertidamente.

Por longos minutos ainda permanecemos naquela posição. Me ocupava em somente olhar para o rosto do ruivo enquanto ele respirava lentamente. Todo a tensão e desespero já havia passado, graças a ele.

-Sabe, Bob… acho que você já pode me soltar, está ficando desconfortável. - sussurrei no ouvido do ruivo.

-Você é tão gentil.... tão gentil - disse Bob bufando e caminhando em direção a cama.

-Vamos revisar. Eu já ví você matando animais, quebrando ossos, socando rostos… é, realmente, nunca vi você sendo gentil. Consegue enxergar a ironia? - disse me deitando ao seu lado.

Agora, deitados, ambos soltam um suspiro de alívio e cansaço. Aquela noite foi longa e exaustiva. Os problemas não deixaram de existir, nós sabíamos disso. Mas felizmente tudo ficava mais suportável, digamos assim.

Antes do sono chegar, sinto a mão de Bob percorrer meu abdômen até encontrar meu membro. Você está surpreso? Imagine eu.

-Bob? - disse em questionamento e surpresa.

-O quê? Eu precisava conferir. Afinal de contas, um homem tem suas necessidades.

Aquilo só poderia resultar em gargalhadas, altas gargalhadas.

-Por favor, calem a boca. - gritou uma voz feminina, surpreendentemente era a doce Deb.

Mais uma vez a resposta foi gargalhadas, só que dessa vez abafadas… para a preservação da paz.

-Boa noite Thommy, quem sabe amanhã.

-Boa noite Bob, quem sabeMuito bem "conteiros", não percam o próximo capitulo já publicado.

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Comentários

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Muito bom espero q vc poste logo e eu acho q o Bob era um dos saqueadores!

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