Trocamos de roupa e fomos pra sala ver TV enquanto o Beto não voltava. Senti a Pat meio cabisbaixa. Diante do turbilhão de emoções vividos nestes últimos dias, não quis questionar nada. Apenas abracei e fiquei fazendo carinho. Ela me puxou para trás dela e ficamos de conchinha, sem falar nada, mas eu sentia que ela estava bem diferente. O que teria acontecido, se meia hora antes ela estava em êxtase, batendo uma siririca na frente do Beto? Arrisquei:
-“amor, tá tudo bem?”
--“mais ou menos, Julio. O que aconteceu com o Beto aqui, a Fabi não sabe de nada. eu nunca aceitaria se fosse com você”.
-“O Beto falou que ela não liga, fica tranquila”
--“Julio, toda mulher liga. A gente tem sentimento de posse, e não libera o namorado pra fazer essas coisas”.
-“Você sabe que o Beto nunca mentiu pra mim, nem quando a gente discutiu feio. Eu confio nele, mas vamos tirar isso a limpo com ele mesmo assim”.
--“só aconteceu isso por que eu não me controlei. Era só pra eu ver ele se masturbar um pouco, sem beijo, sem gozar, sem nada”.
-“não fica se culpando. Aconteceu por que nós 3 quisemos”.
Patrícia se virou pra mim, me beijou com um beijo doce, suave mas apaixonado, e repetiu as juras de amor:
--“te amo, Julio. Você é o homem da minha vida”.
-“também te amo, Pat, pra sempre”.
Liguei pro Beto, que tava demorando. Ele veio e fomos juntos lanchar. No caminho Patrícia estava normal. Mas eu que a conheço bem sentia que ela estava ansiosa. Ainda no caminho, Beto ligou pra Fabi.
>”ei amor, já começou o plantão?”...”tudo tranquilo aqui, e por aí?”...”tô indo lanchar com o Julio e a Pat”...”não, vou ficar em casa”. Daí Patrícia pediu a ele:
-“Beto, põe no viva voz pra gente falar com a Fabi”.
>>”ei amores, boa noite”.
-“Boa noite Fabi. Como tá o plantão?”
>>”mesmo de sempre, Julio. Saudade de vocês. Cade a Pat?”
--“tô aqui amiga, levando o Beto pra lanchar”
>>”cuida bem do meu namorado aí hein”.
O que seria esse ‘cuida bem’? era no sentido do lanche ou do sexo? Eu fiquei na dúvida. Mas Pat jogou a isca pra tirar a prova.
--“amiga, só você mesma pra não ligar da gente sair com esse seu namorado lindão rsrs”.
>>”você eu deixo, amiga, mas só um pouquinho rsrsrs”.
Patrícia olhou pro Beto e falou baixinho pra ele:
--“fala pra ela o que aconteceu. Tô com medo da reação dela”.
>”amor...”.
>>”diga meu nego”.
>”lembra que eu tinha te falado, que falei pro Julio, que tinha me masturbado pra Pat?”
>>”sim, amor, o que aconteceu?”
>”então, hoje a tarde fui na casa do Julio, e a Pat tava lá. Rolou essa conversa e acabei fazendo a mesma coisa na frente dela”.
>>”sério? Peraí que vou em outra área aqui, por que quero saber o que aconteceu”.
Fabi andou um pouco e disse que ele podia continuar, mas Pat tomou a frente:
--“amiga, eu vou te falar, por que foi culpa minha”.
>>”calma amiga. Me conta”.
--“quando o Beto chegou na casa do Julio a gente começou a conversar sobre o fim de semana, e a coisa acabou evoluindo, e eu acabei pedindo a ele pra fazer na minha frente o que tinha feito antes. Desculpa”.
>>”e foi só isso que aconteceu?”
--“Ai, amiga, que vergonha. Beto ficou pelado, eu fiquei de calcinha, e ele acabou gozando em cima de mim”.
>>”você me pegou de surpresa, amiga. E o Julio?”
--“ele tava no sofá comigo, né amor?”
Eu dirigindo, tenso com a conversa e com a possível reação da Fabi, só falei alto
-“é. Foi isso aí”.
Passaram-se 10 segundos eternos até que:
>>”Beto, fala alguma coisa”.
>”foi isso mesmo que aconteceu, amor. Não foi nada preparado, aconteceu só”.
>>”Pat, eu já imaginava que isso podia acontecer, e já tinha deixado o Beto a vontade se rolasse alguma coisa com vocês. Beto, fala pra ela”.
Alívio geral...
>”sim, amor, eu falei pra ela que por você tava tranquilo”.
>>”agora vocês me deixaram tremendo aqui, pela surpresa e pelo tesão”.
Que safadinha, pensei. Ela topa tudo mesmo...
--“Fabi, você tirou um peso de cima de mim. Que bom que você não achou ruim”
>>”e o Julio, gostou de ver?”
Olhei no retrovisor pro Beto. Constrangedor, mas mantive a expressão serena.
-"gostei sim, foi legal”
>>”tá bom então. Vou voltar pro meu plantão. Beto, desliga o viva voz que eu quero falar uma coisa pra Pat”.
Apreensão total, o que será? Patrícia pega o telefone e ao ouvir o que a Fabi disse, soltou um sorriso e respondeu.
--“tá bom, amiga. Pode deixar” ... “sim, que bom” ... “vou falar pra ele” ... “pode deixar” ... “Tô com saudades de você, viu?” ... “Beijo beijo”, e desligou o telefone.
Olhei pra ela, que riu pra mim e pro Beto mantendo o clima de mistério no ar, e falou:
--“Beto, eu te juro que tava com medo da reação dela”, e falou rindo “sua namorada não existe!”.
Ele riu, pegou o telefone e guardou no bolso, e perguntou:
>”o que ela falou pra você? É bom ou ruim? Conta pra nós”
--“não. É segredo”
E chegamos na hamburgueria. Comemos animadamente conversando as caretices de sempre, futebol, outros amigos etc. O interessante foi que conversamos na frente da Pat sobre como a amiga tal era gostosa, e como seria ela transando com a gente. Pat não se intimidou e falou de um ou dois amigos meus que ela acha atraentes também, mas que não rolaria por que entre conhecidos pode dar problemas, e nós concordamos. Continuávamos curiosos com a conversa das duas, e quando pedimos pra ela falar, ela só ria e dizia que não.
Certa hora Beto foi ao banheiro e ela veio conversar rapidinho comigo, explicando o que a Fabi tinha conversado com ela.
--“amor, a Fabi ficou molhadinha e falou que se a gente quiser pode brincar de novo com ele, mas ela pediu duas coisas”.
-“fala, amor, antes que ele volte”
--“ela pediu pra eu não dar pra ele, por que ela quer ele tarado pra comer ela amanhã”, e eu ri.
-“que mulher maquiavélica rsrs”.
--“a segunda é se for rolar alguma coisa ela quer que seja por iniciativa sua, e não minha”.
-“complicado hein. Você quer que eu convide ele pra comer você?”
--“a decisão é sua amor. Com Beto ou sem Beto, que quero fazer amor gostoso com você hoje”.
Após uma semana como coadjuvante, fui promovido a diretor do filme, e o enredo estava em minhas mãos. E agora, amigos, o que fazer? Eu poderia falar pra ela que a noite seria só nossa, ou poderia deixar a Pat brincar mais uma vez com o Beto, sem dar pra ele, e essa ideia me atraía, de ver meu amigo ficando só na vontade de comer minha namorada de novo, assim como de tarde. Eu precisava de um tempo pra pensar.
Beto voltou, pagamos a conta mas não fomos pra casa. Dirigi até o calçadão da praia, pra andarmos um pouco e bater papo. Os dois gostaram da ideia. Patrícia estava tranquila, sorridente. Roberto é sorridente por natureza, mas a expectativa era nítida nos gestos dele. Resolvemos vir embora. No carro a Pat falou:
--“amor, o que a gente vai fazer?”
-“vamos ver um filme”, e completei “não tem outra coisa”, deixando no ar pra ela que nada rolaria.
Roberto ficou ali, vendo se sobraria uma casquinha pra ele. Achei que a Pat ficaria se coçando pra eu convidar o Beto, mas não. Ela estava tranquila. Rumamos pra casa, chegamos na garagem, entramos no hall do prédio, esperamos o elevador, e nada de eu falar nada. Eu queria criar o caos mesmo rsrsrs. Quando o elevador chegou, perguntei:
-“você vai fazer alguma coisa, Beto?”
>”não, to de bobeira”
-“se você quiser assistir um filme com a gente...tudo bem pra você, Pat?”
--“sim, tudo bem” balançando a cabeça, como se estivesse só aceitando minha sugestão, mas no fundo estava tendo um gozo instantâneo.
>”claro. Vou em casa e já desço”, abrindo aquele sorriso.
Saímos do elevador e entramos em casa. Pat faltou me sufocar com o agarro e o beijo que ela me deu.
--“te amo, te amo, te amo, te amo e te amo, delícia”.
-“também te amo, mas controla essa safadeza hein”.
--“pode deixar meu amor, vamos só brincar do jeito que combinamos. você acha melhor eu ficar assim (estava com um short jeans e blusinha com sutiã) ou coloco uma camisola?
-“Pat, do jeito que você ficar vai estar linda”
--“mas eu quero que você decida, Julio”
-“fica assim. Qualquer coisa você troca”
--“tá bom, amor. Quero você comigo o tempo todo. Só vou fazer o que você deixar tá?”
-“já tô com ciúmes só de pensar nele passando a mão em você, mas tudo bem. Vamos ver como vai ser”
--“eu sou só sua, Julio. Beto é nosso amigo e vamos só nos divertir. Depois só quem vai me comer é esse gostoso aqui”, pegando no meu pau.
-“gostosa. Quero ver o que você vai aprontar”.
Patrícia foi tomar outro banho. Abri o chese e fiquei deitado no sofá, pensando naquela loucura toda. Ela voltou com a mesma roupa.
--“troquei só de calcinha por que a outra estava molhadinha. E fiz uma surpresa pra vocês”. Ela estava sem sutiã também mas isso é detalhe...
Hum, essa mulher estava misteriosa demais hoje. Nos abraçamos e ficamos namorando no sofá. Logo Beto chegou e sentou no sofá de 2 lugares, e a Pat chamou ele pra ficar no chese conosco, e repetimos a posição da tarde, comigo e ele nas pontas com as pernas para o meio do sofá, e Pat deitada com a cabeça na minha coxa, mas desta vez virada de lado para a TV, com as pernas sobre as pernas dele, e colocamos o filme pra rodar.