CRIATURA - Parte III - ENRABADA PELO BÊBADO

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1455 palavras
Data: 04/06/2018 00:39:29
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

CRIATURA – Parte III

Levei um baita susto. Era o bêbado quem tinha invadido o quarto. Já estava totalmente nu e, do seu corpo, já não exalava aquele cheiro nauseabundo. Gritei:

- O que faz aqui? Quem te permitiu entrar na casa?

- Eu me permiti – disse ele.

Eu tentei me desencaixar do pau ereto do rapaz, mas não consegui. Uma força invisível me obrigava a permanecer sobre ele. Um cheiro de sabonete fino incensou o ar. O bêbado havia tomado um banho recente. Estava limpo e bem asseado. Os cabelos lavados e penteados lhe davam outro aspecto. Desisti de me debater. Ele me lambeu o cu com uma prática que quase me fez gozar. Quando eu estava molhadinha na boceta e lubrificada no cu, ele veio por cima. Fiquei aterrorizada, ao adivinhar as suas intenções. O bêbado sorria. O jovem também. Ambos tinham o mesmo sorriso no rosto, e eu fiquei mais aterrorizada ainda. O que estava me acontecendo? Quem seriam aquelas duas criaturas? Parei de pensar, quando o bêbado cheiroso apontou a pica para o meu cuzinho virgem. Tornei a gritar:

- Por aí não, porra, pois ainda sou virgem.

- Farei com cuidado – foi a resposta dele.

A primeira investida do sujeito me doeu terrivelmente. Precisei me enfiar mais na pica do jovem, tocando com a cabeçorra na entrada do útero, para tentar fugir da penetração no rabo. Aí, o bêbado meteu alguns centímetros dentro de mim, me rasgando toda. Gritei, e gritei alto. Mas sabia que ninguém haveria de me ouvir. Logo, eu estava fodida, mas bem paga. Relaxei. E quase gozo imediatamente, sendo varada pela frente e por trás. Porra, era uma sensação maravilhosa. O primeiro gozo me fez empinar a bunda, recebendo com mais facilidade a pica do bêbado, que só perdia para a do jovem em tamanho. Mas era bem mais grossa. Ele fungava em meu cangote, metendo com força. O que aconteceu em seguida foi indescritível: gozei pela boceta e pelo cu ao mesmo tempo, e passei a me movimentar num frenesi desvairado. Gritei de gozo como nunca havia gritado antes. De repente, senti meu cu e minha xana encher-se de porra, ao mesmo tempo. Em ambos, senti gozadas cavalares. O jovem continuava mudo e de olhos fechados. O bêbado tinha os olhos arregalados e bufava:

- Que gozada da porra, cadela. Assim que te vi de longe, sabia que eras boa de cama. Não me enganei.

E o cara caiu de lado, resvalando da cama. Chocou-se contra o chão duro. E ficou lá, estático, de olhos fechados… roncando! Sim, o cara acabara de meter e estava a sono solto, ainda por cima roncando. O rapaz agora tinha os olhos abertos e sorria de satisfação. O bêbado falou, mesmo dormindo:

- Agora, saia de cima de mim, pois não estou aguentando o teu peso.

Voltei a olhar espantada para ele. Saí de cima do jovem e fui conferir: o bêbado estava mesmo dormindo. Ressonava. Olhei de novo para o rapaz e este tinha voltado a cabeça para o meu lado. Sorria. Ouvi o bêbado dizer:

- Obrigado, Ieda. Eu estava mesmo precisando disso. Nunca mais havia trepado com ninguém.

Arrastei a bunda no chão, com medo. Estava trêmula. Como ele poderia saber meu nome? Perguntei, já sabendo a resposta:

- Você consegue falar através dos outros? Não é mudo, como tua mãe e eu pensávamos?

- Ela sabia. Mas também sabia que eu só falo quando me interessa. - A voz vinha do bêbado.

Eu estava cada vez mais espantada. Quem seria aquele jovem? Mais importante: que mais ele conseguia fazer?

- Não precisa ter medo de mim. Não vou te fazer mal. Mas quero trepar contigo bem muito.

Relaxei. Eu achava que agora era eu que estava sonâmbula, e não o bêbado. Aquilo tudo não podia estar acontecendo. Eu estaria sonhando ou doida. Levantei-me do chão e caminhei para o banheiro. Mas uma nova surpresa me aguardava. Quando cismei de olhar para trás, o jovem me acompanhava os passos. Vinha bem atrás de mim, só que flutuando! Tinha os pés afastados uns dois palmos do chão e as pernas juntas, além do corpo ereto. Os braços estavam colados ao corpo. Pendia um pouco inclinado para frente, como se isso fosse necessário para dar o impulso ao flutuar. Benzi-me com todo o temor a Deus. Ele, no entanto, me tranquilizou:

- Já disse, não precisa ter medo. Não vou te fazer mal. Também quero tomar banho. Ou, ao menos, lavar o pênis melecado. - Eu ouvia a fala do bêbado lá do quarto.

Resignei-me a fazer o que ele queria. Dei-lhe um demorado banho. Lavei suas partes com cuidado, para não o machucar. Ele continuava pairando no ar. Perguntei-lhe se não conseguia ficar de pé. Ele negou. Explicou que todas as vezes que tentou, levou uma queda.

- Tua mãe sabia que você conseguia fazer isso: flutuar?

- Não. Senão, já teria me deixado. Ela se sacrificava por mim. Desde que apareci.

- Apareceu? Você não nasceu dela?

- Não. Não sei quem são meus pais. Nunca soube. Ela disse que havia me achado numa mata, abandonado. Cuidou de mim a vida toda, apesar de minhas deficiências. Em troca, dei-lhe dinheiro. Muito dinheiro.

- Olha, desculpa, mas não consigo acreditar em nada do que diz. É tudo por demais fantástico, e creio que você está mentindo para mim.

- E como poderia fazer o bêbado falar por mim?

- Você deve ser ventríloquo. Só pode ser.

Ele sorriu. Depois, quase que ordenou, lá do quarto:

- Me leva de volta para a cama.

Peguei-o nos braços e o carreguei de volta para o leito. O bêbado se levantou do chão e, sem falar comigo, foi-se embora. Voltei a cobrir o jovem, dei-lhe um cheiro na testa e voltei ao meu quarto. Demorei a dormir.

***************

Acordei com o toque da campainha. Já era dia. Olhei da janela da sala e reconheci o advogado no portão, que voltara a estar fechado. Fui até o quarto do jovem e perguntei-lhe como se abria a grade. Ele apontou com o olhar para a cadeira de rodas. Havia um mecanismo sob o braço dela, que lhe permitia acionar a abertura do portão. Mas o rapaz teria que mover a mão para fazer isso. Será…?

Não quis pensar naquilo. Apertei o pequeno botão e o portão se escancarou. Quando o senhor de cerca de setenta anos se aproximou, perguntei-lhe:

- Ainda tem um bêbado lá na frente da casa?

- Tem, sim. Mas não ligue para ele. Sempre esteve ali e nunca soube que incomodou alguém.

- Novidades? –Perguntei.

- Sim. O enterro será amanhã, às dez horas do dia. Não haverá parentes. Pretende levar o rapaz?

- Sim. Iremos juntos. Você vai estar lá?

- Não. Não vou ser necessário. Já deixei tudo encaminhado. As instruções estão aqui neste envelope, que te passo às mãos.

- Obrigada. E depois?

- Tem meu telefone e endereço. Só me procure se for de extrema necessidade. Mas creio que um detetive da Polícia virá te procurar aqui.

- Para quê?

- Espere-o e saberá. Agora, tenho que ir. Muita coisa a resolver.

Angelo (só agora me lembrava do nome dele) apareceu sentado em sua cadeira de rodas, movimentando-se sem ajuda aparente. Eu não quis perguntar como ele havia conseguido subir no seu meio de transporte. Decerto, levitando. O jovem não falou nada. Mas eu podia ouvi-lo em minha mente:

- Prepare-se para receber o detetive. Ele logo aparecerá.

- Não me diga que também é telepata.

- O que você acha?

- Também consegue ler meus pensamentos?

Ele demorou um pouco a responder. Quando eu ia perguntar novamente, ele apenas balançou negativamente a cabeça. Parecia fazer enorme esforço para fazer um movimento tão simples. Aí, percebi um carro parar na frente da residência, que ainda tinha os portões escancarados. Um sujeito desceu do veículo e andou resolutamente em direção à casa. Esperei-o à porta de entrada. Identificou-se, sem mostrar nenhum distintivo:

- Detetive Sara Menezes. Preciso lhe fazer algumas perguntas.

- Sara não é nome de mulher? - Arrisquei perguntar.

- Sim, senhora. Na verdade, meu nome é João de Sara e Menezes, mas abrevio. No entanto, não vim falar de mim.

Estivemos conversando à frente do rapaz por duas longas horas. Percebi que, quando eu me empulhava sobre alguma pergunta, o jovem assumia minha mente e respondia por mim, usando a minha voz. Por fim, o detetive levantou-se, dizendo:

- Por hoje é só. Mas não vá a lugar nenhum sem antes falar comigo. Nem ao banheiro, entende? - Exagerou ele. - Quero saber de todos os teus passos.

- Por que isso? Eu sou suspeita?

- Todos são, inclusive o rapazinho aí. Dessa vez, eu vou querer desvendar o mistério que ronda esta casa.

Quando o detetive foi embora, perguntei ao rapaz:

- Do que ele está falando? A que mistério se refere?

Não obtive resposta. Olhei para o jovem e este estava dormindo sentado.

FIM DA TERCEIRA PARTE.

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