Carnaval das Amigas - parte 10

Um conto erótico de Larissa S2
Categoria:
Contém 1407 palavras
Data: 27/07/2018 17:24:49
Assuntos: crossdresser

- Bom, meninos, aqui nos separamos. Boa festa pra vocês! - determinou Bárbara, já desfazendo o entrelaçar de braços com Carlos.

- Hummm... malandrinhas... querem passar o rodo nos caras, não é? - disse Carlos, levemente surpreso e bastante decepcionado, já contando com os pares para a festa certamente.

- Ué, não eram vocês os caras que não traziam sanduíche de casa pro banquete? Então vão lá! Aproveitem! Tá cheio de menina tonta louca pra cair na lábia de vocês.

- Isso mesmo... - falou Andrielly, tentando voltar a si e sentindo que deveria falar alguma coisa naquele momento.

- Pois bem. Que assim seja... mas antes então quem sabe um selinho de despedida em cada um?

- Achei que não ia pedir. - riu Bárbara, já indo em direção ao seu par e dando um selinho de quase 5 segundos.

Desfizeram o beijo e ficaram olhando para o outro casal. Jorge então, titubeante, foi em direção a Andrielly - que em segredo ansiava pelo seu beijo, porém, no último instante, virou o rosto e recebeu o beijo na bochecha, quase no cantinho da boca.

- Não sou tão fácil assim... - falou ironicamente, e orgulhosa de si mesma por ter resistido ao impulso de ser beijada por Jorge.

Bárbara riu ultrajada:

- Tá me chamando de fácil, sua vadia?!

- Se a carapuça serviu...

Todos riram, exceto Jorge, que disfarçou um sorriso, mas ficou visivelmente decepcionado pelo beijo perdido.

- Tchau, meninos! Boa festa!!! - falou Bárbara, puxando Andrielly.

- Tchau, tchau! - falou Carlos, indo na direção contrária e esperando Jorge.

Andrielly então foi junto com Bárbara, mas sem conseguir de manter os olhos em Jorge que, por sua vez, também não tirava os olhos dela. Andrielly então deixou-se entregar um pouco e deu uma piscadinha pra ele, fazendo para ele um gesto com a mão que dizia 'depois', gesto que foi recebido com um 'ok' de Jorge, acompanhado de um largo sorriso.

- Obrigada por nos desvencilhar dos meninos, Bárbara - falou Andrielly, tentando transparecer que realmente queria se livrar de Jorge.

- Aham... sei. Vi vocês pelo retrovisor no carro. Consegui ver bem o quanto você queria se livrar do Jorge no seu pescoço...

- Ai, nada a ver... eu estava me sentindo mal por causa da bebida. Nem vi direito o que estava acontecendo... - tentou mentir ele.

- Acredito... - não conseguiu acreditar ela. - Enfim, eu não sei o que você quer desse Carnaval, se beijar meninas, se beijar meninos, se beijar todos, se não beijar ninguém, eu não estou aqui para julgar, você não me deve satisfação de nada e cada um sabe de si. Eu fiz questão de nos separarmos porque eu, Bárbara Oliveira, vim para o Carnaval da Bahia para beijar muuuuuuito e não vou arranjar namoradinho no hotel pra empatar minha vida.

Mauro esboçou um sorriso, mas ao mesmo tempo sentiu um certo ciúmes daquilo. Independente de a relação deles ter acabado e ele jamais ter tido alguma recaída, ele não poderia se furtar de cogitar dar uns pegas nela, afinal estavam no mesmo quarto e tudo. Pegou a amiga pela mão num repente e a puxou para perto de si, como que numa parca tentativa de sedução (ele precisava se sentir homem novamente), porém não encontrou na amiga a resposta esperada:

- Mauro... posso saber o que você está fazendo?

- Tentando te beijar. - e foi em direção à amiga, que num gesto brusco desvencilhou e olhou rindo pro amigo:

- Amiga... você acha mesmo que eu vou te beijar desse jeito? Sério?

- Ué? Que que tem? É Carnaval...

Bárbara então sorriu e ficou pensando. Decidiu por dar um grande selinho no amigo (o segundo em pouco menos de 5 minutos pensou, afinal, era Carnaval) e encerrar:

- Não quero dar show aqui no meio da multidão. Já imaginou quantos vídeos não serão compartilhados de duas amigas lindas como nós nos beijando em pleno Carnaval? Eu que não quero que isso vá de whats em whats até chegar na minha casa. E nem na tua, afinal, por mais bem disfarçado que estejas não será difícil para nossos parentes e conhecidos juntarem as peças e perceberem que você estava em pleno Carnaval da Bahia montadíssima de noiva, não é?

Mauro percebeu que a amiga tinha razão. Se aquilo havia sido um fora estratégico ou se era o verdadeiro sentimento ele não saberia dizer, mas o fato é que a divulgação 'das duas' se beijando não seria a coisa mais recomendável do mundo para ele.

- Vem, vamos lá pra muvuca! - ordenou Bárbara, puxando a amiga pela mão.

Foram indo naquele aglomerado de pessoas que dançavam e se empurravam. Vez por outra, Mauro sentia uma mão em seus cabelos, uma mão na bunda e uma passada de mão nas coxas. Se era para aquilo lhe parecer repugnante, não foi o que aconteceu: ele estava achando delicioso, ao passo que a amiga, acostumada a isso, não parecia curtir nada:

- Parem, seus idiotas! - gritava ela, distribuindo tapas e esbarrões a quem lhe assediava.

- Nossa... que horror... - mentiu baixinho Andrielly, excitadíssima.

Acharam um lugar mais vazio e começaram a dançar. Bárbara, além de linda, dançava muito bem e logo seu rebolado até o chão não tardou a chamar a atenção da maioria dos homens à volta. Já Andrielly dançava comedida, num misto de vergonha e falta de jeito, visivelmente pouco à vontade naquele cenário:

- Se solta, amiga!

- Tô tentando.

Logo chegaram dois rapazes, vestidos de faraós, com dois copos na mão cada, cada um entregando um copo na mão de cada uma delas:

- Vodka com energético? ofereceu um deles.

- Só vamos saber se provarmos... - e deu um grande gole em seu copo Bárbara.

Por ser sua bebida favorita e para acompanhar a amiga, Andrielly imitou o movimento, porém, ao sentir a bebida descendo, logo se arrependeu: era praticamente vodka pura com um leve gostinho de energético. A bebida fez efeito quase que imediato e quando ela terminou o gole, sentiu-se cambaleante. Um dos rapazes a segurou (Andrielly não achou aquele fato nada ruim):

- Você está bem?

- Agora estou, com um gato como você me segurando... - disse olhando para o rapaz, tentando parecer sensual porém sem muito êxito.

Bárbara - mais acostumada aos destilados que o amigo - então foi lhe acudir enquanto era segurada pelo faraó:

- Mau... Andrielly! Alôu... volta pra Terra!

A tontura extrema passou e logo Andrielly conseguiu se colocar de pé sozinha. Balançou a cabeça tentando voltar a si e retomou parte da consciência.

- Gente... o que vocês botaram nessa bebida?

- Vodka e energético - respondeu rindo o outro rapaz que estava ao lado de Bárbara. - É que o energético aqui nessas festas é muito caro, então tivemos que carregar mesmo na vodka.

Andrielly arregalou os olhos:

- Uuuhl... nossa... tenso. Mas enfim, tô de volta.

Passado o susto, todos riram e logo os dois faraós e as duas noivas seguiram na pista, dançando ao som do funk e do axé. Os rapazes então rodopiaram as amigas algumas vezes, deram aquelas usuais 'encoxadinhas' nelas em alguns passos, nada que Bárbara não estivesse acostumada, ao passo para Andrielly tudo aquilo era novo. Deliciosa e excitantemente novo, diga-se.

Quando Andrielly percebeu, Bárbara já estava aos beijos com um dos rapazes. Quando foi comentar com o rapaz sobre os amigos enamorados, Mauro sentiu o outro rapaz lhe abraçar por trás, beijando seu pescoço. Assim como acontecera no táxi com Jorge, Andrielly estava num misto de emoções, deliciando-se com aquilo, mas ao mesmo tempo receosa do que a amiga poderia pensar. Foi-se deixando envolver e sem perceber estava rebolando cada vez mais com a bunda pra trás, encaixada no parceiro de dança. Não foi difícil perceber que o rapaz de pronto ficou excitado e ela passou a sentir aquele 'volume' na cintura dele levantado pela calça encaixando deliciosamente no vão entre suas nádegas. Foi então rebolando, rebolando gostoso, rebolando mais e mais, cada vez mais forte, mais encaixado, enquanto sentia o rapaz passar as mãos por seu corpo e lhe beijar o pescoço e a orelha. Colocou as mãos sobre as mãos do rapaz e foi, pouco a pouco, deixando-se entregar: estava se sentindo uma verdadeira vadia, sensualizando e seduzindo o rapaz que lhe bulinava. Rebolava com gosto, rebolava de prazer, mais, mais e mais; os beijos cada vez mais molhados, no pescoço, sentindo o rosto dele enrolado em seus cabelos. Ele não aguentava mais; estava prestes a virar e beijá-lo quando de repente sentiu uma sensação maravilhosa, delirante, extasiante, que lhe fez bambear as pernas e quase cair no chão, sensação que acompanhou um gemido suave e baixinho. Mauro havia gozado, deliciosamente, em pleno salão.

CONTINUA...

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Comentários

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Miga Celly, sua loca, dois não: três! E bobeia sai mais um quarto ainda nesta madrugada. Andrielly tomou conta do meu teclado e não consigo mais pará-la. Espero que estejas gostando e voltes a escrever. Saudades de ficar como tu, ansiosa por mais capítulos de histórias gostosas. Espero que continues apreciando, linda. Beijos!!!

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Aiiii Deus do Céu, dois em um dia assim eu morro, amiga. Diva eu já estou retornando a minha história aqui. Graça a Você a Suelen, a outra Larissa e a Lyandra sempre com excelente contos

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Em tempo: extasiante. Tentei alterar e não consegui. Perdõem o erro lamentável de português, gente.

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