DECADÊNCIA - Última parte
- Você está bem? - A loira Joana perguntou para Charles, percebendo sua respiração alterada.
- Estou ótimo. É que sempre ficamos esbaforidos depois de uma foda, Joana.
Ela sorriu. Estava muito satisfeita de ter se oferecido a ele. Já fazia um bom tempo que não fodia. Naquele momento, acariciava o peito do homem que estava deitado de barriga para cima. Durante muitos anos, fora massagista terapêutica. Até conhecer um homem que a procurou dizendo ter curiosidade em saber como era uma massagem erótica. Afirmou pagar muito bem por uma. No início, ela ficou com vergonha. Depois, conseguiu uns vídeos com uma amiga massagista profissional e fez a sua primeira massagem. O cara, um coroa de quase setenta anos, se tornou seu cliente assíduo. Joana aproveitava para foder com ele, pois não tinha namorado. Depois, soube que o cara era casado, mas aí já estava gostando dele. A esposa do coroa, no entanto, descobriu as safadezas do marido e foi à casa dela dar-lhe uma surra. Só não apanhou da mulher porque o coroa, pego em flagrante, a defendeu, evitando que se machucasse. Depois disso, ficou com medo de homens casados. E até de solteiros, temendo serem comprometidos. Decidiu-se a não ter mais nenhum amante. Até aparecer aquele coroa bonitão em seu hotel.
- Vai vender, mesmo, o hotel, Joana?
- Ainda vou falar com a minha irmã. Mas eu não tenho mais vontade de continuar aqui. Não é o meu ramo. Também, não tenho mais idade para voltar ao mercado de trabalho. Então, a grana tem que me garantir os restos dos meus dias sem precisar trabalhar.
- Acha que tua irmã vai concordar em vender?
- Acho que sim. Se não quiser, proponho uma troca: ela vem pra cá e eu fico com a loja de roupas.
Charles sorriu. Achou que compraria fácil o estabelecimento, mas não disse mais nada. Ela perguntou:
- Quem é a morena bonitona que veio me convencer a vender o hotel, tua namorada?
Primeiro Charles pensou em mentir, dizer que não. Mas, depois, resolveu-se a ser sincero com ela:
- Não é bem minha namorada, pois a conheci há dois dias, Joana. Está trabalhando para mim. Eu tenho interesse em comprar este estabelecimento.
- Eu sabia! Desconfiei, logo. Ela é ciumenta?
- Por que pergunta?
- Vamos fazer um trato. Eu gostei de você. Quero trepar contigo mais vezes. Se ela não se importar em te dividir comigo, pode considerar vendido o hotel.
- Não posso responder isso por ela, criatura. Eu passei trinta anos com uma mesma mulher e acabei perdendo-a. Então, não vejo nenhuma desvantagem em estar com vocês duas. Porém, esse acordo você deve fazer com ela.
- Se ela topar, você topa?
- Claro.
Aí o telefone de Charles tocou. Era Samantha chamando-o até a delegacia. O delegado queria falar com ele. O coroa disse que a demora era só tomar um banho. Num instante estaria lá. Já passavam das duas da tarde.
Quando Charles chegou à delegacia, havia um bando de jornalistas lá. Queriam fazer umas perguntas a ele, mas o cara disse que não estava sabendo de nada. Daria a entrevista depois de se inteurar do que estava acontecendo.
- O que está acontecendo é que osenhor está livre das acusações da tua ex-mulher. Ela, finalmente, confessou os crimes. - Disse o delegado que estava acompanhado de Samantha.
- Poderia ser mais explícito, doutror?
- Jamanta vai te contar tudo. Eu tenho outras coisas a resolver. Este caso, para mim, está encerrado. O senho é livre para ir onde quiser.
- Vamos tomar umas cervejas, amor? Lá, eu te conto. Aproveitamos para almoçar. Estou faminta.
Enquanto esperavam o almoço, num restaurante tranquilo nas redondezas da delegacia, ela começou:
- Júlia foi esfaqueada por tua ex. Conseguiu fugir, mesmo ferida, e ligou pra você. Eu e o delegado fomos até ela e a levamos para o hospital. Lá, ela contou a história.
- Disse que namorava um cara, viciado em drogas pesadas, que tinha um caso com a advogada. Era ela que sustentava o seu vício. Quando ele conheceu a motorista e os dois se apaixonaram, a advogada descobriu que Júlia era sapatão. Que ela tinha um caso com tua esposa.
- Agora me lembro que foi minha esposa que pediu que eu empregasse Júlia. Na época, não atentei para esse detalhe pois estava mesmo precisando de quem dirigisse para mim. Sou muito dispersivo no trânsito e fatalmente acabaria me envolvendo em algum acidente.
- Pois bem. Júlia e a advogada exploravam financeiramente tua ex-mulher. A advogada sustentava o macho viciado de Júlia e tinha ódio da tua esposa. O motivo não ficou bem esclarecido.
- Mônica era órfã e queria ter sido adotada pela família da minha ex. Mas Simone era ciumenta e impediu que os pais lhe adotassem. A advogada descobriu isso já adulta. Ficou com ódio da minha esposa.
- Bem, agora está mais claro. Aí, o dinheiro da tua mulher acabou. A advogada a convenceu que ela teria direito a uma boa grana, se te pedisse o divórcio. Mas aí, Júlia convenceu Mônica Lacombe, a advogada, a usar o namorado viciado para forjar fotos de adultério. Acreditavam que, se você visse as tais fotos, ficaria com ódio da esposa e cederia o divórcio mais fácil. Fizeram montagens do cara beijando tua ex. Só que Simone tinha outro plano em mente: matar o trio e convencer a Polícia de que você era o assassino.
- Puta que pariu. O que deu errado?
- A advogada quis fazer chantagem com a montagem mal-feita do viciado a beijando. Mandou o cara levar as fotos e pedir dinheiro a Simone. Ela o matou com vários golpes de punhal, dentro do carro. Depois, acho que endoidou: foi atrás da advogada, na própria casa dela, e a matou, talvez para se livrar de continuar dando dinheiro a ela. Mas faltava o seu grande amor. Foi atrás de Júlia e ameaçou matá-la também, se esta se separasse dela ou a alcaguetasse à Polícia. Tendo se separado de você, só restava a motorista para ficar com ela. Pretendia fugir com a jovem e serem felizes para sempre.
- Se Júlia já mantinha um relacionamento com ela, por que não aceitou?
- Porque te conheceu. Fazia parte do plano te fotografar com outras mulheres e com ela mesma, para poderem te chantagear. Se ficasse comprovado teu adultério, a separação de bens seria anulada. Você teria que pagar uma pensão a ela, como idenização por tê-la traído, entende?
- Caralho. E eu caí na armadilha, como um idiota. Ela tem muitas fotos comprovando que eu traí minha esposa?
- Aí é que está. Júlia gostava mesmo era de homem. Por isso, se apaixonou por você. Não tirou nenhuma foto para te incriminar.Mesmo, segundo ela, tendo várias oportunidades.
- Essa ação não vai diminuir a raiva que sinto dela por ter me enganado.
- O fato é que Júlia se arrependeu e quis cair fora, principalmente depois que soube da morte do viciado e da advogada. Mas estava bêbada, depois de ser demitida por você. Simone a encontrou num bar e a esfaqueou. Mesmo ferida, ela conseguiu fugir. Foi quando te ligou, pedindo ajuda.
- Como ela está?
- Está bem. E não vai ser presa por cumplicidade, já que se arrependeu a tempo. Mesmo que pegue alguma pena por extorsão, será logo solta. Mas tua ex perdeu o juízo. Está recolhida a um manicômio judicial. Se melhorar da cabeça, pagará pena por duplo assassinato.
O almoço chegou fumegante. Era uma gostosa feijoada, especialidade da casa. Fizeram um brinde ao fim daquela história. Depois se beijaram longamente, antes de começarem a comer. Ela lembrou-se:
- Ah, a dona do hotel me ligou. Disse que já tem uma proposta a me fazer. Pode ir preparando o dinheiro. Vamos comprar aquele estabelecimento.
Charles pigarreou, antes de dizer:
- Eu tenho uma confissão a te fazer.
Ela parou de comer e ficou olhando para ele. Pediu que desembuchasse.
- Antes de eu sair de lá, ela me fez uma proposta indecorosa.
- Vai, não me faz esse suspense. Diz logo o que tem a dizer!
- Ela disse que venderia o local, mas se você me dividisse com ela. Confessou que gostou de mim.
- Como é que é???
- Bem, eu nem devia estar dizendo isso. Era só procurar outro hotel para comprar.
- Não, senhor! Agora, eu me enfezei. Que cara de pau daquela catraia. Diga a ela que eu aceito.
- Como é que é???
- Eu já estou acostumada a dividir meu homem. Foi assim com o coroa com quem convivi durante anos, que me tirou da Polícia. No entanto, se eu souber que voc~e tem outra, fora nós duas, eu juro que mato você!
Ele esteve pensativo, depois disse:
- Não, Samantha. Isso não daria certo. Até porque eu não sei trair. Vivi mal com minha ex sem nem pensar em ter outras mulheres. Então, não vou começar a fazer isso agora.
Ela empurrou o prato e deu-lhe um longo beijo com gosto de feijoada. Depois, disse:
- Eu te amo! Porra, cara, eu te amo. E sim, vou fazer de tudo para te fazer feliz. Não quero mais aquela porra de hotel. Quero que você vá morar no meu apê. Dá muito bem para nós dois e eu não pretendo passar mais as minhas noites sozinha.
- E minhas coisas que estão lá no hotel?
- Amanhã vou lá e pego. Aproveito para dizer para a coroa assanhada que ela que se foda com o hotel dela, não com meu homem!
- E agora, o que faremos?
- Agora? Agora eu quero beber bem muito. Até ficar bem bêbada, pra te mostrar que cu de bêbada não tem dono.
Ele sorriu. Entendeu o recado. Pediu mais uma cerveja bem gelada. Ela mesma foi buscar no balcão. Só para dar-lhe a chance de ficar olhando o bundão dela rebolar, andando até lá. A morena sabia bem o estrago que fazia no tesão dele, quase estourando a calça. Ela usava um short bem colado ao corpo e transpirava sensualidade. Quando voltou com a garrafa de cerveja, tomou um gole e ofereceu o gargalo a ele. Enquanto ele sorvia a bebida, ela encostava a enorme boceta no braço dele. O cara quase que se engasga. Ela riu. Sentou-se perto dele e tornou a beijá-lo. Fê-lo com tanta volúpia que ele esporrou na calça. Ela fez biquinho. Disse:
- Oh, amor, devia ter se guardado para derramar esse óleo na minha bundinha.
Ele chamou o garçom e pagou a conta imediatamente. Puxou-a pela mão e foram embora. Ele mesmo dirigiu até a casa dela. Entraram e se trancaram, ambos se despindo de forma urgente. Ainda na sala, ele quis saber o gosto da enorme boceta dela. Ela virou-se de costas, empinando o bundão. Reclamou:
- Oh, amor, eu queria ficar embriagada mas você quis vir logo para casa. Então, esse cu ainda tem dona. E a dona exige que você soque esse caralho enorme todinho nele!
FIM DA SÉRIE