Não Fui Dividida
Vou começar relebrando as palavras de meu marido:
Tudo começou quando assistíamos, juntos, filmes de sacanagem. Aos poucos nossas preferências foram ficando claras: preferíamos os que tratavam de menage. E menage masculino. Aos poucos foi se consolidando a ideia de outra pessoa em nossa cama. Não havia nenhuma dúvida de que, se acontecesse, essa pessoa seria um homem.
Sem compromissos maiores, fizemos um perfil em um site de encontros sexuais. Não havia meias palavras, a começar pelo nome: Sex Log. Muitas propostas, muita maluquice. Muita, muita grosseria, em volume que competia com o das deslavadas mentiras...
Desanimador...
Aqui e ali, porém, um texto bem escrito. Uma proposta minimamente sensata.
Em nosso perfil de casal estava claramente dito que desejávamos menage masculino; que estaríamos abertos a uma versão light do cuckold: a dominação psicológica de um macho alfa sobre o casal.
Duas mensagens correspondiam exatamente ao que desejávamos. Um morava longe; o outro, um local. Com este, marcamos um encontro na praia. Lugar mais público, impossível. Mais revelador, idem.
Quando ele chegou, já estávamos. Não se distingue pela beleza; mas tem presença. Inteligente, culto; sabe conversar. Cinquentão muito bem conservado; meio maratonista, preparando-se para a primeira maratona.
Eu e Ana trocamos as palavras previamente combinadas que significavam “vamos em frente”.
Peguei o filtro solar e entreguei a ele, “ajuda a passar?”
- Passo sozinho, ele respondeu. Não divido mulher, continuou; se prosseguirmos temos duas possibilidades: ou eu sento e assisto uma transa de vocês, bato uma e vou embora, e a gente nunca mais se vê; ou você senta e assiste, e a gente vê no que vai dar. . Falou já espalhando filtro solar nas costas de Ana. Aproveite e veja se realmente gosta de assistir.
Foi uma tensão gostosa assistir ele meio que tomar o controle da situação. E de minha esposa, dali em diante, mulher dele. Pelo menos naquele dia.
Fomos a um motel não muito distante.
Em lá chegando, dei um longo beijo (de despedida?) em Ana; soltei a parte de cima do biquíni, mas nem me atrevi a lhe tocar os seios; estavam reservados a Carlos. Virei-a de costas para mim, ainda abraçado, me encaminhei em direção a ele, que a acolheu. Beijou-a primeiro nos lábios, depois nos seios. Quando se ergueu, ela já se apoiava nos ombros dele, que estava com a mão dentro do biquíni. Eu sabia a umidade que ele procurava. E vi no rosto dela, quando ele a encontrou. Vi na expressão dela o toque no clitóris.
- Não gosto de toque direto sobre o clitóris, esclareci.
- Tá. Mas deixe eu brincar por perto.
O “brincar por perto” foi ficando cada vez mais perto, mas não era a aflição habitual o que se desenhava. Era diferente...
Até que ele chegou lá, onde, de tão sensível, eu mesma evito o toque direto. Tentei repelir, mas as ondas de aflição/cócegas/prazer e, até, um pouco de dor extraíram não uma recusa, mas um soluço. Tentei arquear, me afastando daquela mão; a outra me travava o quadril.
A cada ida e vinda do dedo, a aflição diminuía, a dor já sumira, ficava algo de cócegas
. E muito prazer. Muito.
E só prazer!
E o espasmo. Súbito. Inesperado. Intenso.
Prolongado.
Forte.
Não era um prazer que começava na pélvis. Era todo o corpo a vibrar.
Não sei quanto tempo durou, nem como reagi; se me bati, se gritei.
Quando dei por mim, tinha a garganta seca e a buceta ensopada!
Carlos, sem dizer palavra, pôs a mão em concha, por sobre todo o “capô de fusca”; pressionou até o limite da dor; com os lábios vaginais fechados, friccionou a mão poderosa sobre meu sexo ainda hipersensível.
Espasmo.
Espasmos. 1, 2, 3... perdi a conta.
Ainda de olhos fechados, ouvi quando ele me disse:
- Gostar, você gosta. Sua buceta estava sendo era mal mexida. Principalmente o grelo.
Mais alto, falou:
- Ô Corno, abra uma camisinha, que agora eu vou dar um trato por dentro dessa buceta.
Só então lembrei que eu tinha marido. E, pior, que ele estava ali... mas isso não tinha a menor importância, pensei.
Quando se aproximou, sem perguntar minha preferência, Carlos me pôs com a cabeça quase pendente na beira da cama e, ainda de pau desnudo, penetrou minha boca. Isso mesmo, penetrou. Não há outra forma de dizer. Estava claro que ele estava fodendo minha boca. E que iria gozar nela, coisa que nunca consenti a ninguém, depois que descobri quão viscosa é a porra!
Pela segunda vez na minha vida, senti o gosto e textura. Dessa vez, porém, não tive ânsia de vômito.
- Escolha, cuspa ou engula, orientou Carlos. Deixei vazar um pouco. Engoli um pouco...
Fomos ao banho.
Pausa para respirar.
E éramos só nós dois; como se ninguém mais estivesse ali. Por mim não estaria, mesmo! Coisa mais abjeta, aquele cara batendo punheta, com um pacote aberto de camisinha...
Já com o pau “vestido” com a camisinha aberta pelo Corno da plateia, ele veio. Cuidadosa, ternamente, afastou os lábios vaginais. Quase como se estivesse inseguro. Parecia tímido.
Até que deu o golpe!
Meteu duro, certeiro, como se quisesse alcançar o útero. Urrei, disso lembro.
E meteu, em vários ritmos; alternava profundidades. Extraía diversos tons de prazer.introduzia dedos e pressionava clitóris Quantas ramificações tem um homem.
Gozei.
Ele não.
Ofereci.
- Quero, mas no cu, olhou-me.
Não me ocorreu outra reação, senão me virar.
Espalhou o ky que abjetamente o corno ter trouxera, sem sequer ser pedido.
Gozou onde queria, como quis; dando-me muito prazer, alguns tapas, no rosto, muitos na bunda e uns poucos machucados. Todos nas pregas anais. Apesar de bem usadas, nunca por alguém com aquela grossura.
Quando a despedida se impunha, ele disse: escolha onde vou deixar a marca de um chupão. Não nos veremos até ele ter sumido.
Escolhi a parte de dentro da coxa, próximo ao sexo e à virilha. Ele fez o chupão. Deixou a marca, que já começa a desaparecer. Em seu lugar, a vontade de um bis!