Os Verões roubados de Nós

Um conto erótico de D. Marks
Categoria: Homossexual
Contém 4384 palavras
Data: 08/07/2018 20:13:44

CAPÍTULO 2

SÃO PAULO – Verão de 1998.

Estou finalizando o projeto de criação de minha empresa e estou pra lá de ansioso. Conversei mais cedo com meu pai e ele resolveu investir nela. Ouço meu celular tocar (sim... é isso mesmo que vocês leram- kkkk) já existia aparelhos celulares. O meu era um Nokia e tinha o jogo da cobrinha (hahaha). Olho no visor. É minha irmã.

- Oi, Tati!

- E aí, maninho? Tudo bem por com você? – ela pergunta.

- Melhor impossível. – respondo alegremente. – E você sabe o motivo.

Ouço sua risada do outro lado.

- Sei sim! E ele tem nome... – ela faz uma pausa e sua voz fica séria. – A d. Vera está por aí?

Estranho sua pergunta e resolvo verificar. Minha mãe tinha o péssimo hábito de espionar as pessoas. Olhei porta afora do meu quarto e a tranquei por dentro.

- Não. Pode falar sossegada. – por precaução baixei meu tom de voz. Tive um mau pressentimento – O que aconteceu?

Ouço Tatiana respira fundo como se tivesse tomando fôlego.

- Escuta bem o que vou te dizer. Acho que a d. Vera está suspeitando de algo entre você e o Eno, entendeu? Toma cuidado! – ela despeja.

Sinto um calafrio percorrer meu corpo.

- Como assim, Tati? Ela disse algo?

- Ela veio com umas perguntas bestas pro meu lado. Ficou insinuando que você passa muito tempo ao lado do Enzo e que ele não é boa companhia. E você sabe como ela é, né? Listou todos os ‘defeitos’ do Eno. Principalmente você sabe qual. – ela diz.

- Saco!!! Era só o que me faltava. – digo irritado.

- Gabe... Por que você não se assume? Você e o Enzo se amam, então pra que adiar o inevitável? – Tati questiona. Ela sempre foi a favor de eu deixar de ser enrustido, mas ainda não era hora. Eu precisava me estabilizar financeiramente.

- Você sabe que não quero que aconteça dessa forma, Tati. – passo a mão por meus cabelos. – Eu quero me estabilizar primeiro. Estou no projeto final da minha empresa e papai irá financia-la e assim que eu conseguir obter meus lucros, eu assumo tudo, tanto minha homossexualidade quanto meu amor pelo Enzo. Ele sabe disso e concorda. Por isso estamos na moita. E tenho que preparar o terreno aqui em casa, o papai e ela...

- Gabe, por favor!!!! Você sabe que não concordo com isso de jeito nenhum! – Tatiana me corta. – Se eles não aceitarem paciência! Você tem a mim e ao Enzo para te apoiar. E quanto a sua empresa, nossa família tem nome e você consegue um empréstimo rapidinho.

Dou um suspiro resignado. Tatiana sabia como me enfurecer.

- Tati, eu sei como conduzir a minha vida, ok? – elevo mais a voz – Quando chegar o momento eu faço. Pronto. Simples assim.

- Ah é? Simples assim? Você se esconde no armário desde os seus 12 anos quando percebeu que sentia tesão por homens e não por mulheres. Oppsss... Corrigindo, irmãozinho, por um homem em especial. E o nome dele é Enzo! – ela praticamente grita ao telefone.

- Eu não vou discutir com você, ok? Deixa que da minha vida cuido eu. – retruco – quando chegar o momento todos irão saber.

- Quer saber, Gabriel? Acho que esse momento não vai chegar nunca. – ela suspira – E quem vai acabar chorando no final será você. Porque o Enzo vai enjoar de esperar o ‘namorado’ dele tomar coragem e sair do armário.

Meus olhos se enchem de lágrimas. Eu sabia que isso poderia acontecer. Até porque Enzo vem falando de nos assumir publicamente há algum tempo. Mas eu sempre enrolava e conseguia contornar alegando estar trabalhando pelo nosso futuro. Ele sempre entendia. Pelo menos era o que parecia.

- Você ainda está por aí? – Tati chama.

- Sim... Ainda estou. – lágrimas silenciosas caem – Tati...

- Sim, meu amor? – ela fala com a mesma voz doce da nossa infância.

- Acha que o Eno pode me deixar? – agora minha voz é embargada pelo choro.

- Gabe... – ela inicia – Eu sou sua irmã e amo você. Sabe disso, não?

- Sim.

- Então... Se você decidir assumir seu amor por Enzo e lutar por ele, você terá muitos aliados. Mais do que imagina...

- Mas??

- Se você continuar fugindo do que você realmente é então ele irá buscar alguém que lute por ele. Entende?

Meu peito inflamou com ciúmes doentio. Ninguém toca no meu Enzo. Ninguém.

- Eu entendi. – resolvo encerrar a conversa – Obrigado, maninha. De certa forma, você me fez pensar em algo aqui.

- Ah é? – ela parecia aliviada – Vai me contar?

Sorri em meio às lágrimas.

- Por enquanto não. Tudo dependerá do resultado das nossas férias.

Tatiana ri do outro lado da linha.

- Tinha me esquecido das férias de vocês na casa de praia.

- Sim... – fiquei excitado – Prometo que conto tudo depois, ok?

- Eu vou cobrar, hein?!? Agora vou desligar, pois tenho compromisso mais a noite.

Ela estava de namorado novo.

- Quero saber tudo depois, hein?!? – provoco.

- Até os detalhes mais sórdidos, maninho! – diz ela.

- Ecaaa... Que nojo! Isso não, por favor! – rimos e nos despedimos.

- Gabe... – ela ainda me chama – Apenas tome cuidado com nossa mãe, ok? Não confie demais. Você já sabe do que ela é capaz. – Tati termina com rancor.

- Sim, eu sei Tati. – prometo que tomo cuidado. – Ela sabe dessa viagem, mas não quem vai fique sossegada.

- Ok, então! Beijos e se cuidem. Use camisinha!! – ela ri.

- Palhaça!!! Usarei, pode deixar.

Após desligar volto para minha escrivaninha e termino de corrigir o projeto. Estou indo tomar um banho quando meu telefone toca de novo. Um sorriso me aquece. Enzo.

- Oi meu amor! – ele me cumprimenta todo carinhoso.

- Oi bebê... Tudo bem? – pergunto.

- Sim, melhor agora falando com você! – ele responde – Meu amor está bem?

- Sim, ele está. – rimos. Somos dois bobos.

- Já terminou seu projeto? – ele se preocupa tanto comigo que meu coração derrete. – E já resolveu o que vai colocar na mala? Viajamos amanhã cedo, lembra?

Ele é assim. Ao mesmo tempo em que é forte, extrovertido, briguento, xinga, grita e se descabela todo (ele emocional ao extremo) consegue ser delicado e preocupado. Amo tudo isso nele. E tem uma intuição com 100% de acerto. Eu por outro lado sou mais pacifico, mas não me tire do sério porque daí perco a cabeça e sempre acabo fazendo e falando muita merda. No geral, eu bato primeiro e pergunto depois. É o oposto.

- Sim, amor. Já separei tudo e mais tarde coloco na mala. E amanhã cedinho estaremos indo para praia curtir nossas férias bem juntinhos. – suspiramos juntos. – Só eu e você Eno!

- Hmmm... Delicia! – ele faz uma pausa – Gabe...

Opa. Algo no ar.

- Sim, Eno?

- Você sabe, não? – sim, eu sei – eu quero tudo nesse final de semana.

Meu corpo estremece e meu tesão vai a mil.

- Eu sei bebê. – entro no banheiro e tranco a porta – Eu também quero tudo!

Ele ri suavemente.

- Tudo mesmo Gabe?

- Sim bebê. Tudo e mais um pouco. – tiro meu short e começo a punhetar meu pau – Amor...

- Oiii... – a voz dele baixa um pouco. – Está excitado tanto quanto eu?

Direto meu Enzo.

- Sim... Querendo você demais! – meu pau baba. Sento no vaso sanitário e estico as pernas – Estou todo duro amor... Imaginado sua boca nele. Fala pra mim o que você que fazer com ele. Fala Eno...

E Enzo começa.

- Vou começar cheirando todo ele e massageando pra você. Vou lamber suas bolas uma por uma e ir subindo com minha língua ate a cabecinha para depois chupa-la com gosto. Quero você de quatro para mim, Gabe... Pra eu bater na sua bunda enquanto subo com minha língua até seu cusinho cheiroso. Nossa amor... Quero lamber, chupar e beijar muito esse buraquinho. Ouvir você gemendo, chamando meu nome. Vou ficar embaixo de você e pedir pra você foder a minha boca com esse pau delicioso até eu engasgar. Imagina amor... Ele todo babado entrando e saindo da minha boca... Ele cada vez mais duro, pulsando na minha garganta... Seus gemidos cada vez mais fortes até que você goza gostoso e me dá todo seu leite. E como seu putinho favorito, tomo tudinho até não sobrar nada.

Como era de se esperar gozei jatos fortes. Minha respiração era pesada só de imaginar Enzo fazendo isso.

- Amor... Você esta vivo? – ele ri. Safado.

- Sim... Caralho Eno! Gozei muito. – rio também – e você não é meu putinho favorito. Você é meu único putinho. O único que eu amo.

- Oouunnn bebê... Eu te amo também.

Conversamos mais um pouco e combinamos de nos encontrar em sua casa mais tarde. Agora sim vou tomar meu banho e pensar um pouco na vida.

Nesse período da minha vida estou com 23 anos de idade e vivendo com Enzo há três anos um namoro intenso, porém escondido. Nossa sintonia é perfeita em todos os sentidos. Eu estava para iniciar meu último ano na faculdade, prestes as iniciar minha empresa, com um namorado lindo e gostoso. O que mais eu poderia querer?

Tenho orgulho do meu namorado. Ele iniciaria Odontologia na USP e como sei que ele é dedicado ao extremo sei que passará com louvor em todas as matérias e seria um profissional incrível. Nesse período que estamos juntos algumas coisas mudaram, outras permaneciam iguais e algumas necessitavam de um empurrãozinho. Como minha homossexualidade, por exemplo. Eu tenho orgulho do Enzo por isso também, pois logo após começarmos nosso namoro escondido, ele resolveu se assumir para toda família em um jantar em comemoração ao seu aniversário de 16 anos.

Nem preciso dizer o choque que isso causou em alguns membros. Principalmente minha mãe.

Flashback on

“Percebi ao longo da semana que Enzo estava estranho e isso se confirmou quando ele disse que faria um jantar apenas para a família e amigos para comemorar ser aniversário de 18 anos. Na minha cabeça iriamos sair e fazer algo mais íntimo, se é que me entendem (rsrs). Desde que começamos a namorar escondido, eu me recusava a fazer amor com ele. Não era por maldade ou por vergonha ou por não ama-lo e sim porque ele era menor de idade e eu me sentiria um estuprador se fizesse algo. “Ok, amigos, eu sou um hipócrita de marca maior!”, confesso, eu sei disso porque eu me deleitava com o corpo dele em minha boca, mãos e língua, e ainda sim eu não fazia amor com ele. Enzo nunca entendia, ou melhor, as vezes entendia, mas ele sempre queria mais e por causa da sua sensualidade natural eu me ‘fodia’ literalmente quando estávamos a sós porque ele me provocava de todas as formas imagináveis como gestos, palavras, poses. A minha pobre pessoa só restava o controle que já estava no limite.

Mas voltando ao jantar de aniversário. Eles junto com minha tia Alice organizaram tudo para que saísse o mais perfeito possível. E saiu mesmo, pois Enzo ama organizar eventos, decorar e tal.

Eu não comentei, né? Os pais dele e seus irmãos Aline (agora com 13 anos) e Enrico (15 anos) já sabiam sobre sua orientação sexual. Eu e minha irmã tínhamos inveja disso porque a família do Eno era toda unida. Em todos os sentidos. Já a nossa... A não ser pelo meu pai parecia que nem tínhamos mãe e sim uma madrasta má dentro de casa.

A festa de Enzo teve poucos convidados. Alguns amigos de nossos pais, amigos do cursinho do Eno e minha família. Havia 20 pessoas apenas. Algo bem íntimo.

Após o jantar, no momento do ‘Parabéns a você’, Enzo resolve fazer o DISCURSO (rsrs).

- Bom, em primeiro lugar, gostaria de agradecer a presença de todos aqui. Obrigado pelos presentes e pelas felicitações. Novas etapas da minha vida se iniciam. A primeira no âmbito profissional, pois daqui há alguns anos eu serei o Dr. Enzo Mancinni, dentista. Quero agradecer especialmente aos meus amados pais, Pietro e Alice, por todo amor e dedicação. Aos meus irmãos, Aline e Enrico, que mesmo em pé de guerra de vez em quando sempre me apoiaram. – risos – Ao meu tio Francisco, tio Chicão, por ser amigo de todas as horas, à Tati, minha amada e querida prima – ele me olha intensamente nesse momento. Eu coro – e ao meu amado primo Gabriel. A segunda etapa pode decepcionar, pois não quero que pensem que vou seguir as normas da sociedade – meu coração dispara nesse momento – até porque eu não vivo de conveniência social, não é amados? Não esperem que eu arrume uma namorada, noive, case e tenha filhos. Eu terei... Mas não será com uma mulher e sim com o amor da minha vida – ele faz uma pausa, toma um gole do champanhe e me olha. É nesse momento que eu morro? – farei tudo isso, mas farei com um homem, o qual vou amar até o fim dos meus dias. Enfim, meus queridos... Eu sou gay.

Eu estava branco feito papel. Olhei em volta para ver as reações. Meus tios e primos sorriam. Minha irmã se deliciava com a notícia indo beija-lo. Meu pai estava boquiaberto e minha mãe... Bom, vocês perceberam que ele não agradeceu nada a ela, né? Ela estava com os olhos estreitados, lábios apertados e olhando diretamente de Enzo e depois para mim. ‘Puta que pariu!’ pensei apavorado. Sua postura era rígida, juro, parecia uma estatua. Nesse momento meu sangue gelou e meus pêlos na nuca se arrepiaram. Nunca fui muito de orar, mas nesse momento pedi proteção ao céu para mim e Enzo”.

Flashback off

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PARATY 1998 – Verão dos Sonhos – 1ª PARTE.

Saímos ainda de madrugada da cidade, por volta das 5h da manhã. Porém antes disso, minha mãe deu o ‘ar da graça’ para me atazanar.

- Para onde você está indo mesmo, Gabriel? – pergunta com voz mansa.

- Aproveitar minhas férias, mãe. Estou indo para a praia com alguns amigos. – como se ela não soubesse que estou planejando essa viagem há dias.

- Que amigos? Você nunca traz ninguém aqui em casa. Como posso confiar a minha casa de praia a vocês? – ainda com voz suave.

Parei de organizar meu nécessaire e respondi seco.

- Mãe, em primeiro lugar não vamos ficar na SUA CASA DE PRAIA, que por sinal é de toda família, e sim na dos meus tios, em segundo lugar a senhora nunca permitiu que meus amigos ou os da Tati frequentassem essa casa, alias, nem meus primos que, por acaso são seus sobrinhos.

Ela se aproxima enquanto coloco minha mala perto da porta e volto para pegar minha carteira e mochila. E vinha o veneno.

- Você sabe que nada tenho contra a Aline e o Enrico, é aquele pederasta degenerado do Enzo que não quero aqui. – sua voz era veneno puro – E eu não admito que você ande com aquele viado degenerado! O que minhas amigas irão pensar?

- Pare com isso agora! – meu sangue ferveu – Pare de falar assim dele!

- Por que você o defende tanto, Gabriel? – ela pergunta estreitando os olhos. – Eu percebi como você ficou quando aquele degenerado se assumiu perante toda família. Por acaso você já sabia disso?

Eu tentava me controlar ao máximo senão me entregaria.

- E se eu soubesse? O que tem demais? Somos amigos além de primos e ele nunca me fez mal algum! – respiro fundo. – E eu amo meu primo mesmo sabendo de sua preferência sexual. Eu não me importo!

“Sou um hipócrita! Meu Deus, o que estou fazendo?” penso com desespero.

- Não quero você perto dele... Aliás, nunca quis, mas você não me ouve. – ela faz uma pausa. – Gabriel...

“Ah não... Lá vem”

- Por acaso o Enzo namora alguém? – ela pergunta calmamente.

- Porque quer saber? – pergunto. Tenho certeza de que estou branco feito papel.

Ela dá de ombros.

- Nada demais, apenas porque o discurso que ele fez no dia de seu aniversário deu a entender que havia ou há alguém... Você por acaso conhece?

Eu sempre fui muito ruim em mentir, então virei o rosto e disfarcei pegando minha mala e saindo do quarto.

- E se ele tiver? Qual o problema? Todos nós merecemos ser felizes. – dou de ombros. Precisava sair dali o mais rápido possível.

- Problema nenhum. – ela responde. – Espero que não seja nenhum conhecido ou alguém mais próximo da família.

Meu rosto ferve e fico rígido. Nada respondo e me despeço dela.

- Cuide- se, Gabriel. – nem boa viagem ela deseja. – Ah... E cuidado com as companhias, entendeu?

- Sim, mãe. – e vou saindo.

- Aaahhh... Gabriel?

Olho para cima, pois ela está no topo da escadaria.

- O que é agora?

- Tatiana irá com vocês? – ela pergunta sorrindo.

- Sim, porém ela vai final de semana com o namorado. – e vejo minha mãe fazer a careta mais comum nela nesses últimos anos. A de desagrado.

E saio para buscar o Enzo.

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CASA DE PRAIA

Durante o trajeto eu o observava dormir, acordar e dormir novamente.

A Tati tinha razão no que dissera no dia anterior, nossa mãe estava desconfiada. Mesmo sem passar por interrogatório intenso, me senti acuado e ao primeiro sinal de perigo pulei do barco. Meu coração estava pesado pelo arrependimento. “Até quando? Meu Deus me mostra o caminho a seguir” imploro em pensamento.

Após algumas horas de viagem chegamos à casa de praia de meus tios em Paraty.

A casa deles é linda! Fica num condomínio fechado com uma praia privada bem ao estilo praiano, mas com um toque familiar. Tia Alice a decorou de forma que ficasse aconchegante e receptiva aos visitantes.

Os caseiros haviam limpado tudo e abastecido a geladeira e armários. Como gosto de cozinhar, disse a Enzo que não se preocupasse com nossas refeições, pois eu faria todas. Ele amou.

O dia estava ensolarado e quente. Estacionei na garagem lateral com a traseira do carro voltada para a varanda, assim facilitaria descarregar nossas malas.

Enzo sempre foi exagerado. Enquanto eu trazia apenas uma mala pequena e uma mochila, ele simplesmente desceu com três malas e mais uma valise de mão.

- Está de mudança? – perguntei brincando com ele.

- Meu amor, nunca se sabe quando um imprevisto pode acontecer! São 10 dias de férias então... – respondeu ele. – E dentro de alguma mala tem uma surpresa pra você! – concluiu piscando malicioso para mim e caminhou para dentro da casa.

Como estávamos sozinhos corri e o abracei por trás.

- O que é amor? – pergunto beijando seu pescoço.

- Hmmm... Gabe safado! – ele encosta sua bunda no meu pau. Nesse período da nossa idade Enzo é dez centímetros mais baixo do que eu. – É surpresa, amor!

Eu viro sua cabeça e o beijo na boca. Ele corresponde se esfregando em mim. Meu pau está estourando na calça de tão duro.

Com um suspiro ele se afasta e diz:

- Calma amor. Temos uma semana inteira só para nós.

- Eu sei Eno, mas eu já estou no limite. O que custa você falar? – faço carinha de cachorro pidão e me aproximo dele que se esquiva. – Enooo...

Ele ri. Safado.

- Gabeee... – ele imita meu tom de voz. – Esperamos por três anos para estarmos finalmente junto e sós. Deixa eu te surpreender, bebê! – e faz um biquinho safado que eu amo. – Será que eu posso?

Eu o abraço dando um selinho naquele bico e acaricio seu rosto com meu nariz.

- Pode, amor! Eu vou ser o namorado mais paciente do mundo, ok?

- Ok, meu gostoso! – ele sorri. – Vamos guardar nossa bagagem e ir pra piscina ou você quer descansar?

- O que você quiser fazer, amor!

Ele me puxa pela mão enquanto fala:

- Então vamos guardar as coisas e depois piscina!

A manhã passou tranquila, tomamos sol, ‘brincamos’ e nadamos um pouco. Da janela da cozinha eu podia observar Enzo enquanto preparava nossa refeição. Ele estava com uma sunga azul, óculos de sol e flutuando sobre uma bóia dentro da piscina. Sabia que ele estava dormindo. Enzo é dorminhoco até dizer chega (rsrs).

Terminada nossa refeição fui chama- lo. Fiquei admirando por um tempo. “Eu te amo tanto que até sinto dor, bebê!” pensei emocionado. Resolvo surpreende-lo. Entro lentamente na água fazendo o mínimo de movimentos possíveis. A bóia de Enzo agora está encostada na borda da piscina, suas pernas entreabertas o que facilitaria meu acesso. Mergulho e saio ao seu lado despertando-o com um beijo molhado enquanto minha mão percorre até chegar ao seu pau. Ele é mais dotado do que eu, porém nunca ligamos para isso. O que importa é o prazer que sentimos e damos um ao outro.

Beijo sua boca demoradamente e ouço seu gemido entre meus lábios. Enzo tira os óculos e me olha. Seus olhos estão num verde intenso e escurecidos pelo desejo.

- Gabe... – ele geme e abre mais as pernas. Resolvo colocar minha mão dentro da sunga e acaricia-lo com maior intensidade. Ouço mais gemidos enquanto chupo seus mamilos.

- Enooo... – chamo e ele me olha. – Quero fazer algo. Posso?

Ele assenti e eu o retiro da bóia. Caminho com ele em meus braços até chegarmos às escadas que saem da piscina e o deito no primeiro degrau. Tiro sua sunga. Enzo tem poucos pêlos na região anal e como todo homem a concentração maior ficava na virilha. Eu não ligava, na verdade adoro o cheiro, mas ele detesta pêlos.

Cheirei sua virilha e massageei seu pau. Ele só me olhava e gemia.

Lambi sua cabeça e o gemido ficou mais forte. Continuei, mas agora chupava a cabeça (ela é linda e tem formato de cogumelo).

- Enooo... Olha pra mim, amor! – peço. – Confia em mim?

- Sim, amor... Eu confio.

Olho em seus olhos.

- Então abre bem as pernas. – peço. – Nós sempre nos chupamos, não é? – ele confirma. – Mas a partir de hoje será diferente. Eu vou te comer de todas as formas e essa será a primeira.

E caí de boca naquele buraquinho exposto que me deixava louco. O que antes eram somente lambidas para não excedermos, agora eu o comia com meus lábios e língua. Seu cú é perfeito, todo rosadinho cercado por poucos pêlos e suas pregas contraíam na medida em que minha língua se esfregava sobre elas.

- Mmm... Delícia de cú! – falei entre uma linguada e outra.

- Aaahhh... Come... Gabeee... Come ele todo vai! – sua voz era um choramingo que só.

- Como, amor... Vou comer todinho. Primeiro com minha língua, depois com meus dedos e por último com meu pau.

E voltei minha atenção para seu cuzinho. Lambi até deixa-lo babado e comecei a penetra-lo com um dedo. Sentia e via seu cuzinho piscar no meu dedo à medida que ele ia entrando. Enzo gemia e rebolava em minhas mãos. Comecei o movimento de entra e sai lentamente até chegar ao ponto que eu queria. Ver seu buraquinho um pouco aberto.

- Hmmm... Eno. – gemi enquanto entrava e saía. – Delícia, amor! – e dou um leve tapa na sua bunda

- Aaahhh... Gabe. – choraminga. - Mais...

- Mais? – outro tapa. – Meu bebê safado gosta de apanhar é?

- Si... Sim... – ele gagueja. Seu pau está tão duro e babando tanto que tive certeza de ele gozaria sem ao menos punheta-lo.

Retiro meu dedo sem aviso e ele geme em protesto, mas a retirada é por um bom motivo. Introduzo minha língua endurecida até conseguir penetra-lo um pouco com ela.

- Gabeee... – ele praticamente grita. – Oh, meu Deus! Que porra de tesão!!!

Só retiro para falar.

- Pisca com esse cuzinho na minha língua, amor... Quero ver você gozar assim. – e parto para um novo ataque seguido de mais tapas em sua bunda.

À medida que ia sentindo Enzo apertar seu buraquinho em minha língua, passava meu dedo em sua cabeça espalhando seu pré-gozo. Percebia seus pêlos do corpo se arrepiarem com isso. Chupei... Mas chupei muito mesmo até que sinto Enzo estremecer e gozar com um rugido forte. Ele gozou sem eu precisar masturba-lo e isso me encantava. Tudo o que acontecia conosco era verdadeiro e real.

Eu o olho e percebo que está todo corado.

- Gabe... – ele me chama ofegante. – Foi incrível!

Sem parar de olha-lo dei uma última linguada em seu cú e fui subindo lambendo. Passei por suas bolas que ainda contraíam levemente, lambo seu pau lindo ainda pulsante, sua barriga e limpo toda porra ali depositada. Seus olhos se arregalam. Eu não deixo de olha-lo nem por um segundo e vejo um sorriso safado se formar.

- Hmmm... Engole tudo, amor! É toda sua. – ele diz.

Subi até ficar sobre. Olhamo-nos profundamente. Acaricio seus cabelos e começo a beija-lo enfiando minha língua em sua boca dividindo seu gosto entre nós.

Terminado nosso beijo começamos a rir. Somos dois bobos mesmo.

- Eu te amo, Eno! Para todo sempre. – declaro.

Ele me abraça fortemente.

- Eu te amo para toda a eternidade, Gabe.

Dou um sorriso e me levanto trazendo ele comigo. Enzo olha meu pau duro sob a sunga. Chega perto de mim e o aperta.

- E quanto a ele? – safado Eno. Dou um beijo e me afasto.

- Depois, amor. – explico. Ao longo dos nossos anos de namoro fui aprendendo a me controlar perto dele para não excedermos nas nossas “brincadeirinhas”. – Vamos aproveitar tudo, eu prometo. Quando fizermos amor quero gozar como nunca pra você.

Eno sorri e me beija. Entramos para nos limpar e comer.

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LONGE DALI.

Então você quer que eu siga esse rapaz? – pergunta o detetive Antunes. Além das informações já fornecidas há algo mais que queira acrescentar.

A pessoa sentada a sua frente tinha o semblante sério, quase maligno.

- Todas as informações que você precisa estão no dossiê previamente entregue ao senhor pelo meu funcionário, portanto não há mais nada a acrescentar. O que eu quero, Sr. Antunes é provas contundentes para tirar algumas dúvidas. – a pessoa responde com grosseria.

- Sim, porém...

- Porém nada! – a pessoa corta com grosseria. Estou pagando até mais por seus honorários, portanto, meu caro, não queira saber mais do que lhe compete. Apenas faça o que está sendo pago para fazer.

Antunes solta um suspiro exasperado e concorda.

- Ok... – ele pressiona a testa pressentindo que nada de bom vinha daquela pessoa. – Quando quer que eu comece?

- Ele está viajando. – e entrega ao detetive o endereço. – Pode começar indo até lá.

O detetive ficou irritado. Justo no final de semana que ficaria com sua filhinha. Mas era dinheiro e ele não poderia recusar.

- Tudo bem, quanto mais cedo começar melhor.

- Ótimo! – e a pessoa solta um sorriso maligno. – Quanto tempo para o próximo contato?

- Em quinze dias com relatório completo sobre o que você quer saber. – Antunes responde.

- Perfeito. O dinheiro já está em sua conta.

- Obrigado. – e ele observa a pessoa sair. Em seguida pega a foto e o papel com as informações sobre seu investigado.

- Gabriel Maia, 23 anos. O que você anda aprontando, hein, jovem?

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Comentários

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Tá tudo lindo mai aí vem bomba... Se Gabriel tivesse tido a coragem de se assumir, talvez evitasse o que ainda está por vir... Vamos em frente!!!

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MEU DEUS. QUANTA COVARDIA DE GABRIEL. TOMARA QUE PRCA ENO PRA APRENDER A SER HOMEM E ENFRENTAR OS PROBLEMAS DE FRENTE E NÃO FUGINDO. MARAVILHA DE CONTO.

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