Eder é um respeitado empresário conhecido no mundo dos negócios por suas habilidades em grandes transações, e pela sua costumeira grosseria e rispidez. Aos seus trinta anos, recentemente casou-se com Maria, filha de uma família tradicional carioca.
Não se pode dizer que Eder era apaixonado por Maria, ou que nutria algum sentimento por ela, que não fosse sua necessidade de demonstrar sua masculinidade para a sociedade, afinal de contas, não era aceitável que um homem de sua idade, com tamanho poder econômico e social não fosse casado e constituísse uma família tradicional.
Maria pouco se importava com isso, não bastasse sua fortuna já adquirida no nascimento, casar-se com Eder lhe proporcionaria uma vida extremamente confortável, não precisaria trabalhar, não teria que se preocupar com seus gastos e teria um belo e importante homem ao seu lado.
Os dois formaram um belo casal. Eder era alto, corpo definido, cabelos e barba pretos e cheios, contrastavam com seus olhos verdes. Maria era uma jovem deslumbrante com curvas acentuadas, pela macia e um longo cabelo ruivo.
Reuniões até tarde da noite, viagens inesperadas, longa jornadas de trabalho em seu escritório, escondiam um segredo que Eder guardava às sete chaves: sua sexualidade. Eder nunca se interessou por meninas, teve pequenos casos com meninos desde sua adolescência, mas acreditava que sua família jamais aceitaria um filho gay, e que a sociedade corporativa não lhe respeitaria como ele gostaria caso soubesse da realidade.
Casou-se com Maria, e, das vezes em que transaram sempre se imaginou em outras situações, ou, nas mais difíceis ocasiões, recorreu ao uso de medicamentos que lhe garantissem uma ereção e ejaculação. Maria, por sua vez, para se livrar do tédio e da solidão, dava-se em encontros noturnos onde não poupava dinheiro na contratação de garotos de programa ou no custeio de viagens e passeios para seus habituais amantes.
A fidelidade nunca foi uma questão debatida por eles. Maria já chegou a encontrar remédios nas coisas da Eder, e ele já chegou a encontrar tickets de motéis nas coisas de Maria, porém, ambos fingiam não entender e mantinham cada vez mais a fachada da relação.
Nos eventos sociais da cidade o casal aparecia feliz e amoroso, cheio de abraços, carícias e carinhos circulavam pelas mais altas festas sociais e preencham a coluna social de todos os jornais, revistas e sites de fofoca. Mas quando chegavam em casa, era cada um para o seu lado, o carinho dava vez ao silêncio e o amor dava vez à apatia.
A situação estava tranqüila e cômoda. Maria e Eder se tornaram colegas de quarto que, raramente transavam e faziam o papel de casal apaixonado perante a sociedade. Nada de novo sobre a terra, Maria gastava seu dinheiro como queria e Eder se empenhava em ficar cada vez mais rico.
Em uma tarde de verão, na academia em que freqüentava, dentro do shopping mais badalado da cidade, Maria conheceu Caio, um engenheiro que havia retornado ao Brasil após uma temporada na Europa. Caio era um moreno maravilhoso com cara de marrento, pela super bronzeada, deveria ter uns 25 anos, mesma idade que Maria, super alto, com 1,90 e um corpo bem desenhado pelas horas de academia.
Tão logo trocaram as primeiras olhadas, um fogo tomou conta da situação, não puderam esconder a atração que sentiram um pelo outro. Caio, com seu jeito confiante de ser cumprimentou Maria, que soltou um largo sorriso, conversaram um pouco durante o treino e marcaram de se encontrar em uma cafeteria no mesmo local.
Os dois terminaram seus treinos, Maria como de costume foi ao vestiário tomar seu banho e na hora prevista, estavam os dois a postos, no local marcado.
_ Nossa Maria, você é muito bonita, uma pena que você seja casada... não consigo parar de olhar para você e pensar em coisas que poderíamos fazer juntos... Disse Caio com um olhar provocador.
_ Mas quem foi que disse que isso nos atrapalha em alguma coisa? Você acha que meu marido liga se eu sair com outras pessoas?
_ Deveria... pois eu jamais permitiria que minha mulher ficasse sozinha por aí... com outros caras..
_ Ele é diferente... esta sempre muito ocupado para mim... se quiser podemos ir para algum lugar... por minha conta...
Conversa rápida, pontual e objetiva. Caio não iria deixar passar aquela linda mulher. Cada um em seu carro, foram os dois para um motel, ficaram até tarde de noite e realizaram todas as suas fantasias. Maria estava realizada, plena e encantada.
O relacionamento dos dois tornou-se habitual, Maria dispensou seus outros amantes e dedicou-se à Caio. Embora não precisasse ser bancado, Caio adorava receber os mimos e atenção que julgava ser merecida.
Com seu jeito dominador, aos poucos foi tornando Maria submissa as suas vontades, ela que nunca foi de fazer serviços domésticos, agora dedicava-se à limpeza do apartamento de seu amante, também era responsável pela lavagem de suas roupas e limpeza de seus sapatos, fazia as compras da casa e tinha que dar conta dos afazeres que Caio achasse necessário.
Dentre suas obrigações corriqueiras, estavam esperá-lo em casa toda quarta-feira à noite, dia em que Caio jogava futebol, para massagear seus pés cansados da partida, fazer algo para ele comer e ficar servindo-o enquanto assistia os jogos que passavam na TV.
Maria estava tão encantada pelo seu novo amante, que não se deu conta de que, aos poucos, havia sido escravizada e que, de agora em diante, tinha um dono para chamar de seu. O relacionamento com Eder que já estava fraco, começou a desmoronar, e, cansada da dupla jornada: esposa sofisticada e escrava, Maria resolveu dar um jeito nessa situação.
_ Eder, precisamos conversar.
_ Fale
_ Eu quero me divorciar, já não somos um casal faz tempo... você não gosta de mim, não me toca...
_ E é por isso que você quer se divorciar?
_ Eu estou com outro... estou apaixonada... não quero levar essa vida dupla...
_ Não precisa levar uma vida dupla Maria.... mas sejamos adultos... eu sempre soube dos seus casos e você sempre soube que eu não gosto de você... e também deve saber que eu não quero me divorciar de você por que preciso manter a imagem de homem de família... você sabe disso.. não sabe?
_ Eu sei... mas por que você acha que eu aceitaria isso?
_ Não sei Maria... essa é uma resposta que só você sabe... mas você pode não aceitar e fazermos um divórcio milionário, onde todo mundo vai perder muito dinheiro... e você pode aceitar manter o casamento, mas sem segredos... e eu serei eternamente grato à você... e farei tudo o que quiser...
_ É tudo sobre dinheiro né?
_ Não tudo... mas grande parte.
_ Então eu tenho uma proposta para te fazer....
_ Faça...
_ Meu amante se chama Caio, ele é um engenheiro que voltou ao Brasil faz pouco tempo... vivemos um relacionamento de mestre/escrava, em que ele me domina de todas as formas possíveis.... E ele me contou, que antes de ir embora do Brasil tinha um escravo habitual.. um escravo homem... que lhe fazia todas as vontades, por mais absurdas que fossem....
_ E o que eu tenho com isso? Onde entra a sua proposta?
_ Não seja estúpido... minha proposta é a seguinte... para que eu mantenha essa casamento de fachada, você deverá aceitar se tornar escravo do Caio... caso ele queira ser teu dono...Tudo vai depender dele...
_ O que? Você quer que eu seja escravo de um cara? Que eu aceite ordens e seja humilhado?
_ Sim! É isso mesmo! Você pode escolher... ou aceita ou estará tudo acabado... e, junto com o divórcio a mídia será bombardeada com a notícia de sua impotência e sexualidade duvidosa....
_ Você só pode estar de brincadeira né?
_ Não... negócios são negócios.... não é isso que você fala?
_ Esta bem... eu.... eu.... eu aceito!
_ Muito bem... então vamos ver se o Caio vai te aceitar.... vai lá no seu quarto e coloca seu melhor terno, com grava, sapato e tudo.... depois volte aqui....
_ Por que?
_ Faz o que eu to mandando e não questiona... quero mandar um presente para o meu mestre.
Cinco minutos depois Eder estava de volta, e estava lindo. Usava um terno maravilhoso, que custou os olhos da cara. Estava com os cabelos e barba penteada, gravata alinha e tudo nos conformes. Maria estava sentada na poltrona da sala, tomando uma taça de vinho.
_ Agora venha até onde eu estou e fique de joelhos. Eu vou gravar um vídeo e você vai repetir as seguintes palavras: “Mestre Caio, por favor, me aceite como seu escravo... será uma honra te obedecer e realizar todos os seus caprichos.”
_ Claro.. se é isso que tem que ser feito... assim será.
_ Bom garoto.
Com seu celular em mãos, Maria fez uma chamada de vídeo com Caio e começou a falar: “Oi amor, tudo bem? Eu tenho um presente especial para você... já que essa semana faremos um ano juntos....” Caio ficou surpreso quando o vídeo virou e o marido de Maria estava de joelhos no meio da sala da casa e começou a falar o que lhe foi mandado..
_ É sério isso Maria?
_ É sim.... eu lembro que você me contou do seu escravo... e de como sentia falta de algumas coisas.... então resolvi te presentear com o Eder... que se você aceitar será seu escravo... o corno escravo...
_ Seu marido é lindo... vai ser um escravo maravilhoso... mas vai penar na minha mão. Tem certeza que é isso que você quer viado?
_ Tenho sim senhor... por favor mestre Caio... me aceite.
_ Pedido assim né? Como que vou recusar. Estou indo praí... já já vamos começar nossa diversão.