Os Xingus tentavam, mas não conseguiam. Florisbela só andava no meio dos meninos. Tornou-se uma arqueira infalível. Aquela garota tinha uma postura que aquele povo admirava. Florisbela cresceu e tomou rumo diferente da mãe: passou a liderar os indígenas na luta contra colonos e invasores. Suas flechadas eram certeiras.
Porém, não esperava que aqueles silvícolas que a criaram sucumbissem diante de um grupamento de homens fortes, com barbas espessas, e armamento desconhecido. Esses homens dizimaram boa parte da tribo. Todavia, se viram surpreendidos quando se depararam com uma moça branca toda pintada de guerra diante deles.
- O que faz no meio desses selvagens, moça?
Florisbela achou melhor contemporizar com aqueles homens. Eles pareciam que tinham a maldade sombreando cada um.
- Fui sequestrada por eles. Não tive alternativa.
O chefe deles olhou desconfiado, não querendo acreditar. Chamava-se João Bacamarte.
- O que quer que eu faça então?
- Quero seguir com vocês. Não tenho mais nada aqui.
Os homens riram alto. Uma mulher no meio deles? Jamais. Mas João Bacamarte viu como aquela mulher continuava sem baixar a cabeça pra nenhum deles. Não gaguejava, estava firme. Ele sabia que ela não era de se jogar fora. Em nenhum sentido.
- O que sabe fazer, mulher?
- Aprendi tudo. Pescar, caçar, fazer redes, armadilhas. Já lutei com onças e gatos do mato.
- Queremos ouro, dona, pedras que brilham! Onde tem por aqui?
Florisbela mostrou algumas pedras preciosas colhidas. Mostrou um local onde havia um monte.
- Ara! Achamos um tesouro!
Ela passou a procurar pedras com aqueles homens. Naquela mesma noite, João Bacamarte via aquela mulher preparando uma imensa fogueira. Levou um papo com ela e a mesma era esperta. Sabia o que dar a ele
- Sei que está cansado. Mas se quiser relaxar comigo, está em boa hora.
Ele arregalou o olho. A moça realmente não era besta.
Bacamarte lambia o corpo da mulher em sua rede, devorava os seios grandes. Os mamilos da moça se arrepiavam e ela abriu-se pra ele cair de língua em sua buça que já estava alagada. A pedra preciosa agora era outra. Florisbela prendia a cabeça do homem, esfregando sua virilha na boca gulosa do barbudo. Gozando forte, ela deixou os pelos da face do homem com a baba do amor.
Logo Bacamarte se enfiou no meio de suas pernas para movimentar seu quadril, enfiando cada centímetro. Florisbela rangia os dentes, e por hora sua língua entrelaçava com a dele. O coito era agitado, ambos gemendo, Bacamarte metia pra valer. Ela virou o corpo e ficou por cima dele. Com maestria, montava o pau grande do chefe daquele bando. Dava tapas em seu rosto, enfurecendo o homem que devolvia os tapas e socava mais ainda em Florisbela, que suava, gemia, gozava, dava tapas e recebia mais enfiadas. O homem a colocou ajoelhada e de quatro metia nela como se dominasse um porco. Apertava o pescoço, enquanto Florisbela apertava os seios que dançavam no ritmo de uma foda intensa. Ele tirou o pau e deu um urro para gozar jatos de porra nas costas e no cabelo da moça.
No dia seguinte, Bacamarte convidou a retornar com eles.
- Você vai com a gente. Estamos descendo para Piratininga.
E lá foi Florisbela, a única mulher naquele grupo de dez homens. Séculos depois, esses homens entrariam nos livros de história, conhecidos como Bandeirantes.
Nas paradas, alguns homens tentavam ataca-la e ela entrava em luta corporal com eles. Não tinha a força, mas tinha uma habilidade que nenhum deles sonhava em ter. João Bacamarte evitava quando podia um ataque daqueles alucinados. Não era por menos. Ele estava toda noite adentrando a gruta do prazer daquela mulher.
Durante o caminho, Bacamarte e seu bando matou muita gente. Quilombolas, índios, gente que caminhava em busca de vida melhor. Todos beijavam a lona da morte. Florisbela nada podia fazer.
Florisbela engravidou de Bacamarte e os homens queriam abandona-la. Mas Bacamarte estava com seu coração amansado. Florisbela era um furacão sexual. Estava com 9 meses de gestação quando beiraram um grande rio. Muitos homens se desgarraram e Florisbela convenceu Bacamarte a acompanha-la pelo menos durante o parto. Gardênia nasceu as margens do Grande Rio.
Bacamarte se estabeleceu naquelas terras, após matar um fazendeiro e se apossar do lote. Florisbela pescava, cuidava de Gardênia e saciava Bacamarte. O corpo dela não se modificou após a gravidez. Também com aquele físico e andando pra cima e pra baixo, não tinha como definhar.
Passaram anos e cresceu um vilarejo imponente nas margens daquele rio gigante. Bacamarte guardava todas as pedras preciosas que acumulou. Não negociou com uma sequer. Negociação pra ele era matar e roubar o que era dos outros.
Em uma noite, Florisbela deu mais uma sessão de fodas a Bacamarte. Quando este caiu no sono, ela pegou um imenso facão e então desferiu um golpe certeiro no pescoço do homem. Este reagiu assustado sentindo o sangue jorrar. Ela então passou a decapitar o homem vivo.
- Seu animal!!! Isso é pelas vidas da minha família que você tirou!!! Pela vida de todos os pobres diabos que matou por prazer!! Que roubou!! Que destruiu!!
Cada frase, um golpe. Florisbela só parou quando a cabeça estava totalmente decepada e o corpo se debatia sozinho. Ela ergueu aquela cabeça e atirou no rio. Pegou um cavalo e acordou Gardênia
- Pra onde vamos, mamãe?
A menina estava sonolenta
- Shiiiiiii....vamos embora, meu bem
Florisbela colocou a menina num cassuá e bateu em retirada. Cavalgava rente àquele enorme rio, o Rio São Francisco.
Passou dias cavalgando até atingir a outra margem e passou a viver de tempos em tempos em lugarejos, até se estabelecer às margens de outro rio, o Rio Doce, e passou a viver sem dificuldades. Ela havia roubado todas as pedras preciosas de Bacamarte. Foi lá que contraiu uma malária, não vindo a suportar. Gardênia enterrou a mãe e passou a viver numa comunidade agrícola.
Passado um tempo, uma caravana se formou em mudança para uma cidade onde se estava ganhando muito dinheiro. Gardênia resolveu seguir a caravana, pois quase todos resolveram encarar uma nova vida. Meses depois, chegavam ao local chave para o ciclo de ouro do Brasil colônia. Gardênia estava em Vila Rica, Minas Gerais.
(continua)
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