Casar? Casar? Ca-sar?
C-A-S-A-R?
- Você não está falando serio ne?
Lucas nem ao menos me olhou, bufou e continuou a encara Daniel, que nessa altura do campeonato estava apenas de boca aberta.
- Eu sei que é rápido demais, sei que posso esta te atropelando, mas eu te amo, você sabe disso, sei de suas doença e sei apenas o pouco que Faz tudo me contou, mas preciso de você, enfrentaria qualquer coisa por você e farei qualquer coisa para te ver sorri. Me dê essa chance.
Estava encarnado o garoto, seus lábios tremiam e seus olhos encheram de lagrimas.
- Você não pode aceitar. Você não pode se casar com ele...
- Porque ele não pode em? Porque você diz que o ama, admita Thiago, você o quer apenas para mostra que consegue todos e vai joga-lo depois que o usar e abusar dele. Ele não é para você.
- Pode ate ser que não sou uma das melhores pessoas, mais não vou deixar você apenas com ele. Você apenas esta tomando essa atitude por medo de não ser retribuído.
- Cala sua boca, Você apenas o ama pelo sexo que experimentou...
- Você não? Ama o Faz tudo e não o Daniel...
Lucas se enfureceu e partiu para cima de mim, socos e chutes eram partidos de ambos os lados. Daniel gritava tentado nos apartar e ate mesmo tentou nos separa entrando na briga, mas jogamos ele para o lado e partimos ainda mais com raia.
- Você jamais vai ser dono dele.
- Você é um bacaca Thiago, um grande filho da puta, que não sabe receber um não.
- Vou te matar sue filho da puta...
Sinto respingo entrando na minha boca, seu gosto era de ferro e por um momento olho para o garoto e vejo, jogamos ele em cima da minha mesa e com o impacto, seu braço foi cortado por causa do vaso em cima.
- Dan. – dissemos em unisom.
- Parem, os dois. – ele gemeu, o sangue escoria pelo braço que pingava no tapete. – Eu, eu apenas quero...
O garoto desmaia no chão.
- O que fazemos?
- Agora fala comigo?
- Deixa de ser idiota, o que fazemos nessa situação?
- Corre e esquenta o carro, precisamos levar o garoto para o hospital.
- Porque você não faz isso e eu levo ele.
- Porque não cala a boca e faz o que eu estou mandando.
Lucas relutante pegou as chaves do meu carro e desceu. Ainda lembrava das aulas de primeiros socorros que tive, rasguei minha camisa e comecei a enfaixar o braço do garoto, impedindo do sangue escorre, o estancando.
- Fique comigo.
Enquanto corria com ele em meus braços, percebi feridas se cicatrizando nas costa do menino.
- O que fizeram com você?
Lucas estava com a porta aberta e estava no banco do motorista, esperando eu entrar.
- Vamos.
Lucas disparou sem olhar para trás para o primeiro hospital que encontramos. Assim que chegamos, os médicos logo o me reconheceram com Lucas e viram o estado do garoto. Não deu tempo de perguntar nada, ele apenas o levou.
- Thiago...
- Depois conversamos Lucas, estou mais preocupado com algo que vi nas costa do garoto. – Passei minha mão mesmo suja de sangue pelo meu cabelo. Estava nervoso, se o que eu estava pensando fosse verdade, o garoto estava encurralado.
- O que foi? Porque esta nervoso?
- Quando eu trazia o garoto para cá, as costas deles estavam marcadas, como se alguém tivesse o batido.
Lucas me olhou, sua expressão passou de raiva para fúria em minutos...
- Vou matar quem fez isso...
- Não, não vai fazer nada...
- Você esta louco? Pode ser ate o prefeito de São Paulo. Ninguém encosta no MEU GAROTO. – Rosnou encarando o povo que o olhava como se fosse louco.
- Pare com isso. – o coloquei na cadeira. – Quero te perguntar uma coisa.
Lucas respirou fundo e me encarou, esperando eu falar.
- O que sabe sobre a vida dele no prostibulo? Me conte tudo.
- Porque quer saber?
- Eu vi em suas costas marcas, como alguém o maltratando. Marcas não de sadomasoquismo que Faz tudo poderia ter.
- Pelo que eu sei, ele trabalha para um cara chamado Alemão, ele vive no prostibulo, mesmo Faz tudo querendo a vida de luxo, ele sempre disse que não era para confiar em tudo que Dan falava.
- Mas alguma coisa?
- Pelo que eu lembro... Faz tudo não me dizia muita coisa, mas as poucas coisas que comentava comigo era sobre como Daniel se sentia sozinho e como ele gostava de ficar comigo.
Cocei meu queixo, aquilo ainda estava mau contando e iria descobri.
- O que esta pensando?
- Estou pensando que nosso garoto esta escondendo coisas, coisas que o podem até mesmo o matar.
- Eita, vira essa boca pra lá.
- Estou apenas sendo realista.
- Não, esta sendo um grande idiota.
- Novamente Lucas? De novo com isso?
Ignoro os comentários de lucas e fico olhando meu celular, o tempo não passava e tudo me deixava ainda mais irritado. Depois de mais ou menos meia hora, o doutor chegar e nos chama.
- Vocês são o que dele?
- Somos namorados. – respondemos em unissom, recebo de um olhar furioso de Lucas e ele recebe o mesmo de mim.
- Tudo bem. – disse o medico para nos dois. – O paciente já teve seus ferimentos cuida e pode receber visita.
Ele nos encarou, já que faíscas ainda saiam de nossos olhares.
- Onde ele esta?
- Quarto 25, a primeira a direita...
Antes mesmo dele continuar falando, tínhamos corrido para ver o garoto.
Daniel on
Acordar cheio de agulhas ferro de você e um desespero. Não tanto quando, Você não sabe nadar e te jogam num Rio ou piscina.
A luz do sol dois meus olhos e abrir eles eram uma pequena fração de minha tortura.
- Está se sentido melhor, senhor Salazar? - A voz grossa e paciente veio do meu lado.
Um cara branco de cabelos grisalhos, olhos negros e pele bronzeada pelo sol que tomava, era baixinho, deveria ter 1,72 de altura. Estava vestido uma camisa azul, seu jaleco estava bordado o nome Doutor Gutemberg. Sua barba rala, dava seu charme.
Olhei para a janela e lá estava Vinicius. Era uma parte minha, mas, loira, dos cabelos brancos chegando a ser platinado, os olhos eram verdes, verdes que nem esmeralda, seu sorriso era perverso, sempre se vestia de preto, com uma camisa quadriculada por cima das camisas das bandas de rock que ouvia. Jeans rasgado nos joelhos e óculos escuros.
Sua pele era branca e sem espinhas. Sem nem ao menos marcas. Era um sociopata de nascença e sempre conseguia o que queria.
Sentado na minha maca estava o Faz tudo. Ele por outro lado tínha os olhos azuis, aqueles olhos sempre sapecas, com um sorriso travesso, sempre estava com algo na boca. Ou um pirulito ou um cigarro. Sempre vestia para chamar a atenção. Já que mesmo magro era msuculoso. Estava vestido uma camiseta branca, por cima dele uma jaqueta vermelha, calças jeans apertadas e all stras cano longo azuis.
- Está se sentido bem? - perguntou novamente o medico.
Olhei de relance para os dois que me encaravam de um jeito preocupado.
- Estou... Estou sim...
- Eu posso fazer alguma perguntas? - disse ele sentando do meu lado.
- Que tipo de perguntas?
Faz Tudo saiu da maca e ficou do lado de Vinicius. Os dois trocaram olhares nervosos.
- Só algumas de rotina. - Ele sorriu para mim. - Você é alérgico a algum remedio, Ou comida?
- Nao.
- Já quebrou algum isso quando mais novo?
- Nao.
- Tem quantos anos?
- 22 anos. Indo para os 23 anos em agosto agora.
- Parentes aqui?
- Não...
- Nao? - o médico me olhou com olhos semi cerrado. - Porque Nao?
- É que eu sou emancipado aqui. Por isso não tenho familiares aqui.
O médico fez o sinal de ata universal. E continuo a perguntar. Enquanto isso meus olhares se alteravam entre ele e os dois na janela que me encaravam.
- O que são essas marcas na sua costa? Esses machucados? Pode me explicar?
Eu fiquei por uns 3 minutos em silencio. Minha ezitacao fez ele me encara e perguntar novamente. Odiava ser posto na parede.
- Me envolvi numa briga recentemente...
- Você não tem cara de quem briga...
- Quem vê cara não vê coração não e assim o ditado?
Ele me encarou, seus olhos eram frios, ele me observava, me analisava, como se eu fosse um experimento novo. Uma nova equação a ser desvendada. Um novo projeto.
Ele bateu a prancheta na mão alegre e se virou.
- Tudo bem. Mas tarde apareço. Descanse.
Assim que ele saiu Faz Tudo chegou e pegou minha mão.
- Está bem? Desculpas eu não ter ajudado. Mas acho que seu corpo não aguentaria essa troca de...
- Faz Tudo eu entendo e outra não é um espírito.. .
- Mas eu poderia ter ajudado de alguma forma. - Choramingou.
- Para de se lamentar Faz tudo. Estamos todos aqui com uma missao. Fazer aquele Alemão maldito pagar pelo que ele fez com nos três. - disse Vinicius com o tom altoritario.
- Mas como vamos fazer isso? Eu odeio ele mais que compra roupas que não minha cara. - Rebateu Faz tudo.
- Prescisamos de um plano. Não estou conseguindo ficar muito tempo em dominio. Já que você não me deixa. - Vinicius me olhou, aquele olhar tempestuoso era de colocar qualquer garoto que se achava marginal, ze droguinha para corre.
- Eu tentei...
- Não tentou. - cortou - Se quisese eu já teria feito algo. Você sabe que Alemão gosta de mim. Foi por mim que ele se apaixonou. E eu o quero comendo na minha mão.
- Isso se chama dor de cotovelo. - Comentou Faz Tudo soltando u a rosada debochada.
- É você, que não tem o coração, nem de Lucas ou de Thiago? Voce sim tem dor de cotovelos.
- Cala a boca Vinicius. Pelo menos eu consegui uma foda com os dois e recebi por isso.
- Pelo menos isso. E ainda deixou que levarem nosso dinheiro.
- Nosso uma ova. Meu dinheiro. Eu consegui.
Soltei uma risada, apenas uma risada de prazer.
- Do que está rindo? - perguntou Vinicius sendo rispido.
- Deixa de ser ranzinza Vini. - Comentou Faz tudo.
- Já disse que odeio que me chame por esse apelido, Raimundo. - Vinicius provocou Faz tudo.
- Não me chame assim. Meu nome é Faz Tudo. Não raimundo. Sabe que detesto esse nome de batismo.
- Parem os dois. - disse intervindo. - Temos que ser rapidos. Eu não sei quanto tempo mais eu consigo suportar aquele lugar. E nem mesmo o outro.
Os dois olharam nervosos entre si.
- Sabe que é questão de tempo dele aparecer, não sabe?
- Sim eu sei. - respondo soltando um desabafo.
- Nem eu consigo o controlar. Ele é bem pior do que nos três juntos.
Minha cabeça doeu. Como se alguém desse uma pontada com uma agulha super grossa e grande.
- Ele está acordado... - Comentei.
- Espero que ele né acorde. Ele me dá mais medo que você Vini.
Vinicius nem ao menos falou alguma coisa. Apenas ficou calado ao concordar.
Antes deles faltem alguma coisa a porta abre com um supetão. Thiago e Lucas apareceram. Faz Tudo soltou pulinhos de alegria ao ver Lucas e Vinicius revirou os olhos ao ver os dois se virando de costa e sentando na janela aberta.
- Está bem? O que aconteceu? Vai ficar aqui por quanto tempo?.
- Calma Lucas. - disse Thiago. O ver ali fez meu coração disparar e minha respiração ficar descompensada. - Ele acordou agora. Temos que dar um tempo para ele.
- Já disse que ele não é seu?
- É muito menos seu. - Rebateu Thiago.
Nem ao menos lembrava do pedido que Lucas fez a mim. Eu gostava de lucas. Algumas vezes Faz Tudo me deixou sentir o prazer que ele emanava por mim. Como seu membro entrava e tocava minha próstata me deixando louco. Eu me apaixonei por Lucas em certos momentos. Mas minha hisotira com Thiago era mais antiga. E acho que ele nem ao menos lembrava.
- Estou bem sim. - Comentei reconfortando os dois.
Thaigo sentou e me encarou.
- Daniel. Seja sincero conosco. O que são essas marcas na sua costa e não minta porque vou saber se estiver mentindo.
Olhei de relance e Vinicius e Faz Tudo não estavam mais la. No seu lugar apenas apareceu um garoto alto e forte, de cabelos ruivos, usava uma camisa azul e uma calça jeans com botas pretas. Ele sorriu para mim, mostrando seu sorriso mais perverso que tinha seus olhos azuis e sua pele branca era um convite para eu chegar mais perto.
Ele emanava fúria e seu recado era simples. "Estou chegando"
Respirei fundo e descido abri o jogo com eles.
- Eu sofro abuso de meu cafetao...