GENTE,
ESTOU FINALIZANDO OS ÚLTIMOS CAPÍTULOS DO ROMANCE. SEMANA QUE VEM TALVEZ JÁ SEJA O ÚLTIMO. QUERO AGRADECER A TODOS QUE LERAM, A AUDIÊNCIA FOI GRANDE, MAS TIVE POUCOS COMENTÁRIOS, SÓ QUERO AGRADECER A VOCÊ QUE LEU E NÃO COMENTOU. DEIXO AQUI TAMBÉM UM ABRAÇO ESPECIAL PARA AS PESSOAS QUE COMENTARAM: PLT, VALTERSÓ, FLYNNAGIN, CHRIA.
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Pai e mãe,
Estou feliz, Faz tempo que não me dou conta disso. Tenho amigos, uma família que me aceita e um namorado sensacional, mas tenho medo de que tudo isso vá embora, assim como vocês. O que eu faço? Queria tanto ouvir os seus conselhos.
***
O final de semana no hotel foi maravilhoso. Cheguei em casa parecendo um camarão. À noite, depois de umas boas horas de sono, saí para jantar com a titia e o Carlos. Eles estavam comemorando a compra do novo escritório do Carlos.
Giovanna adquiriu vários lenços para colocar na cabeça. Nós não conseguimos marcar o retorno dela no salão. Confesso que me diverti com essa história, afinal, não era todo dia que o cabelo da minha irmã parecia uma alface.
Adoro esses momentos de interação com a minha família. O Carlos foi uma ótima adição, uma vez que ganhamos mais uma pessoa para rachar a conta. Estou muito feliz. Será que isso é errado? A vida parece certa, mas algo me diz para ficar preparado e não baixar a guarda.
— Carlos, você vai ganhar mais? — perguntou Richard, me tirando do devaneio que entrei.
— Menino, isso não é coisa que se pergunte. Come logo. — o repreendi.
— Sim, que coisa feia, Richard. — Giovanna endossou, virando para o Carlos e fazendo a mesma pergunta. — E, então? Vai ganhar ou não?
— Vocês dois estão demais hoje! — exclamou titia, tendo dificuldade para cortar a carne no prato.
— Deixa eles. O importante não é o quanto você ganha, mas fazer aquilo que se ama. — explicou Carlos fazendo um discurso verdadeiro, mas que na realidade não funciona tão bem.
— Isso mesmo, não é, Yuri? — questionou tia Olívia me forçando a mentir.
— Claro. É sim. — menti para agradar o namorado da titia.
— Então, posso ser artista de circo? — quis saber Richard, brincando com sua comida.
— Claro que não. O nosso destino já está traçado. Vou ser engenheiro. Você será um médico. — soltei, fazendo uma pausa para encrencar com a Giovanna.
— E eu? — perguntou Giovanna, indignada.
— Você vai usar o seu cabelo verde e virar uma sensação na internet para pagar os nossos estudos. — brinquei, fazendo todos à mesa rirem, até mesmo, a Giovanna.
***
É ruim querer a família reunida? Para José Leonardo, que estava completamente fora de si, só havia uma saída para reunir todos os seus parentes. Ele preparou um quarto na antiga casa de seu pai. Onde gravamos o filme do Arthur. No mercado, JL comprou correntes e cadeados. Foram horas preparando o seu plano, ele inclusive se afastou da igreja e dos amigos.
— Pai. — disse JL, olhando para uma foto de Ulisses. — Eu te amo. Prometo que estaremos com o senhor em breve. Eu fui um bom menino, eu prometo.
Enquanto isso, Zedu, a sua mãe e Fred, decidiram passar o dia juntos. Eles foram ao cinema, depois compraram roupas e finalizaram o passeio com um belo jantar. Teodora estava orgulhosa de seus filhos, mas sabe como é coração de mãe, ela não conseguia tirar JL da cabeça. Afinal, eram semanas sem notícias de seu filho. Zedu até tentou animar a mãe, sem sucesso, claro. Fred meio que não sentia falta de JL.
— Mãe. — Zedu chamou a atenção de Teodora, que parecia triste pela ausência de JL. — Desculpa, isso é...
— Não termina essa frase. — pediu Fred, pegando na mão de Zedu. — Você não tem culpa do JL ser um babaca e homofóbico.
— Não fala assim do seu irmão. Deve tá sendo difícil pra ele. —Teodora fez a linha advogada do diabo.
— Difícil? — questionou Fred em um tom de revolta. — Como ele pode rejeitar o próprio irmão? Mamãe, não vamos falar no JL, pelo menos, não hoje.
— Tudo bem. — Teodora se deu por vencida e aproveitou o resto do passeio com a família.
George e Jonas foram aproveitar a lua de mel no Rio de Janeiro. Fiquei tomando conta do estúdio, claro, que ele estava fechado, afinal, não ia comandar trabalhos importantes. Lucas e Zedu foram me fazer companhia. Na verdade, a gente ficou jogando videogame durante toda aquela semana. Era muito legal aproveitar esses momentos com o Zedu. Ele era incrível, sempre me fazia sentir incluído, mesmo quando eu era péssimo no jogo.
— Puxa bebê, desculpa, mas na próxima você arrasa. — Zedu me consolou.
— Não faz sentido. — soltei chateado pelos 19 gols que o Zedu fez em mim. — Futebol é uma droga.
— Não é não. — Zedu e Lucas responderam juntos.
— Futebol é arte. — destacou Zedu.
— Futebol é uma filosofia de vida. — Lucas disse pegando o controle das minhas mãos.
— Credo. Parecem héteros falando. — me dei por vencido, levantei para pegar um refrigerante, mas uma presença tirou o meu fôlego. — Ge..gente.
— O que foi? — Lucas perguntou virando e se assustando. — O que você está fazendo aqui? — levantando e olhando para João, o seu antigo amigo e ex-amante.
— O... oi, gente. — João nos cumprimentou e por um impulso, o Zedu levantou e ficou na minha frente.
Letícia e Arthur foram ao shopping e encontraram Bernardo. O jovem continuava confuso sobre o relacionamento poliamoroso. Eles decidiram marcar um encontro na casa de Arthur, uma vez que seus pais viajaram. Bernardo queria entender seus sentimentos pela dupla. Ele tomou banho e vestiu uma roupa bem confortável, quando chegou e viu os dois, lado a lado, o seu coração acelerou.
— Eu não sei. — confessou Bernardo, nervoso e indeciso.
— Quando te beijei, senti uma coisa diferente, de verdade. — Arthur revelou se aproximando e pegando no ombro do amigo.
— É muito novo para mim.
— E pra gente também, mas eu gosto muito de você, Bernardo. — afirmou Letícia. — E queria que você desse uma chance para nós.
— Eu não sou gay! — exclamou Bernardo.
— Não estamos falando de rótulos, não pense assim. — pediu Letícia.
— Sente. — Arthur tomou uma atitude ousada, pegou a mão de Bernardo e colocou contra o seu peito. — O meu coração está acelerado, acha que eu não estou confuso?
— O meu também está.
— Amor é uma coisa tão simples. — Letícia falou, antes de beijar Bernardo e Arthur. — Nós que confundimos tudo.
Eles transaram, Bernardo não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Letícia ficou muito excitada por ver os dois homens de sua vida ali, se amando, sem preconceitos ou pudores. Quando o sexo acabou, Letícia se ajoelhou no chão e perguntou se eles queriam namorá-la.
— Eu aceito. Aceito. — Bernardo concordou. — Espero não me meter em confusão.
— Eu também. — ressaltou Arthur.
— Vamos aprendendo uns com os outros. — disse Letícia.
Brutus tinha se encontrado na dança. Mesmo sem nunca ter praticado na vida. Segundo Juarez, aquilo era sorte de principiante. Naquela tarde, Mundico aproveitou para visitar Ramona. Eles fizeram pipoca doce para assistir a um filme. Ramona evitava sair para não ver o Brutus com Kellen.
Como parte do plano, Mundico convidou a amiga para uma apresentação especial. Ele explicou que o tratamento funcionou e na sua volta aos palcos precisava de mulheres bonitas.
— Estou feliz por você, Mundico. Eu sei que a dança é uma parte importante da sua vida. Então, eu aceito. — Ramona aceitou o convite.
— Arrasou. Vamos ensaiar durante a tarde, pode ser? É que o Juarez precisa ir capinar o Centro, por causa da medida judicial. — contou Mundico, pegando pipoca em um balde e comendo.
Sim, o cara de madeira do João estava ali no mesmo ambiente que nós. Pra ele não bastou ter me humilhado ou feito o Lucas sofrer. Não sou nada vingativo, porém, as lembranças ruins vieram como uma avalanche na minha cabeça. Para não fazer um barraco, respirei fundo e olhei para o Zedu, que me transmitiu toda a segurança do universo.
O João parecia muito diferente. Mais magro e abatido. Aparentemente, ele queria acertar as coisas com o Lucas. A gente perguntou se era isso que o Lucas desejava. O nosso amigo fez sinal de positivo com a cabeça e decidimos dar um espaço para eles conversarem.
Lucas conheceu João na escola. O primeiro beijo aconteceu quando os dois se masturbavam assistindo a um porno. Depois de um tempo, a 'relação' foi apimentando e Lucas se entregou de coração. Só que João não aceitava a própria sexualidade e, para variar, descontava toda sua frustração no sobrinho de George.
Tudo mudou, quando Zedu apareceu na vida deles, João ficou obsessivo. Então, eu me mudei para Manaus e João achou a vítima perfeita. A história acabou de uma maneira chata para todos. João foi expulso. Obrigado a fazer tratamentos contra homossexulidade. Uma vida que poderia ser equiparada ao inferno.
— Quer dizer que você é amigo deles? — quis saber João.
— Eles são meus amigos.
— Eu era teu amigo. — João apelou para o lado emocional.
—Não, você não era. — afirmou Lucas, lembrando de todas as humilhações que sofreu nas mãos de João. — Me deixa. Você não é uma boa pessoa.
— Eu? Eu não sou uma boa pessoa? E esses dois malditos que estão lá fora, hein? Eles destruíram a minha vida. Não tenho paz em casa, meu pai vive me batendo. — João revelou mostrando as marcas em seu corpo.
— Sinto muito, mas tudo o que você faz vira contra você.
— Blá, blá, blá. — João ridicularizou o discurso de Lucas. —Que horror, eles fizeram uma lavagem cerebral em você?
— João. Acho melhor você ir embora.
— Não. — soltou João mudando o tom de voz. — Você vai me ajudar, você me deve isso. Por tudo o que eu fiz.
— Te ajudar em que?
— Destruir o Zedu e Yuri. — revelou João. — Eles foram os culpados por meu pai saber que eu sou... sou...
— Viado, baitola, gayzinho. — enumerou Lucas, ficando penalizado com a situação de João, afinal, ainda existia um sentimento dentro do seu coração.
— Me ajuda bebê. — tocando no rosto de Lucas. — Você está com saudades de mim, né? Me ajuda a destruir os dois.
Tia Olívia e Carlos discutiram por causa dos gastos dele no escritório. Titia achava que aquilo era uma perda de tempo. Na cabeça dela, o namorado precisava focar em concursos e outras oportunidades de emprego. A discussão foi tão acalorada que Carlos saiu de casa bufando.
— Tia. — falei, sentando ao lado dela e pegando em seu ombro. — A senhora ama o Carlos. Ele sempre nos apoiou. Acho que ele merece um pouco de crédito.
— Yuri. Será que fiz besteira?
— Bem, ainda dá tempo de arrumar as coisas.
— Dá sim, e tive uma ideia. — ela levantou do sofá. — Preciso fazer uma surpresa para o meu namorado.
***
Após muito ensaio, Mundico, Juarez e Ramona, foram até a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para se apresentar no evento LGBTQ+. Ainda não havia visitado o local e, cara, a faculdade é enorme.
Foram quase 10 minutos para entrar. A Ufam não fica localizada no Centro de Manaus, mas em uma floresta, literalmente, dúvida? Pesquisa no google.
Enfim, Zedu e eu, ficamos responsáveis pela iluminação. Letícia e Bernardo, a música. Já Arthur filmaria tudo, afinal, uma grande declaração de amor estava prestes a acontecer.
Apesar de estar focado no trabalho, ainda não conseguia esquecer o encontro de Lucas e João. Aquilo me cheirava mal. Eu não queria ter que cortar relações com o Lucas, entretanto, se ele voltasse com o João seria a única opção.
— O Lucas não veio, né? — perguntei ao Zedu, mais nervoso do que deveria estar.
— Ei, calma. Eu não vou deixar ninguém te machucar, amor. Vamos aproveitar o evento. — ele disse me abraçando e beijando, pois aquela era uma área segura para adolescentes gays.
Deslumbrante. Não havia outra palavra para definir o look da Ramona para a apresentação. Ela usava um vestido branco com rosas e os cabelos presos com uma trança embutida (cortesia da Letícia). A minha amiga estava um pouco nervosa e não escondeu isso de ninguém.
— Eu posso desistir? — ela questionou de Juarez, que revirou os olhos, mas foi paciente.
— O nervosismo é normal. — aconselhou Juarez, tentando ser uma boa pessoa. — Você está linda. Não deixe ninguém estragar o seu dia. — ele aconselhou.
— Sim, nem que o teu concorrente tente te matar e depois peça perdão chorando. — acrescentou Mundico, fazendo Juarez revirar os olhos (de novo).
— Boa noite, senhoras e senhores. — o apresentador assustou Ramona ao começar a programação. — Hoje, temos a honra de receber um grupo muito especial que fará uma dança em homenagem às mulheres hermafroditas. Por favor, vamos receber Ramona, Raimundo e Juarez.
Diferente de Ramona, os meninos usavam máscaras no estilo de teatro grego. As máscaras representavam a alegria e a tristeza. Confusa, Ramona não sabia que os amigos se apresentariam mascarados, porém, seguiu o fluxo.
***
Sei que podia ser bem menos complicado
Mas não fosse complicado
Talvez eu nem estive aqui pra ver o que isso iria ser
'To certo
Você reclama e eu reclamo, a gente clama
Pelo amor e a gente arruma um argumento pra fugir daquele mesmo amor
Quando 'tá perto
***
Ramona dançou como se não houvesse amanhã. Mas ela percebeu uma coisa, o terceiro dançarino não era Juarez, já que o mesmo está olhando ela dançar. Mesmo com o pequeno susto, a minha amiga não parou em nenhum segundo.
Ela mostrava através da dança que era uma mulher forte e de garra. Zedu e eu, dois bobões, quase piramos por causa das luzes. Já Arthur garantiu pegar os melhores ângulos da apresentação.
***
Era uma Terça-feira fria e sem graça
Quando eu te vi o resto ficou todo sem graça
Ela não deve nada pro Serasa
E muito menos pra vocês
E eu pirei no seu jeito
Esse jeito
Sem jeito
Tão perfeitamente, imperfeito
Que eu nem esperei três dias pra ligar de novo
Acho que vai ser dessa vez
Então já é
A gente fica junto se me quiser
Não vem mudar de assunto testei sua fé
E eu chego devagar porque ela é frágil, ela é frágil
Mas se for pra jogar
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Se for pra zuar
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
***
Tia Olívia chegou no escritório e encontrou o namorado tendo dificuldade em serrar uma tábua. Ela levou algumas ferramentas de casa e ofereceu ajuda para ele. Giovanna e Richard também ofereceram ajuda, mas só porque a titia os subornou.
— Não precisa, amor. — Carlos falou, surpreso com a atitude da titia.
— Claro que precisa, somos um casal. Os seus problemas são os meus. Fora que sei muita coisa sobre marcenaria e reformas da casa, tá!
— Se bem que você está bem sexy com essa pochete cheia de ferramentas. — afirmou Carlos a puxando para perto.
— Somos, você e eu, e clao, alguns pivetes. Somos nós contra o mundo. — beijando Carlos.
— Hello. Estou aqui! — gritou Giovanna, cobrindo os olhos de Richard, mas voltando sua atenção para as paredes da casa. — Gente, que paredes feias. — dando gritinhos e pulando. — Já sei, vamos mudar as cores de tudo.
— Só espero que não fique igual ao seu cabelo. — comentou Richard, observando o ambiente em busca de animais para capturar.
— Magoou. Mas, eu ignoro. — Giovanna rebateu andando até uma parede branca e visualizando suas cores preferidas nela. — Um 'amarelo canário' ia ficar ótimo aqui.
***
Mas se for pra causar
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Mas se for pra amar
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Ela sabe da sua beleza
Mas sabe que sua beleza
Não é nada pois sua simplicidade
É sua fortaleza
Ela voa sem asas
Encara a correnteza
O mundo é sua casa onde ela senta põe o pé na mesa
Limpando a maquiagem de frente pro espelho
Mergulha na tristeza amarga do olho vermelho
Ela é cortante fino
Cerol até na mão
As outras falam dela
Ela nem sabe quem as outras são
Ela é porrada e bomba
É ra-tá-tá pipoco
Ela comprou o mundo avista e 'tá esperando o troco
Ela acordou disposta a ser melhor que ontem
Ela vive as histórias pra que os outros contém
Ok 'to pronto pra assumir o compromisso
Sou submisso ao seu feitiço e eu gosto disso
Sei que uma vida inteira é pouco com você
Mas vou tentar me contentar com isso
***
Sem dor ou cansaço. Mundico conseguiu dançar com perfeição. Depois de realizar o seu sonho, Mundico retirou a máscara e desceu do palco. Ramona ficou sem entender, mas, então, Brutus se revelou ao deixar a máscara cair. Eles continuaram a coreografia combinada com Juarez.
No fundo, Ramona ficou emocionada, porque aquele momento era muito significativo. Eles terminaram a apresentação e todos aplaudiram. No final, Brutus deu um beijo cinematográfico em Ramona.
— E a Kellen? — perguntou Ramona, ofegante.
— Não sem quem espalhou essas mentiras, mas eu nunca tive nada com ela, eu juro. Sempre te amei. — beijando Ramona.
— E você não vai ficar com vergonha da minha situação?
— Não quero perder você, mesmo que isso signifique quebrar todos os meus preconceitos. Eu te amo, Ramona.
***
Então já é
A gente fica junto se me quiser
Não vem mudar de assunto testei sua fé
E eu chego devagar porque ela é frágil, ela é frágil
Mas se for pra jogar
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Se for pra zuar
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Mas se for pra causar
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Mas se for pra amar
Ela é mulher feita
Ela é mulher feita
Então tem que respeitar
***
Sim, um final quase que feliz para todos nós. Fomos para o Fred's, e passamos um bom tempo conversando. Depois cada um foi para sua casa, quer dizer, o Zedu decidiu ficar um pouco na minha casa.
A gente assistiu um filme (muito ruim por sinal), então, ele disse que já estava ficando tarde. Deixei o meu namorado na porta e percebi que ele havia esquecido o celular no sofá de casa. Saí apressado e consegui ver o Zedu na rua.
De repente, o João Leonardo apareceu e conversou com o Zedu. Ele tentou colocar o meu namorado em um carro. Zedu não entendeu e resistiu. JL pegou um pano e encostou no rosto de Zedu. Ele tentou lutar, mas acabou desmaiando. Com dificuldade, JL carregou Zedu para dentro do veículo.
— Espera! — gritei correndo na direção do carro, mas JL entrou e encostou ao meu lado.
— Isso é um problema de família, se contar pra alguém você vai morrer. — JL me ameaçou.
— JL, o que você fez? — questionou, pensando em algum plano, mas lágrimas escorreram do meu rosto quando vi Zedu desmaiado dentro do carro.
— Você quer dizer, o que vou fazer?! — acelerando e cantando pneu na rua.
— Droga! — gritei pegando o celular do Zedu e jogando na caçamba da caminhonete. — O que vou fazer? O que vou fazer?