Melânia foi procurar local para hospedagens e parou em frente a um grupo de mulheres na porta de um estabelecimento
- Boa tardê. Alguma dê vocês podem me informar um bom lugar para hospedar-me?
As mulheres perceberam o forte sotaque daquela moça. Perceberam também que apesar de acabar de chegar de viagem, estava bem corada. Repararam o corpo esbelto e atraente. Não era qualquer mulher aquela forasteira. A mais falante delas resolveu quebrar o silencio
- Aqui mesmo, ué? O que não falta é quarto.
As outras caíram na gargalhada. Melânia não entendeu de imediato
- Vem, vou apresentar à dona deste “centro de repouso”
Não precisa nem dizer que o local era um bordel e a dona era uma cafetina conhecida como “Margô Quebra-Taca”.
- Ela tá procurando um lugar pra ficar
- De onde é, moça?
- Do Rio Grandê. Acabei dê chegar.
Margô a observou de cima a baixo e viu ali uma meretriz em potencial.
- Não se preocupe. Estará bem aqui, querida.
Com o tempo, Melânia foi percebendo a natureza daquele lugar. Muito diferente da vida que levava. Mas ela não sabia o porque daquilo não a deixar tão horrorizada assim. Nos primeiros dias, foi poupada. Mas precisava pagar a hospedagem.
- Minha querida... Precisamos manter o local. Se me permite, quero que comece a servir os clientes. Com o tempo, receberá propostas. E aconselho você a aceita-las...
Melânia não tinha muita saída. Começou a primeiramente servir os homens que ali apareciam para dançar modinhas e polcas. Porém, o clima não lhe era hostil. Sentia-se bem ao ser admirada pelos cavalheiros que se divertiam com suas colegas. Negou as primeiras investidas, mas não tendo muito como evitar, preparou-se para a primeira noite.
Um cliente chamado Arquibaldo, foi o primeiro. Nem conseguiu sair do quarto nesse dia. Estava totalmente arrebentado sexualmente pela fúria da moça. Melânia já tinha namoricos no Sul e já era espevitada.
A fama da gaúcha percorreu o salão. Semanas depois, Melânia começou a ser uma das mais disputadas. Além de fodiona de primeira, passou a fazer apresentações de chula. Colocava um pedaço de pau no palco e dançava em cima dele sem toca-lo, tradição que aprendeu no Rio Grande natal. Arrancava aplausos e também inveja das colegas.
Uma vez, armaram pra cima dela. Numa noite que Margô estava bem doente e não podia cuidar da casa, resolveram arquitetar com quatro clientes um “programa especial”. Elas alegaram desconfortos e pediram pra Melânia encarar a empreitada de trepar com os quatro.
- Bah! Má sozinha com quatro? Tão loucas?
A líder delas falou grosso.
- Olha aqui, gauchinha, é melhor você encarar, porque quando Margô souber que a preferida dela negou um programa desses ela não vai gostar nada. Tá pensando o que? Que iria tomar clientes das outras a toa? Se tomou, encare! Você vai com eles! E ai de você se der pra trás!
Melânia sentiu o sangue herdado das antepassadas ferver. Olhou com olhos de faísca e mandou
- Pois irei! Não me desafie!!! Não desafie quem não tem nada a temer!!
Tomou uma talagada e entrou no quarto esperando os homens. Ela estava nervosa, não esperava aquilo, mas não era mulher de tremer na base. Quando viu os famintos entrarem no quarto, viu que não seria fácil. Eles pareciam ter a intenção de acabar com ela, visto que havia tudo sido acertado com as outras meninas.
Quando viu aqueles homens com um sorriso nefasto no rosto tirando as roupas, Melânia foi tomada por uma força que movia seus músculos a se fortalecerem para o que viria. Levantou-se e foi para o meio deles. Eles despiram ela. Melânia então, olhando para eles, se abaixou e tirou cada rola da cueca. Passou a mamar um por um. Os homens estavam fascinados pelo boquete faminto que ela fazia. Batiam o pau na sua cara, e ela se desdobrava pra mamar cada um. Punhetava, apertava, lambia, sugava cada pau com volúpia. Deixou todos brilhando de saliva
Quando se ajoelhou na cama para mamar um deles, veio alguém e socou sua xana, sem avisos e sem delicadezas. Ela apenas deu um grito afobado e olhou em seus olhos. Este então passou a bombar e ela voltou a sugar a rola que já estava na boca. Um outro deu o pau e ela passou a chupar alternadamente dois. O que comia, passou a cansar de tanto meter, mas a mulher não tinha expressão de incomodo. O cara parou pra não gozar. Sentou puxando ar. E ela na maior mamação.
O que estava de fora, se encaixou pra socar ainda com mais força. Pra piorar, seu pau era maior que o anterior. Ela ia pra frente e pra trás, grunhia com dois paus na boca, mas mantinha expressão inerte quanto aquela enfiada brusca que estava sofrendo. Foi então que seu corpo retesou, soltou um gemido longo e abafado e gozou sendo violentamente bombada. O cara então socou ainda mais, porém, cansou também. E Melânia provando ser mais uma autentica representante de uma família de mulheres que tinham a indômita bravura de não fraquejar em nada!
Os homens alternavam metidas e se submetiam a boquetes, e ela imponente, correspondendo ao avanço de todos. Ela montou e cavalgou o que estava chupando e logo os três que sobravam deram o pau pra ela mamar. O maior de todos, passou a alisar seu cuzinho e ela se arrepiou toda. O homem deu um tapão que deixou seus glúteos vermelhos, chegando a fazê-la derramar uma lagrima. Bruto, o homem foi introduzindo o cacete grande a fazendo espremer os olhos. Ela soltou o pau babado e deu um grito alto.
- ahhhhhhhhhhhhhhhhh.....ah......a..oohuhhhhhhh
E então o cacetudo passou a meter. Por um instante parecia desfalecida, mas abriu os olhos como se despertasse de repente de um pesadelo e encarou a mamação e as investidas dos dois homens que metiam em seus buracos. Instantes depois, Melânia mexia todo o corpo, aproveitando aquela suruba. Os clientes tentaram entrar na onda, e um dos que estavam sendo chupados, urrou e esporrou em seu rosto. Ela continuou mamando o outro e deu varias linguadas escrotas que fez o homem jorrar em sua boca, com ela bebendo tudinho. E ainda mandou
- Frangotes!!
E ai passou a remexer com destreza enquanto os homens estavam como se cambaleassem em um ringue.
- Pobres diabos! Não conseguem saciar uma mulher como eu!!
Até que o cacetudo tirou o pau e caiu gozando em cima de si mesmo. Ela olhou nos olhos do que comia sua buceta e mandou
- Aposto que não aguenta mais dez segundos. Goza agora, seu desprovido!
Ela saiu de cima e ficou em pé. Ele nem precisou tocar no pau. Gozou muito. E ficou estático na cama. Melânia olhava com desprezo aqueles homens. Em pé, com as mãos nos quadris, ela ria com gosto de vitória. Os quatro estavam exaustos, todos deitados e sem possibilidades nem de sentar, quanto mais ficarem em pé como ela.
- Bah! Trepei com um bando dê maricas!
Melânia abriu a porta e viu suas colegas coladas a porta, como se tivessem tentado ouvir algo. Ela olhou com desdém para elas, que sentiram até medo de enfrentar tão audaciosa mulher que derrubou quatro de uma vez.
- Saiam da minha frente. Saiam!! Ou arrebento a cara de todas!! E não duvidem!!
Elas abriram caminho, caindo pelo chão. Era como se um demônio estivesse ali. Melânia dava passos pesados em direção a seu quarto. Vestiu uma roupa, pegou sua mala, e saiu, no meio da noite.
Melânia estava com certa fama, já que alguns frequentadores do bordel a apresentaram a um grupo de teatro. Assim, Melânia passou a incorporar um grupo de mulheres, conhecidas como vedetes, que faziam uma mistura de dança e musical. Melânia foi uma das precursoras de um novo movimento cultural que arrebatou a sociedade carioca. A vedete mais famosa, a “gaúcha do maxixe” que dançava e rodopiava em espetáculos triunfantes do que ficou conhecido como “Teatro de Revista”.
Melânia era a mais cobiçada integrante da boemia carioca. Saia em jornais, seus números eram disputados no tapa toda noite. Conheceu famosos, entre eles um flautista, com que teve um longo caso que gerou sua filha, Iracema.
Melânia aproveitou por uma década aquele prestigio, mas descambou pro alcoolismo. Passou a se apresentar embriagada, atrapalhando suas performances. Já mocinha, Iracema resgatou a mãe varias vezes na sarjeta.
Iniciou um relacionamento com um espanhol que vendia comida, melhorando por um período. Mas a recaída era cruel. Já totalmente entregue ao álcool, saiu de casa numa manhã chuvosa, após beber a noite inteira. Foi atropelada por um bonde movido por cavalos. O aguaceiro daquela manhã, lavava o corpo de Melânia. Um triste fim de uma dama do teatro.
Iracema foi morar em um cortiço com o espanhol, que a utilizou como entregadora de marmitas.
(continua)