Depois de ter experimentado aquela calcinha deliciosa, não via a hora de fica sozinha em casa, cada minuto nesta espera era angustiante. Sentia que havia dado um passo relevante ao encontro do mundo feminino. Ao mesmo tempo ficava cada vez mais claro que para atingir meu objetivo de entender as mulheres só vestir uma calcinha não bastaria.
Alguns dias se passaram e minha espera foi recompensada, durante a tarde ficaria novamente sozinha. No período da manhã não consegui me concentrar só conseguia contar os minutos para estar em casa. Cheguei em casa próximo ao meio dia, estava tensa, foram longos minutos até às 13h e finalmente estar sozinha.
Logo minha mãe saiu, corri para fechar janelas e portas, fui ao armário dela, minhas pernas tremiam, sentia um embrulho frio em minha barriga ao mesmo tempo um fogo e uma animação em meio coração que acelerava. Abri a porta do armário e a gaveta de calcinhas, meus olhos brilhavam e lacrimejavam, fiquei pelada, e procurei vorazmente aquela calcinha preta.
Não demorei a encontrá-la e vesti-la, rebolei para sentir o toque macio daquele tecido em minha bunda, senti-lo entrando, aquilo me excitava. Então voltei a mim e decidi que deveria usar um sutiã. Procurei o que fosse o par daquela calcinha, não sei se escolhi o certo, mas também era preto, tinha um suporte embaixo, rendas com desenho de flores e enchimentos. Lindo.
Fui par frente de um espelho passei meus braços pelas suas alças, senti um arrepio quando tocaram meu braço e meu coração voltou a disparar quando coloquei as alças em meus ombros. Me virei de costas para o espelho e tentei fechá-lo e consegui com certa dificuldade, ajustei a parte da frente, então tocaram meus peitos pela primeira vez. A sensação era maravilhosa, aquela lingerie me dominava, nunca esqueci das sensações da primeira calcinha do primeiro sutiã.
Fechei os olhos para curtir aquele momento, ao abri-los eu queria mais, queria provar um vestido, queria me sentir mais feminina. Encontrei um vestido azul, era menor do que os demais, parecia mais antigo, perdido no tempo, talvez de alguns anos e guardado por estima ou pelo destino.
Seria este vestido que me faria mais menina, o estiquei sobre a cama, o admirei, pulei para dentro dele, minhas mãos e braços esticados foram as primeiras partes a tocar por dentro o vestido, logo minha cabeça, peitos, cintura e pernas. Cada centímetro conquistado pelo vestido eu evoluía e me transformava cada vez mais em uma garota. Estava mais sensível, mais inteligente, mais bonita, mais sexy. Minha feminilidade despertava. Virei menina, e o vestido estava posto.
Virei menina, garota, mulher e mulheres não usam vestido sem joias, procurei anéis, colares, pulseiras e brincos. Estava me realizando, dava voltas no espelho, andava rebolando pela casa, maravilhada com aqueles sentimentos. Mas tudo que é bom dura pouco e tive que voltar a ser um garoto, pois minha mãe chegaria a qualquer momento.
Terminado aquele êxtase e já ansiosa por uma nova oportunidade fui abrir a casa e percebi que a cortina da sala não estava bem fechada e quando terminei de abri-la percebi que a vizinha do prédio da frente olhava para meu apartamento. Será que ela tinha me visto como menina?