Olá pessoal, boa noite.
Desculpem a demora, mas a vida é correria demais. Estava tentando postar primeiro o capítulo 4, porém o mesmo não entrou. O site diz que tem um conto assim. Oi?!?! Pé no saco. Se vocês estiverem conseguindo ler é pq eu venci a batalha, mas tive que colocar os capítulos 4 e 5 juntos.
Quero deixar dois recados.
*Suara - Querida, não vou deixar o conto inacabado aqui não. Estou ajeitando para publicar entre minhas folgas, portanto se não estiver de plantão aos finais de semana quero deixar pelo menos 2 capítulos para leitura. Obrigado por ler e gostar. Escrever para mim é um hobby. E pode apostar que você irá odiar a mãe do Gabe... Já senti que rolou um ranço por ela...kkkkkkk
* VALTERSÓ - Não me abalo com críticas não, pelo contrário elas são mais que benvindas. Claro que depende do leitor. ofensas eu não permito porque não faço isso com ninguém. Sou um lord. O destino de Gabe e Enzo está escrito mesmo. E você terá muitas surpresas e espero que surte muito...kkkkkkk
Beijos queridos.
Boa leitura.
OS VERÕES ROUBADOS DE NÓS
CAPÍTULO 4
FLASHBACK ON
Minha memória salta para alguns anos atrás lembrando das nossas ‘brincadeiras’ desde que me declarei para Enzo.
Os amassos aconteciam na piscina, no quarto dele, às vezes no cinema, enfim, sempre que tínhamos oportunidade nos pegávamos. Nunca passamos dos beijos, chupões e mamadas. Vi seu corpo de menino crescer e seu pau ficar maior que o meu (rsrs), além de mais grosso.
A única coisa que me travava era alguém nos descobrir. Apenas minha irmã, Tatiana sabia do nosso namoro. Mais ninguém.
FLASHBACK OFF
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Enzo aproveitava meu pré-gozo para deixar meu pau mais babado ainda. A sensação está me deixando louco.
Senti meu gozo se formar a partir das minhas bolas.
- Enooo... – implorei – Paraaa... Vou gozar...
Ele aumentou a sucção e não resisti.
- Aiii... Meu Deus!!! – gritei – To gozando...
E gozei como nunca e o vi tomar toda minha porra, mesmo a que escorria pelo meu saco. Ficar um tempo sem gozar dá nisso, muita porra, grossa e em grande quantidade. Ele lambeu tudo até não deixar nada.
Não resisti e o puxei para um beijo sentindo ainda um pouco da minha porra em sua língua.
- Guloso safado... – sussurrei entre seus lábios – gostou de tomar meu leitinho?
Ele se afasta sorrindo.
- Safado você, Gabe... E eu amo tomar seu leitinho, amor! – e me beija com sofreguidão.
Eu o abraço e deito na cama me colocando entre suas pernas.
- Agora é a minha vez. – digo sorrindo.
Assim começa o momento mais esperado das nossas vidas.
Inicio com um beijo molhado em sua boca, pescoço e peito chegando a seu mamilo. Começo a tortura-lo com beijos, chupadas e faço o mesmo com o mamilo esquerdo. Suspendo seus braços e dou uma lambida em sua axila. Ouço seu gemido e fico doido. Desço minha mão até encontrar seu pau que está duro feito pedra e começo a punheta-lo por cima da cueca.
- Ai Gabe... – ele se contorce e é até lindo de se ver.
- Shiii bebê... – continuo punhetando de forma ritmada.
Vou descendo meus lábios lentamente por seu corpo até chegar ao seu pau. Retiro sua cueca e seu pau salta babando, passo a língua lentamente sobre ele. Enzo tenta olhar, mas seu prazer faz com que se contorça mais ainda. É incrível vê-lo assim tão solto, tão entregue. Enzo é único. Deixei para fazer tudo isso na nossa primeira noite de amor.
Fui engolindo seu pau aos poucos por que é mais grosso e maior do que o meu. “Uau, que pauzão!” pensei quando cheguei à base engasgando. Enzo só geme.
- Meu Deus, Gabe... – ele diz – Continua... Mais... Quero mais... Aaahhh.
E empurra fazendo com que eu engasgue mais. Sinto seu pau chegar à minha garganta e engasgo mais um pouco. Chupo até deixa-lo a ponto de gozar parando quando sinto endurece-lo mais.
- Gabe... – ele chama – Não Paraaa... Não agora.
Subo e dou um beijo gostoso.
- Calma bebê... Temos a noite toda, lembra? – pisco e dou um sorriso safado.
Olho para o espelho e o posiciono de modo que nossos corpos sejam visto e ele possa ver o que estou prestes a fazer.
- O quê? – ele pergunta confuso.
- Apenas olhe. – e me ajoelho à sua frente e levanto seu quadril. Seu cuzinho fica exposto conforme suas pernas se inclinam em direção ao seu rosto.
O safado sorri.
- Gabe... Safado.
- Seu safado, Eno! – e caio de língua naquele buraquinho que piscava para mim. Dou um beijo e digo – Olha a minha boca te comendo, amor!
Ele vira o rosto para o espelho e nos observa enquanto volto minha atenção ao seu buraquinho liso lambendo, beijando, chupando e dedando. A cena é tão erótica que faz com que meu pau dê pulos e babe de tanto tesão.
Meus grunhidos e seus gemidos ecoam pelo quarto. Fico um bom tempo ‘comendo-o’ com minha boca, língua e dedos até que ele pede.
- Gabe... Vem... Faz amor comigo! – seus olhos são de um verde escuro extremo e brilham de desejo. Os meus devem estar assim também.
- Está pronto, amor? – pergunto.
- Sim, amor... Mais que pronto pra você! – sua voz embarga – Sempre estive!
Eu o posiciono deitado e procuro...
- Está no criado mudo. – olhamos e vemos o tubo de gel.
- Não tem camisinha? – pergunto enquanto abro o gel. Estou ajoelhado entre suas pernas com meu apontado para seu cuzinho.
Ele se levanta rapidamente e me beija.
- Você andou comendo alguém por aí, Gabriel? – ele devolve com a pergunta.
Olho para ele com misto de assombro e confusão:
- Claro que não, Enzo! Que pergunta mais...
Outro beijo.
- Então vamos fazer sem... – ele tem um olhar ardente. – Quero sentir você todo. Pele na pele.
Eu o beijo profundamente e o faço voltar a sua posição inicial. Coloco um pouco de gel e espalho sobre seu cuzinho e ele geme ao contato, mas não tira os olhos de mim. Aproveito para espalhar gel sobre meu pau e o aponto para seu cuzinho piscante.
- Vai doer um pouco... – digo.
Ele se esfrega em mim.
- Vem... Eu to pronto!
Então começo a forçar sua entrada até que a cabeça passa. Fico parado para ele se acostumar e quando sinto seu quadril remexer vou enfiando até sentir meus pelos roçarem sua bunda. Eu olho para ele e vejo uma lágrima silenciosa escorrer.
- Amor... O que houve?
Ele me puxa e abraça meu pescoço.
- Vida... – sua voz está embargada. – É lindo... Você é o homem da minha vida. Eu te amo pra sempre.
Começo a me mover lentamente.
- E eu te amo para toda eternidade. – e com movimentos ritmados e sem pressa metemos até gozar.
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HORAS DEPOIS
- Eno... – chamo enquanto acaricio seu cabelo. Ele estava deitado sobre meu peito.
- Hmmm...
- Está dormindo?
- Quase, Gabe...
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Ele estava exausto, pois transamos muito. Depois de perder sua virgindade Enzo se transformou num puto, e no sentido real da palavra. Eu o comi de quatro, ele cavalgou no meu pau e rebolou me levando ao máximo da loucura, porém o momento mais gostoso e erótico do nosso ato foi quando ele me fez sentar na beirada da cama e ficamos de frente para o espelho. Enzo se sentou no meu colo e foi engolindo meu pau com seu cuzinho apertado. Vi meu pau sumir em sua bunda, ele encostou-se em mim e nos vi diante do espelho.
- Quero que você me coma assim, amor! – ele pediu. – Mete gostoso em mim, meu macho... Hmmm.
E começou a rebolar sobre mim. Segurei seu pau e iniciei uma punheta. Ele me olhava pelo espelho e seu sorriso era safado, tarado do jeito que eu gosto.
- Tira a mão do meu pau, Gabe... Por favor. – ele pediu.
Ele enlaçou meu pescoço e começou a me beijar enquanto aumentava o movimento do quadril. Eu estava a ponto de gozar, então ele para o beijo e me olha novamente pelo espelho.
- Olha pra mim, amor! – Enzo pede – Vou gozar... Aaahhh.
Seu rosto fica vermelho e sua respiração mais pesada. Sinto que pra mim também será o fim, pois se cuzinho começa a ‘morder’ meu pau. Suávamos muito o que facilitava o deslize entre nossos corpos.
- Aaahhh... Assim... – e com isso Enzo goza. Sinto um pouco de sua porra em meu rosto.
- Caralho... Enooo... Porra... – e gozo dentro dele novamente. Estou morto, literalmente morto após tanto sexo.
Nos olhamos pelo espelho e sorrimos feito bobos. Ele passa o dedo em meu queixo e tira sua porra de lá. Abro minha boca e chupo seu dedo.
- Te amo. – ele diz
Eu abraço meu homem e beijo seu pescoço.
- Também te amo, vida!
Enzo se levanta e todo esperma acumulado começa a escorrer.
- Deita de bruços na cama, Eno! – ordeno. Ele está exausto, mas faz o que eu mando.
Abro sua bunda e começo a lambê-la retirando o que posso do meu esperma de lá. Nojento? Para mim não e foda-se quem acha que é. Enzo só geme.
- Seu cuzinho está vermelho e inchado de tanto levar pau. – falo sorrindo.
- Seu tarado... Você me arrombou todo! – ele sorri também – mas eu amei cada segundo, amor.
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Tiro ele do meu peito e vou ao banheiro preparar um banho para nós. Olhei para minha barriga e havia esperma seco. Meu amor é delicioso, gostoso em todos os adjetivos que se pode usar para descrevê-lo. Eu o amo. Enquanto a banheira enche coloco sais de banho, ajeito a bucha e separo uma loção. Sorri. Meu bebê tomará um banho delicioso.
Volto ao quarto e ele dorme. Aproximo-me da cama e passo a mão por seu rosto.
- Amor... – sussurro. – Enooo...
- Mmmm...
-Vamos para o banho... Vem.
Ele abra os olhos e estende os braços.
- Colo... – diz todo manhoso.
Meu riso ecoa pelo quarto e eu o pego no colo.
- Vem, meu magrelo lindo, vem no colinho do seu Gabe...
Enzo enlaça suas pernas na minha cintura e apoia sua cabeça em meu ombro.
- Hmmm... Colinho bom. – cochicha em meu ouvido. Um arrepio me percorre e meu pau dá sinal de vida. – E ainda fica de pau duro.
- Enooo... – chamo sua atenção enquanto coloco na banheira entrando em seguida.
Dou-lhe um banho bem gostoso e relaxante e aproveitamos o calor e a movimentação da hidromassagem.
- Gabe... Lembra-se do nosso primeiro beijo? – ele pergunta encostado no meu peito.
- Sim, eu lembro. Por quê?
- Você me disso algo... – ele se afasta e me olha – Algo sobre você gostar de mim desde os 10 anos de idade... Isso é verdade?
Eu olho para aqueles olhos verdes lindos que antes estavam escuros e agora estão claros.
- Sim... É verdade. – suspiro. – Minha primeira ereção foi com você.
- Como foi isso? – sua voz tinha um tom de curiosidade e resolvi contar tudo.
- Eu acho que você não vai se lembrar, amor, mas eu tinha 10 anos e você 5. Estávamos correndo de pega-pega com a Tati quando ela ficou cansada e não quis mais brincar. Então, resolvi te mostrar um esconderijo.
FLASHBACK ON
“- Eiii... - Tatiana grita. – vamos parar um pouco, por favor! Estou cansada.
- Nãoooo... – os meninos gritam ao mesmo tempo. Eles eram sintonizados um com o outro de uma forma que beirava o estranho.
- Vamos continuar Tati! – fala Enzo.
Tatiana estava com as mãos nos joelhos tomando ar.
- Nem pensar, Enzo. Não aguento mais. – disse ofegante. – Podem continuar sem mim.
E se afastou em direção aos familiares.
Gabriel, que estava um pouco mais afastado de Enzo chama o primo para mostrar um esconderijo que ele havia encontrado entre os jardins. Os dois correm por entre as folhagens e árvores frondosas até chegarem num pequeno lago. Gabriel conduz o primo até um monte de pedras e entra por trás das mesmas.
- Vem, Eno, eu te ajudo. – diz estendendo a mão para o primo. Nesse momento enquanto ajuda Enzo a subir esse escorrega e com um pequeno grito cai por cima de Gabriel.
- Aii, Gabe... – e ri.
Gabriel cai de costas e ampara o primo no peito. Nesse momento o cheiro dos cabelos de Enzo penetra por suas narinas e ele fica entorpecido.
Enzo se levanta na sua inocência e nem percebe que o primo fica deitado de olhos fechados.
- Gabe, isso é muito legal! Quando brincarmos com a Tati de novo vamos esconder aqui, ta bom?
Leva um tempo para Gabriel se recompor. Enzo percebendo seu silêncio olha na direção do primo e o vê com os olhos fechados.
- Gabe? – Enzo o chama. – Gabriel... Que foi? – se abaixa perto do primo. – Machuquei você?
Gabriel abre os olhos e vê Enzo acima do seu rosto. Sorri feito bobo.
- Não, Eno (apelido de infância)... Não mesmo. – e se levanta.
- O que é isso? – Enzo pergunta olhando para sua bermuda. Gabriel abaixa o olhar e percebe que seu pinto está duro. Fica confuso e sem entender.
- Acho que quero fazer xixi. – responde.
- Então vai logo senão vai fazer no short. – Enzo diz e ri muito já imaginando a cena. – Tia Vera vai colocar você de castigo.
Eles riem, mas Vera é austera mesmo.
- Vamos pra casa então. - diz Gabriel e os dois correm novamente em direção a casa.
Os dois se aproximam da casa e Gabriel corre para dentro para fazer ‘xixi’ enquanto Enzo senta ao lado da mãe e começa a brincar com a irmã.”
FLASHBACK OFF
Terminei meu relato e Enzo me olhava encantado.
- Amor... Eu nunca poderia imaginar algo assim! – ele toca meu rosto e me dá um selinho. – Quanta inocência, meu amor... E pensar que hoje você é um tarado! – e ri.
- Enooooo... – faço cócegas nele e rimos.
- Nosso amor vai durar para sempre, Gabe. Eu sinto isso aqui dentro. – e põe a mão sobre o coração.
Encosto minha testa na dele.
- Eu também sinto amor. – e resolvo abrir o jogo de vez. – Enzo...
- Opa... Enzo? Você só me chama assim quando é algo muito sério. – Seu olhar é temeroso. – Gabe... Por favor...
- Calma vida... – sorrio. – Relaxa ok? Eu quero dizer que quando voltarmos vou me assumir e assumir nosso amor para todos. Preciso fazer isso para tirar esse peso dos ombros e quero fazer por mim e por você. Você é meu tudo, meu amor, minha vida, meu companheiro e num futuro próximo será meu marido.
Lágrimas banham seu rosto e se juntam as minhas, pois eu estava chorando feito manteiga derretida.
- É sério, amor? – ele pergunta ainda não acreditando.
- Sim, Eno. Faço isso por mim. Por você. Por nós.
Ele se levanta e sai da banheira com pressa.
- Eno? Aonde você vai?
Vejo sua cabeça na porta.
- Vem ver, meu macho! – e sai.
Levanto rapidamente, porém todo desajeitado porque sou enorme e saio do banheiro. A visão que eu tenho é a mais linda de todas. Meu amor deitado de bruços com as pernas abertas.
- Gostou? –ele pergunta sorrindo – Vem me comer, meu macho!
Subo rapidamente na cama me posicionando meu rosto em sua bunda.
- Mas você não está cansado? – pergunto dando um tapa.
Enzo empurra sua bunda em direção da minha boca e fica todo arrebitado.
- Pra você nunca, meu amor! Agora Gabe, me come...! Mete esse cacete gostoso em mim... – e balança mais um pouco.
- Hmmm... Meu putinho quer pica? Ahnn?? – bato mais um pouco. – Então vai ter...
E nosso amor rolou até amanhecer com muitas gozadas, tapas na bunda e gemidos.
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LONGE DALI
Amanhece em São Paulo. Mais um dia nessa cidade imunda. “Preciso dar um jeito de aumentar minha renda mensal assim como minha conta bancária... Se tudo o que planejei der certo, em breve muito dinheiro virá para minha conta e meu futuro longe da droga que é esse país estará assegurado. Meu melhor personagem entrará em cena em breve.”
Um sorriso maléfico surge em seu semblante.
- Em breve...
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O detetive Antunes chega a Paraty por volta das 7 horas da manhã porque seu carro ‘resolveu’ dar problemas. Sorte que havia parado em um posto de gasolina, onde conseguiu abastecer, porém teve que esperar pelo mecânico que veio atender em caráter de emergência e ainda lhe cobrou uma fortuna pelo atendimento “- Fora de hora. – disse o mecânico”.
Estacionou em frente à pousada que ficaria nesses cinco dias, fez seu check in e rumou para seu quarto. Estava morto de cansaço, precisava de um banho e em seguida cama.
Nem bem Antunes entra e seu celular começa a tocar. Olhou e viu que não conhecia o numero. Com um suspiro atendeu:
- Sim?
- Bom dia, Antunes, alguma novidade para mim?
“Puta que pariu”, pensou irritado. Logo cedo esse encosto. Se arrependimento matasse ele já estava duro.
- Ainda não, acabei de chegar.
- E o que está esperando para iniciar seu trabalho?
Antunes fica vermelho de ódio diante dessa insinuação e resolve se impor:
- Primeiro: eu acabei de chegar devido a um contratempo na estrada, não que eu lhe deva satisfações sobre isso; 2º eu vou descansar e depois comer algo e daí sim vou começar meu trabalho e 3º: não queira ensinar meu trabalho. Eu tenho um prazo de 15 dias para lhe entregar um relatório e etc., portanto, NÃO ME PRESSIONE! ENTENDEU? – ele terminou praticamente gritando ao telefone.
Desligou irritado. Que abuso. Antes de ir para o banho ele coloca o celular no silencioso. Já debaixo da ducha revigorante seu pensamento é apenas um e vem acompanhado de uma sensação estranha.
- Meu Deus, tire essa sensação de mim, eu imploro! Por que esse aperto no peito? – orou para melhorar. – Senhor, se o que estou prestes a fazer for prejudicar alguém me mostre o caminho a seguir. Amém.
Nunca durante sua carreira de detetive quis prejudicar alguém. O que ele fazia era fotografar, filmar e documentar os flagrantes de maridos/esposas infiéis.
- Olha... Espero que esse cara seja casado e que esteja metendo chifre na esposa. Assim minha consciência e minha intuição param de me perturbar.
Enxugou-se e vestiu apenas uma cueca e caiu na cama adormecendo logo em seguida.
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Os Verões Roubados de Nós
CAPÍTULO 5
VERÃO NO PARAÍSO: DIA MAIS QUE ESPECIAL
Narrado por Enzo
Abri meus olhos e o quarto esta numa penumbra confortável. Senti uma respiração no meu pescoço e sorri. É a respiração do meu amado.
Movi meu corpo o mais delicadamente possível para não acorda-lo, olhei seu rosto em paz e dei um selinho leve em seu nariz e ele nem se mexeu. Estava exausto.
Levantei e senti meu corpo dolorido.
- Aiii... – sussurrei e sorri. Para minha primeira vez eu acho que exagerei, mas não consegui me controlar. Foi como se todo esse período que demos nossos amassos fosse um treinamento para ontem e depois que fizemos amor pela primeira vez percebi que amo ser passivo. Não que eu não queira experimentar, mas ter Gabe dentro de mim me levou ao extremo da loucura sexual, senti-lo me preencher e praticamente gozar sem me tocar, nossa, foi incrível!
Encaminhei-me até nosso quarto, fiz minha higiene e desci para preparar nosso café. Estou nu. Com um avental amarrado na cintura preparo suco, ajeitei as torradas, bolo, café e leite quando sinto um abraço por trás e um beijo na nuca.
- Bom dia, bebe! – diz Gabe.
Viro e beijo sua boca. Nos olhamos por um breve momento até que ele solta:
- Amor, você ficou lindo de avental. – e o tarado simplesmente agarrou meu pau – Mmmm... Delícia.
- Para, Gabe... Olha o leite no fogo.
- Fogo eu ‘tô pa ti cumê’- e começa a esfregar seu pau duro na minha bunda. – Hein... ‘de quem qui é esse cuzinho gostoso?’
Eu não me aguentei e comecei a rir.
- O que foi, Eno? – ele perguntou confuso.
Não consegui me controlar e explodi numa gargalhada até meus olhos lacrimejarem.
- Amor... – eu tentava falar, mas o riso não deixava.
- Porra, Enzo! Cortou meu tesão! – ele fechou a cara.
Vi seu pau ‘murchar’ literalmente.
- Amor... Desculpa.
- Aaahhh... – e ele saiu pisando duro.
- Vida... Gabe... – ainda chamei e consegui controlar um pouco do riso. – Aiii... Fodeu agora.
Deixei ele subir e terminei nosso café da manhã. Ajeitei tudo na bandeja e subi. A porta estava entreaberta, mas ele não estava deitado. Coloquei a bandeja na mesa após ouvir o barulho do chuveiro. Tirei o avental e fui ao seu encontro.
Abri a porta do box e o abracei por trás.
- Vida... – comecei – Desculpa.
- Você riu de mim! – falou todo manhoso. – Eu só queria dar um clima descontraído...
Ri silenciosamente.
- Gabe... Desculpa amor! Eu não percebi. - e comecei a beijar suas costas e descer minhas mãos até chegar ao seu pau massageando-o.
- Mmmm... Delícia... – ele geme.
Estiquei uma das mãos e peguei o sabonete.
- Que tal eu dar um banho bem gostoso no meu bebezão? – e comecei esfrega-lo.
Ele se vira e fica de frente para mim e me beija.
- Acho essa ideia ótima.
E fizemos amor no banheiro.
Ao sairmos do ‘banho’ nosso café já havia esfriado. Descemos apenas de cuecas e fizemos um novo café. Resolvemos ficar em casa, pois eu estava cansado e todo ‘ardido’ (rsrs). Nosso dia foi maravilhoso, meu amor fez nosso almoço e passamos o dia na piscina.
Admirávamos o pôr-do-sol deitados na rede da varanda.
- Bebê... – comecei delicadamente.
- Sim?
- Tem certeza sobre assumir nosso relacionamento e sua homossexualidade perante toda a família e amigos? – pergunto com jeitinho.
- Claro que sim, Eno! – ele responde calmamente. – Somos maiores de idade, livres, desimpedidos. Daqui a pouco teremos nossa vida financeira estabilizada. Não vejo mais motivo para esconder isso.
Suspiro.
- Eu ainda tenho toda a faculdade pela frente e você deu o pontapé inicial para ter sua empresa. Tenho medo de ser um peso para sua carreira...
- Shiii... Não começa! Você nunca foi e jamais será um peso na minha vida. – ele me segura pelo queixo e me olha nos olhos – Vamos ficar juntos, (e segura minha mão) vamos brigar, nos estressar, chorar, rir, mas vamos estar juntos fazendo tudo isso e eu te prometo aqui e agora que nosso amor é e sempre será prioridade, Eno... Eu te amo pra sempre.
- E eu te amo pra toda eternidade. – respondo.
Nos beijamos curtindo o pôr-do-sol abraçados e acabamos cochilando. Mais tarde naquela noite Gabe me convida para sairmos e jantar fora. Não sei o por quê, mas sinto um calafrio percorrer meu corpo.
- Hmmm... Sério, bebê? – questiono. – Acho que hoje eu não estou muito afim não, mas se você faz questão...
Ele me olha sério.
- Você está cansado?
- Um pouco... – dou uma risadinha – e um pouco ardido também. – essa parte é mentirinha mesmo, afinal eu não estou afim de sair.
Ele me abraça.
- Ai, bebê... Desculpa. – falou todo envergonhado – eu deveria ter me controlado. Mesmo com a pomada que eu passei não melhorou?
Deixo meu corpo ser embalado pelo seu abraço e respondo todo dengoso.
- Melhorou um pouquinho, vida, mas ainda sinto uma ardência... Bem pouca, mas sinto.
- Então vamos ficar em casa e pedir 1 pizza. Que tal? – ele tenta me animar.
Coitadinho do meu amor.
- Acho ótimo, bebê! Vamos treinar para as noites domésticas que teremos no futuro. – e me solto indo pra dentro da casa. – Pede 2, ok? Quero portuguesa!
Gabe gargalha.
- Achei que pediria calabresa.
Eu me viro e seguro no meu pau.
- Olha a calabresa pra você aqui, ó!! – respondo safado.
Sua gargalhada morre e seu olhar vira de predador.
- Safado você, Eno!
- Seu safado, amor. – e balanço meu pau mais um pouco. – Mas safado mesmo eu vou ficar quando te comer.
- E você quer? – ele pergunta na lata.
Bato meu dedo indicador no queixo e faço um ar de mistério.
- Hmmm... Deixa eu pensar... Quem sabe um dia. – e solto uma risada.
Ele se aproxima e aperta meu pau.
- Quando você quiser bebê! – e vai para dentro me deixando com cara de espanto.
“Será que ele...” pensei e o segui.
Jantamos nossa pizza, ou melhor, devoramos e ficamos assistindo tv até tarde. Não houve sexo essa noite porque Gabe resolveu ‘poupar’ a minha bundinha, segundo ele, mas pelo menos uns amassos consegui e recebi um boquete que me deixou realizado.
Agora deitado ao seu lado e observando-o dormir voltei meu pensamento ao longo de nossa vida e contando com o período em que ele ficou fora do país nunca nos separamos de fato. Um sempre esteve na casa do outro, passeando juntos, brigando, comendo, dormindo, chorando e etc.
Lembro quando um colega de sala me beijou pela primeira vez e eu quase pirei. Chorei muito com várias dúvidas e Gabriel estava lá. Ele mesmo confessou mais tarde que se aproveitou um pouco da situação, mas porque já era apaixonado por mim. Confesso que nem liguei porque ele acabou me conquistando.
O único empecilho, ou melhor, a única pessoa que será um empecilho na nossa relação é tia Vera. Essa mulher é o verdadeiro ‘diabo’ em forma de gente na minha humilde opinião. Nunca gostou de ninguém, nem dos próprios filhos, sempre colocando-os para baixo e aplicando castigos cruéis. Ela nunca bateu porque meu tio jamais permitiria um ato desses em sua casa e com seus filhos amados. Tati foi a primeira que se livrou da ‘monstra’ com a desculpa que por conta da faculdade ela queria mais liberdade para viver sua vida. Então, a atenção da ‘monstra’ se voltou para Gabe e eu pude ver de perto o nível de maldade daquela cobra. É isso mesmo que vocês estão lendo, todos esses adjetivos são pra ela: diabo, cobra, monstra e etc.
Gabe só ficava bem e seu semblante mudava quando estávamos juntos na casa dos meus pais. Meu ‘deus’ grego loiro é maravilhoso. É bondoso, justo, carinhoso, estudioso, ciumento (kkkk), engraçado e gostoso demais. Tenho orgulho dele que mesmo tendo uma ‘mãe monstra’ ele é muito mais parecido com o pai, tio Chicão. Meu tio é o cara! Trabalhador, inteligente, bom amigo e ótimo pai e patrão. Nunca deixou faltar nada para os filhos e esposa (:/).
Aqui na casa dos meus pais em Paraty podemos desfrutar de total liberdade e sermos de fato o que ainda não ‘podemos’ em São Paulo. Um casal. Não que eu não queira, na verdade eu sempre insisti para que ele nos assumir e quando fiz isso (assumi minha homossexualidade) para toda família e amigos achei que ele infartaria. Nesse dia o que mais me incomodou foram os olhares da minha tia... “Aaafff. Que mulher peçonhenta!” pensei quando ela olhava de mim para o Gabe buscando algo que nos comprometesse. Disfarçamos bem, pelo menos eu acho.
Meus pais e meus irmãos reagiram numa boa enquanto Tati já sabia e meu tio Chicão ainda estava tentando entender, porém não criticou e me desejou sorte por causa do preconceito alheio. Apenas tia Vera não disse absolutamente nada e depois Gabe me disse que ela não me queria em sua preciosa casa. Como se eu quisesse ficar em sua presença.
A única coisa que deixei de contar ao Gabe desde que saímos de SP foi a conversa que tive com minha mãe antes da nossa viagem.
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FLASHBACK ON
Estava terminando de arrumar minha mala quando minha mãe entra com algumas camisetas recém passadas.
- Filho, passei mais algumas e daí você escolhe as que realmente quer levar. – disse com um sorriso.
- Obrigado, mãe.
- Já arrumou sua nécessaire?
- Ainda não, mas deixei tudo separado no banheiro. Depois é só colocar dentro. – respondi enquanto escolhia quais camisetas levaria.
Fiquei tão concentrado no que fazia que quando percebi o silêncio achei que minha mãe havia saído. Caminhei até meu banheiro, pois vi sua sombra refletida na porta e como ela adora falar mais que a boca permite, estranhei o comportamento. Quando entro no banheiro a vejo segurando um tubo de gel lubrificante que estava ao lado das camisinhas.
- Porra... – disse sem pensar.
Ela se virou e apontou o tubo em sua mão.
- O que significa isso? – sua voz era suave e calma, porém seu olhar era inquiridor, do tipo que não admitia mentiras.
- Mãe... Eu... Aahhh...
- Vamos, Enzo! Explique o que significa isso!
- Mãe, não é o que você está pensando. – fiz um gesto apaziguador com as mãos.
Ela sai do banheiro e senta-se na cama batendo para que eu me sente ao seu lado. Feito isso ela começa:
- Eno... Eu conheço você antes mesmo de nascer, meu amor. Sabe, quando a mamãe ficou grávida eu sabia que seria um menino e no mesmo instante eu escolhi seu nome, preparei seu enxoval, seu quarto. As pessoas diziam que eu era louca, mas no fundo do meu coração eu sabia que você viria. O meu menino! – ela suspirou sorrindo – Você foi o bebê mais lindo daquele berçário, tão lindo, tão amado, tão desejado. Seu pai e eu prometemos que faríamos tudo para te ver feliz e que você seria livre para ser o que quisesse. Você e o Gabriel sempre foram muito grudados e quando ele viajou você ficou desanimado, percebi que a amizade de vocês ficou abalada porque ele te mandava postais e você nem os respondia. Estreitou sua amizade com Hugo, até que um belo dia a amizade acabou e seus olhos novamente se voltaram novamente para o Gabriel. E os laços que eu julguei rompidos estreitaram-se mais e mais a cada dia. – ela acaricia meu rosto – Tive a confirmação no dia do seu aniversário quando você se assumiu gay para todos nós. Eu vi o modo como você falou de seus sentimentos, vi Gabriel ficar de todas as cores e vi, principalmente, sua tia tentando descobrir o que eu suspeitava há muito tempo.
- Mãe...
- Shiii... – ela coloca as mãos em minha boca – Responda pra mamãe com sinceridade. É ele, não é?
Fecho meus olhos e solto um suspiro resignado.
- Sim. – confirmo com um sussurro. Abro meus olhos, pois ela está num silêncio constrangedor – Mãe... Fala alguma coisa... Por favor.
Seu sorriso ilumina seu rosto.
- Eu aprovo sua escolha. Gabe se tornou um homem lindo. Parecido com o pai em todos os sentidos.
- Ai mãe! – eu a abraço.
- Você o ama? – ela pergunta acariciando minhas costas.
- Sim, desde que eu tinha 15 anos.
Ela me solta e seu olhar muda.
- Vocês tem a minha benção e aprovação. E vou preparar seu pai para qualquer eventualidade. – sua voz era de preocupação agora – Apenas tomem cuidado com Vera. Ela é o ‘diabo’ e vai fazer tudo para separa-los.
- Eu sei mãe... Nós sabemos e já brigamos muito por isso. Às vezes eu brigo porque eu quero que ele se assuma, mas ao mesmo tempo tenho medo exatamente por esse motivo. Tia Vera. – meus olhos lacrimejam – Não sei o que fazer.
- Aaahhh, meu amor! Pode contar conosco sempre, ouviu bem? Nosso amor e nosso apoio é maior que tudo e todos.
- Obrigado, mãe! – choro de emoção – Você é a melhor mãe do mundo. – abraço-a novamente.
Ela ri e chora também.
- Eu sei!
- Sua convencida! – provoco – Mãe, esse será nossa primeira férias juntos e sozinhos.
- Quer um conselho?
- Todos que a senhora tiver, d. Alice. – sorrio.
- Deixe acontecer naturalmente, usem camisinha e o principal, não quebrem NADA na minha casa, entendeu? – e ri.
- Mãeee... Eu achando que é algo sério! Isso tudo eu já sei. – faço uma careta.
- Olha a careta, menino! – recebo um tapa leve no ombro – mas falando sério agora, meu amor: conversem muito, deixe tudo fluir naturalmente e o respeite qualquer decisão que ele tomar.
- Como assim? – pergunto confuso.
- Eno, o que você fará se ele não quiser se assumir?
- Eu não sei, mãe... E de verdade tenho medo até de pensar nessa hipótese.
- Pois bem, tente entender o lado dele. Tenha empatia, ok? Se servir de consolo, eu acho que ele irá te surpreender... – ela sorri – E divirtam-se.
Ela se levanta e me ajuda a terminar de arrumar tudo.
Na madrugada quando Gabe chega ela está de pé para se despedir.
- Boa viagem, amor! Arrumou tudo? Escova de dentes? Cuecas? Meias?...
- Mãeee... Você me ajudou, lembra? Está tudo pronto!
- Ok... Dá um desconto! Eu tenho que manter meu título de supermãe! – e dá uma piscadinha.
- Eu sei, d. Alice e eu te amo por isso!
Ouvimos a buzina.
- Ele chegou. – digo pegando minhas malas (sim! Malas no plural – kkkk)
Abro o portão e quando ele chega dou um abraço.
- Oi, Gabe! Bom dia.
- Oi, am... Eno! Bom dia. – ele fica sem graça quando vê minha mãe. – Oi, tia Alice, bom dia.
- Oi, Gabe... Bom dia.
Volto para abraça-la enquanto Gabe guarda minhas malas.
- Tchau, mãe. Benção.
- Deus te abençoe, meu menino! – e me abraça sussurrando – Abuse dele. Ele está lindo!
Rimos.
- Pronto, Eno, vamos? – Gabe me chama – Tchau, tia. – vem até ela e a abraça.
-Tchau, meu amor! Boa viagem e vão com Deus.
Gabriel a olha e sorri dizendo:
- Se ela fosse assim... – diz com certa tristeza.
- Não perca a esperança, querido.
Ele se afasta e diz;
- Não há esperança. - suspira e me chama- Pronto, Eno?
- Totalmente – nos olhamos profundamente.
Dei um último tchau do carro para minha mãe e partimos.
Flashback off
Amanhã eu conto sobre essa conversa com minha mãe. Acho que isso o deixará mais confiante. Ajeito-me ao seu lado fechando os olhos e dormindo logo em seguida.