VIRA-LATA - Parte VIII
Quando a tenente Nina foi buscar suas roupas no banheiro, deu pela falta da magra. Chamou o irmão, mas este ainda estava destruído pelas gozadas que dera, pois ela também o chupou quando ele voltou a ficar excitado. Não era a primeira vez. Desde pequenos que os dois se entregavam à sacanagem. Os pais passavam o dia todo no quartel, pois ambos eram militares, e o casal ficava solto pelas ruas. Como o irmão tinha dificuldades em arranjar mulher, por causa do seu pau avantajado, ela o chupava para lhe aliviar o tesão. Logo, Nina estava cobrando para chupar os meninos da sua idade, que moravam nas redondezas.
Talvez, por isso, enjoou logo de pica. Passou a gostar mais de xoxotas. Quando o Exército começou alistando mulheres, foi servir as Forças Armadas com o irmão. Ele era mais inteligente e logo galgou postos. Ela lhe seguiu os passos, mas com menos sucesso. Então, o irmão foi designado para assumir um posto naquele deserto, no Cu de Maria, como os soldados diziam. Começaram ali as experiências com radiação, mas um acidente em uma das usinas expôs o tipo de material que usavam. A base foi fechada, depois de vários moradores da área terem apresentado sinais claros de contaminação. Ela, o irmão e mais quatro militares se voluntariaram para guardar o local. Mesmo sob risco de contaminação. Mas o plano do sexteto era reativar a base por conta própria e continuar as experiências nucleares. Estavam a ponto de conseguir um inédito efeito de camuflagem, que deixaria a base totalmente invisível para os satélites e para quem passasse por perto.
Mais uma vez seu irmão foi mais esperto e engendraram o plano de ganhar dinheiro para continuarem as experiências: pediram um vultoso empréstimo a um banco e usavam o dinheiro para ganhar muito mais com os rallys. Ofereciam um prêmio polpudo mas, quem ganhasse a competição, era assassinado pelo grupo. No entanto, no ano anterior, um incidente por pouco não bota tudo a perder: uma repórter descobriu o que se fazia na base e ia denuncia-los ao jornal onde trabalhava. Apareceu com os dois ganhadores que foram resgatar os prêmios na igreja que servia de ponte para a área de equipamentos nucleares da base, através do túnel que ligava os dois lugares um ao outro. Fotografou os testes que faziam com o equipamento, além de presenciar os dois competidores sendo mortos pelos seis militares. Capturaram a jornalista, mas esta já havia telefonado para a redação e denunciado o crime. Tiveram que inventar uma saída. Estraçalharam os ganhadores do rally e espalharam a notícia que tinha sido um animal feroz a fazer tal carnificina. O pobre rapaz com jeito de cachorro foi incriminado e teve que fugir da sanha dos seus perseguidores: os outros que participaram do rally. A partir de então, Cholo se tornou um fugitivo.
Nina sabia da sua história: ele era filho de uma doida que vivia de restos de comida e que tinha por companhia um cão pastor alemão. Diziam que ela transava com o animal, mas os militares que trabalhavam na base sabiam que o rapaz tinha sido cobaia de uma experiência militar que usava genes caninos cruzados com genes humanos. Utilizaram o filho da doida, nascido dela depois que soldados da base a usaram numa sessão de curra. Só a tenente Nina foi contra a experiência, mas era voto vencido. Depois, soltaram a criança à sua própria sorte. Ela passou a se alimentar de restos de comidas, para não morrer de fome.
A tenente Nina sabia que a magra havia tomado o túnel para escapar, como já fizera outras vezes. Era só esperá-la na saída, do outro lado, lá na base. Arrependera-se de não ter matado a loira de quem tomou a moto. Mas o faria, se ela se metesse a besta. Ainda tinha a pistola na cintura, quando pegou a moto e empreendeu o caminho de volta. Mas não esperava encontrar tanta gente reunida lá.
Havia chegado quase uma centena de novos competidores. A loira havia se recuperado das pancadas recebidas e dizia que tinha sido atacada pela morena cavalona. Quando a viu chegar de moto, apontou-a aos demais. Muitos partiram para cima de Nina, para tomar-lhe a moto e devolvê-la para a verdadeira dona. Badhia também a acusava:
- Onde está meu rolo de filme? Você me enganou, fingindo tratar do meu ferimento, e tirou-o da minha bolsa.
Foi a deixa para a turba avançar pra cima da tenente. Assustada, ela sacou da arma e atirou para cima, querendo intimidar. Foi o seu erro. Uma multidão enfurecida saltou sobre ela e a desarmou. Em seguida, a cobriram de porradas. A coisa piorou quando alguém disse que havia passado por onde tinham explodido um carro do Jornal do Commercio. Havia um jovem morto dentro. Acharam que ela o havia matado e assassinaram a tenente de tanto cacete. Badhia tentou impedir o linchamento e por pouco não se voltaram contra ela. As pessoas estavam ensandecidas. Só depois a jovem entenderia que aquela reação era um efeito causado pela radiação do lugar.
O telefone celular da jornalista tocou justo no momento em que a turba ainda chutava o corpo inerte da tenente. Era a editora de Badhia. Ela disse:
- Oi, Badhia. Já analisamos as fotos que você nos enviou. O Exército informou que não sabia que esses equipamentos ainda estavam na base. Havia sido dada a ordem para recolhê-los há anos. Ficaram de mandar um destacamento para aí. Pedi que entrassem em contato contigo. Tem notícias da outra jornalista?
- Ainda não. Mas sumiu um repórter do Jornal do Commercio que estava trabalhando comigo. Agora pouco soube que ele foi assassinado por uma tenente do Exército, que também acaba de ser assassinada.
- Como é que é?
- É complicado. Deixa eu me informar melhor e depois te mando uma mensagem explicando tudo.
- Está bem, mas tome cuidado. Se vir que as coisas estão ficando feias, deixe tudo e volte para cá. Não quero perder outra jornalista, entendeu?
Badhia se despediu da chefe e depois foi verificar se a tenente ainda estava viva. Não estava. Ela pensou em fotografar o corpo, mas não quis se arriscar a novo levante. Algumas pessoas que não participaram do linchamento estavam incrédulas. Algumas queriam ir logo embora dali. O clima ficou pesado. Mas avistaram uma nuvem de poeira ao longe. Badhia sabia que era o Exército chegando. Pouco depois, um dos soldados perguntava:
- Quem é Badhia Lourenço?
- Sou eu, senhor. - Disse a jornalista, dando um passo à frente.
- Venha comigo.
Era um capitão jovem e bonito. Devia ter uns quarenta anos, mas demonstrava menos. Foram para uma das salas da base e ele começou:
- Reporte-se do que sabe, senhorita. Já sabemos das atividades clandestinas nesta base. Vi que houve um crime recente. Denuncie os culpados.
- Não posso, senhor. Foram muitos a lincharem a coitada. Não deu pra saber quem não deu ao menos uma porrada.
- Quem era a vítima?
- Uma tenente do Exército. Disse-me que tinha servido nessa base, antes dela ser fechada.
- Nome?
- Nina de tal. Estava acompanhada do seu marido. Não o vi mais. Deve estar dormindo, ainda bêbado.
- Localize-o. Vou querer falar com ele.
O tenente tirou umas fotografias de um envelope e mostrou à jornalista. Perguntou:
- Conhece algum desses?
- A mulher é a tenente assassinada. O mais novo é o padre que vi antes de chegar aqui. Os outros, nunca vi.
- O que diz ser padre, na verdade é um capitão do Exército. Os seis estavam responsáveis pelos equipamentos ainda contidos na base. A senhorita está bem?
Na verdade, Badhia estava zonza. Disse isso ao militar e ele chamou um ordenança. Pediu um aparelho a ele. O cara foi até um dos caminhões do Exército e voltou com uma espécie de medidor de radiatividade. O tenente informou, após examinar a jornalista com o aparelho:
- A senhorita foi contaminada pela radiação. Vai ter que ficar de quarentena. Logo será removida da base.
- Eu tenho uma missão, tenente: encontrar uma jornalista desaparecida. Não sairei daqui antes de saber do paradeiro dela.
- Você é quem sabe. Mas terá que ficar de repouso por algumas horas. O que está sentindo?
- Se eu disser, o senhor não vai acreditar.
- Tente.
- Uma imensa vontade de trepar.
- É natural, quando se é contaminado por esse tipo de radiação. Prefere os caralhos maiores ou menores?
- Os maiores, senhor.
- Ordenança, ache o mais pauzudo dos nossos homens e o apresente à senhorita. Acomode-a nas melhores instalações.
- Temo que seja eu o mais caralhudo do pelotão, senhor - disse o ordenança.
- Então, sirvam-se. Estão dispensados.
Badhia preferia o belo tenente, mas estava muito ansiosa para foder, para poder escolher. Mesmo assim, perguntou ao ordenança, quando este se despiu com urgência, mostrando um cacete já duro mas não muito grande:
- Tem certeza de que tem o maior caralho do pelotão?
- Claro que não tenho. Mas não ia perder uma oportunidade dessas. Você é muito bonita e gostosa.
- E você é um aproveitador - disse ela rindo.
O cara não era bonito, mas trepava muito bem. Não era desses que tem pressa em gozar. Primeiro, procurou satisfazer a jornalista. Deu-lhe uma gostosa chupada. Ela não demorou muito a gozar. Pediu que ele lhe invadisse a greta. O sujeito demorou a fazer o que ela queria, dando-lhe um gostoso banho de língua. Badhia implorava para tê-lo dentro de si. Ele, antes, pincelou seu pau no cuzinho dela. A jovem se abriu para recebe-lo. Mais uma vez o cara a virou de frente para ele. Parecia querer fazer sempre o contrário do que ela lhe pedia. A moça já estava agoniada quando ele lhe invadiu o reto com a peia. Ela não se aguentou mais: derramou-se em gozo pela boceta, espirrando esperma longe.
FIM DA OITAVA PARTE