VIRA-LATA - Parte final - MELHOR DE TRÊS

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1400 palavras
Data: 19/07/2018 00:22:39
Assuntos: Heterossexual, Oral, Anal

VIRA-LATA - Parte IX

Alberto Rico havia explorado a base à procura de informações sobre a irmã. Mostrava fotografias às pessoas que chegavam aos montes para o rally, mas ninguém se lembrava dela. Quando voltava para perto da entrada da base, viu a cena de linchamento da tenente Nina. Não era corajoso o suficiente para tentar livrar a morena cavalona da turba. Ficou aliviado quando viu a chegada do Exército. Mas também preocupado, quando sua amiga Badhia foi levada para uma sala com o capitão. Depois, viu o ordenança sair e voltar com um aparelho de medir radiação e ficou mais cismado ainda. Assim que o militar saiu da sala, deixando a jornalista e o ordenança sozinhos, resolveu espioná-los. Esgueirou-se até uma das janelas. Chegou a tempo de ver a jornalista delirando de tanto levar rola. Primeiro, pensou que ela estava sendo estuprada. Depois, ao perceber que ela gritava de gozo, ficou com ciúmes. Já ia interromper o coito, quando ouviu um burburinho vindo de perto do galpão. Os soldados se movimentavam, todos armados, como se estivessem numa situação de grande perigo. Desistiu de incomodar o casal fodendo e foi ver o que se passava. Reconheceu Samara, sua irmã desaparecida, vindo em direção às pessoas, sendo acompanhada de uma estranha criatura. Era um jovem que andava parecido com um cachorro. O sujeito queria voltar para dentro do túnel, quando viu as armas apontadas para si, mas a moça insistia para que viesse com ela.

Alberto correu até a irmã e abraçou-se com ela. A criatura aproveitou para correr de volta ao túnel. Os soldados quiseram persegui-lo mas a jovem Samara gritou:

- Não o machuquem. Foi ele quem me achou perdida e me trouxe aqui.

O capitão intercedeu:

- Quem é a senhorita, e o que está acontecendo?

- Ela é minha irmã desaparecida - apressou-se a dizer o rapaz.

- E Cholo é o pobre rapaz que foi acusado da morte dos vencedores do rally do ano passado. Eu vi os caras serem mortos por um que se finge de padre. Estive prisioneira dele até hoje. Ele se esconde no fim do túnel. Peçam ao rapaz para leva-los até ele...

Dito isso, Samara desfaleceu. O irmão conseguiu ampará-la antes que caísse no chão. O capitão acudiu e deu ordens para que a levassem a um dos dormitórios. A moça ainda estava nua. O próprio irmão a pegou nos braços e a levou ao dormitório. Logo, ela estava sendo examinada por um médico do Exército. O capitão organizava um grupo para entrar na caverna cuja saída ficava no galpão. Os militares usaram óculos de escuro e logo localizaram o jovem com jeito de cachorro, escondido dentro do túnel. O capitão gritou-lhe:

- Não tenha medo, jovem. Precisamos de você. Queremos que nos leve ao suposto padre. Se bem que eu já sei de quem se trata.

Mesmo temeroso, Cholo deixou de fugir. Seguiu rápido túnel adentro, pedindo que o acompanhassem. Foi seguido pelos soldados armados. Pouco depois, chegavam na igreja. No entanto, o padre não estava mais lá. Havia fugido.

- Fugiu. Cholo sente cheiro dele. Perto. Cholo pode pegar.

- Pois pegue-o. - Ordenou o capitão.

O rapaz farejou tudo que era canto da igreja, até achar a direção que o padre tinha escapulido. Partiu numa velocidade incrível, correndo quase de quatro, sem conseguir ser seguido de perto pelos militares. O calor e o terreno hostil desacelerava a carreira dos soldados atrás dele. Logo, o jovem se perdeu de vista. O capitão gritou, esbaforido:

- Sigam-no. Continuem atrás dele. Peguem o padre. Vivo ou morto.

Não precisava dizer mais nada. Os caras continuaram a perseguição. Logo, ouviram tiros de metralhadora. Temeram por Cholo. De repente, os tiros cessaram. Quando voltaram a ver o rapaz com jeito de cachorro, o padre jazia no chão, com a garganta dilacerada a mordidas. Mas ainda estava vivo, apesar de sem sentidos.

- Mediquem-no e vamos leva-lo de volta à base. Quem ainda tiver fôlego, passe um rádio para o pelotão. Peça uma viatura e um médico. - ordenou o capitão. Depois, sentou-se no chão empoeirado, cansadíssimo da carreira.

- Outros. Tem outros. Cholo sabe quem.

- Muito bem, Cholo. Mas não precisa pressa. Sei que outros quatro fazem parte do bando de militares rebeldes. Vamos prendê-los, mesmo se já tiverem arribado da base.

Tinham. Por isso, o capitão pediu a intervenção das Forças Armadas para capturar os quatro fugitivos: o marido de Nina e mais três. Com menos de quinze minutos, viram helicópteros do Exército sobrevoarem a área desértica. O capitão fez uma vistoria na igreja. Encontrou roupas da jornalista desaparecida, provas das atividades do grupo e dinheiro. Muito dinheiro. Confiscou tudo e esperou um caminhão que estava vindo, com soldados. Breve, estavam de volta à base.

Badhia estava de quarentena. Iria ser transportada de volta à capital Recife. A magra Samara também. Alberto não cabia mais os dentes na boca, de tanto sorrir. Agradeceu muito a Badhia. Ela repetia que o mérito havia sido de Samara, que conseguiu fugir. O pessoal que iria competir se aglomerava na frente da sala da enfermaria, querendo saber sobre o rally.

- O rally não vai mais existir.- Disse o capitão, falando à improvisada plateia.

Houve uma vaia geral. Alguém reclamou que gastou muito para estar ali. O capitão continuou:

- Mas recuperamos a grana que iria ser paga de prêmio. Então, este ano vai ser diferente: vamos esperar todos os que iriam participar da competição. Dividiremos o dinheiro por cada um que tiver um carro a inscrever.

Agora, foi aplaudido. Todos gostaram da solução do capitão. Alberto disse para Badhia:

- Não se preocupe. Não precisa se inscrever. O dinheiro oferecido pelo teu jornal não é pouco, para achar minha irmã. Você o merece.

- Infelizmente, eu gostaria de assistir o rally. Nunca vi um.

- Prometo influenciar a editora do teu jornal para que promova um. Mas não neste cu de mundo, contaminado pela radiação.

- Cu de Maria. É como os militares chamam este lugar. Diga ao povo que pretende fazer novo rally. Todos vão gostar.

Pouco depois, o jovem anunciava a competição para três meses depois. Quem quisesse participar, deixasse o endereço eletrônico. Poucos não o fizeram. E, aos poucos, foram deixando a base. O capitão recebeu um comunicado de que os fugitivos haviam sido capturados. Deu a ordem de partida para os seus comandados.

****************************

Só mais de um mês depois, Badhia foi liberada da sua quarentena. Perguntou por Cholo e lhe disseram que ele fora adotado pelo Exército. Havia se transformado num soldado promissor. O jovem Alberto não foi visita-la no hospital do Exército nem uma só vez. Mesmo a irmã estando internada na mesma ala que ela. Em compensação, o jovem ordenança a visitava todos os dias. O belo capitão, em dias alternados. Foi ele quem perguntou:

- Ainda persiste a vontade de trepar?

- Isso é um convite?

- A senhorita está comprometida com o ordenança.

- Quem disse? Ele é gentil comigo e merece ao menos uma foda. Mas esta bocetinha miúda aqui ainda não tem dono. E está doida para ser usada novamente.

- Sendo assim, está dispensado, ordenança Walter. Serei eu a levar a senhorita daqui.

- Pois não, senhor. Mas lembre-se de que sou eu que tenho o maior caralho do pelotão, e ela gosta de machos pauzudos.

- Bote o teu pra fora das calças, ordenança. Se for maior que o meu, você leva.

- Êpa. Eu não quero levar rola, senhor. Nada disso. - Exclamou o ordenança, entendendo a pulha dita pelo superior - Mas não custa nada tirarmos a dúvida.

O ordenança perdeu. O pau do capitão tinha quase trinta centímetros, ainda mole. O do outro não chegava a vinte, duro. Badhia aplaudiu. Mas foi logo avisando:

- Quem ganhou, ganhou. Mas posso muito bem dar pros dois!

- Pros três - Ouviram uma voz da porta do quarto do hospital.

- Ei, onde você esteve esse tempo todo que nem me visitou?

- Também fiquei em quarentena, mas não neste hospital. Não me deixaram sair nem para visitar minha irmã.

- Estamos atrapalhando alguma coisa? - Perguntou o capitão.

- Houve um pequeno mal-entendido, capitão. Mas a foda ainda está de pé. Só peço um tempinho para matar a vontade desse sujeito. Senti saudades do pau enorme dele -disse ela.

- Vamos fazer uma segunda etapa da competição? - Reclamou o capitão - Não estou disposto a perder para esse sujeito sem nem ao menos tentar.

- Badhia riu gostosamente. Abriu a bata de hospital que vestia e afirmou:

- Quem primeiro encostar a língua na minha bocetinha, ganha minha preferência!

FIM DA SÉRIE

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Ehros Tomasini a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Para quem quiser ler e salvar o livro completo, em PDF: https://www.slideshare.net/AngeloTomasini/vira-lata-completo

0 0