Ela se olha no espelho do banheiro a verificar se está tudo como devia. Cabelos pintados, para esconder os brancos que não param mais de nascer. Olha com um cuidado as raízes – ainda bem ela pensa, tudo certo.
Veste a calcinha nova, vermelha e rendada – cara, nossa!! Mas é por uma boa causa ela se justifica. Vai ao quarto à procura do espelho grande, na porta do armário, gira, vira, admira. Ainda que com um ar de frustração.
- Não tem jeito. Droga!!
Ela diz em voz alta. Duas semanas e a barriga... Não mudou quase nada. Dá volta, fica de lado a se culpar pela falta de beleza.
- E pensar que mais nova, uhhh!! Tinham muitos que me queriam.
Presta atenção aos seios, pequenos e meio caídos. Outra vergonha, outro desânimo.
- Meu Deus, assim... Assim não tenho nem coragem. Como é que eu vou assim, com o corpo assim num lugar daqueles. Onde é que eu estava com a cabeça quando aceitei a ideia da Val.
O telefone toca, zumbi, ela busca e aparece a mensagem justo dela.
“Tá pronta? Tô chegando, a gente não pode atrasar”
Ela escreve rápido, uma mensagem curta.
“Tô acabando, falta me pintar. Me espera que eu desço”
...
O carro passa numa lombada e as duas continuam a conversa, quase num brigar.
- Não, não Cléo!! Pará, deixa de ser boba. Vê se é hora de desistir.
- Val, num dá eu não fiquei como queria, devia. Continuo parecendo uma porca gorda – estufada, parece que engoli um travesseiro.
- Kákákáká... Adoro as suas imagens. Relaxa, cê acha que eles pegam mais quem? As garotinhas, novinhas... Vê lá, a grande maioria que vai na tal “fazenda” são todas iguais a nós, até piores...
- E o você não fica com vergonha, com medo. Deixar um cara que você nunca viu te fazer – umas massagens, uns toques... Até transar!! Eu não sei se deixo chegar a tanto.
- Boba, você é muito boba. Por isso o Adilson fez o que fez com você esses anos todos e a trouxa ainda mora com o safado até hoje.
- Separada... E tô quase mudando.
- Vê só se alguém que se separa do marido fica morando na mesma casa com ele por dois anos.
- Cê sabe muito bem porque... A droga do apartamento não vende, caro, e eu não quero sair e deixar o espertinho morando lá sozinho.
- E o apartamento, o tal apartamento?
- Que que tem? Não tá pronto, não tá você mesma viu.
- Tá ótimo, o que falta é quase nada, já dá pra madame mudar.
Val faz um gesto estalando os dedos, sem tirar os olhos da estrada de terra que o automóvel acabou de entrar.
- Vou começar a morar lá no mês que vem.
- Você fala sempre a mesma coisa.
- Mas não vou deixar o Adilson morando sozinho no outro não.
- Tem alguém pra comprar?
- Tem gente interessada em alugar.
- E os meninos, o que acham?
- Que eu tenho que sair o quanto antes.
- Não falei.
...
O carro para debaixo da sombra de uma mangueira, uma das muitas do lugar. Apesar do sol a pino, os ventos deixam o ambiente bem agradável, fora a linda vista.
- Já pensou o por do Sol, como é que deve ser?
- Lindo, dá vontade até de morar aqui, não dá?
- Aí, ai... Quem dera?
- Ainda mais se pudesse ter um deles pra gente... Brincar.
- Cê tá ficando muito tarada, não sei de onde vem tanto fogo.
- Depois que o Marcelo morreu, eu quero mais é aproveitar. Daqui a pouco sou eu que vou ficar mofando debaixo da terra e aí... O que adiantou ficar sendo a ‘santinha’?
Elas caminham até a recepção, parece que o lugar acabou de ser pintado, paredes num verde claro, um alpendre em ‘L’ e vários janelões, todos fechados.
- Será que tem muita gente aqui?
- Pode apostar. Homens e mulheres.
- E se a gente encontrar um conhecido, conhecida.
Elas chegam na porta aberta da recepção. Logo aparece uma morena, esguia, olhos grandes, negros. Num vestido lilás, justo, de fazer inveja. Sem barriga e uma bunda mais que chamativa.
- Boa tarde, boa tarde. Sejam bem-vindas!!
A tal morena logo aponta um corredor por onde as duas senhoras lhe seguem num passo rápido.
- Já, já vocês vão ser atendidas. Não se preocupem com mais nada.
- Qual o seu nome querida?
- Tamires. Você é a Val e ela a Cléo, não é?
- Como sabe?
- As fotos, nós pedimos lembra?
- A sim, sim... As fotos.
As três entram num salão amplo, e num canto uma bancada em mármore bege. Lá duas outras mulheres também jovens, e numa mesma vestimenta, as esperam com um sorriso profissional.
- Oi! Como vão?
- Olá. Chegaram bem no horário. Prontas?
- Sim, lindo aqui nossa!!
- Que bom que gostaram e é só o começo, vão querer voltar.
- Pelo preço não sei se a gente volta, mas que seja inesquecível.
- E será, será. Vocês vão ver.
...
Cléo termina o banho, fazia tempos que não via uma banheira tão grande como aquela, ainda mais com a hidro. Relaxante, mais que confortável.
Alguém bate na porta do banheiro.
- Sim?!!
- Cléo?
Ela não esperava tanta intimidade, numa voz de alguém que ela nem conhece.
- Oi, tô saindo.
- Não se apresse temos todo o tempo do mundo. É só pra te avisar que já cheguei. Quer um vinho ou prefere champanhe?
- Champanhe.
Ela ouve os passos que se afastam.
Gostei da voz, ela pensa enquanto se enxuga, grave, viril, se o corpo for proporcional já vai ser bom só de admirar. Vai pensando na tentativa de abafar o desconforto, a vergonha se estar num lugar assim com um homem que ela nunca viu.
- Agora não tem jeito Cleosinha, não tem jeito...
Fala baixinho, ao mesmo tempo que abre a porta e saí vestida num roupão rosa claro. Caminha na direção do bar, onde o tal homem está.
Alto, forte, ombro largos, cabelos escuros. Melhor do que esperava, ela pensa pouco antes dele se virar e lhe tirar o folego...
- Assim está bom?
Ele estica a taça de cristal pela metade.
- Ótimo.
Ela não sabe se olha para a taça ou para o cara, melhor que a foto que ela viu pela internet... Ao vivo é sempre melhor, senta dobrando a perna por baixo da outra, numa tentativa de parecer natural.
Ele vai na sua direção e fica ao lado, abrindo um sorriso cativante, sensual.
- Gostou daqui?
- Muito, muito... Huuh, huuh, lindo. Mais bonito que no site.
- Eu ou a fazenda?
- Ambos...
Ele ri... Não esperava uma resposta tão franca.
- Que bom. Mas você ainda está muito nervosa, a gente percebe. Fica tranquila, vai ser tudo no seu tempo e do jeito que você quiser.
- É a minha primeira vez.
- Nem precisa falar, é sempre assim.
- Fico com vergonha, com culpa, já tenho netos... E...
- Não é a única, pode apostar. Já recepcionei várias como você.
- Se meus filhos souberem, não sei onde enfio a cara...
- Relaxa... Calma... Quer mais champanhe?
- Assim eu vou ficar bêbada.
- Assim vai se soltar, liberar.
Ela estende a taça e ele lhe serve até quase transbordar.
- Uiiii!!! Tá muito.
- Tá ótimo.
Cleó, bebe em goladas grandes. Até muda de posição coloca as duas pernas dobradas sobre o sofá, tal como gosta de ficar quando está em casa.
- Escuta... Eu, eu... Peço desculpas, mas...
É a primeira vez que os olhares se encontram, ela percebe os olhos azuis escuros do rapaz, não deve ter nem trinta anos, talvez a idade do seu filho do meio.
- Pode me chamar de Rodolfo.
- Posso?!!
- Pode.
- Tem outro nome?
- Todos aqui temos um outro nome. Aqui vivemos uma fantasia, criamos uma fantasia. A sua fantasia...
Ele volta a rir, um riso seguro, suave. Ela fica encantada, atiçada.
- Eu queria estar mais bonita, mais... Bela.
- Você é bela.
- Não, você quer me agradar.
- Que isso, se soubesse o que eu já vi. Não ia ficar assim, encabulada.
- Tentei, bem que eu tentei, mas não adiantou. A barriga... Sabe?
Ele estende a garrafa e ela a taça.
- Jovem eu era bonita, apreciável, mas aí vem os filhos, a idade...
A taça já está pela metade e ela cada vez mais solta. Rodolfo coloca a garrafa na mesinha a frente e com a outra mão faz um carinho nas coxas da mulher madura que tem a sua frente.
- Tira.
- O que?
- Se despe, deixa eu ver seu corpo.
Os olhares se encontram, pegam fogo, pelo menos os dela. A respiração fica curta e a cabeça gira sem controle – a bebida. Cléo levanta..., desamarra o laço frouxo.
Vira fica de frente para o homem espadaúdo, com a barba por fazer. Admirável, lindo... Um tesão ela pensa, pouco antes de deixar cair o roupão.
Ele recosta, encosta no sofá. Admira a figura nua, barriguda, de coxas gordas e seios pequenos, murchos. Ela encabula a pensar no que ele vê. O engraçado é apesar de tudo ela lhe vê um olhar quente, indecente, será que ele realmente...
- Gosta?
- Hummh, hummh.
- Já viu piores?
- Você se deprecia muito, não é assim a pior coisa. Tá me deixando...
Ele ri um riso sacanaDuro.
- Deixa eu ver, mostra.
Rodolfo se ajeita, abre o zíper, bem devagar. Desabotoa a calça social...
Ela vê boquiaberta um membro, avantajado, esticado, balançando. Até as veias são visíveis e a cabeça, perfeita num tom avermelhado. Mais grosso do que ela pensava.
- Você me deixou assim.
Ele segura pela base o pau grosso, cumprido. Cléo se maravilha com os dedos e as unhas bem tratadas, ainda mais quando ele sem pudor faz gestos indecentes na frente dela.
Cléo passa a língua entre os lábios.
- Quer? Vem...
- Eu, eu... Aqui, agora?
- Segura.
Como um autômato, ela ajoelha, fica de frente para as pernas do homem. Puxa as calças, ao mesmo tempo que lhe tira os sapatos. As pernas são peludas, as coxas medianas.
- Pega.
Rodolfo puxa a mão de Cléo que lhe alisava a coxa até ela lhe envolver o membro.
- Aperta, sem medo... Isso, querida... Assim...
A respiração fica mais ofegante, a vista embaça, ela sente o calor do membro pulsante. Fazia tempos que não segurava um, nunca um desse tamanho, dessa grossura.
- Bate... Bate uma pra mim. Deixa eu te homenagear.
- Não sabia, não sabia, que eu... Podia... Um homem assim. Ainda mais um como você?
- O que?
- Jovem... Bonito... Tem tantas garotinhas por aí e você fica assim... Pra mim.
- Meu tesão são nas mulheres mais velhas. Maduras.
Ambos riem. Cléo volta a passar língua entre os lábios.
- Segura as bolas e me toca com força. Segura mais na ponta... Assim.. Isso...
Rodolfo começa a gemer baixinho, de olhos fechados, ao mesmo tempo que vai desabotoando a camisa social, surge um peitoral trabalhado, torneado, bronzeado, uma barriga de fazer inveja.
Cléo não se aguenta, passa a explorar o peito e a barriga do rapaz sem deixar os movimentos que fazem o membro ficar ainda mais duro. Um líquido viscoso e translúcido começa a escorrer entre os dedos dela. Os movimentos ficam mais frenéticos.
Rodolfo urra e esmaga a mão da mulher que lhe saboreia os músculos. Cléo sente, o tesão, a tensão do rapaz. O membro firma e um jato longo, cumprido e branco é disparado com um tiro. Molha a barriga do homem, outros jatos saem do mesmo jeito.
Ela nunca viu um homem assim, num gozo assim.
Ele não para, como uma fonte mais do creme branco continua a sair do pau duro, ainda duro. A escorrer pela haste, pelos dedos dela. O cheiro característico fica mais pronunciado.
Rodolfo abre um sorriso largo, aliviado.
- Gostou da homenagem?
Cléo balança um sim envergonhado, desconfiado. Ele percebe.
- Acha que eu ia gozar assim, se você não fosse um tesão?
Faz um carinho no rosto da mulher que ainda lhe aperta o pau. Puxa pelos cabelos até ela encostar os lábios no membro babado, molhado.
- Chupa.
Enfeitiça, magnetizada. Cléosinha engole o cacete inteiro, sem pudor, vergonha. Suga, chupa, o melado ainda quente do rapaz indecente. Nunca antes, nunca imaginou que chegaria a isso. Seu sabor é até adocicado. Engole com prazer, ansia.
Louca, desvairada, lambe até as bolas. Admiráveis bolas sem pelos.
- Isso menina, isso... Tá gostando do meu creme, do meu leite?
- Meu Deus!!! Eu... Eu…
Ela fica sem fala, num desejar eloquente. Ele entende...
- Quer meu cacete, quer?
- Me come... Me fode.
- Vem, fica de quatro.
Ela sobe no sofá, deita a cabeça no encosto, entre as mãos crispadas. Rodolfo se agacha, fica de frente para a bunda branca, murcha, cheia de estrias da senhora que lhe lambeu até a última gota.
Sem pedir licença, com jeito e força abre as pernas dela. Primeiro passeia os dedos pelos lábios, dedilha o ânus. Sente o calor e a úmida por toda a região.
- Boa menina, boa... Você tá quase lá. Iiiisssss, tô orgulhoso de você. Assim...
Rodolfo lambe dois dedos, lustra, enfia, dedilha – brinca com o interior daquela bucetinha tão usada. Ele vai devagar para aumentar o prazer que vem de lá. Cléo solta um grito curto, um gemido longo.
- Isso gatinha, geme, pode gemer. Vem com tudo vem.
Cléo treme, estremece, arrepia. Rodolfo pressente, ergue, fica de frente.
Passei a cabeça do membro meio duro entre os lábios, massageia o clitóris e depois explora o ânus, o cu enrugado. O membro volta a fica mais duro, pronto.
Ele aponta – ela sente, o calor, a pressão. Fica a imaginar sua buceta engolindo um pau tão grande, tão grosso. Rodolfo estoca, bate, seu corpo no corpo frágil dela.
Cléo mia, chora, sua. Rodolfo lhe dá palmadas na bunda murcha. Cléo morde os lábios, fecha os olhos – Rodolfo enfia um dedo grosso no ânus dela. Faz de uma vez, faz sem carinho… bruto.
- Gosta assim putinha?
- Adoro… unnhhh!!!
Cléo fica tesa, firme. Ele brinca, explora o seu túnel já nem tão apertado.
Rodolfo deixa de lado a massagem anal. Segura firme com as mãos a cintura da mulher madura. Enfia, tudo, todo... De uma só vez no fundo dela. A xaninha encharca, escorre, pinga no sofá. Rodolfo perde a cabeça, o senso. Estoca, fura com mais força.
Só se ouve o encontrar de corpos doidos, loucos.
Os gemidos ressurgem, ampliam...
Cléo acontece, vibra... Espirra.
Rodolfo goza, lança o seu creme quente, viscoso na bunda branca da senhora respeitável agachada a sua frente.
- Como, como você consegue... Duas vezes... Tão rápido.
- Sou um profissional, não sou? Quer mais?
- Deixa eu descansar. Já tô sem folego.
- Quanto tempo ainda fica aqui?
- Vou embora amanhã a tarde.
Rodolfo ri, brinca com a ponta do nariz dela.
- Que bom, imagina o que a gente ainda vai fazer.
Cléo suspira orgulhosa, embevecida.
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