O DETETIVE CEGO - Parte final - A MÉDICA APAIXONADA

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1974 palavras
Data: 27/08/2018 00:50:15
Última revisão: 28/08/2018 01:02:34
Assuntos: Heterossexual, Oral, Anal

O DETETIVE CEGO - Última Parte

Alaoh ouviu o barulho de um barco a motor ao longe. Deveria ser o assassino vindo resgatá-los. Era preciso agir rápido. Por isso, nem bem a jovem de cabelos brancos terminou de engolir a sua porra, deu-lhe um murro no rosto que a derrubou desacordada. Ainda não conseguia "ver" direito. As imagens ficavam piscando em lapsos cada vez menores de tempo. As cavidades onde deveriam estar os olhos lhe doíam terrivelmente. Sentiu um líquido viscoso lhe banhar o rosto, como se estivesse chorando. Passou a mão e cheirou. Era sangue, e não lágrimas, como pensava. De repente, sentiu-se zonzo. Lutou para não desmaiar. Olhou em direção ao barco que se aproximava e ele já estava bem perto. Viu o padre com um punhal na mão, acompanhado da médica Maria Bauer, atracar ao lado da sua embarcação. Ouviu claramente o assassino dizer:

- Agora, não tem mais perdão. O cachorro matou tuas duas últimas clones.

- Mas ele não consegue ver, ainda. Veja como seus olhos sangram. - Rebateu a médica.

- Melhor. Cego, dessa vez vai morrer sem nem perceber o que lhe atingiu.

Alaoh viu o sujeito subir ao convés do seu barco e brandir a lâmina bem perto de si. Depois, não viu mais nada.

********************

- Bom dia, preguiçoso. Vejo que está acordado. Sou médica, sei que, quando estamos dormindo, a respiração soa diferente. Pare de fingir. Não está mais em perigo.

O negro movimentou a mão e percebeu seus olhos enfaixados. Perguntou:

- O que houve? Por que as bandagens nos olhos?

- Tenho boas e más notícias. O que quer ouvir primeiro?

Reconhecia a voz da médica Maria Bauer. Ela parecia contente. Ele perguntou:

- Cadê o padre assassino?

- Está encarcerado. Agora, é meu prisioneiro. Não se preocupe com ele. Não te fará mais nenhum mal.

- Prisioneiro? Ele não era teu cúmplice?

- Era meu amante. Mas, depois que a esposa ficou naquele estado, só tem olhos e cuidados para ela. Passou a me chantagear. Queria, porque queria, que eu salvasse sua esposa. Senão, não financiaria mais as minhas pesquisas. Mas não menti para você: estamos morrendo. O maldito sangue que corre em nossas veias está se deteriorando, garoto. Porém, encontrei em você a solução. Já testei a nova droga várias vezes e posso te afirmar que ela deu certo! Teu sangue, junto com um composto que retirei de uma criatura rara parecida com um peixe, que um amigo pescador capturou para mim (ver a série O Homem que Matou Mona), tornou-se um antídoto para todos os nossos males.

- E a má notícia?

- Infelizmente, você perdeu os teus poderes. Agora, é um ser humano como todos os outros.

- Um ser humano cego, você quer dizer...

- Não. Eu te operei. Transplantei-te dois lindos olhos azuis. A cirurgia foi um sucesso. Você está enxergando perfeitamente.

- Não vejo porra nenhuma.

- Claro. Teus olhos ainda estão vendados. Mas fiz um trabalho de primeira. Desapareceu também aquela horrenda cicatriz.

- Não acredito.

- Vai acreditar, assim que eu tirar essas bandagens. Mas ainda tem que dar um tempo. Não é bom tirar a venda ainda. Deixe teus olhos cicatrizarem bem.

- E a tal madre superiora?

- Deixei-a morrer. Nunca fomos amigas. Éramos apenas clientes. Ela financiava minhas experiências e eu realizava todos os seus desejos assassinos e de poder. Mas, agora, está morta e enterrada.

- E o padre, o que acha disso?

- Não mais o temo.

- Por quê?

- Você prometeu mata-lo, lembra-se? Deixei-o vivo até agora para que você cumpra com a tua promessa. Minhas experiências foram bem sucedidas. Em breve, graças ao teu sangue, poderei curar qualquer doença. Serei uma sumidade mundial. Não precisarei mais do casal me financiando.

- Mas irá precisar de mim até o último dos meus dias, não é isso?

- Não, garoto. Fiz uma transfusão total do teu sangue. Todo aquele líquido milagroso que estava em você agora é meu. Você agora tem o sangue igual a um ser humano normal, como já tinha te dito. Só precisará de algumas hemodiálises. Por isso, te mantive aqui.

- Hemodiálises? Me tornei um dependente de hemodiálise, sua puta?

- Não, amor. Relaxe. Não deve se esforçar. Pelo menos, por mais dois dias. Depois, poderá decidir se quer ir embora ou se quer ficar comigo.

- Como assim?

- Você ficou parecido com um negro que foi meu namorado, na minha juventude. Esse era o propósito inicial das minhas experiências com o "Beleza Mortal". Transformar um rosto feio em um bonito. Mas o objetivo principal era clonar o meu namorado. Por isso, te tirei das ruas. Queria tornar você o mais parecido com ele.

- E eu fiquei?

- Ficou melhor. Você está muito mais bonito, sabia? Quem te viu, quem te vê.

- Agora, me deixou curioso para me ver no espelho.

- Amanhã. Prometo. Mas agora, descanse. Vou te aplicar um sedativo, viu?

- E as duas mocinhas? Que fim levaram?

- Eram peças defeituosas. Eliminei-as.

- Matou-as?

- Sim. Ambas. Quero fazer uma cópia tão inteligente quanto eu. Estou cada vez mais perto disso.

- Porra, você é uma assassina, tanto quanto o padre.

- É para o bem da Ciência, meu anjo. Eu as criei, eu as destruí. Simples assim.

- Você é doida.

Aí o negro sentiu a fisgada no ombro. Pouco depois, adormecia. Acabara de ser sedado. A mulher que lhe aplicara a injeção, no entanto, assim que ele dormiu, perguntou:

- E então, o que a senhora achou da minha atuação?

A médica Maria Bauer, que estivera em silêncio o tempo todo perto deles, respondeu:

- Muito boa. Quase perfeita. O composto alterou mesmo a tua inteligência e te deixou com a voz mais parecida com a minha. E não há mais o risco de morte para você. Nem precisará mais tomar porra para sobreviver. Pena que não pude fazer isso por tua irmã. O sangue dela já estava muito deteriorado.

- Tudo bem. Eu sinto por minha irmã. Mas a senhora cumpriu sua palavra para comigo.

- Sim. Deixei-te o jovem negro vivo, como me pediu. Apaixonou-se por ele?

- Sim. Eu o amo. Desde a primeira vez que o vi. É verdade que se parece com o teu primeiro namorado, como me disse?

A médica esteve pensativa. Depois, confessou:

- Não. Meu primeiro namorado foi Antônio, o motorista do jovem Santo. Santo é nosso filho. Mas ele ainda não sabe disso. No entanto, precisamos contar isso a ele, eu e o pai dele.

- Que pretende fazer agora, mãe?

- Eu vou me entregar à Polícia Federal. Ficarei presa por uns tempos, mas usarei os equipamentos deles para aprimorar a fórmula. Faça o mesmo com o que te deixei. Você tem inteligência suficiente para continuar meu trabalho. Portanto, seja feliz com o homem que escolheu para viver. Mas terá de conquista-lo. Ele era casado, antes. E com uma bela mulher.

- Eu saberei fazê-lo esquecer-se dela. Pode deixar comigo.

- Boa sorte, então, garota. Estou indo. Já sabe o que fazer com Lázaro, se o teu homem não tiver coragem.

- Se ele não tiver coragem, eu mesma mato o padre. Boa sorte, mãe.

- Não me chame mais de mãe. Agora, você sou eu, lembra-se?

As duas se abraçaram. A mais jovem chorou. A outra acariciou seus cabelos brancos, depois foi embora.

EPÍLOGO

Dois dias depois, Alaoh despertou. Foi presenteado por um café na cama. Mas estava doido para tirar as bandagens dos olhos. Ela deu-lhe comida na boquinha, antes de fazer o que ele estava querendo. Depois, o guiou até uma enfermaria. Quando lhe tirou a venda, o cara demorou um pouco a enxergar. Ainda estava cego. No entanto, aos poucos a sua visão foi voltando. Viu o clone da médica radiante à sua frente. Ela estava linda. E o beijou na boca. Ele a confundiu com a doutora. Perguntou:

- Quer dizer que não vai envelhecer mais?

- Vou sim, amor, assim como você. Mas não precisarei mais tomar meu "leitinho" diário para isso.

- É uma pena. Acordei com um tesão danado.

Ele ainda estava só de cuecas e ela olhou para o volume do seu cacete. No entanto, disse:

- Aguente mais uns dias, para não forçar a cirurgia. Aí, eu serei toda tua.

Ele olhou em volta. Estavam numa mansão enorme, ricamente mobiliada. Ele perguntou:

- Onde estamos?

- Itália. A casa é nossa. A doutora Bau... quero dizer: a Ordem das Irmãs de Maria Madalena a deixou para nós.

- Uau, uma bela mansão. Estou vendo piscinas, um enorme jardim...

- Tudo nosso. Viveremos bem aqui, só nós dois. - Disse ela, se chegando para ele.

- Você disse que... o padre...

- Sim. Venha comigo. Eu te mostrarei o quanto ele está indefeso.

Pouco depois, estavam defronte da cela onde o padre estava encarcerado e todo acorrentado. Este, ao ver a jovem, rugiu:

- Maldita traidora. Me pegou de surpresa. Mas eu hei de me vingar.

O negro deu um sorriso vitorioso. Disse para o assassino:

- Você acaba de me lembrar da promessa que te fiz: a de te matar, seu maldito assassino.

- Eu não temo mais a morte, cachorro. Essa filha da puta matou minha esposa na minha frente. Degolou-a com meu próprio punhal. E não aplicou em mim a fórmula que me faria parar de morrer a cada dia. Então, pode me matar. Eu não me importo.

- Dê-me o punhal. - Pediu o negro àquela que ele acreditava ser Maria Bauer. Esta tirou da cintura a arma branca e entregou a ele. O padre a olhava com ódio. Alaoh abriu a cela e se aproximou dele. O cara não reagiu. Então, o negro disse:

- Eu poderia mata-lo facilmente, e cumpriria minha promessa. Mas prefiro te entregar à Polícia Federal.

- Cassandra e a Polícia, além de tua mulher, acham que você está morto, Alaoh. - Disse a "médica" - Nós fornecemos provas concretas para eles. Eu mesma filmei você sendo empurrado do avião. Depois, Lázaro explodiu o avião no ar, logo após saltarmos. Ainda estão à procura dos nossos corpos no mar, perto dos destroços da aeronave. Mas não vão encontrar nada, claro.

- Quer dizer que eu estou morto?

- Sim, nunca vão achar teus restos mortais, no entanto. Um dia, se quiser voltar ao Brasil, pode recuperar tua identidade, por causa desse detalhe.

- Então, deixemos esse filho da puta vivo. Depois, o entregamos a Cassandra.

- Como quiser, amor. - Disse a mulher de cabelos brancos, tomando o punhal das mãos do negro.

- Você o chamou de... amor? - Perguntou Lázaro.

A jovem se viu descoberta. O padre havia percebido que ela não era a verdadeira médica. Por isso, antes que ele dissesse seu segredo ao negro, agiu rápido. Desferiu um golpe de punhal que abriu a garganta do padre Lázaro. O sangue jorrou longe. Ele ficou de olhos esbugalhados, olhando para ela. Depois, desmoronou no chão. Alaoh ainda estava surpreso. Tomou-lhe o punhal das mãos e perguntou:

- Porra, por quê fez isso?

- Ódio. Tinha ódio dele. Você não sabe o que passei com esse assassino.

- Você está se tremendo. Vai ter um treco...

- Foda-me.

- O quê?

- Foda-me. Depressa. Estou com vontade de gozar.

- Mas você disse...

- Não tem nada a ver com o composto, porra. Descobri que fico excitada quando mato alguém. Preciso de rola.

- Você é doida.

- Doida por rola, caralho. Para de falar e me fode.

Alaoh estava de cacete duro. Despiu-a ali mesmo, dentro da cela. Enfiou seu cacete na xana dela de forma urgente. Estranhou achar a vulva mais apertada do que quando fodeu com a verdadeira médica, mas claro que não reclamou. Pensou que ela devia ter feito algo para voltar a estar apertadinha, de novo. Ela estava num cio louco. Jogou-o de cima de si e montou nele. Cavalgou-o com fúria, como se fosse sua última foda. O negro sentiu o sangue do padre Lázaro tocar em seu corpo deitado no chão, mas não ligou para isso. Concentrou-se na foda. Ela tirou seu enorme caralho da boceta e colocou-o na bunda. Enfiou-se nele com pressa de gozar. Deu um urro quando sentiu toda a trolha lhe penetrar bem profundo. Aí, o cara não aguentou se prender mais. Gozou.

FIM DA SÉRIE.

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Comentários

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O final foi apressado, eu achei . mas gostei muito de toda a trama. nota mil em todas elas.

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