Viver a Vida

Um conto erótico de Larissa Crossdresser
Categoria: Homossexual
Contém 6331 palavras
Data: 31/08/2018 15:39:08
Última revisão: 04/09/2018 22:04:37

*Erros de escrita podem passar despercebidos, mas os corrijo assim que notá-los*

David e Natasha começaram a namorar na faculdade. Ele a procurou no facebook e ambos iniciaram o relacionamento em pouco tempo. Ele, branco, 1,76 de altura, e com cabelos pretos. Ela, branquinha, olhos claros, corpo violão e cabelos pretos, lisos até a metade das costas. Natasha era cobiçada na faculdade por ser linda, mas como era virgem, se preservava e era tida como uma das mais difíceis de se conquistar. Tímida, custou a deixar que David se aproximasse, o que ocorreu após muita insistência dele. O que ele saberia posteriormente era que Nath já o havia visto diversas vezes, propositalmente, nos corredores da instituição. Com uma pequena insistência de David o primeiro beijo ocorreu, dentro de seu carro. Ela, como era muito recatada, não deu abertura para praticamente nada além do beijo. Alguns dias depois, David passou a se abrir com ela, pois desejava ter algo sério com aquela linda garota e não queria mentir pra ela sobre quem ele era. Revelou-se bissexual, e pra sua surpresa, Natasha aceitou. Com o passar das semanas David foi se abrindo e contando mais coisas, de forma gradual para não afastá-la. Contou sobre seu gosto por roupas femininas, sobre seu desejo pelos dois sexos, sobre tudo.

Após certo tempo, isso se tornou um problema para os dois, pois Nath sentia que poderia perder seu namorado para outro homem e isso a incomodava muito. Sua virgindade havia sido entregue na cama dele e ela temia se arrepender disso, pois esperou mais de vinte anos para perder com alguém especial. Como um bom casal, não chegaram a se separar, resolvendo suas brigas sem ficarem mais de um dia afastados. O tempo ajudou ambos, Nath entendeu que David gostava muito mais de mulheres e que seu desejo por homens era como um fetiche. Apesar dele já ter se apaixonado por garotos na adolescência, David sentia muito mais atração por mulheres e, cada vez mais, se via apaixonado por Natasha.

Três anos se passaram e a rotina sexual assolou o casal, Nath era tranquila em relação a sexo e se sentia satisfeita, mas David tinha fantasias e sofria com a falta de atitude de sua amada. Apesar de amá-la, sabia que a falta de inovação no sexo seria um grave problema na vida de ambos. Sabendo que isso acarretaria em briga, David propôs que pudesse transar com outros homens para então se livrar da rotina. Natasha sofreu no início, sentiu medo, mas aceitou dizendo que sabia que isso seria necessário para ambos se darem bem. Assim, David teve sua primeira vez com outro homem casado, usando lingeries femininas, sapatos de salto e uma peruca. Sentiu pela primeira vez em mais de três anos um pênis invadindo seu interior enquanto as mãos de outro homem puxavam sua cintura para trás. Ele não era bonito, mas David estava há muito tempo sem, e só de sentir um pênis real lhe comendo já se sentia satisfeito. Após, sentado naquele homem casado, David, que naquele momento era Larissa, rebolava reparando na grossa aliança dourada na mão esquerda daquele homem, e gozou em sua barriga sem precisar se masturbar. O homem gozou em seu interior logo após, mas o líquido foi retido pela camisinha.

David chegou em casa com a cabeça girando, havia dado para outro cara e se sentia culpado por isso. Apesar de Natasha ter permitido, David sabia que sua amada temia perdê-lo para um homem, ou ainda, temia que David desejasse ser Larissa para sempre. Ao mesmo tempo, se sentia incrivelmente aliviado, como se a rotina sexual nunca tivesse existido. Naquele final de semana, quando se viram, David transou com Natasha como se fosse a primeira vez, gozando em seu interior após ela já ter tido dois orgasmos. No sábado da outra semana, chupava o pau daquele homem novamente, dessa vez usando outras roupas e outro par de sapatos. Seu orifício dolorido após ser dominado por outro homem o fazia lembrar-se de sua travessura, e Natasha era quem se dava bem, pois ficava ardida quando David terminava. Apesar de aceitar, Natasha não sentia tesão com o lado bi do namorado, o que fazia David ser apenas “homem” com ela.

Após alguns meses, se vestir na intimidade apenas para transar com outro homem já não satisfazia David, pois era algo mecânico. Ele se vestia, o cara lhe comia e ele ia embora. Três já haviam lhe possuído, e todas as vezes foram parecidas, o que fez perder a graça. Por isso ele sentiu desejo de se expor, sair em público como Larissa, ainda que fosse em uma cidade distante. Natasha concordou e até brincou que seria divertido sair com uma amiga. Apesar do combinado, não pensaram em nada que fosse possível, mas como sempre guardavam dinheiro para fazer alguma viagem, uma oportunidade surgiu e ambos decidiram viajar a Porto Seguro, em dezembro. Natasha, ciumenta, ficou apreensiva pelo fato de tal cidade ser o destino de diversas meninas recém-formadas no ensino-médio, geralmente lindas e loucas para aprontarem longe das famílias. A esse “empecilho” somava-se o fato de que David possuía diversas fantasias sexuais que não eram compartilhadas por Nath e a fazia pensar que essas garotas poderiam muito bem atiçar o desejo de seu namorado. David a tranquilizou dizendo que iriam juntos e que seria legal para ambos, lembrando-a que levaria suas coisas femininas para saírem como amigas em um local totalmente afastado. Natasha nunca havia “conhecido” a Larissa, e concordou achando a ideia interessante.

Após diversos preparativos, ansiedades, expectativas e preocupações, o casal chegou ao hotel, na quinta, onde ficariam hospedados, guiados o tempo todo pela equipe da agência de viagens, já que ambos nunca haviam viajado assim na vida. David levara duas malas, uma feminina com tudo o que já havia comprado, e uma masculina. Deram entrada por volta das 18h, e decidiram dar uma volta após arrumarem tudo e tomarem um banho. Durante o passeio Natasha percebeu que seu medo fazia sentido, pois por todos os lados havia meninas na idade de ingressarem na faculdade, com shorts curtíssimos, corpos de academia e prontas para ficarem com qualquer homem bonitinho que quisesse. Por outro lado, também reparou que havia muitos garotos igualmente lindos, todos bem cuidados, e se repreendeu por reparar neles. Natasha nunca havia pensado em ficar com outro cara, por mais que David deixasse claro que deixaria se ela quisesse.

Sentaram-se em um quiosque para tomar um açaí e David foi fazer o pedido. A fila estava grande e, enquanto Nath aguardava mexendo em seu celular, um homem parou ao seu lado e puxou assunto, perguntando se Natasha morava em Porto Seguro ou estava a passeio. Sentada, de shortinho branco e blusa preta, ela não percebeu a maldade no rapaz e prolongou o assunto. Seu nome era Diogo.

- Estou a passeio com meu namorado, ele está lá na fila.

- Namorado? Que pena em, você é linda demais.

Natasha ficou completamente desconcertada, nunca havia visto tamanha direta na cidade onde morava.

- É, namorado. Mais alguma coisa?

- Não não, me desculpa por ter incomodado. Aproveitem a viagem, aqui é maravilhoso!

- Pode deixar, aproveite você também.

O que Natasha não esperava, era que o rapaz passaria contra o vento ao se retirar e seu perfume entraria em seu nariz fazendo com que cada poro de seu corpo se arrepiasse. Nunca havia sentido perfume tão bom, com certeza era importado, e dos bons. Sem perceber, reparou naquele rapaz indo embora. Magro, branco, praticamente da mesma altura de David e com cabelo arrepiado que combinava perfeitamente com seu rosto desenhado. Ela estava hipnotizada com tamanha beleza e se culpou por isso. A culpa sumiu no momento em que ele olhou para trás, como se quisesse vê-la uma última vez. Seus olhos se cruzaram por longos três segundos e Natasha sentiu um leve tremor em suas pernas, uma excitação e um frio na barriga dignos de primeiro encontro. Ele se virou novamente, entrou em seu carro e foi embora. Nath ficou atordoada, excitada, se sentindo culpada e até culpando David por ter se afastado para ir à fila.

Quando seu namorado chegou com os copos de açaí, reparou que ela estava estranha.

- Está tudo bem amor?

- Sim sim, é que nunca vim nesse lugar, assusta um pouco ficar sozinha.

- Já já você acostuma, vamos aproveitar.

Natasha degustava seu açaí torcendo para que aquele perfume não saísse de sua mente, ao mesmo tempo em que se repreendia por isso. Como pode? – se questionava –. Ela era extremamente fiel até em pensamento, só havia transado com David em toda a sua vida e de forma totalmente inesperada se via atraída por um cara que nunca havia visto. Tentando apagar a imagem de sua cabeça, Nath pegou as mãos de seu namorado e disse que o amava. Realmente o amava, mas sua intimidade ficara sensível desde que o perfume daquele homem lhe chamou a atenção. A culpa que ela sentia era enorme. Enquanto lutava contra esse turbilhão de pensamentos, duas garotas passaram na calçada e David olhou disfarçadamente para ambas. Vestiam shortinhos, rasteirinhas, e uma vestia apenas a parte de cima do biquine no lugar de uma blusa. Eram típicas patricinhas de início de faculdade, e a cidade estava cheia delas. Natasha sentiu raiva de David e logo usou a situação para afastar a culpa por ter se abalado por outro homem. – Se ele pode, eu também posso – pensou.

Conversaram normalmente enquanto tomavam seu açaí e decidiram dar uma volta na orla da praia antes de voltarem ao hotel. Conforme caminhavam, mais pessoas bonitas, e quando se tratava de garotos, David e Natasha comentavam entre si, pois de homem ela não tinha ciúmes. Apesar de achar alguns caras bonitos, nenhum a abalava, como de costume. Ao retornarem ao hotel, David puxou sua namorada para a cama e deitados, iniciaram um beijo ardente. Natasha estava excitada, tirou sua blusa, seu shortinho junto com a calcinha e deitou de barriga para cima, com as pernas abertas.

- Hoje eu quero dar logo, me come!

David saiu da cama, tirou sua roupa e colocou uma camisinha, pois ela não usava anticoncepcional. Já deitou por cima reparando que a vagina dela estava encharcada. David introduziu seu pênis direto enquanto a beijava, arrancando um enorme gemido de Natasha. Alguns minutos depois, ela pediu para ir por cima e ele sabia que ela queria gozar. Gozar cavalgando era o jeito preferido dela. David deitou-se e sentiu a vagina de Natasha engolindo sua rola enquanto as mãos dela seguravam seu peitoral.

- Ain, não vai dar nem graça – Disse ela.

Ao fechar os olhos, Natasha lembrou-se do perfume daquele cara, e não conseguiu evitar um gemido pensando nele enquanto se esfregava em uma rola. Não conseguia parar, e imaginando aquele cara desconhecido, sentindo aquela pica como se fosse dele, Natasha teve um dos melhores orgasmos de sua vida. Suas pernas tremiam e suas mãos apertavam a pele de David, que olhava maravilhado. David pediu para gozar na boca e ela se postou de joelhos, recebendo uma grandiosa carga de sêmen e engolindo tudo, apesar de não gostar muito. Tomaram banho e decidiram dormir. Deitada, virada para a parede, Natasha não conteve as lágrimas e chorou quietinha, se sentindo terrivelmente culpada, como se tivesse traído seu namorado, que já dormia ao seu lado.

Na sexta pela manhã, desceram para tomar café pela primeira vez no hotel. David de bermuda e camiseta e Nath de shortinho e blusinha. O café era delicioso, mas ambos estavam ansiosos para passar o dia na areia e comeram às pressas. No quarto, Nath vestiu um biquine preto fio dental e David uma sunga preta, boxer. Suas pernas grossas eram estranhas para um garoto, mas estavam longe de casa e ele desencanou. Nath vestiu uma saída de praia branca por cima do biquine e estava pronta, já David iria só de bermuda, sem camiseta. Caminharam conversando e, ao chegarem à areia, David sentiu vontade de correr um pouco.

- Amor, vou dar uma corridinha.

- Você quer é olhar pras vagabundas. – Brincou ela.

- Olhar não tem problema, você sabe que eu te amo!

- Vai se foder você e seu amor.

Apesar de qualquer pessoa pensar que se tratava de uma briga, ambos estavam sorrindo, pois era brincadeira. David tirou sua bermuda, entregou a ela e saiu caminhando rumo à água do mar. Natasha tirou a saída de praia, estendeu uma toalha e deitou de costas para cima. Todos os homens em volta olharam, pois ela chamava muita atenção. No entanto, um cara que observava decidiu se aproximar e puxar conversa.

- Parece que seu namorado adora te deixar sozinha.

Natasha não podia acreditar, aquele cara de novo em menos de 24 horas.

- Ele foi correr, já já volta.

- Duvido, ele vai bem longe pelo jeito. As pernas dele são de quem treina há um tempo.

- Você estava nos espiando?

- Não, mas vi quando ele saiu e reparei nisso. Não se vê muitos caras com pernas assim.

Nem todos os caras usam minissaia – pensou ela, rindo internamente.

Enquanto se sentava na toalha com as pernas cruzadas, Natasha reparou que aquele homem agora estava de sunga e seu corpo, apesar de magro, era incrivelmente lindo.

- Você é daqui?

- Sou, moro em um apartamento no centro. Precisei me mudar quando a empresa me transferiu.

- Nossa, que legal! E trabalha com o que?

- Sistemas, gosto disso desde pequeno. Aí me dei bem no ramo. Bom, acho que sim né.

Ambos riram, enquanto ela se pegava admirando a beleza daquele homem de óculos escuros.

- E você? Branquinha assim deve ser do sul!

- Ué, você é igual e nem por isso achei que você é do sul.

- Falei brincando, mas você vai ver que o pessoal daqui vai perguntar muito se você é do sul.

Ela riu.

- Somos de Sertãozinho, perto de Ribeirão Preto.

- Nunca ouvi falar.

- Pois é, fica no interior de SP.

- Aaaa sim. Vão ficar quanto tempo aqui?

Nath percebia seus olhares pescando seus seios rapidamente, como se estivesse brigando com o próprio instinto.

- Quinze dias.

- Bastante tempo. Se quiserem posso apresentar uns lugares legais aqui. Curtem baladas?

- Curtimos sim, aqui tem?

- Tá brincando? A maioria das escolas e faculdades escolhem esse lugar quando os alunos se formam, aqui tem muita diversão.

Sem perceber, Natasha deixava o papo rolar. Até que o rapaz, com a atitude de alguém experiente no assunto, a surpreendeu.

- Confesso que fiquei triste mesmo quando você disse que namora, porque você é muito linda e eu gostei do seu jeito.

Ela sentiu um calor surgir em seu estômago.

- Aff – Decidiu parecer irritada.

- Desculpa, mas não consigo resistir. Você é diferente das outras garotas que vêm pra cá, tem um jeito diferente.

Natasha, sem graça, começou a mexer na areia. Quando olhou para cima, Diogo a admirava. Com certeza seus olhos brilhavam por baixo daqueles óculos escuros, e isso mexia com ela. Lentamente, Diogo aproximou sua mão e levou os cabelos dela até atrás da orelha, como se quisesse admirar seu rosto. Uma explosão de sensações tomaram conta dela, raiva, ódio, culpa, e atração...

- Por que fez isso? Não te dei essa liberdade, idiota!

- Desculpa, mas não resisti.

Como ele chegou mais perto, aquele perfume tomou suas narinas novamente, suas mãos tremiam e ela estava atônita. Tentou encontrar motivos para não sentir raiva ou medo, tentou se lembrar da liberdade que tinham em seu namoro, apesar de ela nunca a ter usado. Diogo percebeu sua confusão e ficou parado, admirando. Aquilo nunca tinha acontecido, nunca! Aquele tesão, aquela vontade de deixar acontecer. Natasha nunca havia sentido aquilo a não ser com David. E se ele ficar triste? – Pensava ela.

- Só quis admirar seu rosto.

- Cala a boca, sai daqui!

- Acho que não.

Diogo se sentou ao seu lado e esperou que ela lhe olhasse nos olhos. Então pediu desculpas novamente e ela aceitou. Começaram a conversar e ela foi se abrindo, dizendo que nunca traíra seu namorado e que ficaria muito mal se fizesse. Ele insistia aos poucos e ela desviava para outro assunto. Como estavam próximos, Diogo pegou a mão dela e começou a fazer uma espécie de massagem. Ela ameaçou puxar o braço por reflexo, mas acabou deixando, sentindo sua vagina umedecer com aquela atitude.

- Você deve ficar com muitas meninas aqui.

- Parece? Não fico não. É difícil alguma me chamar a atenção

- Aham, vou fingir que acredito. Olha, meu namorado pode chegar a qualquer momento e vai estranhar você aqui.

- Tudo bem, mas eu te vejo de novo?

- Vamos ficar aqui quinze dias, já te falei.

- Ok então.

Diogo se inclinou e deu um beijo no cabelo de Natasha, que permitiu sem saber o motivo. Enquanto ele caminhava para a orla, ela não resistiu e olhou para ele, admirando-o enquanto ia embora. Levou alguns minutos até David chegar a cumprimentando com um selinho, fazendo quem estava em volta se perguntar por que ela não fizera nada para impedir aquele outro cara. Nath ficou constrangida imaginando o que pensariam, mas logo se lembrou que estavam praticamente do outro lado do país, então não havia risco de “cair na boca do povo”.

O dia correu tranquilamente, ambos se divertiram na areia da praia e no mar. No lugar do almoço, preferiram comer porções e besteiras na praia. Natasha nem se lembrava de Diogo, só queria curtir aquele momento com o seu amor.

À noite conversavam sobre sair para jantar em um dos restaurantes da orla da praia e David sentiu vontade de ir de mulher. Seria a primeira vez que sairia assim em público e isso o deixava em choque. Por outro lado, Natasha se sentia curiosa, pois nunca havia conhecido a “Larissa” e desejava conhecê-la.

- Deixa de ser bobo amor, estamos a quilômetros, muuuitos quilômetros de casa. Ninguém aqui vai nos reconhecer.

- Sei la, conversar sobre isso é mais fácil do que fazer.

- Estou louca pra conhecer minha amiga, me apresenta ela amor!!!

- Promete que não vai ficar encanada?

- Aff, até parece. Já sei até que você deu pra homem casado...

- Sabe, mas não me viu montada. É diferente.

- Não tem como saber se eu não ver. Vá tomar banho e pare de frescura, hoje a Larissa vai passear na rua.

David pegou uma gillete e foi tomar banho. Raspou todos os pelos de seu corpo e ficou inteiramente liso. Depois, pediu para Natasha tomar banho enquanto ele se arrumava. Pedindo para ela não sair do banheiro enquanto ele não dissesse que poderia. Quando ela fechou a porta do banheiro, ele respirou fundo e disse a si mesmo.

- Pois é, você sempre quis isso David, chegou a hora.

Muito nervoso, escolheu as roupas. Uma lingerie branca, calcinha fio dental e sutiã com bojo combinando, ambos de rendas. Um shortinho jeans, cintura alta, branco e extremamente curto. Uma blusinha rosa gola V com pano leve, que quase cobria o shortinho deixando apenas um pedacinho. Pros pés uma melissa Flox, rasteira, nude, que havia comprado há pouco tempo. Após prender as bolas no seu corpo com fita micropore, David iniciou o processo para se tornar Larissa. Vestiu a lingerie, o shortinho, passou um desodorante feminino e vestiu a blusinha. Foi até o espelho e começou a se maquiar. Como era um passeio tranquilo, não carregou muito na maquiagem, preferindo algo leve com um batom clarinho para não ficar muito chamativo. Passou um perfume de sua namorada, colocou a peruca e calçou a melissa. Quando se olhou no espelho, David, que agora era Larissa, ficou maravilhada. A peruca ia até o meio das costas com um cabelo preto e liso. Na frente, uma franja saía do lado esquerdo até o lado direito, transformando a aparência dela em uma coisa fofa e feminina.

- Pode sair? – Gritou Nath do banheiro.

Um choque percorreu o peito de David.

- P... Pode.

A porta do banheiro se abriu e Natasha passou por ela enrolada em uma toalha, mas travou. Quando olhou para onde deveria estar seu namorado, havia em pé uma piriguete emo com franjinha, a encarando.

- Noooooooossa.

- Está muito ridículo? – David transpirava insegurança.

- Amor, você fica muito diferente assim, nunca imaginei isso. Olha essas pernas com esse shortinho...

- Mas está bom? – Insistiu ele.

- Está sim, só achei esse shortinho um pouco biscate demais. – Quando disse isso, Nath lembrou-se que tinha deixado outro cara flertar com ela mais cedo.

David riu, visivelmente nervoso.

- Amor, relaxa. Você vai sair e ninguém vai te julgar. Se repararem em você, lembra que daqui alguns dias vamos voltar pra nossa cidade e eles nunca mais nos verão.

- Tudo bem, vou tentar relaxar.

- Vou parecida com você. Seremos amigas tá? Se alguém perguntar, não diga que somos namorados. Ou namoradas né?.

- Pode deixar.

Larissa se sentou na cama sentindo o fio da calcinha pressionar sua bunda e ficou admirando sua namorada, por ora amiga, se arrumando. Natasha se vestiu realmente de forma parecida. Shortinho branco, blusinha preta e sapatilhas pretas nos pés. Enquanto ela se arrumava, Larissa lembrava que logo logo sairia daquele quarto como mulher, como sempre quis. Mas isso não impediu de sentir medo. Tinha medo de apanhar, de ser ridicularizado, de ser chamado de viadinho, e outras coisas. Ao mesmo tempo, lembrava-se do lema que adquiriu para sua vida: “Se for pra ter medo de viver, pra que viver?”.

Natasha terminou de se vestir e olhou para seu namorado, que agora era uma amiga.

- Lari, vamos?

- É estranho você me chamando assim.

- Para de ser besta, já entrei na brincadeira Larissa. Vê se não estraga.

- Tudo bem então amiga. – Larissa procurou afeminar a voz, mas o nervosismo atrapalhou.

Ao passarem pela porta do quarto, Larissa sentiu seu peito apertar pelo medo, quase sufocando sua respiração. Natasha percebeu.

- Lari, coloca na sua cabeça que você está a mais de mil quilômetros da sua casa, ninguém imagina o que você está fazendo aqui.

Larissa ainda não tinha pensado na distância, realmente era grande. Isso a tranquilizou.

- Tudo bem, vamos.

Natasha trancou a porta do quarto e deu a chave à Larissa.

- Você entrega ao recepcionista.

- Tá louca?

- Vai, senão você não vai acostumar nunca.

Juntas, desceram as escadas até o saguão do hotel. Natasha foi para fora enquanto Larissa, rebolando, foi até a recepção. Tremendo, entregou as chaves ao recepcionista, que ficou encarando como se não entendesse o que via. – Aquele cara é essa garota? – pensou ele. Dava pra ver que era um homem, provavelmente o namorado daquela garota linda que saíra antes, mas a mudança foi incrível. Apesar da surpresa, aquele trabalho havia mostrado com o tempo que aquilo era perfeitamente possível, já vira inúmeras transformações do tipo ocorrerem entre formandos e viajantes de diversas idades.

- Como posso te chamar? – Indagou o funcionário, seguindo o protocolo.

Larissa travou, não esperava por isso.

- Larissa. – Disse afeminando a voz.

- Tudo bem então Larissa, aproveitem o passeio.

- Obrigada! – Respondeu ela se voltando à porta e saindo rápido. Estava tão em choque que nem reparou que havia mais pessoas no saguão olhando a cena.

Ao sair, Natasha ria do nervosismo da amiga. Após Larissa contar o que aconteceu, Natasha a tranquilizou mais ainda.

- Viu? Ninguém te tratará como monstro. Você ficou linda e aqui isso deve ser comum.

- Vamos passear então amiga.

Juntas, as duas saíram pelas ruas. Larissa se sentia cada vez mais a vontade em seu papel, se sentia livre e completa. Sempre desejou aquele momento, mas nunca imaginou que seria tão gostoso ser “ela” em público. O fio da calcinha apertava sua bunda coberta no limite pelo shortinho. As melissas extremamente confortáveis cheiravam a tutti-frutti e o Britney Spears doce em seu pescoço denunciava o quanto ela queria se sentir desejada. Caminhavam conversando como amigas, Larissa já bem afeminada. Chegaram à orla da praia e decidiram caminhar ouvindo o som do mar enquanto escolhiam onde jantar. As duas atraíam olhares de todos. Ora de desejo, hora de dúvida, ora de homens que riam quando percebiam que aquela garota de shortinho era na verdade ele. Riam, mas olhavam para as pernas dela.

Após caminharem, decidiram por uma pizzaria muito bonita. Ao entrarem, Larissa foi novamente surpreendida, pois o garçom a tratou com extrema naturalidade.

- Boa noite senhoras, aqui está o cardápio.

Larissa arrumou a franja de forma bem feminina, e agradeceu no feminino enquanto pegava o cardápio delicadamente das mãos do homem. Natasha achou graça da mudança que ocorrera com seu namorado. Escolheram uma pizza de calabresa e uma garrafa de cerveja. Enquanto permaneceram ali, atraíram olhares da mesma forma que na orla da praia, mas em nenhum momento foram hostilizadas ou ofendidas por alguém, muito pelo contrário. O garçom que as atendera se dirigiu à mesa e disse de forma discreta para que ninguém mais ouvisse, se voltando à Larissa.

- Se a senhora precisar usar o banheiro, a casa autoriza o uso do banheiro feminino.

- Nossa, muito obrigada. – Disse ela surpresa.

Natasha sentiu uma pontada de ciúmes. Como assim o namorado usaria um banheiro que poderia ter mais mulheres? Mas entendeu que seria o melhor a se fazer. Após terminarem de comer e após uma garrafa e meia de cerveja, Larissa precisava urinar urgentemente. Levantou-se e entrou um tanto constrangida ao banheiro feminino com medo de ser hostilizada por algum namorado ou marido. Urinou, se arrumou e saiu sem qualquer problema. De volta às ruas, as amigas continuaram passeando, agora um tanto altas pelo efeito do álcool. O mesmo álcool transformou ainda mais Larissa, que ficou muito mais feminina e desinibida. Decidiram se sentar em um banco e observar o mar. A orla estava cheia, e não demorou para um rapaz se aproximar e cumprimentar as duas com beijos no rosto.

- De onde vocês são?

- Sertãozinho, e você?

- Sério? Sou de São Paulo, capital.

- Nossa, que legal.

Larissa conversava com o rapaz, visivelmente interessada. Era um rapaz comum, até que bonito.

- Eu e meu amigo achamos vocês muito bonitas.

- Obrigada!

- Aqui tem muitas como você, logo logo você vai perceber – Se dirigiu à Larissa.

- Tomara mesmo, porque estou me sentindo diferente.

- Diferente por quê? Você está linda e o pessoal que viaja pra cá é muito mente aberta. Vocês são amigas ou namoradas?

- Amigas. – Adiantou Larissa, com uma rapidez que impressionou Natasha.

- Nossa, muito bom! Que tal uma parceria? Fiquei doido pra ficar com você e meu amigo quer ficar com a sua amiga. Ele está ali.

Todos olharam para um outro cara que estava há alguns metros e se aproximou como se recebesse a permissão. Larissa olhou para Nath com o olhar de “vamos?”, mas percebeu que ela não toparia.

- Vai lá amiga, eu fico aqui.

- Fica com ele, ele é lindo – e de fato era.

- Não Lari, não insiste.

- Que pena.

Olhando para o rapaz que as abordou, Larissa continuou.

- Ela não quer, mas eu quero.

O rapaz olhou para o amigo como se tivesse ganhado alguma disputa e então respondeu.

- Azar o dele, vem.

André era o seu nome. Larissa se levantou e os dois foram para baixo de um quiosque fechado. Ele a olhou nos olhos por um tempo e então aproximou sua boca. Os lábios se tocaram e Larissa aceitou a língua daquele homem, respondendo com a sua também. Natasha olhou para o lado e viu seu namorado, agora Larissa, de shortinho, melissas, blusinha rosa, com um dos pés na ponta dos dedos ao amasso com outro homem. Apesar de o local estar escuro, Natasha podia ver claramente as mãos do cara apertando o shortinho com tanta força que quase a tirava do chão. Larissa beijava aquele homem com um desejo incrível. Seus braços se cruzaram atrás da nuca dele e sua língua passeava por aquela boca enquanto sentia uma mão tentando atravessar seu shortinho. Demonstrando seu papel de homem, André segurou a cintura dela e a prensou contra a parede enquanto se beijavam, fazendo a cdzinha suspirar tão alto de tesão que Natasha pôde ouvir. Ninguém reparava nos dois ali, pois estavam em um canto muito escuro, fechado, e do lado contrário ao da calçada (mais próximo do mar), que era onde as pessoas estavam. O amigo de André já tinha sentado ao lado de Natasha na esperança de convencê-la a ficar com ele, mas depois de perceber que seria em vão, decidiu assistir àquela cena junto com ela.

Larissa e André reduziram o ritmo. Se beijavam de língua, paravam, conversavam um pouco, trocavam selinhos e logo voltavam a se beijar. A cueca dele evidenciava seu desejo enquanto Larissa ficava feliz por sua calcinha ser tão resistente, não deixando aparecer nada. Durante esse encontro íntimo, André lhe confidenciou ser bissexual e ter uma preferência muito grande por travestis e crossdressers. Larissa brincou dizendo “sorte a minha né?” e ambos riram. Ela perguntou o que seus amigos achavam e ele disse que em São Paulo isso era visto com certa naturalidade pelos jovens, exceto alguns casos. Larissa sentiu uma leve invejinha, pois no interior isso é pouco aceito e a maioria rejeitaria os dois por suas orientações, principalmente ela por ser crossdresser. Ela sentia seu pênis melando a calcinha e não queria mais parar de ficar com ele, então tentou prolongar a noite.

- Vamos tomar um açaí ou sorvete?

- Vamos sim, e sua amiga?

- Ela vai conosco.

- Meu amigo ficou louco pra ficar com ela.

Larissa sabia que Natasha era muito reservada quanto a isso.

- Vou ser sincera, acho difícil ele conseguir viu...

- Não tem problema, a gente aproveita.

Ambos saíram do quiosque de mãos dadas, o que gerou certo ciúmes em Natasha. Beijar outro cara tudo bem, mas ficar de mãos dadas era muito íntimo. André se adiantou e disse que os dois queriam tomar açaí, convidando Natasha e Leonardo, seu amigo. Natasha aceitou, ainda que contrariada devido ao ciúmes. Assim, os quatro saíram caminhando pela orla da praia, com Larissa e André de mãos dadas o tempo todo, conversando e rindo como namorados. Ela rebolava, gesticulava, falava e agia como uma garota. André a tratava como mulher tão naturalmente que Larissa esqueceu por um tempo sua condição. Durante o trajeto, os dois trocavam selinhos e risadinhas fazendo o ciúme de Natasha aumentar. Leonardo tentou insistir mais um pouco, sem saber que o mau humor de Natasha, ainda que disfarçado, havia impossibilitado qualquer chance de aproximação. Encontraram um local que vendia e compraram os açaís, optando por caminhar enquanto saboreavam aquela delícia.

Ao avistarem dois bancos livres bem em frente à areia da praia, o casal recém-formado chamou os outros dois até lá. Larissa e André sentaram-se lado a lado em um banco, extremamente próximos. Natasha sentia muito ciúmes vendo os dois conversando, um dando açaí na boca do outro, rindo, agindo como um casal. O ciúme fez com que ela chegasse ao ponto de pensar que talvez seu namorado fosse querer ser Larissa para sempre, pois parecia estar tão feliz...

Após terminarem seus açaís, Larissa se virou para André com as pernas dobradas de lado como uma menina e procurou sua boca dando início a um novo beijo. André passava a mão nas pernas pouco cobertas pelo shortinho enquanto a mão dela se apoiava em seu peitoral. As línguas se entrelaçavam e ela dava gemidinhos baixos de prazer, principalmente quando seus lábios eram mordidos de leve por ele.

- Você é tão linda...

- Você fez minha noite ser incrível André, obrigada!

Essas palavras foram ditas aos sussurros, o que impediu Natasha de conseguir ouvir. Pararam de se beijar e Larissa disse que tinham que ir embora, pois estava tarde. André insistiu para ficarem, mas ela sabia que precisavam ir para não terem dificuldade de acordar cedo no outro dia. Larissa se levantou e André a seguiu, Natasha e Leonardo também. Com um longo selinho seguido por um tímido beijo de língua, Larissa e André se despediram. Natasha deu um beijo no rosto de cada e se retirou com sua amiga. Quando as duas já estavam alguns metros a frente, André correu até Larissa e pediu seu número de whats, mas ela negou dizendo que não usava whats pra isso. Como se fosse um adeus, André a abraçou novamente e ambos se beijaram na frente de Natasha, fazendo seu peito arder de raiva. Após, enquanto caminhavam em direção ao hotel, Larissa perguntou o que havia de errado com Natasha.

- Nunca imaginei que você fosse assim. – Disse ela parando de andar.

- Assim como?

- Não sei, estou confusa, me deixa.

- Explica Natasha!

- Você estava tão... tão... – Seus olhos brilhavam.

- Gay? Viado? Bicha? Isso que você quer dizer Natasha? Fala logo.

- Não amor, feliz. Você estava feliz sendo a menina dele. Tenho medo de você não me querer mais.

Ao dizer isso, uma lágrima escorreu dos olhos dela.

- Amor, já te expliquei que gosto de me sentir mulher quando estou assim. O fato de estar vivendo isso com você ao meu lado melhora tudo, mas se quiser terminar, vou entender.

- Não quero terminar, só fiquei assustada. Só não quero te perder.

- Você não vai me perder Natasha, eu também não vivo sem você. Vamos embora, amanhã você estará bem.

Sem perceber, Larissa não conversou como homem, agia e falava o tempo todo como menina. Inclusive nos gestos e postura corporal. Após, em silêncio, ambas voltaram a caminhar rumo ao hotel. No saguão, Larissa pediu a chave já sem qualquer vergonha, agindo como mulher. Ela estava excitada por causa daqueles beijos, por toda a situação.

Ao chegarem ao quarto, Natasha tirou sua roupa e deitou de calcinha, dormindo rapidamente como ela sempre fazia. Larissa se olhou no espelho e ficou se admirando. De shortinho, melissas, bem menina. Tinha saído às ruas assim pela primeira vez e ainda passou momentos maravilhosos com outro cara. Tirou as sandálias, a blusinha, o shortinho e se viu com a peruca e lingerie branca. Não aguentou e foi até o banheiro, sentou no vaso e se masturbou lembrando aqueles momentos e imaginando coisas a mais. Após o orgasmo e o fim do efeito da bebida, a razão tomou conta e Larissa percebeu que sua namorada devia estar muito confusa e triste. Tirou a peruca e a lingerie, tomou um banho rápido, guardou tudo e deitou-se de cueca ao lado da namorada, adormecendo em pouco tempo.

Acordaram no outro dia por volta das 09h e David percebeu que Natasha ainda estava mal.

- Amor, senta aqui.

Ela se sentou.

- Quer me falar alguma coisa?

- Quero. Você tem certeza que gosta de mim? – Ela estava bem triste, com vontade de chorar.

- Claro amor, por que a pergunta?

- Não sei, ontem você estava tão feliz sendo mulher. Tem certeza MESMO que não quer ser uma definitivamente?

- Ontem eu já te falei que não. Fica bem amor, vamos curtir a viagem.

Ambos se abraçaram e se vestiram para o café da manhã. Natasha ainda estava triste, mas foi se reanimando com o tempo, pois via que seu namorado voltou a agir normalmente como homem. Era como se fosse uma dupla personalidade. Após o café, tomaram um banho e desceram para a praia. Era sábado e talvez pudesse rolar uma balada à noite.

- Vamos caminhar um pouco Nath?

- Vamos!

Estava um lindo dia ensolarado, ótimo para dar uma caminhada. Os dois pegaram seus chinelos nas mãos e caminharam tocando os pés na água. Enquanto caminhavam de mãos dadas, Natasha pensava no que estava rolando com o Diogo e se eles se veriam novamente, pensava em seu namorado vestido de mulher beijando um cara na noite anterior e no que mais aqueles quinze dias proporcionariam. “Que viagem louca”. Nath olhava para todos os lados na esperança de ver Diogo. Ela sabia que amava seu namorado, mas aquela atração estava muito forte e ela queria pelo menos vê-lo novamente, o que não aconteceu. Retornaram até o ponto que ficavam e passaram o dia aproveitando a praia, comendo porções, tomando batidas, comentando sobre os rapazes, etc. Natasha aproveitou um momento em que David comentou sobre um bombadinho que passara por eles e resolveu se abrir.

- Amor, preciso te contar uma coisa.

- Pode falar.

- Lembra que nós fomos comer açaí quinta a noite quando chegamos aqui?

- Sim, o que tem?

- Quando você foi na fila, um cara puxou assunto comigo e deu em cima de mim.

- E ae?

- E ae que ontem ele veio aqui quando você foi correr e deu em cima de mim de novo.

Apesar de já ter imaginado Natasha dando para outro inúmeras vezes, David não conseguiu impedir um sentimento de ciúmes que brotou em seu peito.

- E você gostou dele?

- Então amor, gostei sim.

Natasha estava muito nervosa e com medo. Não sabia qual seria a reação do namorado ao saber que outro cara lhe atraíra apesar do próprio David tê-la incentivado diversas vezes a ficar com outro. David estava com ciúmes, mas sabia esconder bem seus sentimentos e conversou tranquilamente.

- Só toma cuidado Nath, você não conhece ele.

- Ele disse que mora aqui, mas também não sei se acredito.

- Se mora ou se não mora, cuidado. De resto, aproveita a liberdade desse namoro e se proteja se fizer alguma coisa.

- Pode deixar amor! - Natasha estava feliz.

- Outra coisa Nath, não quero saber os próximos passos disso ta? Que seja uma espécie de segredo, só quero descobrir algo depois que acontecer. Mas não me esconda nada.

- Claro!

Ambos trocaram um selinho de cumplicidade e voltaram a aproveitar o dia até o fim da tarde. Quando retornaram ao hotel, o recepcionista do dia já tinha saído e aquele que conhecera a Lari já tinha entrado. Ele olhou para David como se não acreditasse que aquele rapaz se tornara aquela garota. David sorriu e pediu a chave do quarto. Quando o atendente a entregou, David perguntou se havia alguma balada boa que eles pudessem ir.

- Balada comum ou LGBT?

Natasha olhou em volta, mas estavam sozinhos.

- Balada LGBT? Como assim? – Indagou David.

- Tem uma que o pessoal fala muito bem. Vou passar o endereço de três que os clientes sempre elogiam, uma delas é LGBT.

O recepcionista pegou um papel com alguns nomes e endereço, copiou três deles e entregou a David. Um dos lugares estava marcado e o atendente disse que aquela era a LGBT, muito famosa por ali. Encantados pelo atendimento, os dois subiram até o quarto para decidirem a qual balada ir.

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