Amor além do tempo ㅡ Cap 04

Um conto erótico de LuCley.
Categoria: Homossexual
Contém 5498 palavras
Data: 05/08/2018 19:34:12

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Me vendo emocionado pela surpresa de vê-lo ali, bem na minha frente, ele largou a mochila no chão e veio até mim. Fiquei sem entender absolutamente nada, mas minha alegria era tão grande, que o prendi em meu abraço. Eu estava emocionado demais. Nossos corpos se chocaram com força e senti suas mãos percorrendo minhas costas. Eu vestia apenas um short de futebol. Girei com ele em meus braços, ainda sem acreditar no que via.

Eu tentava absorver cada detalhe daquela cena. Ele alí, em meus braços e largando seu corpo no meu pela exaustão de horas de voo.

Senti seu cheiro e como era bom poder estar com ele. Senti seu hálido de trident quando seus lábios tocaram meu rosto e me encarava sorrindo ㅡ parecia mais feloz que eu. E acho que ele estava.

ㅡ Cado! Você voltou, cara! ㅡ disse com meu rosto embebido em lágrimas e ele me abraçava o mais forte que podia.

ㅡ Lipo! Bom chegar em casa e olhar esses olhos de novo. Porra, não me solta! Fica assim!

ㅡ não solto, cara! Minha nossa, você está aqui...

ㅡ avisei que estava chegando, não avisei? Porque todo esse espanto?

Segurei seu gosto e lhe dei um beijo na testa. Nos abraçamos novamente. Ele limpava minhas lágrimas e ajeitou meu cabelo.

ㅡ minha nossa! Cado, é você mesmo? ㅡ disse ainda meio incrédulo e ele sorria feito um bobo.

ㅡ claro que sou eu! Quem mais seria?

ㅡ eu não sei...você disse que viria no início do ano que vem...

ㅡ disse, mas resolvi te fazer uma surpresa. Posso entrar?

ㅡ melhor das surpresas, minha nossa! Claro que pode entrar...a casa é sua, man! Está com fome? Com sede? Está cansado? Vou arrumar uma toalha pra você tomar banho e vou fazer alguma coisa pra gente comer... ㅡ eu estava eufórico e ele me puxou pelo braço.

ㅡ senta aqui, garoto! Está fora de si?

ㅡ acho que sim! É você mesmo! Eu preciso de outro abraço pra ter certeza, cara.

Ele se levantou e abriu os braços me recebendo novamente.

ㅡ me deixa ficar nesse teu abraço pra sempre, Cado? Poxa vida...sonhei tanto com teu retorno. ㅡ disse e ele sorria de uma forma deliciosa.

ㅡ rsrs, pode ficar. Porque eu também não quero sair dele. Que saudade de você, Fillipo. Que saudade! Também sonhei com esse dia. Poder olhar em seus olhos de novo e estar nesse teu abraço apertado.

ㅡ senti tanto a tua falta. Passei por tantas coisas e queria que você estivesse aqui.

ㅡ agora estou! Eu disse que viria pra tua formatura...promessa cumprida!

ㅡ disse sim! Bom estar contigo de novo, cara.

ㅡ te digo o mesmo. E esse cabelão aí?

ㅡ andei tão ocupado que não tive tempo de cortar, mas acho que vou amanhã.

ㅡ cortar? Não...fica assim!. Você está lindo demais com esses cachos. Nem sabia que seu cabelo era assim. Está bronzeado, te caiu bem esse tom de pele; realça o azul dos teus olhos. E cara, que saúde heim? Corpaço! Andou malhando mesmo, heim safado?! Gostei! Fez a lição de casa direitinho!

ㅡ viu só? Culpa sua! Bem que você falou que iria me distrair durante os estudos.

ㅡ é bom te ver bem!

ㅡ senta aí que vou pegar um suco pra gente beber. Achei uma lazanha no freezer de vinte anos atrás e coloquei no forno agora pouco. Janta comigo?

ㅡ claro! Te acompanho no suco e na lazanha. Me serviram uma palhaçada de jantar no avião que não consegui nem engolir.

ㅡ ué, não servem comida boa na primeira classe não?

ㅡ kkkkk, e já viu rico comer até o botão da calça estourar? Gosto de comer um bom churrasco, lazanha e mocotó de boi, comida de sítio e uma boa macarronada com maionese. Quer coisa melhor?

ㅡ kkkkk, ainda bem. Porque amanhã não vou passar fome contigo. Já que vai me levar pra almoçar fora.

ㅡ mas eu nem bem cheguei e já tenho etinerário? kkkk ㅡ respirei fundo e ele me olhou de uma forma que a vontade que eu tinha, era de dizer que o amava.

ㅡ se você tiver algum compromisso, a gente deixa pra outro dia.

ㅡ rsrs, bobo...eu estava brincando. Vou te levar aonde você quiser.

ㅡ ah que bom, vou abusar de você! Kkkk Quer beber um pouco de suco agora?

ㅡ quero, por favor!

Fui até a cozinha, servi o suco, dei uma olhada na lazanha e quando voltei pra sala, ele estava na sacada e olhava a cidade do alto.

Fiquei ao seu lado e lhe ofereci a bebida. Me sentei na espreguiçadeira e ele estava tão bonito. Em nada tinha mudado e sua jovialidade permanecia. Adorava o modo como se vestia; não muito formal, mas me atiçava somente em vê-lo em um jeans justíssimo e camisa de botão. Ele bebeu o suco e se sentou em uma banqueta de frente pra mim.

ㅡ saudade disso tudo. Tem problema se eu ficar aqui, contigo?

ㅡ problema? Aqui é sua casa, Cadão!

ㅡ não quero atrapalhar seu sossego...

ㅡ não vai me atrapalhar. Pelo contrário. Passo muito tempo sozinho nesse apartamento e é tão ruim não ter com quem conversar. Agora me fala: você disse que estava na Ásia...

ㅡ e estava, isso não menti. Mas voltei aos Estados Unidos só para pegar alguns documentos e objetos pessoais. A casa que eu morava era mobiliada. De meu, só tinha as roupas e documentos, notebook e meu carro que já tinha sido vendido quando fui pra Ásia. Mas não quero falar disso agora não. Quero saber como você está e tomar meu banho daqui a pouco.

ㅡ onde estão suas coisas?

ㅡ tudo na portaria. Depois desço e pego.

ㅡ vem comigo, vou te dar uma toalha e conversamos melhor.

Entreguei a toalha pra ele e o vi entrando no banheiro social. Pedi que usasse sua suíte, afinal, o apartamento era dele e passando por mim, fez um carinho no meu rosto e deslizou a mão até minha cintura me levando consigo em um abraço.

Ele encheu a banheira e mergulhou nela. Me pediu pra pegar uma cadeira e ficamos conversando enquanto ele relaxava.

Me lembrei da lazanha, desliguei o forno e quando voltei à suite, ele estava se secando.

Tentei não reparar em seu corpo, mas meus olhos o buscava a cada movimento que ele fazia.

Vi pernas que pareciam duas pilastras de mármores que sustentavam um tronco forte, braços muito bem trabalhados na academia, mas sem exageros e uma bunda que me fez morder os lábios e me imaginei entre suas nádegas. Um bundão de parar quarteirão. Gostei demais!

Disse que a lazanha já estava pronta e se virou pra mim secando os cabelos. Quase tive um treco alí mesmo, mas me segurei pra não babar demais, ou ficaria duro na frente dele.

ㅡ vou fazer uma salada pra gente. É rapidinho. Espera?

ㅡ claro. Vou ligar a tv pra ver o quê está acontecendo nesse país.

ㅡ ih rapaz, não perdeu nada. A mesma roubalheira de sempre.

ㅡ eu via algumas manchetes nos jornais de lá...filme?

ㅡ pode ser. Aqui, prontinho! Vou te servir pra voltar sempre.

ㅡ kkkkk, você é uma figura!

ㅡ você me disse isso quando eu tinha catorze anos.

ㅡ não me lembro.

ㅡ mas disse!

ㅡ impressão minha ou está mais alto que eu?

ㅡ se você ainda tem 1,80, então eu te passei. Estou com 1,87.

ㅡ pouca coisa kkkk.

ㅡ que faz toda a diferença kkkkk.

ㅡ em que sentido?

ㅡ sei lá, em uma luta talvez.

ㅡ só lutando pra saber!

ㅡ jura? Eu sou roçeiro, rapaz! Já carreguei muito peso nessa vida. Pra derrubar um mauricinho como você vai ser moleza. Vai encarar?

ㅡ kkkkk, outro dia. Hoje eu só quero dormir. Estou morto!

Jantamos e descemos pegar suas malas. Certamente ele teria pago por excesso de bagagem.

Ajudei ele colocando tudo em qualquer canto da sala mesmo e fui até seu quarto pegar meu cobertor.

Ele me viu indo deitar no quarto de hóspedes e me parou no corredor.

ㅡ aonde vai?

ㅡ dormir! E nem me olha desse jeito. Você cruzou meio mundo pra chegar até aqui e está acabado. Então, dorme na sua cama.

ㅡ obrigado, Lipinho!

ㅡ imagina. Sabe, que papo mais furado aquele de retiro heim?

ㅡ kkkkkk, tive que montar um plano estratégico pra você achar que eu estava sem comunicação. Desculpa!

ㅡ está perdoado! Vou sair bem cedo e volto pra almoçar. Meu dia vai ser corrido, você me deve um almoço, não esqueci. À tarde tenho estágio, mas volto no fim do dia. Ah, melhor surpresa que já tive na vida. Muito obrigado! Você é incrível!

ㅡ sabia que ia gostar. Obrigado, pelo jantar e pela recepção maravilhosa.

ㅡ você merece né, Cadão?! Boa noite!

ㅡ boa noite!

Me deitei sem acreditar que ele estava ali no quarto ao lado. O filho da mãe me enganou direitinho e me senti tão especial em saber que me preparou uma surpresa. Logo cedo me levantei e tive que ir até a suíte pra pegar meus produtos de higiene pessoal.

A porta do quarto estava destrancada. Entrei bem devagar e ele dormia profundamente agarrado ao meu travesseiro. A claridade que vinha da janela iluminava seu corpo de uma forma maravilhosa. Fechei as persianas devagar e o cobri com a manta que estava caindo da cama.

Ele se mexeu, mas não acordou. Voltei pro quarto de hóspedes e me arrumei rápido pra faculdade.

Assim que cheguei fui conversar com meu orientador e mostrar a ultima parte que faltava do meu TCC. Ele disse que estava ótimo e eu só precisaria corrigir alguns erros de português e, mandar imprimir e encadernar.

Minha aula terminou um pouco mais cedo. Meu professor de Bioclimatologia precisou faltar e fui direto pra casa me arrumar pro estágio à tarde.

Assim que cheguei fui pra suíte e o Ricardo ainda dormia. Ele deveria estar mesmo cansado, mas eu precisava trocar de roupa e tudo que era meu estava no quarto dele.

Na ponta dos pés, abri a porta e quando estava no armário pra pegar uma roupa, ele acordou me dando boa tarde.

ㅡ te acordei, Cadão! Foi mal!

ㅡ eu já estava meio acordado. Só estava matando tempo. Que horas são?

ㅡ onze e meia. ㅡ ele se sentou na cama e com as pernas pra fora se levantou vindo até mim.

ㅡ vou pedir um almoço pra gente. Dá tempo? ㅡ ajeitou meu cabelo pro lado e arrumou a gola da minha camisa.

ㅡ dá sim! ㅡ o vendo só de cueca boxer, resolvi brincar.

ㅡ mas que saúde heim?! Fala de mim, mas está muito bem!

ㅡ hahah, você é muito encantador, mas já estive melhor.

ㅡ deixa de ser modesto, Cado. Você sabe que está ótimo. Se eu chegar na sua idade com esse corpo massa, está é bom demais. Já te falei isso.

ㅡ valeu. Eu te olho e não consigo acreditar que tem só vinte e três anos.

ㅡ tenho vinte e três, mas minha alma é velha. Uma amiga me fala muito isso.

ㅡ mas é bom ou ruim?

ㅡ por um lado é bom. Nunca me meti em confusão justamente por saber as consequências que me trariam.

ㅡ está certíssimo. Liga no restaurante da esquina e pede um almoço pra gente?

ㅡ ligo sim.

Troquei de roupa e o almoço chegou. Almoçamos e perguntei se ele ia sair, mas disse que ia aproveitar o dia para dormir.

Suas malas ainda estavam na sala e foi até uma delas a abrindo.

Tirou umas roupas, uma caixa grande e dentro havia uns documentos e uma caixa menor. Veio até mim e me entregou.

ㅡ comprei pra você na Suíça, abre!

ㅡ caramba, que relógio maneiro.

ㅡ sabia que ia gostar, é a tua cara. Tenho mais algumas coisas que comprei pra você, mas quando chegar, a gente abre tudo isso aí. Está naquela mala gigante, igual você.

ㅡ kkkk, muito obrigado. Posso te dar um abraço? Porque é a única coisa que tenho. Sou pobre, cara kkkk.

ㅡ kkkkk, vem cá!

Eu o abracei e senti o cheiro bom de perfume em seu pescoço e ele fez um carinho gostoso nas minhas costas. Retribui o gesto com a mesma intensidade. Ele sorriu e se levantando, levou nossos pratos até a cozinha.

Quando voltou, eu estava deitado no sofá e perguntou o quê eu faria no feriado de dois de novembro. Disse que ficaria em casa e ele se sentou na ponta do sofá, levantando minhas pernas e colocando em cima das suas.

ㅡ pensei em te levar na fazenda. ㅡ senti sua mão em minha canela e ficou brincando com os pelos da minha perna.

ㅡ poxa, claro! Eu queria ver meus pais mesmo e três dias lá vai ser bem bacana. Seu pai sabe que voltou?

ㅡ claro, todo mundo sabe.

ㅡ kkkk, só eu que não.

ㅡ ainda bem que não, ou eu não teria aquela sua reação tão incrível de ontem.

ㅡ rsrs, ah cara...você gosta de me deixar sem graça.

ㅡ kkkkk, gosto! Fica tão bonitinho.

ㅡ kkkkk, bonitinho? Vou te mostrar o bonitinho...

Eu ia me levantar e ele segurou minhas pernas. Me sentei e ele me puxou. Passei meu braço em volta do seu pescoço lhe dando uma gravata, mas ele se soltou e veio por cima de mim. Não sei como fiz, mas o girei sobre o sofá e ele se soltou, mas segurei seus braços sobre sua cabeça e me sentei em cima dele com minha perna direita no chão e a esquerda dobrada entre ele e o sofá.

ㅡ porra, você é muito forte. ㅡ ele disse rindo e soltei seus braços ainda sentado sobre ele.

ㅡ vou te dar essa colher de chá, Cadão!

ㅡ desistiu?

ㅡ não bato em idoso.

ㅡ kkkkk, cara...não fode!

Ele veio pra cima de mim e conseguiu me derrubar no chão da sala. Ficou sobre mim, mas girei com ele e lhe dei um gravata por trás novamente.

ㅡ porra, chega...vai me destruir assim.

Me deitei no chão o trazendo comigo e o soltei. Ficamos olhando pro teto e ele ria feito criança.

ㅡ não tenho mais idade pra isso. Kkkkkk

ㅡ kkkk, percebi.

ㅡ kkkk, filho da mãe!

ㅡ não mexe comigo kkkk. ㅡ disse e ele me encarou. Perguntei se estava tudo bem e ele sorriu.

ㅡ está tudo bem, eu só estou tentando lidar com o fato de você estar tão gato.

ㅡ cuidado pra não se apaixonar, Cado. Às vezes esse tipo de coisa acontece.

ㅡ talvez eu não consiga resistir ao seu charme. Não seria tão difícil assim... ㅡ nessa hora quase me abri com ele, mas me levantei.

ㅡ preciso ir, man!

ㅡ mas já? Bom...eu vou arrumar umas coisas aqui pelo apartamento. Vai mesmo viajar comigo?

ㅡ claro que vou! Posso te pedir uma coisa?

ㅡ sempre!

ㅡ vai treinando na academia e depois me chama pra uma revanche kkkkk.

ㅡ vem aqui, moleque!

Saí correndo e me tranquei no quarto. Eu o ouvi rindo da minha molecagem e, como eu queria ficar em casa, mas me animei em saber que iríamos à fazenda no feriado e eu poderia passar um tempo com ele naquele lugar maravilhoso.

Fui trabalhar e faltava pouco mais de vinte minutos para eu sair da fábrica e meu celular tocou. Era o Cado. Atendi e perguntou se poderia passar pra me pegar. Perguntei se viria de taxi e disse que tinha alugado um carro. Passei o endereço e meia-hora depois, ele me esperava no portão.

ㅡ carrão! Mas precisa comprar outro. Porque alugar carro vai te quebrar as pernas, man!

ㅡ vou comprar um Jeep maneiro.

ㅡ kkkk, está pensando em fazer rally na cidade?

ㅡ na cidade não, mas na fazenda sim. Não te disse que abriria um negócio em Santo Amaro?

ㅡ cara, sério mesmo? Vai morar lá na fazenda? Porque pensei que era só uma ideia sua de momento.

ㅡ não, já conversei com meu pai e meus irmãos não dão muito valor àquilo tudo. Então, eu vou investir em Santo Amaro e morar na fazenda pra ajudar meu velho. Quero ficar perto do meu pai e adoro aquele lugar.

ㅡ tem que adorar mesmo, porque vou voltar a morar lá também kkkk.

ㅡ kkkkk, ta aí outra razão pra eu ir pra lá!

Fomos ao shopping e ele disse que precisava com urgência abrasileirar seu visual.

O ajudei com as roupas e cada cueca que ele comprava chegava a partir meu coração de tão caras.

A loja parecia um hotel. Me serviram champanhe, como se eu fosse acostumado com tudo aquilo. Até parece! Faltaram me carregar no colo e mal sabiam que eu morava de favor no apartamento do Cado.

De repente ele aparece me chamando e com o braço em volta da minha cintura, me levou até uma arara cheia de camisetas, regatas e camisas.

ㅡ achei essa a sua cara. Prova!

ㅡ sério, é linda demais, mas não posso aceitar. Você já me deu esse relógio...

ㅡ poxa, aceita...estou tão feliz que se pudesse, te daria o mundo.

ㅡ exagerado! Tudo bem, mas só essa!

ㅡ e essa boxer! Que você não precisa provar aqui, claro!

ㅡ está certo, agora chega!

Provei a regata e realmente ficou bonita. Agradeci e fomos fazer um lanche. Ele comprou tanta coisa que nem se lembrava mais.

Assim que chegamos no apartamento, ele levou tudo pro quarto e me joguei apenas de boxer no sofá. Larguei minha calça, camiseta e sapatos no chão da sala e ele voltou dizendo que abriria as malas.

Me vendo tão à vontade, tirou a camisa e ficou somente de shorts.

Pegou uma das malas e quando abriu, tirou um casaco estilo kimono e me entregou.

ㅡ vai ficar lindo em você. Guarda pra usar ano que vem...

ㅡ cara, é bonito demais. O quê mais tem aí?

ㅡ kkkk, sabia que ia se animar. Essa mala só tem coisas pra você. Tem esses pares de tênis da Nike.

ㅡ você é metido mesmo, minha nossa! Kkkk

ㅡ ah, não gostou? Me dá aqui!

ㅡ ei, sai fora! Lembra que me presenteou com um Nike quando nos conhecemos?

ㅡ lembro! Você não queria que eu comprasse e ainda disse que o Texas valia uma fortuna nos leilões. Kkkkk

ㅡ kkkkkk, verdade. Caramba...o quê mais tem nessa mala?

ㅡ se interessou né? Kkkk Tem essas camisetas também, jaquetas, eles moletons e cara, quero ver você nesse terno. Não reclama! Comprei porque imaginei não ter nenhum. Mas quando vi o modelo vestindo no desfile, pensei que em você ficaria um máximo.

ㅡ não tenho, mas vai me levar em um lugar bem chic e vou com ele...prometo!

ㅡ vou cobrar! Ah, tem essas cuecas. Quando bati o olho nessas cuecas eu pensei: aquele filho da mãe vai ficar lindo demais nelas. ㅡ eu estava perdido em meio tantas coisas.

ㅡ caralho, La Perla? Você sabe quanto custa uma cueca dessa aqui no país dos impostos? Caramba! Mas ja que investiu tantos dólares nessas belezinhas, vou vestir e será o único a me ver nelas. Vou desfilar pra você, Cadão. Aproveita que é de graça...só não pode tocar no modelo.

ㅡ poxa, que pena! Kkkkk

Sem pudor algum, provei as cuecas ali na sala mesmo e ele ria quando eu alternava entre uma e outra e desfilava pra ele ver.

Comecei a vestir tudo que ele ia tirando da mala e quando vesti o terno e calcei o sapato, me olhou de cima abaixo e sorrindo, disse que eu estava lindo.

ㅡ valeu mesmo. Agora falando sério, Cado...gostei de tudo que trouxe, mas se tivesse vindo de mãos vazias, eu não iria me importar nenhum pouco. Durante todos esses anos que ficamos nos falando só pela web, acho que nunca me senti tão perto de alguém, mesmo você estando tão longe.

ㅡ sei que tudo isso não é nada, comparado ao carinho que sente por mim e sei que é imenso. Eu queria tanto poder te falar uma coisa sem soar estranho, posso?

ㅡ porra! fala aí! Sem neuras!

ㅡ tudo bem. Eu tinha um pouco de inveja de você.

ㅡ inveja, de mim?

ㅡ é, mas não era um sentimento ruim. Eu estava longe e minha mãe quando me ligava falava tantas coisas de você. Que você a tratava como uma mãe, que a tinha muito respeito e tal, e eu queria ser você...pra poder estar com ela em todos aqueles momentos ruins e nos bons também.

ㅡ sua mãe era um anjo. E se sentia tanto a falta dela, porquê foi embora e demorou a voltar?

ㅡ na época eu segui meu coração e apenas fui. Eu tinha um propósito, mas acabou tudo...ao menos restou minha carreira de executivo e fui muito feliz lá fora sendo bom no que sei fazer.

ㅡ você tinha alguém?

ㅡ isso!

ㅡ mas o quê aconteceu? Ela te traiu?

ㅡ rsrs...não e sim. Lembra que comentei contigo que assim que eu voltasse, precisava conversar algo contigo?

ㅡ lembro. Pode falar! Nada me abala em termos de relacionamentos. Kkkkk

ㅡ então, não vou enrolar. Não é ela, é ele! Ele me traiu!

Eu quase fiquei sem ar. Na verdade, eu fiquei completamente sem ar quando ele disse " Ele me traiu". Foi como se uma janela tivesse acabado de se abrir e eu estava olhando através dela. Eu queria tanto poder me abrir com ele naquela hora, mas achei tão estranho que simplesmente me calei. Ele estava esperando uma reação de minha parte e eu tinha que mostrar pra ele que não me importava. E como poderia? Se eu também era gay. O mais engraçado é que em todos esses anos que nos falamos, nunca me atrevi a perguntar com quem ele se relacionava e nem ele falava sobre. Apenas nos dedicamos a nós mesmos.

Respirei fundo e retomei o assunto em questão.

ㅡ como foi isso? ㅡ vendo que eu não estava tão em choque, sorriu e continuou.

ㅡ foi logo depois que a mãe e o pai foram me ver. Naquela viajem antes dela morrer. Nessa época o Alexandre ainda morava comigo e, claro, sempre nos demos bem, mas um mês depois que meus pais voltaram pro Brasil, eu cheguei em casa animado, tinha acabado de ganhar um aumento de salário e umas gratificações, mas quando entrei no apartamento, tinha roupa espalhada pra tudo que era canto da sala e se ele soubesse que eu chegaria um dia antes do previsto, certamente teria tido mais cuidado. Mas o trouxa aqui quis fazer uma surpresa. Aí abri a porta do quarto e ele dormia lindamente com meu ex-colega de trabalho.

ㅡ cacete! O quê você fez?

ㅡ rsrs, acordei os dois e quando ele me viu, disse que não era nada...aquele papo furado de sempre e só pedi pra ele pegar suas coisas e ir embora.

ㅡ desgraçado, filho de uma mãe...eu teria metido um soco na cara desse...

ㅡ hahaha, calma! Já passou. Pior foi ter que ficar esses cinco anos trabalhando junto com o traste. Viajando e fazendo palestras juntos. Enfim, eu queria ser você pra ter ficado ao lado da minha mãe quando ela mais precisou, mas eu estava lá, preso na minha vida.

ㅡ poxa, Cado...eu nem sei o quê te dizer...só que foi estranho pra caramba ficar peladão aqui na tua frente e você deve estar na maior seca...kkkkk

ㅡ kkkkk, palhaço!

ㅡ e tua mãe te amava demais. Só pra você ficar mais alegre...você era o filho preferido dela. Ela sempre me falava isso.

ㅡ jura? ㅡ ele me olhou como se estivesse ganhado um presente.

ㅡ juro de pés juntos.

ㅡ ela era maravilhosa.

ㅡ era sim e eu gostava demais dela.

ㅡ Lipo, me desculpa eu ter te contado tudo isso assim...desse jeito, mas se fosse pra você ter raiva de mim pelo o quê sou, que fosse logo agora no começo. Afinal...

ㅡ rsrs, raiva de quê, man? Por ter me visto pelado e só de cueca ontem e hoje?

ㅡ rsrs, você entendeu...

ㅡ sim, entendi. E não precisa ficar preocupado com minha opinião sobre você, porque continua tudo igual. Pode ter certeza.

ㅡ de verdade?

ㅡ de verdade. Agora me ajuda a levar isso tudo pro quarto? Caramba, você comprou tudo isso pra mim e nem se lembrou de comprar uma Estátua da Liberdade em miniatura?

ㅡ kkkkk, eu comprei. Está na minha mochila. Vou pegar.

Falei brincando e não é que ele tinha comprado mesmo? Na verdade comprou duas. Um chaveiro e um globo de neve.

Eu estava feliz por ele ter se assumido pra mim, mas era como se eu já soubesse. Ele sempre foi muito carinhoso, atencioso e quando nos despedimos no aeroporto e lhe dei aquele abraço, ele retribuiu de uma forma deliciosa e querida. Sem contar toda nossa intimidade durante os anos que nos falamos pela web. Foi então que me toquei...será que ele estava interessado em mim? Será que todos aqueles elogios era porque ele sentia algo por mim além de amizade?

Me senti culpado e prometi a mim mesmo que me assumiria pra ele também assim que tivesse uma chance e não iria demorar muito.

O mês passou voando. Ele dificilmente saia de casa sozinho e quando saía, era pra me levar na fábrica ou em passeios pela cidade. Estávamos conectados de uma forma que nunca imaginei ser possível.

O feriado estava chegando. Ele já tinha comprado as passagens para Santo Amaro, ida e volta. Liguei para minha mãe e ela estava super feliz. Meu pai então, nem se cabia em si.

Horas antes do voo, eu me arrumava no quarto e ele bateu perguntando se podia entrar. Disse que sim e me viu com a cueca boxer que havia me presenteado.

Senti seu olhar em mim. Fui descarado em perguntar o quê ele tinha achado e se tinha vestido bem.

Vi que ele ficou meio sem graça, mas chegando mais perto, ajeitou meu cabelo e disse que estava perfeita.

ㅡ te caiu muito bem, eu nunca erro. Leva aquela regata que te dei.

ㅡ já está na mala. Será que levo pelo menos um casaco?

ㅡ leva. Na fazenda fica mais fresco à noite. Lipo, não quero ser chato, mas é melhor se apressar.

ㅡ só vou prender o cabelo e vamos. Sabe? Admiro seu pai ainda não ter vindo te ver.

ㅡ eu disse que iria contigo no feriado e ele estava viajando com seu pai pelas fazendas. Além do mais, ele ia sempre me ver.

ㅡ isso é verdade. Vamos?

ㅡ Vamos! Está lindo demais! Sempre tentando me conquistar. ㅡ ele disse e sorriu.

ㅡ poxa, Cadão, e eu pensando já ter conquistado seu coração. Magoaei, man!

ㅡ kkkkk, vamos logo!

Saímos bem cedo e no aeroporto ele disse que tinha esquecido de me dar uma coisa. Pensei ser mais um presente e comecei a rir.

ㅡ porra, é presente que não acaba mais kkkk.

ㅡ kkkkk, não é presente. São seus documentos que ficaram comigo quando comprei a passagem.

ㅡ caramba, eu nem lembrava.

ㅡ mas eu sim. Guardei na minha carteira e só estava esperando você entrar em desespero, mas fiquei com pena.

ㅡ kkkkk, me dá isso aqui.

ㅡ alguém vai buscar a gente?

ㅡ meu pai disse que iria.

Fizemos check-in, fomos pra sala de embarque e eu estava morrendo de sono. Cochilei duas vezes na cadeira e na terceira piscada de olho, ele me puxou e encostei minha cabeça em seu ombro.

Acho que dormi uns quinze minutos e me acordou com um chamego na nuca. Curti o carinho e ele sabia que eu estava gostando, pois se ajeitou na cadeira pra ficar mais perto de mim. Fechei meus olhos novamente, e senti sua mão nas minhas costas. Dessa vez quem se ajeitou foi eu e um arrepio percorreu minha espinha quando sua mão entrou por debaixo da minha camisa e ouvi nos chamando.

Entramos no avião e sem nenhuma cerimônia, relaxei o corpo na poltrona, me espreguicei e usei seu ombro como travesseiro, novamente.

ㅡ não dormiu direito a noite, Lipinho?

ㅡ rsrs, dormi mais ou menos.

ㅡ ficou ansioso pela viagem?

ㅡ fiquei! Demorei à pegar no sono. Ahhh, caramba...vamos decolar. Odeio essa parte e a parte que descemos. Droga!

ㅡ você tem medo?

ㅡ com certeza! Caralho!

Me afundei na poltrona e ele segurou minha mão. Eu nem me mexia. Sempre tive pavor de avião e ele morria de rir.

A aeronave tinha se estabilizado e o puxei pra perto de mim. Ele gargalhava, passou seu braço em volta do meu pescoço e me fez deitar a cabeça em seu peito me fazendo ficar quase que deitado entre as poltronas. Acabei dormindo e quando acordei, ouvi o piloto dizendo que aterrisaríamos em poucos minutos. Quando percebi, ainda segurava a mão do Ricardo e ele dormia com sua cabeça apoiada na minha. Tentei me mexer pra me soltar dele, mas ele segurou mais forte minha mão e como nossos dedos estavam entrelaçados, acabei deixando pra lá.

Fiquei imóvel, ouvindo sua respiração e tive certeza dele saber da minha sexualidade, ou ele não estaria tão perto de outro homem.

Devagarinho me aconcheguei em seu corpo e ele passou o braço pelo meu tronco. Senti um abraço e beijou o rosto.

ㅡ falta muito? ㅡ ele perguntou e continuou de mãos dadas comigo.

ㅡ o piloto disse que falta uns vinte minutos.

ㅡ que bom. Acordou agora?

ㅡ agora pouco. Caramba, que fome.

ㅡ eu também. Preciso ir no banheiro.

Ele se levantou e a aeromoça disse pra ele se apressar, pois já iríamos aterrisar e coloquei o cinto novamente.

Assim que ele se sentou, o piloto avisou que pousaríamos. Me segurei na potrona e ele me vendo nervoso, pediu minha mão novamente.

ㅡ fica calmo, Lipinho! Me dá sua mão, vou cuidar de você.

ㅡ rsrs, valeu!

Enfim tocamos o solo e assim que saimos do avião, agradeci por estar com os pés no chão novamente.

Pegamos nossas mochilas e meu pai nos esperava.

Corri até ele e o abracei levantando seu corpo e girando com ele.

ㅡ a cada dia que passa você fica maior. Que saudade! ㅡ ele disse e lhe dei um beijo no rosto.

ㅡ está bonitão heim? O quê está acontecendo com o senhor? Está um gatão!

ㅡ quê isso moleque? Coisa de boiola! Fala direito comigo!

Fiquei murcho na hora. Parecia que alguém tinha enfiado uma estaca no meu peito. Olhei ao redor e o Cado tinha ido comprar um buquê de flores pra minha mãe e me senti aliviado por ele não ter ouvido.

As palavras de meu pai marretavam na minha cabeça e perdi completamente a graça. Entramos na caminhonete e fui no banco de trás.

Enquanto dirigia, meu pai conversou bastante com o Ricardo e perguntou se eu estava bem, pois permaneci em silêncio o tempo todo.

ㅡ estou com dor de cabeça. Só isso.

ㅡ quando chegarmos, sua mãe faz um remédio e você toma.

ㅡ tudo bem.

ㅡ aconteceu um problema na casa grande e o senhor vai ter que dormir lá em casa, tem problema seu Ricardo?

ㅡ problema nenhum. Pegou fogo na casa?

ㅡ Deus nos livre! Mas a gambazada inventou de dar cria no forro e alguns morreram. Está cheirando carniça a casa toda.

ㅡ cruzes, pai. Sério?

ㅡ sério! O patrão mandou detetizar e limpar tudo, mas por causa do veneno, não da pra entrar lá por uma semana.

ㅡ meu pai está dormindo aonde? ㅡ o Cado perguntou e comecei a rir.

ㅡ lá em casa.

ㅡ vou dormir em qualquer canto, menos com ele. O velho ronca feito um porco. Ninguém dorme. Não sei como minha mãe aguentava, coitada.

ㅡ ronca mesmo kkkkk. Da pra ouvir da varanda. Fica com o Lipo, o quarto é grande e cabe mais uma cama de solteiro. Tem problema filho?

ㅡ problema nenhum! Pelo menos eu não ronco.

ㅡ se você roncar, eu te jogo pela janela. ㅡ o Cado disse e comecei a rir.

ㅡ kkkk, pode jogar, vou cair no mato mesmo.

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Continua...

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Estou imensamente feliz com os comentários e sério que o texto está curto? Mas gente? Se eu escrever demais o negócio acaba logo kkkkk. Sério, vocês são demais. De verdade! Amo os elogios, adoro as críticas e me emociono também. E choro mais que vocês. Choro duad vezes. Primeiro quando escrevo e depois quandp vou corrir os meus erros absurdos. Choro pra caramba. Bom saber que se emocionam também! Ou estão me enganando? Kkkkk Brincadeira! Um grande abraço à todos e MUITO OBRIGADO por lerem. Pessoal que não comenta, mas bate cartão sempre...OBRIGADO! Vocês me fazem muito feliz! 😉👍

Happy Pride!! 🌈

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Comentários

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O pai só Lipe é um ogro, agora com certeza o Cado sabe da orientação do Lipe....

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Poxa que filha da puta esse exdo Ricardo, hein? Trair um homem desses!!! Traição é horrível, mas trair i Ricardo, tão gente boa e de bom coração... Doeu em mim.

Achei que naquela época o Ricardo já estava gostando do Lipo, acho que me equivoquei...

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Fico mais envolvido a cada capítulo... Esse carinho entre o Cado e o Lipo é de uma espontaneidade sensacional... O amor entre essas famílias também é uma coisa divina, um reencontro de almas... E essa proximidade que eles vão ficar no sítio pode provocar o início, tão esperado, deste relacionamento. Toecendo aqui,

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Por favor não se demore em continuar ,linda história estou apaixonada por ela .

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Por favor quero muito lê a próxima história lindo demais

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Lucley macho, que conto maravilhoso, doido para o Lipo puxar o Cado e dar um chupão na boca dele, abraços meu querido.

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É fantástico, simplesmente. Muito bem narrada, cativante, espontânea. Haha quando esses dois realmente se permitirem vai ser mágico, apesar de que acredito que vão haver alguns conflitos, mas dará mais emoção ao conto. Continue, está excelente!

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Já estou esperando pelo próximo capítulo hehehehe

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LAMENTÁVEL O COMENTÁRIO DO PAI DE LIPO. MAS ISSO NÃO DEVE ABALÁ-LO. AFINAL VC NÃO VAI DEIXAR DE SER FILHO DELE POR ISSO. E NEM ELE SER SEU PAI POR SER HOMOFÓBICO. APENAS PRECISA-SE RESPEITAR O ESPAÇO UM DO OUTRO. CLARO QUE CADO SABE QUE LIPO É GAY. SÃO MUITOS CARINHOS ENTRE OS DOIS PARA QUE ELE NÃO SAIBA DISSO. DOIS AMIGOS HETEROS NÃO ANDARIAM DE MÃOS DADAS NUM AVIÃO OU UM NÃO COMPRARIA ROUPAS ÍNTIMAS PRO OUTRO. MAS O QUE VEJO É QUE UM NÃO QUIS ATROPELAR O OUTRO. ESSAS COISAS PRECISAM SER ESPONTÂNEAS, COM CONFIANÇA E NÃO DE SUPETÃO.

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Não demora postar, fico com o coração na mão quando entro no site e não tem capítulo novo da sua história. Não demora please!

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Abrir aquele sorriso quando entrei aqui no site e vi um novo capítulo dessa história que eu amo muito. Parabéns e muito obrigado por me fazer sorrir e acreditar no amor. Sua história é incrível.

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Difícil não me emocionar com tua narrativa. É a melhor, nesse estilo, dos últimos anos. A leitura me move e fico num misto de felicidade e agonia. Continue... Cheiros baianos...

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oras com uma história tão boa e emocionante quanto maior melhor a única exceção e a falta de um 10 é que voce demora um pouco pra postar mas tirando isso tá tudo perfeito suas histórias são excelentes continua assim e volta logo^^

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