Acordo com uma luz entrando no quarto, era o raiar do Sol, já tinha amanhecido, ainda com os olhos fechados de sono penso no sonho maluco que tive durante a noite, o quarto todo escuro, Bruno entrava me agarrando, nossos beijos eram quentes, nossa noite juntos... foi algo tão incrivel mais tambem algo tão surreal.
Tomo coragem e quando vou abrir meus olhos, tento me mexer mais não consigo, olho em minha volta e Bruno estava la deitado comigo, abraçado em mim como se tivesse medo de eu sair dali, ele estava dormindo, eu fico perplexo, tudo tinha acontecido de verdade, nós tinhamos passado a noite juntos.
Ele dormindo era tão lindo quanto ele acordado, agora seu semblante era calmo, ele dormia profundamente, não me soltava por nada, tento sair dos braços enormes dele, porém minha tentativa foi em vão. Seu cabelo todo desarrumado, sua boca vermelha como sempre, agora tão perto de mim, seu hálito gelado em meu pescoço... não acreditava ainda que tinhamos passado a noite juntos, até que lembro que tinhamos ido dormir do mesmo jeito que estavamos depois de nossa noite incrivel. Percebo que estou completamente pelado, só coberto pelo cobertor, imagino tambem que ele estaria da mesma forma, meu rosto queima de vergonha, não acreditava que eu tive coragem de fazer isso.
Agora mais determinado que nunca de me levantar dali, tento com mais força sair dos braços dele, acabei acordando ele, só me deixando mais nervoso ainda. Ele acorda super tranquilo, abre seus olhos devagar, como se tivesse com sono ainda, ele ve eu tentando sair de abraço, olha pra mim e da um leve sorriso, aquele sorriso que te desmonta quando você, não sei o que fazer e respondo com um leve sorriso forçado a ele.
Como toda facilidade do mundo ele me aproxima dele, agora para um abraço muito mais apertado, tento relutar para não ir até ele, porém novamente em vão, seu abraço era incrivel, quente e carinhoso. Ele afunda seu rosto em meu pescoço.
- Bom dia Léo... Ele fala dando um leve beijo em meu pescoço, que claro que me fez arrepiar.
- Bom dia.. Falo morrendo de vergonha mais adorando aquilo tudo.
Seus braços cada vez me agarravam com mais força, será que ele não percebe que é super mais forte que eu?!!
- Bruno... eu to...me solta um pouco. Falo já com certa agônia.
Ele me solta, tento me recompor, sempre com o cuidado de estar totalmente coberto, acabo ficando de frente a ele na cama, um encarando ele, ele sempre olhando fixamente em meus olhos, mais agora não era aquele olhar pesado e raiva pra mim, era diferente, seus olhos tinham um brilho, sua boca com um leve sorriso tambem, esse com toda certeza não era o mesmo Bruno que conheci no colégio.
Bruno me tira de meus pensamentos, ele passa sua mão em meu rosto, tocando levemente seus dedos em minhas bochechas.
- Você é tão lindo Léo. Ele fala carinhosamente, aquele toque, fecho meus olhos involuntariamente.
- Mais lindo quando acaba de acordar. Ele termina de falar.
Imagino que minhas bochechas nesse momento ficaram vermelhas de vergonha.
Ele fica algum tempo fazendo um leve carinho em mim, pelas minhas bochechas, e as vezes meus lábios.
- Essa noite foi tão especial, eu nunca me senti assim... Ele falava baixo, eu ainda de olhos fechados, aproveitando aquele momento.
- Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, era tão estranho tudo, você apareceu do nada, seu jeito me incomodava de um forma, sua presença era quase que insuportável pra mim... Agora abro meus olhos para ele, ele olhava meio sério agora, sempre pra mim.
Ele continua.
- Pra mim era tudo novo, depois do nosso encontro no banheiro, seu olhos tão pertos de mim, esses olhos claros tão lindos.. Ele leva suas mãos agora até perto de meus olhos.
- Depois daquele momento, eu percebi que eu não tinha raiva de você, mais sim uma necessidade tão imensa de estar no mesmo lugar que você, de ter você perto de mim... mais isso era tão errado na minha cabeça.
Nesse momento senti sua voz ficar pesada, porém ele continua a falar..
- Eu sumi por alguns dias, não queria me sentir errado, como se aquilo que eu estava sentindo era algo adominavel, não queria te ver... mais naquela festa, eu acabei indo para esfriar a cabeça e acabo encontrando você, eu juro que não queria te empurrar, eu só senti uma pessoa trombar em mim, eu empurrei sem ver quem era, eu estava com a cabeça a mil, quando eu olhei para baixo e vi você lá caído, por minha culpa, olhando tão assustado para mim... me senti a pior pessoa do mundo, não consegui fazer nada a não ser dali o mais rápido possível.
Ele agora leva seus dedos até acima do meu olho, onde tinha machucado pelo tombo.
- Me perdoa, eu juro que eu não queria te machucar, nunca vou me perdoar por isso.
Sua alegria agora tinha sumido, seu olhar era de tristeza, na hora eu só queria que ele não se sentisse culpado e não ficasse triste, sem pensar eu lhe beijo, um beijo calmo, para calar ele.
O beijo era calmo, bem diferente dos beijos da noite passada, aquele momento era somente nosso, um demonstrando carinho ao outro, ele volta passar seus braços em minha volta, não demora eu estou abraçado a ele, eu só queria provar com aquele beijo que ele não tinha que pedi perdão por nada, eu só queria ele feliz como estava a alguns instantes atrás, sua felicidade de alguma forma era uma necessidade pra mim agora.
Quando o beijo estava ficando mais rapido, seus braços agora começavam me apertar mais próximo a ele, escuto batidas na porta e alguém me chamando:
- Léooo, abre a porta, vamos acabar nos atrasando. Era Tamara me chamando, tinhamos que descer para uma visita em uma feira de arte que teria na cidade.
Nosso beijo para, agora eu e ele nos olhavamos....
- É a Tamara, precisamos nos arrumar. Falo meio assustado a ele.
Ele acha graça nisso, não sei a onde. Ele se levanta pelado mesmo assim, sem vergonha nenhuma, se levanta e olha pra mim, tento não olhar para seu corpo, ele percebe e sorri, estende sua mão até mim.
- Vem, vamos. Eu não aceito.
- De jeito nenhum, vai se arrumar no banheiro, depois eu me levanto e vou. Estava morrendo de vergonha.
- É sério isso? Você se lembra da nossa noite? Ele ria de mim.
- Vai logo, já estamos atrasados. Ele vai rindo, percebo que realmente seu corpo era incrivel.
- Léooo. Tamara me chamava ainda.
- Calma, já estou indo, só vou me arrumar e desço, me espera la na recepção. Falo alto, ela entende e sai.
Eu agora me levanto indo ao banheiro, com a pessoa mais incrivel lá no mesmo lugar, com tudo o que tinha acontecido.
Bom pessoal, como eu tinha avisado antes, eu iria parar o conto aqui, porém eu recebi vários e vários e-mails, pedindo sobre o retorno do conto e onde ele estaria sendo publicado, eu não esperava que tanta gente tinha gostado dessa história de amor de Leonardo e Bruno, então por vocês leitores, eu me comprometo aqui, a continuar com o conto, vou continuar trazendo aqui mesmo ele sempre com capitulos novos, muito obrigado pelas várias provas de carinhos que me mandaram, se quiserem fazer perguntas sobre o conto, garanto responder todas, espero que tenham gostado. Bjs
