DECADÊNCIA II - Parte III - A PRIMEIRA VEZ DELA NUM PUTEIRO

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2077 palavras
Data: 02/08/2018 01:40:34
Assuntos: Heterossexual, Oral, Anal

DECADÊNCIA II - Parte III

Maria saiu da quitanda naquele dia esbanjando felicidade, e, principalmente, com uma certeza: queria muito mais do que aquele emprego. Acreditava que tinha potencial para trabalhar em outro ramo. Sua autoestima estava em alta e convenceu-se de que seria capaz de arrumar um emprego melhor, algum que não precisasse pesar batatas ou frutas.

Então, no outro dia, conversou com Seu Joaquim. Claro que ele ficou desapontado. Esperava [certamente] que ela estivesse disponível, agora que transaram pela primeira vez. E como poderia esquecer uma foda daquelas? Impossível. Porém, foi muito cordato. Nem exigiu que ela cumprisse o aviso prévio. Pegou o telefone e ligou para o contador, deu ordens que acertasse tudo a fim de que ela recebesse seus direitos conforme a Lei. Inclusive, mandou o contador preparar toda a papelada para que Maria recebesse o seguro-desemprego. A moça saiu dali exultante.

Naquele dia, então, saiu mais cedo. Chegou em casa, tirou os sapatos e foi até a cozinha. Foi ai que ouviu o marido falando ao telefone. Pôde perceber que ele falava com uma mulher, pelo tom de voz meloso. Dizia que faria de tudo pra se encontrarem naquela noite, já que quinta-feira era dia de 'futebol' com os amigos. Deu uma risada sonora e despediu-se, dizendo que às 8 horas ela poderia esperá-lo no lugar de sempre.

Maria ficou furiosa por um momento. Mais consigo mesma do que com o marido, ou ainda com a mulher desconhecida que falava com ele ao telefone. Ficou imaginando que provavelmente seria esse o problema dele apenas montá-la. Não dar carinho e não procurar satisfazê-la sexualmente. E sempre com a desculpa que não podiam fazer sexo oral porque era pecado e anal também. Dizia sempre que era pecado procurar satisfação no sexo. E agora ela descobria que ele a traia.

Conseguiu manter o sangue-frio e entrou no quarto, avisando que havia chegado mais cedo. Disse que havia pedido as contas e ele bufou, rosnou e gritou com ela. Perguntou se estava louca. Com tantas coisas a pagar, sair de um ótimo emprego como aquele? Fez-se de surda e foi tomar banho. Mais tarde sentou-se na sala e começou a folhear uma revista De Millus que havia pego com uma amiga. Queria comprar mais algumas coisinhas, agora que descobrira o prazer em se vestir de maneira sexy. Quando o marido a viu ali, perguntou que revista era aquela. Maria, com ar inocente, mostrou uma das páginas onde uma bela modelo vestia um lindo conjunto de calcinha e sutiã pretos. Meias 7/8 e cinta-liga completavam o sensual look.

A maneira com que ele se comportou não era, nem de longe, como havia imaginado que se comportaria em uma situação dessas. A reação foi medonha. Pegou a revista das mãos dela e atirou-a longe. Foi praticamente violento. Veio com um sermão sobre isso, falando sobre o fatídico 'pecado'. O sangue de Marie ferveu e eles discutiram ferozmente.

Brigaram até quase a exaustão. Jogaram na cara um do outro seus defeitos sem, no entanto, procurar em nenhum momento discutir a relação. Provavelmente porque a relação [se é que houve em algum momento da vida deles] já havia se deteriorado. Ele deu-lhe um ultimato: que sumisse com aquela revista dali pois, do contrário, quando chegasse do futebol, iriam acertar as contas.

Ele saiu de casa bufando. Cerca de vinte minutos depois, entrou num motel e desceu do táxi. Uma mulher morena, de bunda e seios fartos o esperava, já nua, deitada na cama. Era Judith, esposa do quitandeiro. Desde que eram jovens e amigos inseparáveis, Seu Joaquim tinha mania de roubar-lhe namoradas. Quando João conheceu Maria, já namorava Judith. E Joaquim tratou logo de dar encima de Judith, inclusive contando para ela que o amigo estava de caso com outra. Foi uma briga feia e Judith separou-se de João, passando a aceitar os galanteios de Joaquim, que se dizia apaixonado por ela. Era usando essa tática que o sujeito desleal se aproximava de todas as namoradas [ou ex-namoradas] do amigo que era considerado o galã da rua. Tinha muita inveja dele. Só que, para fazer raiva a João, Judith resolveu forçar Joaquim a se casar com ela. Sabia que o ex-namorado noivara com a rival e queria casar primeiro que ela. Principalmente por acreditar estar grávida. E o filho, tinha certeza, era de João. Mas só contou isso a ele depois de casada com Joaquim, que assumiu a filha pensando ser o pai.

No motel, o ritual era sempre o mesmo: Judith o ajudava a tirar totalmente as roupas e, com ele em pé ao lado da cama, espremia seu cacete entre os seios enquanto lambia e chupava a glande, quando esta lhe tocava na boca. Depois, fazia uma felação até que o pau estivesse totalmente endurecido. Então, se deitava de costas e ele vinha por cima, metendo na sua buceta molhada. Quando a gruta estava saciada, virava de bunda para cima e ele socava no seu cuzinho até gozar.

Só depois é que tomavam banho juntos e ela fazia com que ficasse excitado de novo. Ali, no banheiro, acontecia nova foda. Mas naquela noite João estava com a mente longe. Pensava na briga com a mulher por causa da revista de peças íntimas. Considerou ter ficado com raiva por pouco. Enquanto socava na bunda de Judith, pensava em Maria vestindo uma daquelas calcinhas sensuais. Reconhecia que a esposa tinha um belo corpo, muito mais bonito do que o da amante. Mas não conseguia imaginá-la praticando todo tipo de safadeza na cama. Isso, para ele, era coisa de putinha. Esposa tinha que ser resguardada de certos tipos de sexo. No entanto, quando namoravam, tinha um enorme tesão por ela.

Durante todo o noivado, Maria evitou ter relações sexuais. Nem sequer aliviava o tesão de João, masturbando-o ou chupando-o mesmo quando ele implorava. Usava o argumento de que era pecado ter qualquer tipo de sexo antes do casamento, seguindo à risca os conselhos da mãe, que a alertava sobre uma possível gravidez antes do matrimônio. Seria um escândalo para a família evangélica e simples. Os mesmos argumentos que ele passou a usar contra ela depois de casados, limitando-se a copular apenas na intenção de procriar, dizendo-lhe que sexo por prazer era pecado. Como ela nunca conseguiu engravidar, aos poucos as relações sexuais foram diminuindo. Até porque, depois de saber-se pai da primeira filha de Judith, João voltou a assediá-la e esta cedeu, tornando-se amantes. Para ele, era mais cômodo ter uma santa em casa e uma puta na rua. Naquele pequeno motel de subúrbio, o encontro do casal adúltero era sagrado, ao menos um dia na semana.

Enquanto isso, Maria morria de vontade de continuar suas descobertas no sexo, mas tinha medo de se expor. Por exemplo: ansiava por conhecer um inferninho, que era esses bares repletos de prostitutas e homens que adoram mulheres fáceis, mas tinha receio de ser reconhecida. Ouvia seu Joaquim contando as histórias do tempo em que era jovem e frequentava tais lugares e sempre teve curiosidade de conhecer um antro de perdição desses. Não bebia nem fumava, mas sua curiosidade em participar de uma noitada num ambiente devasso assim era angustiante. Foi quando teve a ideia.

Quando Maria entrou no bar vestindo aquela roupa sensual, colada ao corpo, com um decote generosíssimo nas costas e equilibrada naqueles saltos altos, todos ficaram em suspenso. Apesar da silhueta exuberante, o que mais chamava à atenção dos que ali estavam era a máscara rubra, bem feminina, que ela usava cobrindo os olhos. Ela mesma a confeccionara com um pedaço de cetim e espuma fina que encontrou entre os seus pertences, em casa. Homens e mulheres olharam em sua direção. Alguns cochicharam entre si: "carne nova" no pedaço!. Algumas mulheres a olhavam de maneira desafiadora, até se agarrando mais aos seus homens, como se temessem os perder para a novata. O garçom, solícito, prontificou-se a encontrar-lhe uma mesa vaga e retirou um sujeito bêbado que apenas a ocupava sem consumir. A moça agradeceu a gentileza do servente e sentou-se elegantemente, deixando os homens tarados por ela.

Protegida por trás da máscara, Maria não sentia vergonha de estar naquele ambiente. Olhou em sua volta, satisfeita pelos olhares de cobiça de tantos homens. Até que seus olhos caíram sobre um mulato, de blazer e calças brancas, sem vestir camisa por dentro e sentado sozinho em uma das mesas. Bebia em pequenos goles e parecia nem ter se dado conta da sua presença. Era o único que não olhava em sua direção. Percebeu que era o homem mais bonito que tinha naquele antro. Ficou curiosa por conhecê-lo. Quando o garçom perguntou o que ela iria beber, apontou para o desconhecido e disse que queria o mesmo que ele estava bebendo. O garçom deu de ombros e desapareceu, voltando pouco depois com um grande copo, depositando-o à sua frente. Maria experimentou a bebida. Era apenas guaraná champanhe. Ficou surpresa. Esperava que todos ali consumissem bebidas alcoólicas. Jamais esperava que o belo desconhecido bebesse apenas refrigerante. Esteve olhando para ele o tempo todo, sem que merecesse sua atenção. Mas ela não tinha muito tempo. Sabia que o marido voltaria logo do “futebol”, como sempre fazia. Teria apenas uma ou duas horas antes de sua volta. Sabia que ele estava em algum motel, mas acreditava que ele não tinha dinheiro suficiente para pernoitar. Aí, o belo desconhecido, finalmente, olhou em sua direção.

Esteve encarando-a durante algum tempo, quase sem piscar. Maria sentia um fogaréu entre as pernas todas as vezes que olhava em seus olhos. O corpo tremia e o coração batia apressado. Entretanto, não o visualizou totalmente despido como o fizera com o homem no templo e com Seu Joaquim. Para ela, ver o sujeito nu significava que estava para ter sexo com ele. Será que dessa vez isso não iria acontecer com aquele belo desconhecido? Aí ele se levantou e caminhou diretamente para a sua mesa, sentando-se ao seu lado. Só então lhe pediu licença, perguntando se a estava incomodando. Ela titubeou um pouco para responder, mas ele parecia não estar interessado em sua resposta. Levantou um dedo e pediu outro copo de refrigerante ao garçom. Veio com bastante gelo. Maria perguntou porque ele não tomava bebidas alcoólicas e ele respondeu que preferia estar totalmente sóbrio para satisfazer mulheres tão exuberantes quanto ela. A moça corou. Mas estava gostando do assédio dele.

Então, de chofre, ele perguntou quanto ela estava cobrando por uma foda. Maria foi pega de surpresa. Não esperava que ele fosse tão direto assim. Mostrou-se magoada. Ele explicou que mulheres que frequentam um antro daqueles, principalmente pela primeira vez, geralmente não demoram muito tempo ali. Ele tinha que ser objetivo, se não quisesse perder a oportunidade de fodê-la. Marie olhou novamente em volta. O ambiente era nublado por fumaça de cigarros e fedia a suor e álcool. Realmente, não se demoraria muito mesmo ali. Porém, estava gostando da abordagem direta do desconhecido. Perguntou quanto ele achava que a foda com ela valeria. O homem pensou um pouco e citou uma quantia. Disse que nem mais um centavo. Maria sorriu e chamou o garçom. Pagou o que consumiu, despediu-se do desconhecido de blazer branco e foi-se embora. Ele não a seguiu, nem ao menos tentou evitar que ela se fosse. Ainda bem. Ela já tinha conseguido o que queria: conhecer um “inferninho” e saber quanto valia uma foda consigo. Voltou para casa feliz com sua nova descoberta. A máscara que usava tirara-lhe toda a inibição. Voltaria àquele bar outras vezes.

Quando o marido voltou para casa, a encontrou deitada, vestida com sua velha camisola e ainda acordada. Havia tomado um banho demorado para tirar o cheiro de fumo impregnado em seus longos cabelos. O cheiro forte da lavanda que usara parece que despertou a libido do homem, pois esse veio lhe fungando o cangote. Rejeitou-o com diplomacia, mas ele queria porque queria. Pediu desculpas pela explosão de ira, por ter jogado a revista longe. Ela perguntou se a deixaria usar algumas daquelas peças. Ele concordou. Perguntou se lhe daria dinheiro para comprar todas que quisesse. Ele perguntou quanto seria. Maria falou a mesma quantia que o desconhecido do bar disse que pagaria por uma foda com ela. Mesmo a contragosto, ele também concordou. Então ela finalmente lhe abriu as pernas. Ele socou, socou em sua buceta até gozar. Depois caiu de lado, já roncando, como normalmente fazia.

Tudo bem. No outro dia acertaria suas contas financeiras com ele

*** FIM DA TERCEIRA PARTE ***

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