Ola pessoal como vão?
Ja era pra eu ter postado no começo do mês mas fiquei varias semanas sem computador e odeio mexer na internet pelo celular.
Os capítulos finais já foram escritos e logo finalmente esse conto será encerrado.
ze carlos, Já esta na hora de acabar essa história né, bom até então não pretendo escrever outro conto.
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Guigo, acho que já está meio obvio se é verdade ou não, mas por outro lado fica um mistério no ar, acho que vou deixar pra cada leitor decidir se é verdade ou não.
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VALTERSÓ, Eles aprontam sem ter a mínima ideia do que estão fazendo. Bom esse capitulo terá muito mais coisas ainda.
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esperança, Eu demorei pois tive uns problemas aqui mas todo o conto já esta escrito, é só postar. Se é verdade o que a Cris falou acho que vou deixar vocês decidirem, dai vai da confiança que cada um tem nela.
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Geomateus, Obrigado meu querido, é muito bom receber o carinho de todos vocês leitores que torcem pelos personagens e que abraçaram a história.
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Suara, Acho que já chegou numa fase que tanto faz eles serem ou não irmãos, o problema é que existe pessoas como o Sidney que ainda insiste em inferniza-los. Fico feliz que tenha gostado da história. Acredito que não irei escrever mais contos, é muito cansativo e nem sempre temos o retorno da galera se esta legal ou não. Beijos.
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Plutão, pois é as duas tripas acabaram fazendo favor ao pai. O Sidney vai dar um piti (alias ele só sabe fazer isso), mas quem disse que a Cris está falando a verdade?, mas e se for verdade mesmo? Eu ia postar no começo do mês mas fiquei sem computador por várias semanas, o conto já está todo finalizado.
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neterusso, mas isso é fácil de explicar, tem pais e mães que tem preferência por determinado filho, mas como o Laercio não vale nada ele não faz questão de esconder isso do outro filho. O Antônio foi criado pela Maria e meio que virou uma cópia dela enquanto o pai trabalhava, talvez por isso o Laercio tenha investido no outro filho que iria nascer, para torna-lo mais parecido contigo, ou então sua versão esta correta e todo o que eu disse não tem nada a ver, rsrs;
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Tay Chris, quando é assim eu sempre escrevo no word e depois colo na página, pois sempre ela carrega e não salva o comentário. Não assisti Avatar mas se vocês esta falando então vou acreditar, mas porque você quis a morte do Chico? Os garotos gostam tanto dele. O final da Alice já está traçado, será fantástico, ela nem é má, é uma psicopata mesmo, não sente amor por ninguém.
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Cris – Você é um ridículo, um coitado, que não aceita a felicidade alheia.
Cris – Sua filha morreu e o Rodrigo não tem nada a ver com isso, muito menos o Antônio.
Sidney – Você acha tudo isso normal?
Sidney – Falar é fácil né? Quando você tiver seus filhos e seus netos sendo criados em um ambiente imoral onde o pai é capaz de se relacionar com o próprio irmão...
Cris – Eles não são irmãos!!!
Rodrigo – O que??
Antônio – O que foi que você disse?
De repente ficou tudo um silencio e se tornando o centro das atenções, Cris teve todos os olhares voltados para si.
Se aproximando de Antônio e Rodrigo, Cris respirou fundo antes de repetir...
Cris – Vocês dois não são irmãos.
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Capítulo 93
Sidney – Mas que palhaçada é essa?
Rodrigo – Não somos irmãos?
Antônio – Como assim Cris? De onde você tirou isso?
Cris ficou em silencio, sentindo todos aqueles olhares a fuzilando, esperando por uma resposta.
Sidney – Isso só pode ser um golpe. Mas é claro que é um golpe.
Sidney – Se vocês pensam que com isso vão conseguir ter sucesso no tribunal vocês estão muito enganados.
Antônio se aproximou de Cris, ficando cara a cara com ela. Cris abaixou a cabeça continuando em silencio até que Antônio segurou em seus braços a fazendo olhar para ele.
Antônio – Porque você disse isso, responda Cris.
Rodrigo – Fale logo Cris.
Sidney – Eu não vou participar desse circo, quero ver meus netos agora.
Cris – Vocês não são irmãos.
Cris – Não existe motivo algum para o Sidney ser uma ameaça a vocês.
Stela – Como assim eles não são irmãos?
Antônio – Você endoidou? De onde tirou isso?
Bruno – Fale Cris.
Carlos – O que você sabe e que nós não sabemos?
Cris – Parem de me pressionar.
Cris – Eu estou vendo vocês dois desesperados por causa do Sidney.
Cris – O Rodrigo com medo de perder os filhos e o Antônio se culpando por conviver com o irmão e os sobrinhos.
Cris – Mas vocês não são irmãos.
Antônio – Claro que somos irmãos.
Cris – A Maria mentiu Antônio.
Antônio começou a ficar nervoso, enquanto Cris engasgava tentando falar.
Cris – Eu quero ir embora, vamos Romeu.
Antônio – Não, agora você vai falar.
Rodrigo – Fale Cris.
Cris abaixou a cabeça e começou a falar.
Cris – A Maria já estava muito doente e me confidenciou tudo.
Cris – Ela disse que mentiu e confessou que só um de vocês era filho dela de verdade.
Sidney – Mas essa história não tem o menor cabimento.
Telma – Deixe ela falar Sidney.
Cris – Um de vocês é adotado, ela e o Laércio pegaram para criar, quando ainda era um bebê.
Cris – Não sei muito bem a história, mas acho que era filho de uma conhecida ou amiga dela ou dele.
Cris – Os pais tinham morrido e ela pegou e criou como filho.
Cris – Portando Rodrigo, você não precisa temer seu ex sogro, pois vocês não cometeram incesto.
Antônio – Isso é um absurdo, se essa história fosse verdade ela teria nos contato.
Cris – Antônio, as pessoas não são 100% perfeitas e corretas.
Cris – A Maria tinha preconceito pelo fato de vocês serem gays.
Cris – Ela poderia ter dito a verdade mas preferiu ficar em silêncio pois achava que só assim vocês ficariam afastados um do outro.
Cris – Ela amava vocês, mas também era muito religiosa e não sabia lidar com essas questões.
Antônio – Isso não é verdade, minha mãe não ia fazer isso.
Antônio – É cruel de mais.
Cris – Você não tem ideia do quanto ela sofreu, ela queria contar mas temia que vocês a rejeitassem e...
Antônio – Eu não aceito isso.
Cris – Vocês não precisam mais temer ele, só chamarem o advogado e dizer ao juiz que esse novo pedido de guarda não passa de um golpe.
Cris – E depois vocês podem serem felizes, sem ninguém pra atrapalhar vocês dois.
Sidney começou a bater palmas, olhando com ironia.
Sidney – Pelo visto temos atores nessa sala.
Sidney – Isso é um teatro de quinta categoria.
Sidney – Isso tudo é um golpe, você também está participando dessa farsa Carlos?
Rodrigo ficou em silencio enquanto Antônio encarava Cris, que desviava seu olhar.
Sidney – Muito bem, isso é fácil de resolver. Seu pai ainda é vivo não é? Ele vai confirmar isso?
Rodrigo – Você não vai trazer aquele homem pra dentro de nossas vidas novamente.
Antônio – Cris, eu vi minha mãe gravida do Rodrigo.
Cris – Me larga, eu quero ir embora.
Cris não encarava o amigo, tentando se desvencilhar dele.
Antônio – Espera, se ela estava gravida do Rodrigo, então eu que sou adotado? Isso se essa historia for verdade mesmo.
Cris – Eu não sei, me larga, para com isso.
Antônio – Responda.
Antônio já estava com os olhos cheio de lagrimas.
Rodrigo se aproximou o abraçando.
Cris ficou o tempo todo olhando para o chão.
Antônio – Minha mãe não ia ser cruel dessa maneira.
Cris – Ela te amava Antônio, ela jamais iria fazer você e o Rodrigo sofrer.
Sidney – Muito bem, vamos resolver de outra maneira então.
Sidney – Um simples exame de DNA irá dizer se vocês dois são ou não irmãos.
Cris – Nãoooooo
Sidney – Qual o problema? Alguém aqui tem algo a temer?
Carlos – Sidney, você está indo longe demais.
Sidney – Alguém aqui nessa sala está acreditando nessa palhaçada ou só eu que estou lucido aqui?
Sidney – Prove então mocinha, que eles não são irmãos.
Cris começou a gaguejar, sendo pressionada por Sidney e fuzilada pelos olhares dos demais.
Cris – É você Antônio.
Cris – Você não é o filho deles. Poir isso seu pai te odeia e todo mundo aqui sabe disso, da preferência dele pelo Guilherme, o Rodrigo.
Antônio – Não, não.
A confusão só aumentava até que os pequenos apareceram.
Rafael – Porque vocês estão gritando?
Rafael – A gente não consegue conversar no quarto.
Cris aproveitou e passou a mão em Ritinha, saindo de fininho com Romeu.
Arthur – Você está chorando tio?
Rafael – Vocês estão brigando?
Antônio se ajoelhou acalmando os garotos.
Antônio – O tio não está chorando não, só estava um pouco nervoso.
Antônio – Já está na hora de vocês dormirem.
Antônio foi com os garotos para o quarto.
Stela – Viu Sidney, não tem ninguém tentando fugir aqui.
Sidney – Muito bem, mas agora eu faço questão de um exame de DNA.
Sidney – Vocês não irão me enrolar com toda essa história absurda.
Rodrigo – Pode ficar tranquilo, eu vou esfregar esse exame na sua cara.
Rodrigo – E tem mais uma coisa, depois da audiência, que eu vou ganhar, você só irá ver os meus filhos quando eu quiser e seu quiser.
Sidney – Isso é o que iremos ver.
Bruno também foi embora e ao chegam em casa colocou a irmã contra a parede.
Bruno – Porque você inventou tudo aquilo?
Cris – Não inventei coisa nenhuma e não quero falar mais desse assunto.
Bruno – Você está louca? O Rodrigo vai fazer um exame de DNA.
Cris – Não, não. Se for preciso eu vou a frente de um juiz e repito tudo isso.
Cris – Eu não estou mentindo.
Bruno – Ah não? Já pensou na possibilidade do Sidney ir atrás do Laercio, será que ele vai confirmar essa sua história?
Antônio ficou sentado no chão ao lado da cama dos garotos enquanto contava uma história.
Rodrigo – Dormiram?
Antônio – Sim. Eu que não vou conseguir dormir.
Rodrigo o abraçou, beijando seu rosto.
Antônio – Você acreditou na Cris?
Rodrigo – Não sei o que pensar. Realmente não sei.
Rodrigo – Mas se for verdade?
Antônio ficou em silencio, olhando para o irmão.
No fundo ele queria que seu amor por Rodrigo não fosse um amor proibido, mas por outro lado se Cris estivesse certa ele iria perder o irmão, o irmão que ele idealizou a vida inteira e que aprendeu amar desde criança.
Por outro lado sua outra opção era ir embora, fugir e evitar que Rodrigo perdesse a guarda do filhos.
Havia uma terceira opção, Sidney desistir de tudo e parar de atrapalhar a vida de Rodrigo, mas essa possibilidade era praticamente nula.
No dia seguinte Antônio foi atrás de Cris, mas teve uma surpresa.
Bruno – É o que eu estou dizendo, ela viajou hoje cedinho com a Ritinha.
Antônio – Mas pra onde ela foi?
Bruno – Pra casa de uma prima do Romeu, mas nem adianta me perguntar onde pois não sei.
Antônio – Ela joga essa bomba em nosso colo e depois some. Ela não atende minhas ligações.
Antônio – O Rodrigo está decidido a fazer o DNA, eu estou confuso, não sei o que fazer.
Antônio – A audiência é no fim do mês que vem e independente de tudo isso eu vou continuar com meu plano.
Antônio – Eu vou embora, vou sumir sem deixar rastro.
Bruno – Você está se precipitando meu amigo.
Antônio – Bruno, eu rezei a vida inteira pra encontrar meu irmão, não quero ser o responsável por ele perder as pessoas que ele mais ama na vida por minha causa.
Bruno – E você acha que indo embora não irá fazer o Rodrigo sofrer?
Antônio – Acho que tudo isso só pode ser um castigo.
Bruno – Castigo de que? Você é o cara mais bondoso que conheço.
Antônio – Castigo Bruno, por eu insistir em me relacionar com meu próprio irmão.
Antônio – Parece que todo mundo que eu gosto é sugado da minha vida.
Antônio – Perdi minha mãe 2 vezes e agora é como se eu tivesse perdendo ela pela terceira vez.
Antônio – Perdi meu irmão uma vez e agora vou perde-lo de novo.
Antônio – Eu estou cansado.
Bruno o abraçou, dando apoio.
Bruno – Para com isso cara, você tem a gente, seus amigos.
Foi só Antônio ir embora e Cris saiu do quarto.
Bruno – Escutou? O Antônio acha que está sendo castigado.
Bruno – E agora, o que vamos fazer?
Cris – Eu vou pensar, vou pensar em alguma coisa…..
Dias depois mesmo a contra gosto Antônio foi até um laboratório com Rodrigo e junto com seu advogado fez a coleta de sangue para o exame de DNA.
Antônio – Você se lembra que doei meu sangue quando você caiu de moto?
Rodrigo – Lembro sim. Nosso tipo sanguíneo pode ser só uma coincidência.
Antônio – Você não quer ser meu irmão?
Antônio – Você torce para que o resultado prove que não somos irmãos?
Rodrigo – Eu só quero ser feliz Antônio. Ser feliz ao seu lado, poder viver sem medos, sem ameaças.
Antônio – Acho que está mais fácil ganhar 10 vezes seguidas na mega sena.
Rodrigo – Você sorriu.
Rodrigo – Você fica mais bonito sorrindo.
Antônio – Eu não sou bonito, não sou galã igual você.
Rodrigo – Isso é verdade, sou galã, bonitão.
Antônio – Você é um pavão.
Rodrigo deu um beijo em Antônio. Por mais que ele tentasse resistir, se acostumar com a ausência do seu amor, Antônio era fraco a cada gesto de carinho de Rodrigo, cedendo sempre.
Rodrigo – Eu te amo.
Os dois se beijaram, deitando na cama, um alisando o corpo do outro.
Rodrigo – Eu não sei viver sem você meu amor.
Rodrigo – Já passamos por tantas coisas juntos, vamos encarar e superar mais essa.
Antônio – Rodrigo, eu te amo também, muito mesmo.
Antônio – Independente do que acontecer, nunca esqueça disso.
Antônio - Mesmo que eu não esteja ao seu lado eu quero que você seja muito feliz.
Rodrigo – Não existe a opção eu ser feliz longe de você.
Rodrigo deu um sorriso, voltando a beijar a boca do seu amor.
Apesar da infinidade de problemas em suas vidas, os dois conseguiam ter momentos de felicidades.
Quem estava vivendo um verdadeiro inferno astral era Alice.
Alice – Encha o tanque.
- Desculpe mas seu cartão foi recusado.
Alice – Isso é um absurdo.
- Tente esse.
Alice tentou passar todos os seus cartões, mas foram todos recusados.
Sem gasolina no carro e humilhada diante de um reles frentista, Alice deixou seu carro sem gasolina na rua e tomou um taxi.
Alice – Mande pagar o taxista lá na porta.
Stela – Cadê seu carro?
Alice – Você sabe né? Aquele bastardo mandou bloquear meus cartões.
Carlos – Você está fora da empresa.
Alice – E eu vou viver como?
Carlos – Você tem essa casa, comida, empregados, agora se quer mais luxo que esse então trabalhe e pague suas contas.
Alice – Vocês não perdem por esperar.
Alice foi para o quarto e quebrou o primeiro vaso que viu pela frente.
Sua situação era ainda pior, no dia seguinte seu advogado apareceu na mansão trazendo péssimas notícias.
Alice – O que????
- Isso mesmo que você ouviu, seu julgamento pela morte do Gustavo será semana que vem.
Alice – Eu não vou, não vou.
- Se você não for poderá ser condenada a sua revelia.
Alice – Eu não vou!!!
- Vamos ser práticos, as chances de você ser absolvida são pequenas.
- O Sidney esta movendo o mundo pra você ser condenada.
Alice – O que você esta sugerindo?
- Você tem dupla cidadania, pode muito bem fugir pra Europa e viver feliz para sempre por la.
- Claro, se você tiver dinheiro né.
- Falando nisso você precisa acertar meus honorários.
Alice – Claro que eu tenho dinheiro, eu sou rica.
Alice – Eu não vou pra cadeia novamente.
Alice – Eu sou Alice Santarém, ninguém vai me botar atrás das grades.
Alice ficou desesperada, sabia que o cerco estava se fechando e que teria que agir rápido, mas antes ela ainda pretendia dar seu golpe final.
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Carlos – O julgamento da Alice é semana que vem.
Stela – Ela já sabe?
Carlos – O pilantra do advogado dela já deve ter avisado ela.
Carlos – Seu processo por ter subornado a assistente social para adotar o Rodrigo foi arquivado.
Carlos – Como o crime já foi prescrito e essa assistente social já é falecida o juiz arquivou o processo.
Stela – Confesso que isso não me traz felicidades.
Carlos – Mas pelo menos essa história acabou.
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Rodrigo também chegou com novidades.
Antônio – O que foi?
Rodrigo – O advogado meu me ligou.
Rodrigo – O Marcelo e o Anselmo foram finalmente condenados.
Rodrigo – Claro que daqui a alguns anos eles já estarão não rua novamente, mas pelo menos a justiça foi feita.
Antônio – E a Alice?
Rodrigo – O julgamento será semana que vem.
Antônio – Vou fazer questão de estar na primeira fila.
Rodrigo – Pode ter certeza que terá uma turma boa pra ver aquela ordinária ser condenada.
Stela tentou falar com a filha mas Alice estava cada vez mais perturbada, afastando-se por completo dos pais.
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Shirley – Acabou, agora você pode virar essa página.
Stela – Por incrível que pareça tenho mais paz aqui no meio do barulho de todas essas crianças do que dentro da minha casa.
Stela – Porque minha filha ficou desse jeito?
O papo foi interrompido por um garotinho que veio todo afobado.
Douglas – Tia Stela, cadê seu namorado?
Stela – Meu namorado?
Douglas – É, o seu Carlos.
Stela – Ele não é meu namorado, ele é meu marido.
Douglas – Ele falou que é, mas eu não vi vocês beijando.
Shirley – Douglas!!! Vai la brincar com as outras crianças.
Shirley – Esse menino está cada dia mais saidinho.
Shirley – Engraçado que ele era uma concha, todo retraído, fechado, mas com o Carlos se abre dessa maneira, até parece outra criança.
Stela – Porque ele está aqui?
Shirley certificou-se que o garoto estava bem afastado.
Shirley – A mãe dele morreu no parto, o pai caiu no mundo e os familiares não quiseram o bebê.
Shirley – Ele e a Ritinha são os mais velhos, mas pelo menos ela teve mais sorte e foi adotada pela Cristiane.
Shirley – As pessoas preferem só as crianças de colo na hora de adotar.
Stela – Nossa.
Stela – Às vezes fico pensando se eu não tivesse perdido meus dois primeiros filhos.
Stela – Acho que tudo seria tão diferente.
Shirley – Não fique remoendo o passado.
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Antônio passou os dias seguintes tentando falar com Cris mas ela simplesmente tinha evaporado.
Os dias estavam passando cada vez mais rápido e Antônio aproveitava cada momento para ficar ao lado dos sobrinhos.
Antônio – Amanhã você vai pra escolinha.
Rafael – Eu não vou tio.
Antônio – Tem que ir, todo mundo vai. Você vai conhecer um monte de coleguinhas.
Rafael – Eu vou chorar.
Antônio – Vai não, você é um menino bonito.
Rodrigo estava todo bobo de ver o filho indo para a escola. Acordou cedo, preparou sua lancheira e depois deu banho nele.
Antônio – Porque você não arrumou o Rafael ainda?
Rodrigo – Ele já está pronto.
Antônio – Ele está pelado la no quarto pulando na cama.
Rodrigo – Tripa, vou bater nesse moleque hoje.
Antônio – Deixa que eu resolvo isso.
Com toda paciência do mundo Antônio arrumou o garoto e todo babão Rodrigo tentou tirar uma foto dele.
Rodrigo – Da risada filho.
Rafael – Eu não, eu sou feio.
Rafael fechou a cara mas Rodrigo e Antônio nem se importaram, fazendo milhões de poses ao lado do garoto.
Rodrigo achou que seria fácil mas ao chegar na porta da escola o garoto fez um escândalo, grudou em sua perna.
Rafael chorava como se tivessem tirando seu couro. Ao ver o irmão chorar, Arthur também abriu um berreiro.
Antônio aproveitou pra arrumar algumas coisas em casa e se assustou quando viu os garotos.
Rafael – Oi tio.
Arthur – Oi tio.
Antônio – O que esse moleque está fazendo aqui Rodrigo?
Rodrigo – Moleque chorão, não quis entrar na escola.
Antônio – Mas você tinha que tem insistido e não tinha nada que levar o Arthur.
Rodrigo – Você fala isso porque não era você que estava la, ele ficou chorando, fiquei morrendo de pena.
Rafael – Eu vou chorar todo dia tio.
Antônio – Amanhã eu que vou te levar, coisa feia isso moleque.
No dia seguinte foi um novo drama, Rafael fez um escândalo mas a professora conseguiu arrasta-lo para dentro.
Rodrigo – Viu?
Antônio – Eu sei amor, mas é só birra.
Rodrigo – O que seria de mim sem você? Tem horas que não consigo lidar com as crianças.
Antônio – Consegue sim, você é um paizão e da conta dos dois sozinho.
Arthur ficou triste de ser separado do irmão mas Antônio conseguiu entretê-lo.
Arthur – O irmão não vai voltar mais tio?
Antônio – Claro que vai.
Arthur – Mais eu to com saudade.
Antônio – Eita que moleque exagerado.
Arthur – Ele cuida de mim igual você cuida do papai.
Rodrigo olhou de rabo de olho, dando um sorriso.
Antônio adorava esses momentos em família, mas aquilo só deixava sua decisão ainda mais difícil, mais dolorosa.
Antônio – Ano que vem você também vai pra escolinha, daí vocês vão ficar junto na hora do recreio.
No fim da tarde todos foram buscar o garoto na escola. Rodrigo já estava apreensivo pois todas as crianças saiam menos seu filho.
Arthur – Cadê ele tio? Será que o urso comeu o irmão?
Rafael saiu abraçado a outro garoto.
Antônio ficou esperando o menino correr até eles mas o garoto nem se abalou.
Rodrigo – Achei que ele estaria chorando.
Antônio – Oi meu querido, fez um amiguinho?
Rafael – Tio, meu amiguinho pode morar la em casa?
Enciumado, Arthur já abraçou o irmão, ficando grudado nele.
Rodrigo – Não pode filho, se não o papai dele e a mamãe dele irão ficar tristes.
Rodrigo – Qual seu nome?
Thiago – Meu nome é Thiago.
Thiago – Meus papais deixam sim tio.
Daniel – Rodrigo, Antônio...que surpresa vocês aqui.
Antônio – É seu filho?
Daniel – Sim, ele é meu filhão.
Daniel pegou o filho no colo dando um beijo no garoto.
Rodrigo – Já estava levando ele embora pra minha casa.
Daniel – Eu não ia dar meia hora pra você devolve-lo, esse moleque aqui não é fácil. Ele deixa eu e o Alexandre de cabelo em pé.
Daniel – Até mais, nos vemos na empresa.
Rodrigo tinha se tornado um pai todo preocupado e foi falar com a professora.
Rodrigo – Ele chorou muito?
- Nada, foi só vocês irem embora que ele parou na hora.
Rodrigo – Mas ele nem chamou pela gente?
- Não, o Rafael é um garoto muito comunicativo, já fez amizade com todas as outras crianças.
Rafael – Com todas? Já?
- Ele...ele fala bastante né.
- Falou do irmão, do tio, dos avós, das crianças feias, falou de um tal de Chico, que vai trazer amanhã...
Rodrigo levou a mão no rosto.
Rodrigo – Tripa, pelo jeito ele não deixou você dar aula né.
Rodrigo mal chegou em casa e Sidney já ligou querendo um relatório completo do dia de aula do neto na nova escola. Para evitar discussões, Antônio conversou com Telma colocando os avós a par da situação.
Rodrigo – Moleque sem vergonha viu.
Antônio – Deve ter puxado o pai.
Antônio – Você tem o maior jeito de que era o popular da escola.
Rodrigo – Na escola nem tanto, mas na faculdade...
Rodrigo – Melhor até deixar pra la.
Rodrigo deu um sorriso malicioso, deixando Antônio cheio de ciuminho.
Antônio – Eu nem tanto, só apanhava dos meninos mais velhos e também da Cris.
Rodrigo – O dó, vem colinho vem.
Antônio deu um sorriso, cedendo aos carinhos do seu amor.
Antes de dormir, Rodrigo ficou olhando seus arquivos no computador, seus trabalhos. Sua vontade era retomar pra faculdade de gastronomia e realizar o grande sonho de sua vida, mas antes sabia que era necessário resolver todos os outros problemas de sua vida.
No dia seguinte Rodrigo aproveitou para almoçar no seu antigo trabalho e falar com um velho amigo.
Ao entrar no restaurante, mais precisamente na sala de Fábio teve um surpresa.
Rodrigo – Vocês???
Fabio e Lucas estavam se beijando e ficaram brancos ao ver Rodrigo em pé na porta.
Fabio – Rodrigo, não é nada disso que você está pensando...
Lucas – Eu..
Lucas se arrumava, ajeitando sua roupa e em seguida se despediu.
Lucas – Estou atrasado.
A sós com o ex namorado Rodrigo caiu na gargalhada.
Rodrigo – Vocês dois heim, nunca imaginei.
Fábio – Que vergonha.
Rodrigo – Para com isso cara.
Fábio – O Lucas é ex do Antônio.
Fábio – Nos encontramos por acaso uma vez em um bar, dai lembrei dele da sua casa.
Fábio – Nós adicionamos na internet e dai se sabe, acabou rolando.
Rodrigo – Cara, fico muito feliz mesmo por você, quer dizer, por vocês dois.
Rodrigo – Nossa, que legal que vocês estão se entendendo.
Fábio – Ele é um pouco mais novo que eu mas é um cara maneiro, estou curtindo muito.
Fábio – Mas que surpresa boa, vai me dizer que quer seu estágio de volta?
Rodrigo – Não, ainda não.
Rodrigo – Queria conversar sobre a faculdade, estou pensando em voltar.
Os dois almoçaram juntos e Rodrigo saiu super animado, pensando na possibilidade de voltar aos estudos.
Quem também teve uma surpresa foi Antônio.
Ele estava saindo do trabalho quando viu Cris na rua. De maneira cautelosa seguiu a amiga e a pegou de jeito.
Antônio – Então já chegou de viagem!!!
Cris – Tonio!!!
Antônio – Porque não atende minhas ligações?
Antônio – Eu quero saber dessa história que você inventou.
Cris – Não inventei nada.
Antônio – Você vai me obrigar a procurar aquele crápula do Laercio pra tirar essa história a limpo?
Antônio – É assim que você diz que gosta de mim?
Cris – Não faça isso Tonio.
Cris – Eu só quero sua felicidade, não quero que você vá embora.
Cris – Mas o que eu falei é a verdade que você tem que acreditar.
Cris – Que você e todos tem que acreditar.
Antônio – Sinceramente não sei o que pensar.
Cris – Deixe de ser certinho pelo menos uma vez na vida.
Antônio – O exame de DNA fica pronto em duas semanas.
Antônio – Eu não sei o que fazer.
Cris abraçou o amigo e preferiu não tocar mais nesse assunto.
Antônio foi pra casa e caiu na cama, dormindo. Rodrigou sabia que ele estava preocupado mas preferiu não procura-lo, diferente de Rafael e Arthur.
Antônio dormia quando sentiu uma coisa subindo por cima e outra grudando sua cabeça.
Quando acordou se deparou com Arthur sorrindo de baixo das cobertas e Rafael abraçado ao seu pescoço.
Rafael – Tio, o papai já fez a janta.
Arthur – Você tem que acordar agora, se não a gente vai morrer de fome.
Antônio tentou resistir mas sabia que aquelas tripas não dariam paz.
Rafael – O tio está triste papai.
Rodrigo – Triste porque? Sabe o que eu fiz?
Rodrigo levou a mesa um bolo de chocolate transbordando recheio.
Rodrigo – E esses buracos no bolo se você medir bate certinho com os dedos dessas tripas mau educadas e mortas de fome.
Antônio – Eu amo vocês viu.
Como sempre fazia, Antônio levou os garotos até a cama e contou uma história. Antes de dormirem os meninos deram um beijo nele mas dessa vez foi Rafael que o surpreendeu.
Rafael – Boa noite papai.
Em seguida o garoto se esparramou na cama, fechando os olhos.
Antônio – Boa noite.
Pela manhã, mesmo a contra gosto, Rodrigo aprontou os filhos para ficar na casa dos avós.
Antônio queria aproveitar a presença de Sidney mas achou que não era o momento oportuno.
Sidney – Amanhã vou ter o prazer de assistir a derrota da sua irmã no tribunal.
Rodrigo – Por incrível que pareça temos alguma coisa em comum.
Todos os momentos de felicidade que Antônio estava tendo nos últimos dias com a família fez com que ele tomasse uma decisão, na verdade era mais uma atitude de desespero.
Ao sair do trabalho ele foi até a casa de Sidney, surpreendendo o empresário.
Sidney – Os garotos estão no quarto brincando.
Antônio – Quero falar com o senhor.
Sidney – Não entendo que tipo de assunto podemos ter um com o outro.
Antônio – Eu estou desesperado.
Antônio – Mesmo que não adiante nada, eu pelo menos vou tentar.
Sidney ficou sem entender mas Antônio abriu seu coração, numa tentativa desesperada.
Antônio – O Rodrigo não sabe que estou aqui.
Antônio – Seu Sidney, eu tive uma infância muito difícil, muito complicada. Não é segredo pra ninguém a minha história.
Antônio – Eu achei que tinha perdido a minha mãe e passei minha vida em um orfanato e meu amor sonho era reencontrar meu irmão Guilherme.
Antônio – Morei na rua, fui explorado por uma família adotiva, voltei pra um orfanato, conheci pessoas que me fizeram mal, mas nunca perdi a fé de um dia encontrar meu irmão.
Antônio – Apareceu um impostor que só me fez sofrer até que finalmente encontrei meu irmão, o verdadeiro Guilherme.
Antônio – Mas por ironia do destino, o irmão que eu amava tanto era na verdade o homem por quem me apaixonei.
Sidney se mostrou incomodado mas Antônio continuou a falar.
Antônio – Não pense que é fácil pra mim, para o Rodrigo toda essa situação. Ser julgado, apontado pelas pessoas.
Antônio – Além do meu irmão, ganhei novamente minha mãe e dois sobrinhos.
Antônio estava emocionado e falou com o coração, deixando as palavras saírem naturalmente de sua boca.
Antônio – Sabe como conheci aquelas duas tripinhas?
Antônio – Eles colocaram tachinha pra eu sentar e me furar e depois ficaram tacando semente de arvore em mim na primeira vez que fui a mansão dos Santarem.
Antônio – Aqueles dois garotos mexeram tanto comigo que quando o Rodrigo perdeu eles na rua eu sofri como se fossem meus filhos.
Antônio – E é assim que vejo aqueles meninos hoje, como filhos, sobrinhos. Sou capaz de dar minha vida por eles.
Sidney – Onde você quer chegar com essa conversa?
Antônio – O Rafael e o Arthur tem o Rodrigo como o herói deles.
Antônio – O Rodrigo não é mais aquele cara frio, mau caráter de antes.
Antônio – E o senhor e ele tem uma coisa em comum, o amor pelos garotos.
Antônio – O que estou querendo dizer com tudo isso é na verdade um pedido.
Antônio – Por favor, desista desse processo. Em troca eu prometo que nunca mais se aproximo deles.
Antônio – Eu entendo e compreendo sua preocupação com minha relação com o Rodrigo, mas acima de tudo isso está a felicidade do Rafael e do Arthur.
Sidney – Porque você está fazendo tudo isso?
Antônio – É simples.
Antônio – Porque eu amo demais o meu irmão. Eu procurei ele a minha vida toda e se for preciso eu vê-lo feliz, não me importo de ter que ir embora.
Sidney – Você se sacrificaria pelo Rodrigo?
Antônio – Quantas vezes fosse necessário.
Sidney – Veja bem Antônio. A questão não é só essa...
Antônio – Por favor, repense tudo isso.
Antônio – Independente do resultado daquele DNA, eu prometo, eu vou embora.
Antônio – Bom, eu não tenho mais nada pra fazer aqui, mas obrigado por me ouvir.
Antônio saiu da casa e Telma que ouvia toda conversa foi até a sala, encarando o marido.
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Rodrigo – Já estava ficando preocupado, você demorou.
Antônio – Estava resolvendo umas coisas no trabalho.
Rodrigo – Porque você insiste em mentir pra mim? Você é um péssimo mentiroso.
Rodrigo – Mas não tem problema, estou feliz hoje.
Antônio – Porque?
Rodrigo – Amanhã a Alice será condenada e também porque hoje temos a casa só pra nós.
Antônio sorriu, dando um beijo em Rodrigo.
Os dois transaram e Rodrigo dormiu feito um anjo sobre os braços do seu amor. Antônio ficou a madrugada toda fazendo cafune nas costas deles, sentindo os pelos de seu peito se entrelaçar com os de Rodrigo.
Rodrigo acordou radiante e colocando seu terno apressou Antônio para irem para o fórum.
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Stela – A Alice não dormiu em casa e também não atende o celular.
Carlos – O que será que ela deve estar aprontando?
Carlos – Ela deve ter ficado com aquele advogado dela.
Carlos – Vamos querida, estamos atrasados.
Stela – Estou com medo Carlos.
Carlos também estava apreensivo e abraçou a esposa.
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Sidney – Já estou pronto.
Sidney – Acabei de falar com nosso advogado, ele está muito animado quanto ao resultado.
Telma – Não vejo a hora de ver aquela ordinária apodrecendo na cadeia.
Sidney – Você verá meu bem, pode acreditar.
Telma – Nós vamos no seu carro?
Sidney – Sim, não sei que horas vai acabar isso.
Sidney – Se demorar, o motorista pega os meninos na natação.
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Cris, Bruno, Romeu e Simone também foram ao fórum, garantindo seus lugares na plateia.
Carlos e Stela chegaram e Rodrigo foi até a mãe dar apoio a ela.
Rodrigo – Porque não ficou em casa mãe?
Stela – Eu não ia conseguir ficar la esperando o resultado.
Stela – Você viu a Alice por ai?
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Romeu – O que você esta fazendo? Desliga o celular.
Cris – Nem morta, vou tirar uma foto daquela vaca bem na hora que o juiz der a sentença.
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Rafael e Arthur estavam na aula de natação e ficaram brincando com as outras crianças até dar o horário de ir embora.
Arthur – Irmão, eu to com fome.
Rafael – A gente já vai embora.
Rafael – A la, o carro, é o Valdir. Vamos!!!
Rafael e Arthur correram quando escutaram a buzina.
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Cris – Porque não começa logo isso?
Cris – Tenho uma progressiva pra fazer a tarde.
Cris – A bandida já não está ai?
Romeu – Calma meu bem, tem todas as formalidades.
O advogado de Alice conversava com o promotor e logo foi possível ver uma movimentação.
O salão do júri já estava lotado, todos esperando ansiosamente o início do julgamento.
O advogado de Sidney foi até ele e falou alguma coisa em seu ouvido, o deixando nervoso.
Antônio – Está acontecendo alguma coisa?
Rodrigo – Não sei, está estranho né.
Stela – Onde você estava Carlos?
Carlos – Precisamos conversar.
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Algumas horas depois...
Sidney – Isso é uma palhaçada, não acredito nisso.
Telma – Calma meu bem, isso acho que será revertido a nosso favor.
Telma – Vou ver se os meninos já comeram.
Sidney foi para o escritório fazer algumas ligações.
Telma – Sidney!!!!!
Ao escutar o grito da esposa Sidney correu até a sala.
Sidney – O que foi Telma?
Telma – Os meninos.
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Rodrigo – Que raiva!!!
Antônio – Eu sei o que você está sentindo, também estou com muita raiva.
Rodrigo – A Alice não vai escapar.
Antônio – Ela não ir ao julgamento foi um tiro no pé, agora sim a polícia vai caçar ela.
Rodrigo – Assim espero.
Rodrigo – Ah não!!! Aquela múmia do Sidney, o que será que esse mala quer agora?
Rodrigo – Alo, O que foi Sidney?
Sidney – Cadê meus netos seu delinquente?
Rodrigo – Do que você está falando sua múmia?
Sidney – Estou mandando a polícia até ai, não pense que você vai escapar.
Antônio – O que foi Rodrigo?
Sidney – Como assim cadê os meus netos? Quero falar com o Rafael e o Arthur.
Sidney gritava e em seguida desligou o telefone.
Rodrigo ia retornar a ligação mas seu celular voltou a tocar.
Antônio – A Alice??
Rodrigo – O que você quer Alice?
Rafael – Papai, sou eu o Rafael Satarem.
No mesmo instante Rodrigo sentiu seu peito apertar e o corpo ficar gelado.
Rodrigo – Rafael!!!
Antônio – Meu Deus!!!
Rodrigo – Filho, onde você está? Fala com o papai.
Rafael – Papai, aqui em cima é maior legal.
Arthur – Eu estou com medo.
Rodrigo – Em cima onde filho?
A câmera do celular ligou e Rodrigo pode ver o rosto da irmã.
Alice – A que bonitinho o casalzinho juntos.
Alice – Ainda bem que os dois estão juntos, é bom que um pode dar apoio ao outro na hora do velório dos anjinhos.
Antônio – O que você quer Alice?
Alice abraçou os sobrinhos, segurando o celular, sentindo o vento bater em seu rosto.
A essas alturas Rodrigo já estava tremendo, com uma sensação horrível em seu peito.
Alice – A gente está dando um passeio.
Rafael – Vocês não vão vir?
Alice se levantou e com o olhar diabólico fixou o olhar na câmera do aparelho.
Rodrigo – Pare com isso Alice.
Alice – Você não imagina o prazer que estou tendo em ver vocês dois assim.
Antônio – Alice, onde você está?
Alice – Vocês acharam mesmo que eu seria presa? Tolinhos.
Alice – Você me humilhou e me espancou dentro da minha própria casa, me expulsou da minha empresa.
Rodrigo – Vamos conversar Alice.
Alice – Lembra o que eu te disse Rodrigo?
Alice – Que eu iria me vingar onde mais dói em você.
Alice – Então, chegou a hora.
Alice voltou a abraçar os sobrinhos, colocando os dois na câmera.
Alice – Dão tchau pro papai e pro tio.
Antônio – Alice!!! Por favor não faça nenhuma loucura.
Rodrigo – Pare com isso Alice.
Alice virou a câmera mostrando a altura de onde estavam
Alice – Adeus meu irmãozinho querido.
Alice - Hora de voar.
Rodrigo – Nãooooooooooooo!!!!!!!
Continua...