Eu fiquei a manhã inteira com o Enzo e como ele estava dodói fiz bolinho de chuva pra ele comer, já que ele adorava. Depois eu fui buscar o Guilherme na escola e deixei o Enzo com a empregada em casa e ao chegar na escola do Guilherme a coordenadora me disse.
Coordenadora - Mas o Sr Rodrigo já buscou o Guilherme.
Eu - O que? Como assim?
Coordenadora - Ele veio aqui mais cedo pra busca-lo, ele também é pai do menino achei que não tivesse problema.
Naquele momento o desespero tomou conta de mim.
Eu - Esse desgraçado fugiu com o meu filho...
Então eu corri até o meu carro e acelerei pelas ruas, se ele pensa que vai me fazer de bobo está muito enganado.
Eu dirigi até o apartamento do Rodrigo e ao chegar lá o porteiro José me disse.
José - O Sr Rodrigo não está em casa.
Eu - Tem certeza que ele não está? Por favor, ele pegou o Gui na escola sem eu saber, o Rodrigo tá desequilibrado, usando droga, eu tenho medo que ele faça alguma coisa com o meu filho.
Eu implorei quase chorando e ele pareceu se comover.
José - O Rodrigo tá aqui sim, ele, o menino e a mãe dele, os vizinhos até estavam reclamando da gritaria que estava vindo do apartamento deles.
Eu - Por favor me deixa subir, eu tenho que tirar o meu filho de lá.
José - Meu Deus...tudo bem Daniel, pode subir.
Enquanto eu estava no elevador eu mandei um áudio pro Alê explicando tudo e pedindo para ele vir me ajudar e ao chegar na porta do apartamento do Rodrigo eu pude ouvir ums gritaria e ouvi também a voz do Gui chorando e isso me deu um aperto no coração.
Eu toquei a campainha e ouvi os gritos do Rodrigo e da minha ex-sogra Cláudia.
Rodrigo - Nem ouse abrir essa porta!
Cláudia - Eu vou abrir sim e não vai ser você que vai impedir!
Então eu ouvi uns barulhos de vasos quebrando então a Cláudia abriu a porta completamente descabelada.
Cláudia - Daniel graças a Deus que você chegou. Disse ofegante.
Eu entrei no apartamento rapidamente e vari o local com os olhos até encontrar o Gui em um canto da sala tentando se esconder e ao me ver veio correndo me abraçar.
Gui - Papai!
Eu abracei ele com todas as minhas forças, mas ao nos soltarmos eu vi que o Guilherme estava todo machucado, com aranhões e marcas de sapato e cinto, como se alguém tivesse batido muito nele.
Eu - Meu filho o que aconteceu com você? Perguntei apavorado.
Guilherme - O papai Rodrigo me machucou. Disse chorando e aquilo partiu o meu coração e me deu mais ódio ainda do Rodrigo.
Cláudia - Uma vizinha daqui do prédio que é minha amiga me ligou avisando que tinha ouvido gritos e choros de criança e quando eu cheguei aqui o Rodrigo estava espancando o menino.
Cláudio - Ele tá completamente drogado, eu liguei pra uma clínica vir pegar ele pra interna-lo, mas eles estão demorando muito e eu tenho que segurar ele aqui.
Foi nesse momento que o Rodrigo saiu do banheiro e veio até a sala, ele estava horrível, com o nariz vermelho e as pupilas dilatadas.
Rodrigo - Que maravilha a família inteira juntinha agora haha.
Eu - Seu covarde, como você teve coragem de bater no Guilherme!
Rodrigo - Você mimou demais esse moleque, ele não parava de gritar chamando você.
Guilherme - Ele falou que eu nunca mais ia ver o senhor ou o pai Alê. Disse abraçando a minha perna.
Rodrigo - Pai? Então você já tá chamando aquele preto imundo de pai seu moleque?! Parabéns Daniel, educou o garoto pra ser um interesseiro igual você!
Cláudia - Olha bem o que você tá falando Rodrigo, você não é assim meu filho. Disse chorando.
Rodrigo - É verdade mãe, eu nunca gostei daquele cara, sempre se achando o maioral, só porque é rico e agora quis tirar o que é meu também!
Eu - Escuta bem Rodrigo, isso que você fez não vai ficar barato, eu não vou sossegar enquanto você não for preso!
Eu - Melhor você vir com a gente Cláudia, não acho seguro você ficar sozinha com ele desse jeito.
Cláudia - Não se preocupe comigo Daniel, eu me viro aqui.
Então eu peguei o Guilherme no colo e caminhei até a porta, quando eu ouvi um gatilho de arma sendo ativado e ao me virar lá estava o Rodrigo apontando uma arma pra nós dois.
Rodrigo - Não se mova se não eu atiro.
Ao ver a arma o Guilherme escondeu seu rosto no meu pescoço e começou a chorar.
Eu - Rodrigo larga essa arma.
Cláudio - Filho pelo amor de Deus, você tá apontando uma arma pro seu filho e pro pai dele.
Rodrigo - Sai de perto da porta se não eu atiro. Disse friamente.
Então eu fui saindo de perto da porta aos poucos e o Rodrigo foi caminhando para onde eu estava de modo que eu fiquei de frente e ele de costas pra porta, mas mesmo assim ele ainda não tinha abaixado a arma.
Então nesse momento a porta se abre e por ele entra o Alessandro que dá um chute nas costas do Rodrigo fazendo com que ele caisse e a arma saisse de suas mãos, então o Rodrigo tentou esticar o braço para pegar a arma e ai o Alê pegou ele pelo colarinho e o jogou em cima da mesa de centro da sala, que era de vidro e se quebrou com o peso do Rodrigo.
Alessandro - Eu vou acabar com você desgraçado!
Então o Alê pulou em cima dele e começou a socar o rosto do Rodrigo, enquanto o segurava pelo colarinho, até o nariz do Rodrigo começar a sangrar e ele desmaiar.
Eu - Chega Alê, você vai acabar matando ele. Disse o tirando de cima do Rodrigo.
Alessandro - Vocês estão bem? Disse abraçando a mim e ao Guilherme.
Cláudia - Eu já liguei pra polícia, eles estão vindo e o pessoal da clínica de internação também.
Alessandro - O que houve com o Guilherme? Porque ele está todo machucado?
Eu - O Rodrigo tinha batido nele...
Alessandro - Caralho que vontade de matar esse cara!
Logo a polícia e os agentes da clínica chegaram, nós todos tivemos que depor e o Rodrigo foi levado até uma clínica de reabilitação onde ficaria sobre vigilância da polícia até a justiça decidir se ele deveria aguardar o julgamento na clínica ou na cadeia.
Infelizmente o nosso pesadelo ainda não tinha acabado, pois tivemos que levar o Guilherme até a delegacia para fazer corpo de delito, devido as agressões que ele sofreu. Nós só chegamos em casa de noite e o Enzo já estava dormindo e eu deixei que o Gui dormisse comigo e com o Alessandro naquela noite depois desse dia horrível que tivemos.
Algumas Semanas depois
Alessandro Narrando
O Guilherme já havia se recuperado do trauma e a justiça havia decidido que o Rodrigo aguardaria o seu julgamento dentro da clínica de reabilitação, a audiência pela guarda do Guilherme não acontecerá mais e a guarda definitiva foi dada para o Daniel e o Rodrigo só poderia se aproximar do Guilherme depois que cumprisse a pena que lhe seria dada no julgamente e mesmo assim só poderia vê-lo junto com um agente policial. Eu também já tinha conhecido a minha sogra que foi super gentil comigo.
No meio de toda aquela conturbação que foram essas últimas semanas eu acabei me esquecendo de falar pro Dani do convite pra festa de noivado da Camila e do Demetri que aconteceria no sábado e naquela terça-feita eu lembrei de avisa-lo e percebi que ele ficou um pouco hesitante.
Daniel - Tem certeza que é uma boa?
Eu - O meu pai prometeu uma trégua pra gente amor.
Daniel - Tudo bem...eu vou por você, mas na primeira gracinha que eu ouvir de álguém eu vou virar as minhas costas e vou embora.
Eu - Tudo bem loirinho, você é incrível. Disse beijando ele.
Daniel - Eu tô indo por você amor...vou pedir pro outro menino cobrir o meu horário no restaurante e depois eu fico em alguma folga dele também.
A semana passou voando e finalmente chegou o sábado, eu estava um pouco tenso, mas se eles destratassem o Daniel nós iriamos embora na mesma hora. Eu acordei por volta das 10h da manhã e depois de fazer a minha higiene eu desci as escadas indo para a cozinha e lá estavam os três amores da minha vida, o Dani estava preparando o café da manhã, ele ficava muito fofinho usando pijama, e os meninos estavam na mesa vendo alguma coisa no tablet.
Eu - Bom dia família.
Eles - Bom dia.
Eu dei um selinho no Daniel e dei um beijo no rosto dos meninos e me sentei ao lado deles.
Os marcas da agressão que o Guilherme sofreu já tinham cicatrizado, como que o Rodrigo teve coragem de fazer isso com uma criança? O Guilherme tem feito sessões com um psicólogo, pois toda a situação tinha traumatizado ele.
Daniel - Fiz o seu omelete de claras que você tanto come. Disse colocando no prato pra mim.
Enzo - Por que o senhor come isso todo dia pai?
Eu - Porque eu malho, pra ficar fortão.
Guilherme - Posso malhar com o senhor?
Enzo - Oba, eu posso também?
Eu - Claro que não, só quando vocês crescerem, ai nós saimos juntos pra azarar as gatinhas.
Nessa hora o Daniel me olhou com uma cara feia e eu tratei de me calar, pois quando o meu baixinho fica bravo é fogo.
A festa de noivado na verdade era mais um jantar, com familiares, parentes e alguns poucos amigos da Camila e do Demetri e se iniciaria ás 21 horas. Então as 20h30 nós já começamos a nos arrumar. Como não era um casamento e sim uma festa de noivado, não era preciso muita formalidade. Então eu coloquei uma calça jeans e uma blusa social cinza, o Guilherme vestiu uma blusa social preta com calça jeans e o Enzo uma calça jeans e uma blusa social branca e como sempre o Dani estava demorando a se arrumar e nós estavamos esperando ele na sala.
Então finalmente ele desceu, o Dani estava lindo, usando uma calça social cinza claro bem justa que destacava suas pernas e bunda e usava uma blusa social rosa que ele colocou por dentro da calça o que deu destaque a sua cintura afinada e seu quadril largo, os três primeiros botões da blusa estavam abertos dando destaque aos seus mamilos gordinhos e inchados e seu cabelo estava solto e levemente ondulado.
Daniel - Então vamos?
Eu - Você tá lindo amor.
Daniel - Obrigado amor, você também tá, aliás os meus filhotes também estão lindos. Disse dando um beijo no rosto de cada um.
Nós entramos no carro e eu dirigi cerca de 30 minutos até a casa dos meus pais, onde fomos recebidos pela minha cunhada Cristina.
Cristina - Boa noite, seja bem vindo Daniel. Disse com um sorriso forçado.
Primeiro os garçons estavam servindo os canapés, enquanto todos “confraternizavam“ na sala de estar, todos da minhs família são muito ocupados e a única oportunidade que eles tem de interagir entre sí, são nesses encontros e eu até costumava gostar disso antes deles serem estúpidos com o Daniel.
Depois que todos os canapés foram servidos a mesa do jantar. Tudo ocorreu bem e alguns parentes até conversaram com o Daniel e eu o apresentei a outras pessoas que ainda não o conheciam e tudo ocorreu bem.
Depois do jantar todos sentarão na sala de estar para tomar um vinho, quando eu dei falta das crianças.
Eu - Ué? Onde os meninos estão?
Daniel - Acho que eles foram lá pra fora, vou pegar eles.
Então o Daniel se levantou indo até o jardim e poucos segundos depois o Demetri também se levantou.
Então o tempo foi passando e não só eu como todos percebemos a demora do Daniel e do Demetri.
Eu - O Daniel tinha ido procurar as crianças.
Eliana - Meu Deus, será que aconteceu alguma coisa?
Eu - Eu vou atrás deles. Disse me levantando.
Ao chegar no quintal dos fundos dos meus pais eu vi uma cena que fez o meu sangue subir...
O Demetri estava beijando o Daniel, mas dava pra ver nitidamente que ele estava forçando a situação, pois o Dani tentava se soltar a todo custo, enquanto Demetri o segurava, até que o Daniel conseguiu se soltar e deu um tapa na cara do Demetri que ao me ver mudou de cor.
Daniel - Alê, ele me beijou a força, acredita em mim.
Eu - Não precisa explicar, eu vi tudo.
Então eu caminhei em direção a eles e acertei um soco na cara do Demetri e nós começamos a brigar.
Eu - Seu filho da puta, você vai aprender a não mexer com o que é dos outros! Disse socando ele.
Demetri - Puta é a puta que te pariu e além do mais esse viadinho que me deu mole, com essa roupa que ele tá usando tá pedindo pra enrabarem ele.
Eu - Lava a tua boca pra falar do meu noivo seu canalha!
E nossa briga continuou até que as pessoas que estavam dentro da casa ouviram a confusão e vieram nos separar, o meu pai me segurou e o meu irmão Bruno segurou o Demetri.
Antônio - O que aconteceu pra vocês brigarem igual dois moleques!? Disse gritando e perguntando ao mesmo tempo.
Eu - Esse canalha tinha agarado o Dani.
Antônio - Isso é verdade Demetri?!
Demetri - Claro que não! Essa bicha que veio dar em cima de mim!
Daniel - Mentira, ele que me beijou a força!
Camila - Cala a boca! Como você tem coragem de vir no meu jantar de noivado pra dar em cima do meu noivo!?
Eu - O Daniel não deu em cima de ninguém, eu vi muito bem o Demetri tentando forçar a situação.
Durante a nossa confusão eu vi os meninos saindo de trás do pé de goiaba que tinha no quintal e eles ficaram observando de longe, achando que ninguém tinha visto eles.
Eliana - Haha, você sempre foi muito ingênuo Alessandro, tá na cara que esse rapaz é um rameiro!
Eu - Olha bem como fala mãe!
Eliana - Eu falo do jeito que eu quiser, pois eu estou na minha casa, esquece esse rapaz, você pode arrumar uma moça ou até um rapaz negro e do nosso nível social.
Eu - Eu não quero mais ninguém, pois eu já tenho o Daniel e amo e confio nele, aliás...
Eu - Eu ia fazer isso depois que saissemos, mas farei aqui mesmo para provar algo para vocês de uma vez por todas.
Então eu tirei a caixinha com as nossas alianças do bolso e me ajoelhei diante do Daniel, abrindo a caixinha.
E diante de todos aqueles olhares tortos eu perguntei.
Eu - Daniel...aceita casar comigo?
CONTINUA...
O capítulo de hoje pegou fogo hahaha. O que acharam? Gostaria de deixar claro que o foco da história é a relação do Dani e do Alê e também dos filhos, pode ter acontecimentos como esses para agitar um pouco a história, mas não irão se estender muito.
Guigo: Fico feliz que esteja gostando. Abraços querido.
Guardian: Fico feliz que esteja acompanhando e gostando da minha história, esses últimos capítulos mais tensos foram exeções, pois o foco da história é a relação dos dois.
Rsm: Ele teve a coça que ele merecia kkk.
Arrow: Infelizmente ele machucou o Gui,mas pagou.
Geomateus: Ele vai pagar pelo o que fez.
Nayarah: Rodrigo sempre apronta kkk.
Gordinho Gostoso: Quase ouve um sequestro, sorte que o Daniel e o Alessandro foram rápidos.
Peludpdf: Sim, muita água ainda vai passar debaixo dessa ponte.
Alex curte peludo: Rodrigo é mal caráter mesmo. Gosto de deixar vocês anciosos kkkk
Muito obrigado a todos os meus leitores
BEIJOS
