Os preparativos da festa
Eram quase 15:00 e eu estava nervosa. As meninas chegariam a qualquer momento. Todas resolveram se encontrar para almoçarem juntas e aproveitarem para fazer um “esquenta”. Eu não quis ir, afinal precisava preparar as coisas: colocar os espumantes para gelar, separar os copinhos de shot para tequila e comprar uns salgadinhos e brigadeiros. Afinal, a festinha começaria às 15:00, mas não sabia até que horas duraria.
Era domingo e o Paulo saiu para o aeroporto e ficaria fora a semana toda. Estávamos em janeiro e as crianças estavam de férias na casa da avó. Eu ficaria sozinha sem elas e sem meu marido, mas isso não significa que eu precisaria ficar na seca. Meu marido sempre incentivou que eu me divertisse muito sozinha. Meu primeiro vibrador foi ele que me deu enquanto ainda namorávamos. E de lá pra cá a minha coleção só fez aumentar durante os anos. Eu os usava tanto sozinha quanto com ele e isso o deixava louco de tesão. E a mim também, naturalmente.
Eu adoro meus sex toys e eles estavam todos ali em cima da mesa, organizados como os instrumentos de tortura que um interrogador traz para questionar um criminoso num filme. Ordenados por tamanho. Primeiro um delicioso plug anal de metal dourado com uma jóia na ponta. Ele é pesado e ao usá-lo durante a penetração ou em companhia de outro brinquedo, esse peso se faz sentir lá no seu âmago. O segundo um vibrador básico de plástico de uns 15cm, desses que parece um batom avantajado. Ele é simples, básico e funciona bem massageando o clitóris, ou enfiando na vagina e/ou ânus. Logo a seguir estava um plug anal de silicone, bem maior do que o outro, ele é gostoso, mas como não é pesado como o outro, passei a usá-lo menos.
O próximo é um que pareceu muito interessante na loja, mas que se revelou pouco prático: um vibrador que vem com uma bombinha. Você insere ele e depois infla com a bombinha e ele cresce. Soa bem mais bacana do que a realidade. Aí vem um cacete de silicone num formato que imita um pau real de uns 20cm. Na sequência deixei meus dois vibradores no estilo “Jack Rabitt”: Um de 25 cm e outro maior de uns 28cm. Esse último tem tantas velocidades e opções de controle que na hora H você chega a se confundir e sair do clima. Ainda assim, nas mãos de alguém experiente como meu marido esse coelhinho me leva a loucura.
Fora da ordem crescente estava meu satisfyer, ele não é um vibrador, mas sim um “sugador ultrassônico de clitóris”. Todo mundo falava maravilhas dele e ele não é ruim não. Mas não consegui ainda gostar mais dele do que de um bom e velho caralho a pilha. Numa categoria só dela vem a minha “Magic Wand”, ou vara mágica, um potente massageador, que copia o clássico Hitachi e que funciona ligado à tomada. Nada se compara ao poder de um motor elétrico de 110V na sua buceta! Ele consegue me deixar elétrica em instantes e pode me levar a gozar em um minuto ou dois. É muito potente.
No fundo na mesa, a jóia da coroa: a minha “Sex Machine”. Uma máquina que não apenas vibra, mas simula a penetração indo e vindo com opção de não apenas um cacete de borracha, mas três paus de diferentes tamanhos, espessuras e texturas. É meio esdrúxulo de se olhar, mas a sex machine é uma excelente companhia quando seu marido estiver viajando uma semana toda.
Na ponta da mesa havia deixado duas garrafas de 1l de óleo a base de água. Aqueles óleos que a gente vê os atores todos lambuzados nos filmes pornôs. E claro, se tinha algo que não poderia faltar era uma caixa com várias pilhas AA e AAA no canto. Esses apetrechos todos dividiam o espaço da mesa com as taças de champanhe, os shots para tequila e alguns brigadeiros.
Sob todos os aspectos essa mesa era uma delícia…
15:07 e nada das meninas chegarem. Eu estava ficando impaciente e começando a pensar se essa “sex toys party” era mesmo uma boa ideia. Eu nunca tinha conversado com as meninas fora do grupo do Face ou do Whatsapp e muito menos já tinha participado, quem dirá dado uma festinha como essa. Há muito tempo fantasiava com uma situação como essa. A ideia de amigas bebendo, rindo e experimentando brinquedos diferentes populava minha imaginação e me deixava além de muito curiosa, super excitada.
Aproveitei que o Paulo estaria fora e decidi que era hora de experimentar isso. Ele certamente vai se surpreender e vai pirar quando eu contar os detalhes depois. Eu não havia contado nadinha pra ele, embora a gente sempre brincasse e falasse muito de coisas assim. Ele mesmo me incentivava a explorar o meu prazer de todas as formas possíveis (claro, desde que isso não envolvesse outro cara). Mas acho que no fundo ele nunca imaginou que eu estivesse falando sério. Acho que nem eu imaginava.
15:13 e não me segurei, mandei um whats pro grupo: "Cadê vocês?”. A Juliana, a que parecia ser a mais safadinha de todas nós, mandou um áudio: "Logo estaremos aí. Fizemos um “pit stop” numa sex shop perto da sua casa. A Vera quis comprar Lingerie novo e todas resolveram levar algo. Logo estaremos aí. Quer que leve algo pra você?”. “Não precisa não” respondi “apenas venham logo”.
Estava ansiosa, então aproveitei para abrir um espumante e me servir uma taça. Estava uma delícia. Lembrei do HD cheio de filmes de putaria que o Paulo baixa da internet e liguei na TV da sala. Eram tantos filmes que era difícil de se achar. A sorte é que ele é todo organizado e tinha uma pasta só com orgias. Coloquei na tela um video que a gente tinha assistido com umas 7 mulheres, 4 caras e muitos sex toys e deixei rolando. Eram mais de duas horas de filme e aquilo iria manter a minha mente ocupada e me preparando para o “crime”.
Continua…
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