Volteiiii gente, desculpas. Vou terminar ela. Juro de dedinho.
Sangue. Como eu tinha pavor de sangue. De me machucar. Não fazia nem atividades físicas por causa disso.
Mas lá estava eu, preso por correntes e machucado.
Estava num armazém, pelo visto. Silencioso do jeito que eram, deveria está bem ao sul da capital.
Nem o som de carro eu ouvia. Realmente como fugiria?
Não sei ao certo quem foi que me pegou. Mas daria um jeito de sair.
Tentei mexer minhas mãos, mas chorei baixinho. As correntes estavam sustentando meu corpo em pé e meus pulsos estavam em carne viva. Marcas rodavam meu corpo, como tatuagem.
Não teria jeito, nem se eu gritasse alguém viria me ajudar. Estava sozinho nessa.
Pitbull. Fiquei pensando nele e de como ele salvou minha mãe e eu de sermos mortos a muito tempo atrás. O que realmente eu fiz foi ajudá-lo mesmo? Ou colocar ele na boca do leão?
Porque eu aceitei aquele dinheiro. Que merda.
- Está confortável, senhor Diego?
Uma voz invadiu o armazém mal iluminado. Os passos despreocupados e devagar faziam eco.
- Para falar a verdade eu estou, só estava...
Um disparou de bala passou por mim. Eu fiquei calado, um silêncio que fez minhas pernas tremerem. Lascas de pedras estavam no meu rosto. A bala passou por mim e fez meu ouvido zumbirem, com o disparo. Ele tinha acertado nem 10 centímetros perto do meu rosto.
- Eu odeio sarcasmos e ironia. Acha mesmo que não teria o prazer de matar você? De matar a pessoa mais importante para Eles!.
- Mais que diabos é você seu filho da puta. O que realmente você quer de mim?
- Eu quero vingança.
Apenas uma luminária estava acessa e iluminava um campo de pelo menos 4 metros em volta de mim. A pessoa estava na minha frente me deu um sorriso.
- Heitor? Você me prendeu aqui?
A pelo menos duas semanas eu tinha descoberto a identidade de meu chefe, o seu nome era Heitor, um dono de uma empresa grande, que foi abandonado pela esposa por causa de um amor de balada e a filha foi morta por causa de bala perdida num show de funk.
Ele era alto e negro, sua pele era tão negra que parecia chocolate bem concertado. Os olhos verdes e o sorriso branco, ele era um cara charmoso. Seus traços eram de negros da África. Homens rústicos, ele me lembrava um caçador, sempre atento a tudo em sua volta.
Um sorriso medonho se formou em seu rosto.
- Minha esposa me abandonou por causa de Pitbull, e minha filha foi morta por causa de um tiroteio a tempos atrás. E hoje eu tô aqui para minha vingança.
- Serio? Poderia o prender e até mesmo o deixar morrendo na cadeia. Ou mandar matar ele lá dentro. Você tem alguém problema?
Ele riu. Um brilho intenso saia de seus olhos.
- Seria muito fácil. Eu quero ele aqui, na minha mão. Até porque, quero que ele sofra. - Heitor olhava diretamente para mim.
- E eu sou a isca principal. Acha mesmo que ele iria atrás de mim? Faça um favor a si próprio e volta para trás da mesa de onde saiu. Eu e ele não temos nada. A não ser profissional. - em parte aquilo era verdade. Mas precisava que ele acredita-se. Tinha que sair dali
Heitor riu. Uma risada de dentro de sua garganta, que saia debochada
- Não era isso que meu amigo me contou!
- Que amigo?
Saio das trevas do lado dele apareceu Chakal. Duas armas de cano longo em suas maos, e a roupa um pouco suja de sangue.
- Como... você... você não era o melhor amigo dele?
Chakal me olhou. Seu rosto estava duro, como uma estátua.
- Pitbull está perdendo tempo com você, e eu não vou colocar o morro nas mãos de alguém que perde tempo com alguém que não iria o ajudar. - Chakal me encarou de forma irredutível, como se eu fosse um leproso. - Eliminar você será melhor pra meu irmão.
- E como o universo é maravilhoso, não? Romeu o delegado que eu procurei para prender Pitbull, não fez nada. Agora estou lançando um contra o outro. Uma guerra civil, está acontecendo no morro. E tudo o que ele mais ama vai ser morto. Ou ele salva você ou salva o morro. - Heitor olhou o relógio de pulso. - Ele tem uma hora. Ou todo o armazém explode.
Chakal nem sequer me olhou. Virou as costas e segui seu caminho.
- Volta aqui Heitor. Me tira daqui, Seu imundo.
Heitor apenas sorriu, e se virou. Me deixando sozinho naquele armazém.
Eu realmente não deveria ter feito a promessa para minha mãeO morro estava caindo. Policiais subiam cada vez mais. Romeu realmente decretou guerra. E ele estava acatando tudo isso. Como esse imbecil teve seu distintivo?
- Senhor. Os policias estão subindo. Já estão mais do que a metade e quase tomando o morro todo. - disse Júlio, um garoto de um metro e meio de altura, de dentes de ouro e uma mira tão boa que matava uma mosca em pleno ar.
- Aquele filho da puta. Eu preciso dele. - resmungava para mim mesmo. - Cuidem dos policias. Todos eles que estão subindo pelo lado oeste e norte, Os prendam com as bombas caseiras. Precisamos deter eles.
Peguei minhas armas e coloquei na mão. Saio da casa de onde estávamos.
O bilhete era simples. Eu e Romeu no armazém no lado sul da cidade. Se aquele engomado, filho da puta, não tivesse do meu lado. Eu o levava nem que fosse morto.
Descia o morro por becos e mais becos, O morro foi construído para ser um labirinto, onde apenas os moradores - alguns deles - e o pessoal do tráfico, soubesse de sua existência. A cada beco, eu via, alguns policiais e militares caídos no Chão e alguns homens meus também.
Aquilo tinha virado um pandemônio.
Desci mais alguns lances de escada e me escondi atrás de uma casa. E lá estava ele, subindo com alguns guardas armados. O cara não tinha nada de especial. Eu era bem mais bonito e atraente para falar a verdade. Ele era apenas um A GNT - em gíria significa, padrão. Que segue as regras. Engole essa @ - estava de colete a prova de balas e armas nas mãos. Eu tinha que chegar ali. Então não esperei ele subir mais.
Me joguei para cima. Cheguei bem perto e peguei os guardas de surpresa, chutei o primeiro na cabeça e o outro o soquei no saco assim que Caio de joelhos no chão. Eu sabia capoeira. Soquei o terceiro bem no estômago e dou uma joelhada em seu queixo.
O quarto foi mais esperto me pegando numa gravata, mas logo relaxei e pisei em seu pé, Peguei minha arma e dei um coronhada.
Só sobrou Romeu. Que logo disparou uma bala contra mim. Ela pegou de raspão, Ou foi muita sorte.
- Preciso falar com você. - disse olhando para o - Diego precisa de nossa ajuda.
- Me devolva o Diego.
Novamente ele partiu para cima. Socos e chutes eram evitados e rebatidos ao mesmo tempo. Romeu e eu brigávamos de mão a mão. Até que num vacilo meu, Ele me pega. Me dando uma rasteira e me derrubando, bato minha cabeça no chão e vejo a arma dele na minha cabeça. Pronta para o disparo.
- Diego? O que você fez com ele seu filho da puta?
- Não foi o que eu fiz, mas foi que pegaram ele.
- Você o pegou, e eu estou perdendo a paciência com você. Diga onde ele esta. - Romeu destravou a arma e estava com o dedo no gatilho.
- Se me matar não vai ganhar nada com isso. Não estou com Diego, se bem que eu queria estar. Mas ele foi pegou, raptado por alguém.
Romeu abaixou a arma.
Fui bem devagar pegar o celular com a mensagem. E mostrei para ele.
Apenas deu tempo de ouvir o disparo da arma.
Meus olhos se arregalaram. Ele tinha disparado contra mim. O que esse filho da puta estava pensando em fazer?
- você esta ficando louco ou o que ? – o empurro para o longe.
- Estou apenas revidando. O pelo que fez comigo.
Reviro os olhos revoltado. Ele tinha que ser assim? Seus olhos brilharam assim que ele põe os olhos a mim. Seus olhos baixaram para seus homens que estavam caídos no chão.
- Sei que não acertou eles para matar. – Ele me olha seguro do que dizia.
- Espero que não. – comentei.
O barulho de artilharia estava pesado e eu sabia que aquilo não iria acabar. Começamos essa guerra civil.
- Vamos. Temos que ser rápidos. – disse pegando no braço de Romeu.
O loiro me olhou de forma simplista. Estava tentado a não acreditar que isso era real, eu via isso em seus olhos.
- Olha, eu sei que esta sendo algo que não esta acreditando. E isso é algo realmente ruim, devido a meu passado, mais Diego e tão importante para mim, quanto para você. Se acha que isso é mentira. Vamos até lá e descobri o que é real ou não.
- Se isso tudo for uma pegadinha. Meus homens mataram cada um dos seus.
Eu acento com a cabeça e corremos para pegar um carro a nossa frente. Tínhamos agora menos de uma hora para salvar Diego. E eu iria o salvar de novo.