As pálpebras de Michael abriram-se e ele olhou-a deliciosamente, como um animalzinho assustado. Addan ficou paralisado.
– Por que está com medo? – perguntou, acariciando-lhe o peito musculoso. Ele sacudiu a cabeça, impaciente.
– Beije-me.
– Diga por que está com medo.
– E se você não gostar?
– Eu gostarei. Sei que gostarei – para tranquilizá-lo, Addan afundou a cabeça e pressionou brandamente os lábios contra os dele. Depois, acariciou-lhe a boca. Deus! Aqueles lábios eram veludo puro. Cálidos. Calor ardente.
Especialmente quando ele gemeu. O som foi totalmente masculino e de uma sensualidade tão absoluta que o corpo de Addan respondeu derretendo-se, úmido e preparado, por entre as pernas, para fazer com que ele abrisse a boca, Addan o lambeu, perdendo-se na sensação de suavidade contra suavidade, fôlego contra fôlego.
Quando ele abriu a boca, Addan insinuou-se para dentro, encontrando a firmeza do esmalte de seus dentes para logo afundar-se mais e mais. Acariciou- lhe a língua e sentiu que seu peito elevava-se bruscamente.
Preocupada em ter ido muito longe, muito rápido, afastou-se.
– Quer parar...? - O grunhido pareceu sair de um lugar secreto e ele moveu-se tão rapidamente que ela sequer pôde seguir o movimento.
O quarto girou quando Michael o virou, o colocou de costas contra a cama e montou em Addan , um enorme corcel macho que não o assustava em nada. Michael inclinou-se e o peso de seu peito comprimiu o peito dele enquanto suas pernas agarravam-lhe os quadris. Quando aproximou-se de seu rosto, ele estava respirando com força e seus olhos definitivamente estavam flamejantes.
– Preciso de mais – ele exigiu. – Faça novamente, Mais forte, Agora. Addan recuperou-se rapidamente e levantou a cabeça do travesseiro, fundindo as bocas. Ele também se empurrou, forçando-a para baixo, tornando o contato mais profundo. E aprendia rápido. Com uma penetração certeira, sua língua disparou para dentro da delicada boca de Addan, fazendo seu corpo se agitar embaixo dele.
Como ele o envolvia com as pernas, Addan não conseguia sentir sua ereção. E desejava senti- lo, precisava senti-lo. Afastou a boca com um puxão.
– Coloque-se entre minhas pernas. Estenda-se entre minhas coxas.
Ele levantou-se e olhou para baixo, para seus corpos, depois usou o joelho para separar-lhe as pernas e unir-se ao corpo dele.
– Ah, Deus – Addan gemeu enquanto ele ofegava. A ereção de Michael estava quente e rijada e Addan podia senti-la através das roupas de seda que ambos usavam. E era enorme.
– Diga-me o que fazer – ele sussurrou, um grunhido. – Diga-me...
Adsan levantou os joelhos e inclinou os quadris, embalando-o com seu sexo.
– Esfregue-se em mim. Seus quadris. Movimente-os. E assim ele fez até que ambos estivessem ofegando e gemendo. Michael enterrou sua cabeça no pescoço de Addan. A seda era como um condutor, em vez de ser uma barreira. Um maravilhoso obstáculo que realçava as sensações. E possivelmente também por causa das circunstâncias, já que aquilo era uma fantasia, Addan se deixou levar, permitindo-se pelo menos uma vez simplesmente aproveitar as sensações e nada mais. Não pensava em nada além dos contornos do corpo dele contra o seu e na forma em que os movimentos de investida dele eram absorvidos por seu sexo e no incrível aroma que emanava dele e no calor da volúpia.
Quando ele se afastou, Addan estava pronto para recebê-lo em seu interior. Especialmente quando disse:
– Quero vê-la.
– Então tire minha roupa. - Quando ele se levantou, roubou-lhe o fôlego. Seus cabelos derramavam-se ao seu redor em gloriosas ondas que capturavam e amplificavam os brilhos das velas. O rosto de Michael era bonito demais para ser real. E, entre seus quadris, uma faminta e orgulhosa envergadura dilatava-se por detrás da seda vermelha.
– É um sonho – disse Addan. - As mãos dele tremiam enquanto abriam o laço que tinha ao redor da cintura de Addan e lentamente separava as duas metades. Pegou as lapelas e deslizou-as para trás, revelando o seu peitoral.
Enquanto Michael o olhava, Addan notou que ele emitia um som estranho, como o ronronar de um gato.
– Tu és... esplêndido – disse, com os olhos cheios de admiração e assombro.
– Posso tocar- te? - Quando Addan assentiu, Michael estendeu uma das mãos e roçou o flanco inferior de um
dos peitos, imediatamente dirigindo-se para o bico rosado. No instante em que ele tocou- lhe o mamilo, Addan arqueou o corpo e fechou os olhos.
Aquele toque era como uma chama, leve e sensual, que a fazia arder por completo.
– Beije-me – Addan pediu, alcançando-lhe os ombros para poder puxá-lo para seus seios. Quando ele seguiu na direção da boca dela, Addan deteve-o.
– Em meu peito desta vez. Beije- os. Beije-os por todos os lados. Tome-os em sua boca e acaricie os mamilos com a língua. Michael baixou lentamente sobre o corpo de Addan, até que seus olhos estivessem na altura de um dos mamilos. A expressão dele era, em parte, uma luxúria animal, como se desejasse devorá-la por completo; ao mesmo tempo, era sedutora e ostentava uma gratidão sofrida.
Acariciou-a com o nariz e logo a cobriu com os lábios. Quando estremeceu e uniu as pernas ao redor da metade inferior de suas costas, sugou brandamente, descobrindo-lhe o corpo, demorando-se em cada toque. Impaciente, precisando de Michael cada vez mais, Addan enredou as mãos nos cabelos dele e pediu-lhe para fazer com mais força.
Ele não precisou de muito mais incentivo. Sexualmente falando, sua inclinação natural era a de dominar.
Addan podia ter começado fazendo o papel do professor, mas a partir dali Michael comandaria os movimentos, conduzindo o encontro sexual, levando os dois mais próximos do êxtase. Observou-o sugando-lhe os peitos, com olhos famintos e ávidos, cheios de satisfação masculina enquanto Addan contorcia-se debaixo.
E logo voltava a beijá-lo e segurava-lhe os quadris com as mãos grandes e forte para poder esfregar ainda mais seu mastro ereto contra Addan. Eles tinham chegado a um lugar em que já não poderiam mais voltar atrás e Addan estava a ponto de dizer isso quando ele se afastou.
A boca dele estava aberta e suas presas mostravam-se pungentes. E, naquele momento, Addan teve um orgasmo O primeiro.
Convulsionou-se sob o corpo de Michael apertando as coxas ao redor de seus quadris enquanto seu corpo pressionava-se para cima e procurava mais e mais. Estava vagamente consciente de que a expressão dele se transformou em uma de surpresa. O que fazia bastante sentido, uma vez que ela estava gritando palavras incoerentes e lhe cravando as unhas na pele. Quando se acalmou um pouco, seus olhos voltaram a ter foco.
– Está tudo bem? – ele perguntou.
– Deus... sim – a voz de Addam estava rouca.
– Tens certeza? O que aconteceu?
– Você me levou ao orgasmo – ele franziu a testa e era como se estivesse imaginando se isso era bom ou não. – Foi fabuloso.
– Podes fazê-lo novamente?
Santo Deus, Addan mal podia esperar para repetir aquela experiência.
– Com você? Claro. - O sorriso de Michael foi sincero, nada mais do que um generoso e afetuoso gesto daquela incrível boca.
– Quero que o faças novamente. Tu ficas lindo quando isso acontece.
– Então toque entre minhas pernas – sussurrou Addan contra os lábios de Michael. – Toque entre minhas pernas e eu o farei novamente.
Michael saiu de cima de Addan enquanto beijava-lhe os peitos como se odiasse deixá-los. Depois, estendeu a mão e deslizou-a sobre a barriga de Addan, abaixando o short completamente. Addan teve um lampejo de preocupação. Afinal, não tinha ideia de como ele reagiria diante de seu corpo nu.
Ele inclinou a cabeça enquanto a seda escorregava sobre o corpo de Addan.
– Tu tens pelos... ali.
– E você não? - Ele negou com a cabeça.
– Agrada-me os teus – murmurou, passando os dedos de cima para baixo muito ligeiramente. – São demasiado suaves.
– Há algo que é ainda mais suave.
– Há? - Addan abriu mais as pernas e o guiou para onde desejava que ele fosse, ao primeiro contato, Addan mordeu os lábios e revolveu os quadris... Michael gemeu.
– Está... tão duro.
– Estou pronto para você. - Ele levantou a mão e olhou fixamente para a mão, Depois esfregou-os um contra o membro de Addan.
– É como seda – antes que Addan pudesse dizer outra palavra sequer, Michael colocou-os na boca. Fechando os olhos, sugou, enternecido, o que havia tocado. O que a levou ao êxtase novamente.
– Michael... E foi nesse momento que o café da manhã chegou.
Continua....