Capítulo 2 – Segredos à tona. – Parte I
O sol começou a brilhar ardentemente e Jéssica já estava apreciando o desjejum.
Kath sorriu para a mãe percebendo que ela acordou de bom humor. Sinal de que deveria tocar num assunto que provavelmente, causaria um transtorno a mãe, mas a dúvida que pairava seus pensamentos, desde que começara suas atividades noturnas a fez ter coragem de confrontá-la.
— Bom dia, mamãe, dormiu bem?
Jéssica observou as feições da filha e sua intuição dizia que ela escondia alguma informação relacionada ao irmão que saíra as 5:00 horas da manhã sem deixar recados.
— Cadê o Kolin? – Jessica perguntou-a ácida, ignorando o cumprimento dela.
Katherine por mais que odiasse mentir não podia contar a mãe que o irmão fora a farmácia comprar medicamentos e levar a casa da mulher responsável por manter as roupas da família Evans limpas e passadas, depois que soubera de seu estado de saúde.
— Onde está o papai? – Kath perguntou mudando o foco da conversa.
O questionamento da filha fez com que sua intuição de que a menina escondia alguma peripécia do irmão fora confirmada.
— Seu pai ainda não chegou de viagem. Por acaso estava o vendo aqui. – Respondeu num tom gélido. – E você não me disse o paradeiro do seu irmão. – Acrescentou bebericando o café amargo.
— Eu não sei aonde ele foi, mamãe. – Falou se sentindo culpada por enganar a mãe e acobertar as saídas e ideias malucas do irmão.
— É, não sabe mesmo. – A voz rouca de Kolin soou no batente da porta da sala de jantar. – Fui fazer minha caminhada matinal. – Explicou, pegando uma maçã da fruteira e mordendo-a com uma sensualidade incrível. Sabe, eu sugiro que preste mais atenção na rotina dos seus filhos ao invés de ficar julgando-os sem saber dos acontecimentos. – Ele provocou arqueando a sobrancelha.
— Quem você pensa que é para falar assim comigo, seu moleque! – Jessica vociferou.
— Alguém que descobriu um terrível segredo sobre você. – Se defendeu com meio sorriso e saiu do recinto deixando-as perplexas.
— O que foi isso? – Kath perguntou curiosa. Como não obteve resposta da mãe, resolveu, cutucar a onça com vara curta. – Mamãe, eu estive pensando... – Pausou escolhendo as palavras certas. A cidade é tão pequena e a senhora tem muito dinheiro....
— Faça-me o favor, Katherine! – A mãe interrompeu sabendo do que se tratava os pensamentos e palavras da filha. – Já tivemos essa conversa e lembro-me de termos combinado que não insistiria mais nesse assunto.
— Mamãe, eu não entendo...
— Katherine. – Jessica interrompeu-a mais uma vez já furiosa. Não tenho tempo para perder com esses delinquentes, assassinos. – Acrescentou, revirando os olhos.
A menina ficou abismada com a frieza da mãe e alterou a voz dizendo:
— Eles não são delinquentes e nem assassinos, são crianças e adolescentes pobres que não tem onde dormir e o que comer ou que moram em casebres. – Retorquiu firme. – Seja como for, a senhora precisa fazer alguma coisa para ajuda-los. – Acrescentou, ignorando as palavras cruéis da mãe ao tratar inocentes como lixo.
— Isso não é problema meu e nem seu, portanto, deixe as coisas como estão, ou serei obrigada a tomar atitudes drásticas, senão enterrar esse assunto de uma vez por todas. – Jessica avisou-a séria.
Katherine levantou a cabeça e respondeu com indiferença a mãe:
— Eu cometi um erro em achar que a senhora poderia ter um pingo de emoção dentro desse seu coração de gelo.
— Já chega! – Com os punhos fechados Jéssica esmurrou a mesa. – Assunto encerrado. – Já está na hora de irem para o colégio. – Declarou, limpando os lábios com o guardanapo.
Enquanto isso....
— Mais forte, baby! – Ela gemeu mordendo o lóbulo da orelha do garoto.
Ela se agarrava ao garoto como se sua vida dependesse daquilo. Os braços em volta de seu pescoço e suas pernas cruzadas na cintura dele o pressionavam fortemente junto a ela. As estocadas dele eram fortes. Nem parecia que era um garoto inexperiente na arte do sexo. O som dos corpos se chocando e as respirações altas e falhas dominavam o ambiente de forma sexy.
— PUTA QUE PARIU! – Gritou Jacob, preenchendo-a com seu liquido quente. Ele desabou por cima dela, e por alguns instantes seu corpo ainda tremulava com os espasmos do prazer. – Nunca pensei que fazer sexo seria tão bom! – Acrescentou com certa malícia na voz.
— Não imaginei que aprenderia tão rápido. – Ela disse sincera.
— Tive uma ótima professora. - Se defendeu vestindo sua roupa. – Ainda não acredito que o idiota do seu marido disse que você é frigida.
— Ex-marido, você quer dizer. – Corrigiu-o. – Alguns homens não conseguem satisfazer uma mulher e as culpas por mau desempenho na cama. – Informou de forma gélida. – O dinheiro está sobre a mesinha de centro. Obrigada por me satisfazer sexualmente e psicologicamente, Jake. – Acrescentou, fechando os olhos.
- De nada, Caroline. – Respondeu com um sorriso safado.
Jacob terminou de se vestir, passou perto da mesinha de centro, pegou o dinheiro e foi ao mercado comprar mantimentos para sua casa.
Sua mãe não poderia nem sonhar com a forma que estava ganhando dinheiro. Quando as coisas apertavam, ele procurava sua professora para lhe proporcionar prazer e ser beneficiado com tal atuação. Ele a conhecera um mês atrás e a química entre eles foi tão forte que começaram a partilhar momentos deliciosos de prazer, quinzes dias depois. Ela o ensinara a arte de fazer amor com uma mulher em troca de alguns trocados. No início, ele apenas fazia para incentivá-la a sair do estado de depressão em descobrir a traição do seu ex-marido com sua própria filha. Mas, depois, ela soube de suas dificuldades financeira e passou a recompensá-lo pela excelente ajuda. Ambos viam a relação deles como escambo.
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— Quem é Caroline Banks? – A pergunta repentina da irmã, tirou Kolin de seus devaneios.
— Não é da sua conta. – Respondeu ríspido.
Ele indignou-se com tom de voz dele e ficou frente a ele.
— Presta atenção nisto que vou dizer. – Pedia uma numa tranquilidade absurda. - Não sei o porquê da sua chateação, mas não temos segredos um com o outro, principalmente depois do que fizemos no dia do meu aniversário, portanto, eu sugiro que me explique direitinho o que está passando na sua linda cabecinha e quero que faça logo, pois, sabe muitíssimo bem que a paciência não é uma das minhas virtudes. – Declarou com o máximo de confiança que conseguiu.
— Você tem um gênio muito forte. – Apregoou provocativo. – Fala sempre o que pensa sem medo das consequências. Tenho fortes indícios de que ela seja minha mãe biológica. – Completou sério.
— O quê? – Exclamou perplexa. – Isso é loucura, Kolin. Quem lhe contou isso?
— Depois da aula, eu vou leva-la a um lugar, no qual, terá todas as respostas que estão na sua cabeça, creio que nesse momento, você e eu devemos voltar para a sala. – Informou rígido.
— Ok. – Concordou.
— Está tudo bem mesmo? – Perguntou desconfiado.
— Está sim. – Confirmou sem hesitar. – Vamos supor que eu esteja disposta a ser convencida e aceitar seus mistérios malucos. – Acrescentou, fechando os olhos.
Kolin aproximou-se da irmã e deu-lhe um beijo casto nos lábios.
— Eu posso acusá-lo de assédio, sabia. – Brincou, entrelaçando suas mãos e indo para suas respectivas salas.
— Eu também te amo. – Ironizou deixando-a na porta de sua sala e indo à biblioteca fazer uma pesquisa.