Vivi Jamanta e a Feiticeira. Parte 3 (final): A tragédia

Um conto erótico de Astrogildo Kabeça
Categoria: Homossexual
Contém 4292 palavras
Data: 07/09/2018 21:41:50
Última revisão: 09/09/2018 15:53:07

Eraldo estava perdido em pensamentos, enquanto Nane chamava atenção dele sobre algo que passava na TV. Era um seriado antigo. Nane adorava. “Dallas”, “A Gata e o Rato”, O Homem de Seis Milhões de Dólares”, “A Ilha da Fantasia”, “Perdidos no Espaço”. Não tinha um desses que Nane não acompanhasse. Ele também assistia, mas estava disperso ali. Se levantou e foi para o notebook. Mais uma vez estava encantado com Vivi, seu corpo “jamanteiro”, enlouquecedora de homens, mas apaixonada por uma dona de casa! Ele bateu uma pensando naquela mulher estando com ele, ao invés do desperdício de estar levando pro buraco a vida tranquila de uma casada. Gozou e foi se deitar. Nane ainda estava acordada, aos risos com alguma série.

No fim de semana havia um encontro da turma da faculdade que não se viam a quase dez anos. Foi um baile a fantasia. Eraldo foi de Peter Pan e Nane de odalisca.

- Você com essa fantasia de novo? No ultimo carnaval você usou também

- Ah, não tinha outra, você me avisou muito em cima. Mas eu gosto dela, o povo fica me perguntando se sou descendente de turca ou libanesa. Seus colegas vão perguntar também, preste atenção.

Lá, encontrou Rafael, que lembrou logo de Vivi

- E aí, Eraldo, cadê aquela acompanhante de políticos que você tá analisando?

- Ah, tá indo bem. Ela tá apaixonada por uma dona de casa casada, dessas que só vive no mercado comprando hortifrúti, ahahahaha

- Não!!! Kkkkkkkkk...Porra, velho, é cada uma que a gente encontra...

- Pois é... Depois lhe conto com mais calma.

- Se ela pirou o cabeção de uma casada, pode pirar o seu! Aviso mais uma vez que esse tipo aí um perigo!

- Porra, Rafael, eu nasci ontem? Vamos curtir a festa, você tá parecendo meu pai!

Chegando em casa, ele e Nane começaram a namorar na cozinha. Quando se deram conta, ele estava comendo ela em cima da pia. Lembrou da história de Vivi com a Feiticeira, e passou a socar forte. Nane gostou

- Ai, querido, que bom. Como está viril, que gostoso

E assim Eraldo soltou um riacho de esperma no útero de Nane. Essa até “brincou”

- Assim eu pego neném fácil, hein!

No outro dia de manhã, Nane voltou a tocar no assunto

- Querido, estamos casados a 3 anos. Eu faço 30 ano que vem. Poderiamos passar a pensar em filho?

Eraldo estava com um macho aflorando nele e não gostou daquele papo. Apesar de achar que a esposa tinha razão em querer filho, ele não estava lá com o espirito muito paterno ultimamente.

- Ah, querido, esqueci de contar! Marcius conseguiu o emprego! Está trabalhando lá galeria!

- Quem?

- O filho da servente da escola! Não lembra que você pediu pra ele mandar o currículo pra lá? Ele já foi empregado!

- Ah, sim...sim, tinha esquecido. Ótima noticia!

Mais uma sessão. Antes de Vivi chegar, Sandra, a secretária, entrou na sala dele.

- Doutor Eraldo, posso ter uma palavrinha com o senhor?

- Claro, Sandra.

- É...bem...só vou poder trabalhar até o fim desse mês.

- Mas já???Você começou mês passado, tem pouco mais de 30 dias!

- Me desculpe...mas eu estava atolada em dividas, precisava muito do emprego. Trabalho em outro local nos fins de semana e fui convidada a ficar em período integral a semana toda. Se eu dissesse isso o senhor não me contrataria. Peço perdão por esconder isso

- Me pegou desprevenido, realmente

- Meu primeiro emprego foi como secretaria, mas depois da faculdade, estou no meu ramo há anos. Só retornei a trabalhar aqui em função da necessidade, mas minha carreira atual está consolidada e vou mergulhar de corpo e alma de uma vez

- Mas você trabalha em que função nos fins de semana? Você é formada em que?

- Trabalho numa policlínica. Sou...

A porta bate. Era Vivi

- Meu Deus, Doutor Eraldo, sua paciente da segunda a tarde! Me desculpe! Tá vendo como não presto pro serviço? Depois conversamos.

Vivi então continuou o relato. Estava com uma blusa de botão que esmagava tanto seus peitos que se ela desse uma respirada forte o botão voaria longe.

- Ela conseguiu o contato do “ursão” e me passou. Acho que ele morava na rua dela, nem sei. Adicionei no zap e passei um monte de fotos pra ele. Ele perguntou “quem é você???”

“Você não é o cliente que iria me contratar? Não foi você que passou esse número? Oh, my God, sorry!”

Foi então que ele perguntou o que eu fazia. Disse que eu era garota de programa e o papo passou a fluir como eu imaginava. Falei que cobrava 120 reais

“120??? Só isso???Achei que você era das caras! Imaginei uns dois mil reais!!!”

Ele então ficou tentado, eu botei pilha, e no dia seguinte ele me procurou. Marquei com ele no motel e quando ele entrou no quarto se deparou com a Feiticeira vestida de mulher-gato, com mascara e tudo. Ele não entendeu e eu expliquei.

“Você é muito homem pra mim! E chamei uma amiga pra dividir. Não se preocupe, o preço vai sair o mesmo”

Qualquer um iria ficar bem desconfiado, mas ele já estava lá e entrou no jogo. Ele era de arrasar! Que negão!! Enorme! Forte, musculoso e alto. Um arranha céu!! Ele deitou na cama e ela começou a lamber ele todo, coloquei a xota na sua boca e ele passou a lamber. Quando eu estava rebolando na língua dele, ouvi ela dar um gritinho muito agudo. Quando virei o rosto lá estava o maior cacete que vi na vida. Um mostro de pica cheio de veias, pulsante, uns 24 centimetros, parecia uma jaqueira! A glande do tamanho de um pêssego. Ela ria sem parar e disse

“Isso é um sonho!! Um sonho! Vou me arrebentar toda mas só saio daqui com a buceta arrasada de tanto fuder como a maior vagabunda que esse mundo já conheceu!”

E caiu de boca. Não via mais uma dona de casa fiel e esposinha dedicada. Via era uma companheira de fodas e trepadas que nenhuma outra mulher imagina da melhor amiga que ela já teve. Ela mamava com dificuldades, asaliva descia pelo mastro ereto. Eu virei e lambia com ela aquela trolha gigante. Despudoradamente beijávamos mamávamos, chupavamos aquela uvona, dávamos tapas pro cacete vibrar que nem corda de violão. Depois de deixar uma cachoeira de baba, ela abriu o zíper do uniforme e sentou. Teve uma coragem de kamikaze. Foi deixando aquela buceta deliciosa se alargar. Eu segurava ela e ela descia devagar. Até que gozou e sentou de vez dando um grunhido de mulher satisfeita. Eu beijava ela, dizia que eu a amava. Ela então passou a subir e descer naquela pica e o que já estava bom ficou melhor. Ela passou a beijar ele, montava naquela rola, e urrava, urrava de puro tesão

“Me arrebenta, ursão!!! Lasca essa puta!! Inaugura essa biscate no reino da putaria!!”

Eu me masturbava intensamente, ursão emitia sons guturais como se fosse o incrível Huck. Ela gozou muito. Caiu exausta e eu monte de costas pra ele. Minha xota parecia que ia rasgar. Gemi alto ela me lascou um beijo de filme pornô dos mais pesados e então eu subia e descia me acabando de fuder!!!Gozei e os três juntaramos corpos em extase.

Ela deitou e ele bombava como britadeira a buça de minha amada, enquanto ela chupava minha xota. A partir dai foi um espetáculo de enfiadas fortes, urros de prazer, linguadas, chupadas alucinantes de xotas, mamadas cinematográficas de rola!!! Ele me bombou muito de quatro, eu chorava de tanto tesão, ela”bucetava” meu rosto todo. Foi então que ele não aguentou muito, bateu uma punheta cavalar e cuspiu quase um copo de porra derramando em nossas cabeças, escorrendo por cabelos, testas, passando por olhos, bocas, queixos e línguas. E ela de mascara! Ele perguntou porque ela não tirou, mas nem respondemos, demos mais uma fodaça e amarramos os olhos dele e fizemos uma surpresa. Dispensamos ele, Entreguei o dinheiro, disse que foi ela quem havia me contratado, mas a identidade dela ficaria em segredo. Assim que ele foi embora, fizemos amor. Isso mesmo, doutor. Amor! Na acepção mais fiel da palavra. Nunca senti algo tão terno, tão revelador, nossos corpos tinham uma sintonia, nossos beijos tinham uma sinergia indescritível. Finalizamos e fizemos juras de amor. Não dava pra esconder mais. Estavamos enamoradas

“Eu te amo, feiti. Amo demais, você é minha paz, estou louca por você, louca!

“Te amo demais, Vivi. Amo! Sem vergonha de dizer” Nunca senti algo tão singelo, doce, e ao mesmo tempo tanto tesão e desejos por uma pessoa. Você é meu céu, meu tesouro, minha vida, meu tudo!!”

Voltamos a nos acariciar e choramos. Choramos abraçadas, sentindo que não tínhamos mais como disfarçar. Queriamos gritar pro mundo nosso amor. Pior. Até aquele momento não sabia nada sobre ela, no que trabalhava, quanto ganhava, onde morava, nada! Isso porque nos encontrávamos pra curtir, mas a coisa ganhou uma dimensão imprevista. Começou com uma brincadeira de bate-papo virtual para parar ali em um motel, duas mulheres escandalosamente diferentes unidas pelo amor mais sereno que alguém já viveu.

Eraldo estava paralisado. Viviane chorava, parecia uma atriz premiada encenando um monologo com o olhar atento do publico.

- Pra piorar, doutor, nesse dia eu a vi olhando uma foto dela com um garoto de uns 8 anos. Pensei “meu Deus, é o filho dela! Onde vamos parar, estou destruindo uma família, não era isso que eu queria!!!”. Mesmo assim, ao nos despedirmos, fizemos mais juras de amor e poríamos ou um ponto final naquilo ou assumiríamos de vez. No outro dia, fomos a um estúdio de tatuagem. Tá vendo essa flecha aqui? Pois é... Ela tatuou um coração no corpo dela. Isso representa o nosso amor: o cupido nos flechou. Definitivamente. Não vivo sem ela doutor!!! Estou desesperada!! O Michel está muito desconfiado, ele esses anos todos se tornou dependente emocionalmente de mim. E estou aflita demais, pois conquistei tudo através dele. Eu era feliz, e agora estou nessa situação. Não sei o que ela faz, não tenho nada em meu nome!! Só dois carros! Isso é muito pouco! Eu não quero voltar pra merda! O amor não se sustenta sozinho! Se não fosse o Michel, a essa altura eu seria uma catadora de material reciclável! Minha família do interior é desconectada. O que faço, doutor??? Se ela ligar agora e pedir que eu saia daqui nua pela rua, eu saio!!!

Eraldo estava deslumbrado. Não consegui anotar nada. Mas sentiu uma inveja absurda da Feiticeira, a mulher da vida de Vivi. Aquela jamanta potrancuda que chorava copiosamente na frente dele, até soluçar.

Saiu do consultório com a clara certeza que ele não teria a mínima condição de continuar o tratamento. A enviaria para um psiquiatra. Estava decidido.

Foi pegar Nane na escola, mas ela saiu mancando.

- O que hoive?

- Ai, comprei esse sapato semana passada, mas não esperava que apertasse tanto. Tá me dando o maior calo. Vou tirar aqui...ah, que alivio...custou cara, vou trocar amanhã.

Antes de dormir, estava lendo um livro, mas não conseguia se concentrar. Nane estava vendo o celular quando falou

- Olha a filha da diretora como cresceu, querido! Ela voltou do Canadá, olha! Lembra dela?

Olhou meio sem vontade uma foto em que aparecia Nane, uma garota de uns 15 anos, e no meio delas um boneco “banana de pijama”. Era uma selfie tirada por Nane. Ele falou sem entusiasmo, desviando logo o olhar

- É, cresceu...

Antes de dormir, deram um beijo de boa noite, mas Nane agarrou ele, o beijo ficou intenso e lá estava ele socando mais uma vez. Nane curtia

- Ai, querido, como você está gostoso esses dias... Uh!

Mais uma vez Eraldo gozou forte lá dentro. Nane, suspirando, falou

- Desse jeito, daqui pro fim do mês minha menstruação não desce mais.

“Que papo...” pensou Eraldo

Na segunda seguinte, Eraldo estava conversando com Nane. Do outro lado da cozinha, ele estava com uma caneca na mão e viu uma mancha no calcanhar de Nane

- Nossa, esse calo tá feio, hein! Ainda tá vermelhão. Não tá conseguindo curar?

- Ai, nem me fale! Não troquei o sapato e teimei em usar, você acredita? Mulher é assim mesmo, quando gosta de uma coisa...afffffff

- Curioso, esse calo tá parecendo...

O celular de Nane toca e ela atende e começa a conversar. Quando desliga fala.

- Foi a diretora pra dizer que um carro bateu num poste e a companhia de eletricidade está trabalhando pra troca-lo. O colégio está sem luz e não terá aula, pelo menos pela manhã. Vou aproveitar e ficar em casa pra cuidar desse calo...

A tarde, Vivi estava lá desesperada em seu consultório. Parecia uma louca.

- Meu Deus, doutor! Eu não aguento mais! Discuti feio com Michel, não sinto mais nada por ele. Ele disse que se souber que eu o estou traindo ele me mata e mata o amante. Mal sabe ele que estou exasperadamente apaixonada por outra mulher! E ela também não aguenta mais. Ela vai contar ao marido, não quer nem saber o que vão dizer, como vai ficar o filho, ela quer mandar tudo pro inferno!

E se debatia, colocava a mão no cabelo, Eraldo sem saber o que fazer.

- Senhora Viviane...não tenho mais condições de continuar com você. É caso pra outro profissional, vou lhe encaminhar para ele.

- Eu sei, doutor, estou louca, loucaaaaaaa! Lembra quando eu disse que quando minha mãe adoeceu eu fodia com todo mundo? Estou na mesma vibração daqueles tempos. Quero foder pra esquecer da Feiticeira, dar pra quem quiser me comer!

Eraldo pedia calma. Ela então se prostrou na frente dele, segurou em sua mão e disse

- Vem, doutor...devore essa jamanta...

Sentou numa cadeira e se arreganhou. Eraldo estava ultranervoso. Afastou a calcinha e apareceu uma buceta gorda e reluzente dos brilhos da baba farta. Eraldo ficou hipnotizado pela cena. Sem parar de pensar naquela mulher durantes esses últimos tempos, estancou seu corpo a admirar aquela beldade apetitosa.

- Vem doutor Eraldo, venha....eu juro que aceito o que o senhor me pedir

Eraldo ia falar algo do tipo “não faz isso”, mas foi agarrado pelas mãos de Vivi, que pousou no seu tomara-que-caia e olhou firme pra ele

- Seja homem!!! Um homem possuidor de femeas loucas de tesão e sexo!!

Vendo aquela montanha de mulher com peitos prontos para pedirem socorro para serem libertos, ele enervou, sua barba ruiva cor de mico-leão-dourado arrepiou e então arrancou aquela peça de roupa vendo saltar a sua frente dois espetáculos de melões enormes prontos para serem abocanhados. Abriu a braguilha, colocou o pau pra fora e ia enfiar. Ela o agarrou forte, e quando sentiu a cabeça da rola tocar nela, puxou o ar com toda a força e soltou um grito que poderia ser ouvido a cerca de um quilometro.

- Nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao

Eraldo despertou querendo sair, mais ela segurava com força. Quando ele se desvencilhou, a sua secretaria abriu a porta e viu aquela cena.

- Do...do...doutor...doutor Eraldo o que é isso!!!!

- Ele tentou me estuprar, socorro!

Vivi passou pelas pessoas que se aglomeravam na porta e saiu correndo pelo corredor. Eraldo saiu empurrando todo mundo, com o pau ainda do lado de fora da calça

- Ela armou pra mim!! Peguem essa mulher!

Quando Eraldo chegou na portaria, foi seguro por um homem alto e muito forte, do porte do lutador Mariusz Pudzianowski. Só que negro. Sem pensar, desferiu um golpe no rosto do homem. Ele então atirou Eraldo na parede como se atirasse um boneco qualquer

- Tá louco, caraw Me batendo?? Seu tampinha de merda!!

O homem avançou, mas foi contido por outros que estavam por perto. Se ele desferisse um murro no psicólogo, provavelmente amassaria todos os rostos da face. Ao tentarem segura-lo, sua camisa rasgou. Foi nesse momento que dois policiais entraram no prédio com arma em punho.

- Para, porra, todo mundo com mão na cabeça! Uma mulher saiu correndo deste prédio gritando socorro e entrou num carro e saiu. O que houve aqui?

Foi então que Sandra, a secretária, surgiu gritando

- Prendam esse louco! Ele tentou estuprar uma paciente!

Os guardas notaram o pau de Eraldo fora da calça

- Mas que pouca vergonha é essa, seu animal? Como pode ficar num lugar publico desse jeito? Bora pra delegacia, seu escroto!

Quando estava sendo conduzido pelos policias, viu o homem que ia lhe surrar de costas, tirando a camisa rasgada. Ele tinha uma tatuagem de um urso. Um urso enorme. Um ursão...

Na delegacia, ele prestou depoimento, mas não ficou detido, pois a mulher não havia prestado queixa até então. Sem saber o que se passava com clareza, foi pra casa. Ao chegar foi ao quarto e percebeu algo estranho. O quarto estava revirado e o guarda-roupa aberto. As roupas de Nane não estavam lá. Nem a sua mala

- Cadê essa mulher? Viajou e não me disse nada?

Ligou pra ela, mas o celular caia na caixa.

- Meu Deus, o que está acontecendo???

O telefone passa a tocar. Ele se demora a atender e quando se aproxima, cai na secretária eletrônica. Era seu pai.

- Filho, cadê você? Seu telefone, nem o de Nane atendem, sua irmã quer falar com ela. Nem o do seu escritório. O que houve?

Percebeu mais três mensagens. A primeira era da diretora da escola onde Nane trabalhava.

- Nilsiane? Cadê você, minha filha? Acabei de saber que você deixou uma carta de demissão na minha sala. Por que??? Você não apareceu pra dar aula, aconteceu alguma coisa? Estou muito preocupada com você. Por favor, retorne!!

A segunda era de Rafael, seu colega psicólogo

- Cara, acabei de ver no jornal local que houve uma tentativa de estupro no edifício onde você trabalha e que estão suspeitando de um psicólogo! Quem foi?? O que houve? Você não atende o celular, o que houve, cadê você!!!

A terceira era um homem que ele não conhecia, aos berros.

- Alô, é da casa de Nane? Nane é seu nome não é, sua puta? Eu já sei tudo! Você estava no motel com minha esposa a manhã toda! Tenho provas! Descobri o telefone da sua casa. Vivi tava tão perdida que deixou tudo exposto! Coloquei homens pra lhe seguir. Já sei onde mora! Vou contar tudo pra sua família! E se eu lhe ver eu meto bala em você, sua vagabunda!!!

Foi na cozinha beber agua. Estava com uma sede imensa. Ao chegar na cozinha lembrou que viu o “calo” da esposa. Calo? Aquilo parecia... um coração!!!Lembrou de Vivi falando em sua sala

“Ela tatuou um coração pra provar que o cupido nos flechou”

E a tatuagem da flecha era no calcanhar!!!

Eraldo ficou vesgo. Estava atordoado. Voltou pro quarto. Havia uma gaveta meio aberta. Quando abriu, viu uma cartela de anticoncepcionais com alguns comprimidos faltando. “Ela não queria um filho? Meu Deus, me enganou!” Encontrou então uma foto. Era Nane com a filha da diretora e a banana de pijama, que ela havia mostrado dias atrás. Só então notou que era um photoshop grosseiro. A foto real estava embaixo desta: Nane nua, com Vivi no lugar da garota e a banana de pijama era na verdade uma verdadeira “banana da terra” bem humana! O caralho enorme de um homem durissimo. Ele estava deitado e dava pra ver o rosto ao fundo com vendas. Não teve duvidas: aquele homem era o mesmo da tatuagem do urso, o “ursão”, que quase arrebenta ele na recepção. O nome dele? Marcius, o filho da servente!

“Vivi disse que ela tinha filho...não, ela achava que tinha filho...Nane...tinha fotos de seus alunos no celular...era só...mais um...aluno”

Observou mais outra foto. Era Nane, Vivi, e a fisioterapeuta em cima de uma balastrada, brindando, e com a cidade ao fundo. A fisioterapeuta quem era? Veio então a sua mente uma mulher dizendo que só trabalharia com ele até o fim do mês.

“trabalho numa policlínica. Sou...”

O pensamento dele completou: FISIOTERAPEUTA!

Era Sandra, sua secretária!!!

Ele parecia agira passar muito mal. Atônito, reparou algo no cabide. Era a fantasia de odalisca... Não, pera! Aquela fantasia não era de odalisca nada. Ele puxou da memória.

“Onde vi essa roupa antes???”

Ele então lembrou. A vestimenta era muito parecida com a de uma personagem de um seriado antigo que Nane adorava: “Jeanne é um gênio”. Era uma versão feminina do gênio da lâmpada de Aladim que atendia os desejos do protagonista. Lembrou Vivi falando na terapia

“ela atende todos os meus desejos”

Ele então teve um lapso pra pensar “Jeannie é um gênio...atender desejos...ela faz mágica no seriado...mágica é ligado a magia...quem faz magia é uma...”

De repente formou-se um powerpoint do Dallagnol na sua cabeça, onde a soma dos termos rumava pra palavra central:

FEI-TI-CEI-RA!

Estava desvendado as estranhezas daquele dia. Ele durante um mês escutou uma paciente gostoserrima contar como iniciou o romance com sua própria esposa. A mesma que durante os dois primeiros anos de casamento foi deixada de escanteio, devido a sua atenção extrema em conseguir o titulo de doutor. A tal ponto de dedicar o fim de semana para sua tese, enquanto sua esposa teclava no bate-papo e fodia nos motéis da cidade.

De repente, ouviu vozes. O primeiro foi seu pai

- Eraldo! Nane! Abram a porta

O segundo era Rafael

- Eraldo! Você tá em casa, cara? Seu carro tá aqui na rua! Por favor, abre essa porta!

A terceira voz era da diretora:

- Nilsiane, o que houve, minha filha? Abre essa porta

Sirenes soaram. Chamaram ambulância caso alguém estivesse passando mal. A policia, caso fosse um sequestro ou eles estivessem mantidos como refém. Então o policial disse

- Vamos arrombar o portão, é o jeito.

O portão veio abaixo. Eraldo correu para o fundo, não queria ver ninguém. Chegando ao muro, estava escalando, quando a porta da sala veio abaixo e gritos ecoaram pela casa

- Eraldooooo! Naneeeeeee! Cadê vocês!!

Assim que ele conseguiu pular o muro, ouviu um homem berrar alto

- Vou matar você sua vagabunda!! Minha esposa está com você!!

Ele saiu desabalado pela rua

- Alguem pulou o muro! Corre!

A chuva que caia fina e começou a apertar. Eraldo corria paralelamente a uma grande avenida. Ouvindo sirenes e seu nome, ele só queria escapar e não ver ninguém. Atravessou a rua. Sem olhar. Nem deu tempo de sentir um enorme caminhão frear e atingir seu corpo, que voou alguns metros até se estatelar e sair rolando pelo asfalto molhado, deixando pelo caminho pedaços de pele, ossos destroçados, miolos espalhados, e muito sangue. O tipo de caminhão que o atropelou? Dá pra imaginar. No mesmo dia, foi atropelado duas vezes por duas jamantas. A primeira foi a queda. O segundo, o coice. Fatal.

Seis meses se passaram. Duas mulheres tomam sol juntas estiradas numa praia paradisíaca na Ilha de Aruba, no Caribe. Uma delas tinha o corpo tatuado e qualquer um que visse aquele corpaço exuberante diria “essa é garota de programa! E das caras!”. A outra tinha um jeitão de atriz de comercial de sabão em pó. Porém, seu corpo antes cheinho, perdeu quilos e estava ficando voluptuoso.

- Amor...você passa o protetor em mim?

- Claro, meu mel... Ainda mais que você tá ficando um pitelzão! Tá malhando, perdendo peso...nossa, você vai ficar igual a mim quando colocar silicone também!

- Vou me intitular “Nane Carreta”

- Ahahahahaha...imagina quantos acidentes esses dois caminhões vão provocar nessas rodovias da vida hein? Vai ser cada viagem que essas cargas pesadas vão realizar...hummmmmmmmm

- Com você vou até o fim do mundo, minha delicia, minha gostosa, meu tesouro, minha vida, meu tudo!

- Te amo demais, Nane. Quando estivemos distantes você não tem ideia da falta que me fazia

E se beijaram ardentemente. Se tivesse famílias com crianças, chamariam a policia. Vivi retoma a fala.

- Bem, temos bastante dinheiro pra vivermos bem. O tanto que desviei da rede de academias, das reformas e compra de equipamentos superfaturados, das 200 gramas de ouro que eu e a Sandra pegávamos todo mês do cofre do meu ex-sogro, dois carros vendidos, e tudo aplicado nesse paraíso fiscal, nos deu um bom rendimento. Fora o restaurante que adquirimos na Martinica por uma bagatela, daqueles caras falidos.

- Bagatela? Até agora tô com a buceta inchada de tanto levar vara naquele surubão doido que fizemos pra eles baixarem o preço, ahahahahahah

- E vamos reinaugurar quando Marcius e Sandra se casarem. Eles devem vir no mês que vem. E faremos uma festinha a quatro.

- Hum... nem vejo a hora

- Você mudou tanto, Nane... Ficou dissimulada, armou toda aquela terapia falsa, deixou todas as provas... Até me assustou a diferença do que você era pra o que é hoje.

- Sabe... Ser trocada por um titulo acadêmico me deixou triste, e a tristeza nos empurra pra onde a gente sequer sabe onde vai dar. Quando me apaixonei por você e percebi que tinha vivido uma farsa de relacionamento, chutei o balde. Assumi esse lado que aqui está. Ficava doida de tesão quando o flagrava batendo punheta olhando seu instagram, pois sabia que enquanto ele lhe desejava, eu desfrutava de seu corpo. Dar aula estava se tornando um saco, não aguentava mais aqueles pestinhas. Encenaram uma homenagem a mim e eu chorava. Não por estar emocionada com aquela papagaiada, mas porque sentia saudades de você, do seu corpo. Se você aparecesse naquele dia, eu seria capaz de trepar com você diante de todos! Mas saiu tudo como combinado e não me arrependo de nada nem um minuto. Faria tudo de novo, se preciso.

- Então brindemos o sucesso desse amor. Vamos viver nosso “sol de mel”. Nós merecemos! Tin-tin

- Tin-tin

E embaixo daquele sol escaldante, Nane e Vivi brindaram felizes. Depois da tempestade que causaram na vida de tantas pessoas, só poderiam curtir a bonança de um amor eterno.

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Comentários

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Gostei demais dos diálogos, da construção prévia, referências. Contribui e muito para o desenrolar do tesão! Abraços.

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Bom em alguns aspectos realmente mas parecer ser uma história de gibi

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Em alguns aspectos é bom, mas no todo se torna estafante, prolixo , previsível...

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sensacional cara uma obra de arte este conto li os tres para dar a nota poderia ser mil mas vai dez

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