Quando eu estava na faculdade um dos meus hobbies era correr com motos, participava de um campeonato amador regional e de competições isoladas que aconteciam nas cidades próximas. Era um meio dedar um pouco de adrenalina à vida pacata na pequena cidade de interior. Eu até ia bem nas pistas, no campeonato regional mesmo não tendo posições de destaque, estava entre os melhores, sempre mantendo boas médias. Mas num treino de sexta-feira, véspera de uma prova eu sofri um acidente e depois, não rendendo mais acabei deixando as pistas.
Passaram-se alguns anos e depois de comprar uma motocicleta acabei fazendo amizade com o dono da loja e surgiu a ideia de fazer um evento em nome da marca, conseguimos patrocínios e me coube conseguir a autorização de bombeiros, polícia, apoio da prefeitura, essas coisas. Tudo devidamente acordado com as autoridades, faltava a autorização dos bombeiros para a realização do evento, e para tanto eles exigiam uma ambulância de prontidão no local. Fui à secretaria de saúde da cidade para solicitar o veículo e de cara encontrei uma antiga namorada, dos tempos da faculdade.
Impossível não a reconhecer, mas, devido a fatos ocorridos enquanto estudávamos, fiz o que costumo fazer ao lidar como burocracias. Me apresentei e entreguei o ofício na recepção, a moça que me atendeu, parecia não se interessar muito em estar ali e meio que indelicadamente me encaminhou para uma das salas. Lá novamente me apresentei, e não bastasse o rosto ser familiar, o nome também. De fato, era a tal ex-namorada.
Seu nome era Christine, dez anos antes, era um pouco mais alta que eu, não mais que 5 centímetros, pernas grossas, seios pequenos o suficiente para ficarem firmes e uma pele clara, ela mesma brincava que o padre a batizara com alvejante ao invés de água benta. Ao ver meu nome no papel notei toques de surpresa e um avermelhar em seu semblante. Parece que ela não esperava que as aspirações da época se concretizaram. O cara tido como sonhador havia alcançado outros patamares, não só tinha conquistado alguns objetivos como agora promovia um evento inédito na cidade.
Tudo acertado na Prefeitura, alvarás, licenças, tudo em ordem. A própria prefeitura e comerciantes locais disponibilizaram tendas, vãs e toda parte de infraestrutura, os tratores marcaram a pista e no final da semana lá estava eu de volta na cidade. Diferente da primeira ida, não fiquei num hotel, mas numa motor-casa da tal fabricante de motocicletas. Até TV tinha cobrindo o evento.
Sexta-feira e lá estavam as vãs e caminhões dos pilotos, credenciamento e outras coisas. A ordem do treino seria definida por sorteio já que não seria possível um treino livre na sexta-feira, como era de costume. Depois do sorteio fomos com um grupo dar uma volta na pequena cidade, incrivelmente menor do que a minha cidade de origem, onde cursara a faculdade. Paramos o carro na praça, e fomos em um bar para relaxar um pouco e tentar se divertir, o clima era de total empolgação. De repente toca uma música que há tempos não ouvia, e era a música que costumava ouvir com Christine, aquelas coisas de música do casal. Acho que os anjos estavam conspirando contra mim, pedi uma cerveja e quando olho para o lado dou de cara com a dita cuja.
- É você o dono desse circo todo? Me pergunta.
- Não, sou apenas um dos palhaços. Respondi
- Reconheci seu nome, mas, estava bem diferente de quando... morávamos na mesma cidade.
- É, alguns melhoram com o tempo, outros apenas mudam. (Risos)
Continuamos a conversa e contamos os rumos que cada um deu a sua vida. Ela formou-se em enfermagem, passou em um concurso de sua cidade e agora era subsecretária de saúde, e eu, embora não tenha me formado em Administração de empresas, montei meu negócio e estava promovendo-o com aquele evento. Mas não era só isso, ela estava noiva, e um pouco gordinha, coisa que não afetava sua beleza, afinal do boi se com a carne e não os ossos. Eu havia arrumado outra namorada, noivei, desmanchei o noivado, me casei e no momento estava separado. Como no sábado pela manhã não haveria compromissos para ambos ficamos conversando e marcamos de ir na propriedade da família dela, onde parte da pista do evento iria passar.
Minha avó dizia que quem tem um não tem nenhum, e quem tem dois só tem um. Ela se referia a sempre ter seja lá o que se for utilizar, alguma reserva. Nesse caso era assim: por conta do negócio acabei me desfazendo da SUV e comprando uma pick-up, na caminhonete instalei um contêiner que servia para proteção para cargas, mas não limitava o espaço como na SUV, já que poderia estendê-lo para cima e para trás. Eu poderia até mesmo levar a moto dentro dele, ou usar como alojamento. Com a equipe da minha empresa ia participar em peso das competições, as motos foram num trailer e uma vã alojava a mim e aos pilotos, mas dava para dormir no contêiner caso necessário.
Chegando na tal propriedade, uma fazenda típica do sertão baiano, uma casa branca no alto de uma colina de onde se via boa parte das terras. Como era um 4x4 fomos no meu carro mesmo conhecer a tal propriedade, ela me levou por uma estrada até um riacho e no fim uma cachoeira.
- Pedro, você ainda não sabe nadar? Perguntou-me.
Não, você não sabe o quanto evito água. E de fato, tenho fobia a locais com água, só piscina e bem rasa para eu me sentir seguro e não entrar em pânico.
Feito isso, lá fomos nós cachoeira a dentro. Ela nem de longe lembrava aquela menina frágil e carente de anos atrás, tinha se tornado uma mulher, e que linda mulher.
- Se ficar me olhando assim eu vou perder uns três quilos! Disse ela enquanto se banhava na água cristalina. Entra logo! Completou. Sem perder tempo, fui na pick-up, troquei a roupa e entrei na água. Estava incrivelmente gelada, mas agradável.
Enquanto caminhava pela água até uma pedra olhava a mulher que havia se tornado e pensava nos caminhos da vida até que ela interrompe meu devaneio relembrando a ocasião do fim do namoro. Uma história de muita confusão, brigas e que deixou às claras muita falsidade que havia no meio em que vivíamos. Os quatro mosqueteiros, como éramos conhecidos se dividiram, e no meio de tudo isso, traições, não só na amizade, mas nos relacionamentos, como disse, muita confusão, uma trama que se embaraçou em muita coisa.
As coisas mal-entendidas foram esclarecidas e ali pareceu ter se encerrado o clima de inimizade. Pedi-lhe um abraço e disse:
- Sempre te quis em boa conta, doidinha.
- Doidinho, até que enfim tomaste juízo. Respondeu-me.
- Impossível, pois você sempre me entupia de coca-cola. (risos)
Depois de um tempo nadando e conversando ela me abraçou por trás e disse em meu ouvido: “você continua magrinho e sarado”. Eu, rindo, respondi que alguém me rogou uma praga que eu ficaria assim. Ela então apertou o abraço e eu pude sentir o seu calor. Sentir seios quentes nas costas me dá muito tesão. E mesmo sob a água fria, isso não passou despercebido.
Sugeri que saíssemos da água e fui pegar uma toalha no carro, ela foi junto e se surpreendeu com o compartimento montado. Uma pequena cama, um pequeno armário, da cama uma bancada de trabalho e no teto dois suprimentos de eletricidade, um pelo vento gerado pelo movimento do carro e outro por energia solar. Ela entrou e se sentou na cama me observava enquanto eu vestia uma roupa seca e ironizou: “tem secador de cabelo aqui?”. Respondi que havia, mas como a mulher que pilotava saíra da equipe não tinha mais.
Quando peguei a camisa para vestir ela me puxou pelo cinto da calça, me abraçou e começou a beijar minha barriga.
- Lembra-se de quando fazíamos isso?
- Lembro sim. Respondi ofegante.
Ela se reclinando para trás, me puxou e começamos a nos beijar calorosamente, sua boca quente e molhada era do tipo de se deliciar e curtir o beijo, beijar lentamente. No momento em que lembranças do tempo da faculdade, de quando namorávamos no banco do carro, e das fugas de moto para algum lugar onde não seríamos incomodados. Mas um pensamento me fez travar no mesmo instante. Pensei em seu noivo e num princípio que sempre carreguei, o de não fazer aos outros o que não gostaria que fizessem comigo. E se fosse a minha mulher, noiva, namorada, que estivesse ali e no meu lugar outro cara? Então ela usou outro princípio meu contra meu argumento.
- Chris, isso não está certo. Disse-lhe. Está errado, e muito errado. Continuei.
- Pedro, você mesmo disse que errado é não querer errar as vezes, e que devemos aproveitar cada dia. Volta e meia me pegava lembrando e nossos momentos e tentava imaginar por onde você estava.
Fazer o quê. Se já estou no inferno o jeito é pedir a bênção do cão! Fechei a porta do carro e comecei a beijá-la com vontade, e ela correspondia como se quisesse compensar os dez anos desde que desmanchamos o namoro. De repente ela pediu pra respirar um pouco, e quando fui abrir uma das janelas ela apenas disse para mantê-la fechada pois não se esquecera que eu gostava de sentir o suor entre as peles.
Ao mesmo tempo ela soltou o sutiã, revelando os seios brancos e de mamilos saltados, um pouco maiores que os que guardados em minhas lembranças. Beijei-a novamente sentindo o calor de sua pele. Quando beijei seu pescoço ela apenas gemia baixo em meu ouvido e dizia que era minha, me chamando de meu amor. Não resisti e fui beijando seu ombro, desci pelos braços até as mãos e voltei até os seios, nos quais me deliciei bastante e pude perceber que ela havia tido um orgasmo enquanto eu beijava seus mamilos.
Beijei um pouco a sua barriga, mesmo não sendo lisinha, já que se passara uma década, me agradava os olhos. Então a coloquei de costas comecei a beijar suas costas, coisa que nunca esqueci que ela adorava, passava a língua, dava chupões de leve até que, em um só golpe tirei o short que ela usava junto com a calcinha, que nem me pergunte de que cor era.
Desci até seus pés, beijei-os com calma, dando atenção especial a cada dedo, e fui subindo pelas pernas, alternando entre as duas, e beijei seu bumbum. Quando parei para respirar ela se voltou para trás e disse olhando em meus olhos: Me engravida. Pensei que estivesse exagerando, mas quando busquei nas caixas um preservativo ela me repreendeu: Não entendeu? Eu quero que você meta em mim sem nada!
Fazendo uma cara como se dissesse: é você quem manda, a virei de frente e comecei a beijar-lhe a barriga, desci um pouco e beijava a parte internas das coxas brancas e grossas, depois comecei a chupá-la, arrancava-lhe gemidos que a deixavam a ponto de chorar de tesão. Até que ela me puxou para cima e me deu um beijo que fiquei com a boca seca. Ela mesma encaixou meu pênis em sua vagina e me puxou pra baixo com as pernas para que eu entrasse até o fim.
Seus olhos denunciavam um prazer para além do carnal, era como um transe, ela parecia ter um orgasmo a cada respiração até que foi a minha vez e quando fiz menção de sair de dentro dela ela me segurou num beijo. Beijo esse que me fez derramar até a última gota de esperma dentro dela. Deu para ver seu abdome se contraindo em espasmos depois que eu, extenuado, caí ao lado dela.
Ela sentiu um prazer que até então eu nunca havia causado numa mulher, ao menos que eu me lembre. Depois liguei o exaustor para refrescar um pouco o ambiente, tivemos que beber um pouco de água e comer alguma coisa. Ficamos deitados trocando beijos e carícias até que ela, sem nenhum tipo de aviso começou a me chupar com muita vontade, não demorou até que o guerreiro apresentasse as armas.
Ela virou-se de costas e me pediu que a pegasse por trás. Quando me aprontei para meter em sua vagina novamente ela disse: “aí não” e com uma mão direcionou para o ânus, e completou: “come minha bunda”. Me oferecer uma bunda é o mesmo que oferecer banana a macaco. Fiz o que ela pediu, não sou do que faz estrago, o lance é ser bom para os dois. Notei que embora tivesse um traço de dor no seu semblante, ela sorria satisfeita enquanto eu deflorava seu demanto. Sem muitas forças não cheguei a gozar, mas estávamos ambos satisfeitos. Ela parecia ter se livrado de um grande peso.
Nos beijamos um pouco mais e decidimos voltar pois já se aproximava do meio-dia. Ela me pediu para voltar deitada na parte de trás do carro, e eu voltei dirigindo. Perto de chegar à casa ela passou para a parte da frente e quando chegamos, seu pai, que eu já conhecera antes, nos recebeu convidando para saborear um bode assado. Junto estava o noivo de Christine, ela soube disfarçar bem. Ela parecia estar aliviada, como quem resolve um problema grave, coisa do tipo. Ela me apresentou o noivo e disse que eu era o responsável do evento de motociclismo que estava ocorrendo na cidade. Apenas trocamos um aperto de mão e eu me despedi, apesar de gostar muito da carne de bode não me sentiria bem pelo ocorrido até minutos antes.
Na noite de sábado fizemos uma pequena festa, com os pilotos, todos os participantes do evento, Christine foi com o noivo, conversamos um pouco e a conversa girou em torno de negócios, notei que ele vive dos negócios a família, o pai é fazendeiro e ele, vai pouco além disso, não conhece muito sobre a terra e a parte financeira, apesar da boa herança, não passa a confiança nas palavras que um investidor deve ter.
No domingo, os convidei para assistir o evento do palanque, conforme combinado dei a bandeirada na largada das provas e assisti do palanque. O evento foi um sucesso, além de alavancar a minha marca, na linha de acessórios a marca de motocicletas deu vários prêmios inclusive o modelo topo de linha entre para os pilotos e um modelo médio entre os pagantes do evento, o que deu um fôlego grande para a marca, e muitas pessoas se interessaram nos modelos.
Durante aquela semana recebi duas ligações que me impactaram muito, uma me deixou muito feliz, a marca vendeu naquela semana mais do que no último mês, e o nome apareceu muito na internet, já que além da TV, muitos expectadores e as imprensas fizeram publicações na internet acerca do evento, e estabeleceram um calendário com eventos semelhantes em toda a Bahia.
A outra ligação, na verdade foi uma mensagem de Christine. Meses antes eu havia mandado uma solicitação de amizade no FaceBook, e ela não aceitou, depois uma tal Vitória havia me mandado uma solicitação, por ser uma mulher muito bonita aceitei e conversamos sobre muitas coisas, inclusive sobre sexo. Chris me confessou que não aceitou a solicitação por conta do noivado, mas que criara o perfil da tal Vitória para saber das minhas intenções, e para desabafar algumas coisas que ela não podia falar abertamente.
Ela me mandou uma mensagem explicando isso e agradecendo pelo encontro, e que agora me admirava não pelo que eu conquistei, mas pela forma como fiz minha marca. Anexo à mensagem tinha um arquivo, quando eu abri era uma foto de um daqueles testes de gravidez que vende em farmácia acusando positivo, e um PS: Obrigado por me fazer feliz.