Encontro duplo - parte 7

Um conto erótico de Larissa S2
Categoria:
Contém 736 palavras
Data: 14/09/2018 03:16:23
Assuntos: crossdresser

- Com licença...

Era Erick, que de pronto levantou-se e puxou a cadeira gentilmente para que Pâmela sentasse.

- Obrigada...

'Que fofo' surpreendeu-se pensando isso Gabriel.

- Então? Vamos comer? - propôs Erick, visivelmente faminto.

- Demorou! - concordou Pâmela, também com fome.

Comeram então o lanche descontraidamente. Entre uma e outra dentada, Pâmela e Erick conversavam descontraidamente, com aquela naturalidade que somente o inebriar etílico proporcionaria entre duas pessoas que jamais haviam se falado.

Erick falava de sua vida com desenvoltura, ao passo que Pâmela agia com menos naturalidade, uma vez que precisava inventar alguns fatos de sua vida para parecem mais verossímeis à sua personagem. De toda forma, estando Erick apaixonado e já bastante alcoolizado não era difícil para Gabriel parecer verdadeiro naquilo que falava de si para ele.

Terminaram o lanche e Erick propôs mais um vinho.

- Mais um vinho? Erick...

- Só mais um. O 'saideiro'. Esse só pra nós.

- Ai... ok...

Pediram. Brindaram. Riram.

Erick então, com a desculpa de mostrar um vídeo que dizia ser engraçadíssimo que tinha no celular, saiu do outro lado da mesa e foi para o lado dela. Pâmela, que já estivera no papel de caçador ao invés de caça, sabia daquele movimento e o que ele significava. Então, deixou-se levar e fez-se de desentendido, como se aquele avançar de tropas sobre si fosse algo despretensioso e desinteressado, mas que ele sabia bem qual era o objetivo.

Começou então o vídeo no celular e sentiu o rosto de Erick delicadamente encostar na lateral do seu. Então, antes que pudesse pensar em algo, sentiu a mão dele repousando delicadamente sobre sua coxa, desnuda, à mostra devido seu vestido curto. Sentiu então uma sensação estranha, um arrepio pelo corpo inteiro. Ele poderia até tentar negar para si, mas era uma sensação deliciosa. Excitante, por menos que não quisesse admitir.

Sentiu então a respiração dele próxima à sua orelha, adornada pelo brinco argola dourado que sua amiga lhe emprestara. Sentiu um novo arrepio e curvou o pescoço, em um movimento involuntário. Riu pelo nariz, sem graça.

- Posso dizer novamente que achei você linda? - sussurrou ele em sua orelha.

- Dessa vez... pode...

Então, instintivamente, sentiu os olhos fecharem e virou o rosto bruscamente, buscando com sua boca trêmula os lábios dele, encontrando-os prontamente. Primeiro deu um selinho, lento, afastando-se lentamente e olhando Erick nos olhos. Erick sorriu e então, fechando os olhos, foi em busca da boca vermelha de Pâmela, que apenas esperou o toque dos lábios dele de novo. Outro selinho, delicioso. Sentiu então a boca dele novamente encostar à sua, dessa vez sentindo a língua dele tentando achar espaço entre seus lábios e encontrando, sem qualquer resistência por parte de Pâmela. Logo aquele suave e delicado segundo selinho dava espaço a um molhado e delicioso beijo apaixonado.

Pâmela então colocou sua mão atrás da nuca dele, como se quisesse puxar ele para dentro de si. Gabriel não sabia muito o que estava acontecendo; sentia que de alguma forma deveria resistir àquilo, mas ele simplesmente não conseguia: ele queria beijar Erick e estava deliciado com aquela sensação de se sentir desejada, beijando um rapaz tão bonito quanto ele. Não, Erick não era bonito: era lindo. Maravilhoso. E ele não queria que aquele beijo acabasse. Nunca mais. Mas, após longos e inebriantes minutos, acabou:

- Você é linda. E beija bem.

- E você é lindo. E beija maravilhosamente bem.

E entregaram-se mais uma vez um ao outro com suas bocas famintas. Nova pausa.

- Vamos indo? - propôs ele.

- Vamos...

- Na sua casa ou na minha? - riu Erick.

Gabriel ia responder que cada um iria para sua casa, mas então lembrou que não teria como voltar para casa daquele jeito, pois o plano era passar o final de semana na casa de Mônica, conforme informara seus pais antes de sair. Então não teve outra saída senão dizer:

- Na sua...

Não que Gabriel não quisesse mais daquilo, mas não pôde deixar de ficar receoso no desdobrar dos acontecimentos conforme aquilo que se desenhava.

- Ótimo! Vou lá pagar a conta.

Gabriel não pôde deixar de achar graça: ao menos uma vez aquela de o homem pagar a conta foi ao seu favor. E não teve como não achar bom.

- Vamos? - voltou Erick, dessa vez oferecendo o braço, da forma como Gabriel temeu que ele pudesse fazer horas atrás.

- Vamos! - respondeu ele, dando o braço graciosamente, de uma forma como jamais imaginou que entregaria a um homem até bem pouco tempo atrás.

CONTINUA...

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